PARTE UM
De modo mais ou menos natural, há quem
seja tentado a chamar paradoxo a uma situação factual em que alguém nega ter
sido algo que foi, acusando outrem de ter sido esse algo que não foi.
Considero, todavia, que em certos
casos não é bem um contra senso essa vivência da realidade na mentira mas mais
uma confissão de um sentimento compulsivo de querer ser no presente o que nega
ter sido no passado, quando o foi, na sublimação de o ser agora e tentando
parecer que o não é.
No caso concreto, quero intrometer-me
de novo no tema da discussão sobre qual foi, historicamente falando, o clube do
regime ditatorial abolido com o 25 de Abril.
Como se desenvolverá, compreender esta
parte é compreender o que se tem seguido nestes anos de ditadura papal que se
verifica no clube de Contumil.
O FC Porto tenta negar sem êxito ter
sido o clube do regime salazarista como o comprovam factos, documentos e demais
meios probatórios da História, nomeadamente tendo alguns dos seus mais altos
dirigentes (Presidentes do clube) ocupado cargos nesse regime e nas suas instituições
mais emblemáticas (Assembleia Nacional, partido único União Nacional, Legião
Portuguesa, etc) e recebido benesses pela simpática colaboração, incluindo ajudas
substanciais na aquisição de terrenos e construção de estádios de futebol, mais
a sua inauguração com a presença do mais alto Magistrado da Nação, em data bem
comemorativa da revolução que implantou o mesmo regime político. Exemplos
históricos, bem sensíveis:
« … em 1948 o Ministro das Obras
públicas, Engenheiro José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich, que chegou
a fazer parte da Assembleia Delegada como associado portista, aprova o
anteprojecto do Estádio, que compreendia uma área de 65mil metros quadrados. Como
continuassem a existir entraves à realização do projecto (clube e proprietários
do terreno nem sempre estiveram de acordo), surge um precioso despacho do
Ministro de Salazar, de 1 Setembro de 1949, a colocar ponto final nas
dissidências, mandando expropriar os terrenos».
Se não vai
a bem, vai a mal … hábitos que se arreigaram e frutificam no presente!
«No dia 28 de
Maio de 1952, dia em que 26 anos antes se instalou um regime totalitarista em
Portugal, o estádio foi inaugurado numa cerimónia pomposa que contou com a
presença do General Craveiro Lopes, então Presidente
da República de Portugal».
« … o ministro das Obras Públicas de
Salazar falou também e, entre aplausos – pudera! – anunciou a concessão de 3000
contos para a obra se tornar realidade».
Duas ajudinhas bem significativas para
a construção de um estádio que, dizem as notícias da época, custou 7500 contos!
E tendo ainda presente que nos
discursos se agradeceram a cooperação do Estado (salazarista) e da Câmara
Municipal da urbe.
Para o dirigente máximo do FC Porto
desde há cerca de 35 anos, esse clube do regime teria sido o Benfica, o único
clube em Portugal onde sempre se praticou a liberdade e a democracia, o que foi
proibido de entoar o seu hino original por se chamar “Avante”, conotado com o
comunismo, o que foi proibido de usar o nome de “vermelhos”, outra conotação
com o citado regime comunista, o que teve de construir apenas com a ajuda dos
seus sócios e adeptos o velhinho Estádio da Luz, o Estádio que foi vetado
durante longos anos às selecções nacionais pelo regime ditatorial de Salazar.
PARTE DOIS
A verdade, no entretanto, é que quem
se tenta vangloriar de não ter nada a ver com o regime totalitário, insinuando,
“a contrario sensu”, ser um produto genuinamente democrático ao longo da sua
história, se tornou, com esse papa da mentira histórica, um clube totalitário,
um clube que nega a democracia e a liberdade de expressão e de reunião, ao
estilo dos regimes seguidores dessa doutrina ditatorial, um clube que impõe a
sua lei criminosa da força para impor a sua vontade aos outros, ao estilo de,
quem não é por nós, é contra nós!
A própria tomada do poder é típica de
um ditador. Arregimentam-se algumas “tropas”
significativas, faz-se uma revolução contra os poderes instituídos
democraticamente, após o mesmo ditador ter sido demitido da sua função
(director desportivo) pelo Presidente Américo de Sá, legitimamente eleito,
pois, segundo dizem as crónicas, os gérmenes do assalto ao poder já se
manifestavam com demasiada visibilidade e actividade subversiva, como é próprio
de situações equivalentes.
