terça-feira, 27 de julho de 2010

OS DONOS DA EUFORIA

Tínhamos a esperança, nós, Benfiquistas, de que os “cónegos” avençados do “sumo sacerdote” da suavemente, muito suavemente, designada de “tentativa(?!)” de corrupção desportiva nos iam deixar este ano um pouco em paz com a nossa euforia pelas proezas desportivas que a nossa equipa nos é capaz de proporcionar.
É evidente que os nossos dirigentes, os nossos treinadores e jogadores nos prometem o bicampeonato e uma prestação desportiva superior à da época passada. Mas os ditos “cónegos” avençados deixam-nos hoje mais sossegados com a nossa euforia e já não parecem exigir, pelo menos tanto, que ela seja proibida de se manifestar porque, ao que parece por alguns ditos, essa euforia seria então e parece que já não é, não apenas a causadora de fortes perturbações bipolares de algumas outras equipas, mais tendendo para a forte depressão do que para uma euforia de resultados tão escassos, como ainda sinónimo de mais uma decepção encomendada e escrita pelos deuses como um fado sem retorno.

No passado, os “cónegos” escrivães da “santa cúria” não se esqueciam de refinar as suas profecias da desgraça com as prédicas da compra de jogadores caros que ninguém queria e que vinham só para gozar uma bela reforma ao ameno sol do solo pátrio, juntando-se a outros a quem a carapuça também servia às mil maravilhas. Podemos recordar-nos de Saviola, Javi Garcia, Aimar e Carlos Martins, entre alguns mais.
Se a isto acrescentarmos as suas orgásticas verborreias de guerras perdidas em questão de surripianço de jogadores analfabetos que precisam à volta de 5 minutos para fazerem a sua assinatura, tal o sermonário salvífico de “cónegos” tão devotados quanto domesticados, as profecias da desgraça não teriam, de facto, como não se consumarem.

Não, Benfiquistas, este ano foi-nos concedido o direito a ser eufóricos. E para o comprovar, aí está o rei das verdades da mentira, Miguel Sousa Tavares, hoje por hoje deveras “tão simpático” que nem só se não preocupa minimamente com os golos sofridos pelo Benfica como ainda parece destilar alguma euforia quanto à capacidade concretizadora do seu ataque.
Podemos ser eufóricos porque, apesar de campeões, são agora os “cónegos” ou “abades” – com descendentes de viscondes à mistura – os que se assumem no direito à euforia, com algum menosprezo pela euforia dos Benfiquistas.

Eufóricos se sentem, em primeiro lugar porque já nos foi vendida toda a equipa vencedora, deixando-nos apenas os restos para nosso contento. E se não foi tanto assim, pois se concretizou ainda somente a venda de Di Maria, tal é quanto basta para nos encomendar nossos sonhos ao mar da desilusão.
Mas a profecia da venda da equipa, essa mantêm-se com toda a força da sua euforia.

Gaitan não é substituto coisa nenhuma! Substituto era o James, outro guerreado nas batalhas do vencedor das guerras, incluindo aquela de não ter cumprido as promessas feitas a mortos – apesar das batalhas ganhas contra os Pereiras e os Falcões – conquanto o desconto da senilidade em época de saldos.

Mas não há dúvida de que nós, Benfiquistas, às vezes não temos sorte. Sendo James o substituto à altura de Di Maria, por que raio o Real Madrid, clube tão habituado às andanças da descoberta de galácticos e aos enredos das renhidas batalhas negociais, foi despender por um jogador uma quantia já bem elevada quando tinha à sua mercê o sucedâneo adequado pela sexta parte do preço!
E logo nos havia de levar o Di Maria!
E quanto ao Gaitan não ser substituto de Di Maria, apesar de sempre muito mais predispostos no abocanhar dos bons repastos, como é de sua fama e bom proveito, os “abades” avençados não deverão ter-se esquecido de que Di Maria também não era o substituto de Simão Sabrosa, tal como a “delirante” mente de Luís Filipe Vieira tivera a ousadia de proclamar, sem lhes pedir licença.
Mas neste pequeno(?!) pormenor, não creio que a sorte tenha sido madrasta. Não vamos acreditar que haja Benfiquista que hoje preferisse o substituído ao substituto.

Nós podemos ainda ser eufóricos este ano, sem correr os riscos de uma proibição da “cúria papal”, porque o direito à euforia é deles, actualmente. Eufóricos se encontram com os muitos golos sofridos pela defesa do Benfica.
Ora essa, tem lá alguma importância que o guarda-redes seja novo e se esteja a habituar à equipa … e até à bola?!
E que importância tem que a defesa do Benfica seja a única dos ditos rivais que ainda não voltou a jogar, apenas com excepção de um dos seus habituais elementos em campo?!
Esquecer que o Benfica marcou o dobro dos golos é também um motivo de euforia pela forma como se escamoteia, até porque alguém da sua laia “sacerdotal” não está interessado em goleadas.

Sem que os “cónegos” ou “abades”, ou “curas”, seja lá que título dignitário tenha o avençado que, não alforriado, vai gatafunhando o que dita o seu “sumo pontífice”, tomem parte na dança das euforias, confesso-vos, Benfiquistas, que podemos ser eufóricos à vontade quando o tema é a “maçã podre”.
Em princípio, poderia não ser assim, porquanto ainda houve um ou outro tresloucado que, sorrateiramente, tentou engendrar mais uma guerra em disputa da “maçã podre” e que teria tido como vencedor o habitual perdedor dos ditos das suas conversas e promessas aos mortos.
Mas dois pormenores, ambos de realce mas de muito desigual importância, tiveram influência decisiva no abafar da euforia da “cúria”.
Um deles, o bem mais importante e à distância de todo um universo, é o de que nunca os princípios por que se rege o nosso Grandioso e Glorioso Benfica aceitariam maçãs podres no seu seio.
O outro, de diminuta importância mesmo em termos absolutos, mas nem por isso despiciendo, consiste na réstia excepcional de uma catarse de discernimento. Não se pode esquecer que o condenado por tentativa de batotice desportiva, ainda consegue “merecer” as graças de ser considerado por uma (in)justiça como um “bom conselheiro familiar”.
Essa catarse ainda conseguiu distinguir que maçã podre só no reino “papal” se encontra no seu meio propício.