As “tropas”
rebelam-se e provocam uma dissidência! Parte significativa de jogadores, 15 no
total, abandonam os treinos, abandonam o clube e o local de treino legítimo e
vão treinar-se por conta própria para Santa Cruz do Bispo, enquanto outros
permanecem nas Antas às ordens do treinador do clube.
Os comandantes da rebelião são Pinto
da Costa e Pedroto.
Entretanto, no meio da barafunda rebelde
provocada por estes dois chefes, fundadores e instaladores da escola do crime
no reino das Antas, o Presidente legítimo é obrigado a demitir-se, o clube
entra em autogestão até que o papa consegue o que pretendia, ser o dono do
clube.
Tudo isto, segundo um jornal à época, «na sequência da maior rebelião de sempre no
futebol português»!
A partir de então, as eleições para os
corpos dirigentes tornaram-se meros plebiscitos do poder de quem manda, com
seus acólitos mais chegados, sem escolhas e alternativas.
Os ministros do conclave são os
capangas intermediários do ordenante ditador.
As milícias, a tropa de imposição e
manutenção do regime totalitário que ameaça, ofende, injuria, difama, mata,
ainda que, por vezes, sob a capa de suicídio mas cujo suicida consegue esconder
tão bem a arma com que praticou o acto, de tal forma que até aos dias de hoje a
mesma ainda não foi encontrada!
No seio daquele regime totalitarista e
fora das quatro linhas, agridem-se presidentes de outros clubes, encharcam-se
balneários de produtos intoxicantes, lançam-se bola de ténis sobre os
adversários, invade-se o campo de jogos e agridem-se adversários, restringe-se
a liberdade de movimentos de adeptos, impede-se a reunião destes em certas
áreas públicas não restritas, ameaçam-se árbitros e famílias, vandalizam-se
estabelecimentos comerciais, ameaçam-se crianças e pais por pertencerem a
outras cores clubísticas, ameaçam-se reuniões festivas, agridem-se autocarros e
jogadores adversários que neles seguem, agridem-se autocarros de adeptos de
clubes rivais e os próprios adeptos que neles seguiam, com gravidade extrema e
após uma emboscada de encapuzados, agridem-se e ameaçam-se jogadores até com
tiros nos joelhos por eles não se sujeitarem ao que o regime quer, seja
rescindir sem levar um tostão, seja não assinar novo contrato como o
pretendido.
Dentro das quatro linhas extravasa-se
o ódio injectado pela doutrina papal, agridem-se e mandam-se adversários para o
hospital, perseguem-se árbitros por todo o campo, ameaçam-se outros com vida
curta na profissão, chama-se doido ao árbitro sem a mínima repreensão,
apertam-se pescoços a adversários colegas de profissão pela módica quantia de
19,13 euros.
Um ror enorme de crimes de uma escola bem
organizada e oleada na prática da criminalidade que até, se é que não rouba e
ou paga pelo produto do roubo, pelos menos recepta este produto bem sabendo que
ele tinha origem criminosa, divulga sempre criminosamente a correspondência
roubada, acrescenta a esse crime o crime de falsificação de documentos pela sua
truncagem na conveniência da conclusão que se pretende extrair, de modo a,
designadamente, poder difamar, injuriar, caluniar e ofender gravemente a honra
e a honorabilidade das pessoas de bem, cometendo ainda o crime de devassa da
vida privada de outrem.
CONTINUA ...
Não adianta chamar os bois pós nomes eles são corruptos desde nascença basta ver o cadastro desse polvo azul corrupto desda a sua filiação até hoje
ResponderEliminarEstá no youtube a inauguração da maior casa de p*tas do país.
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=SO1vP_DeQqU
Dá para ver quem estava na inauguração e na tribuna.
A casa de p*tas era o clube da PIDE e a casa dos atrasados mentais que comiam sopa com o garfo era o clube oficial do regime.
Hummm o Porto era tanto o clube do regime que durante uns 50 anos o presidente da FPF era eleito pelo BSB(Benfica,Sporting,Belenenses).
ResponderEliminarO Porto era tanto o clube do regime que obrigou o Salazar a não deixar o Eusébio sair do Benfica pq era património nacional.
Tem qualquer coisa aqui que não bate certo. Melhor reveres a história amigo.
O crime organizado tem nome no Porto é em contumil e um nojo de justiça está no Porto a polícia judiciária é o MP são dois baluartes do edifício das antas um vergonha nacional que os altos cargos da justiça em Portugal fecha os olhos vergonhoso vergonhoso para onde vai a democracia em Portugal por este caminho de batoteiros e corruptos e gatunos no Porto
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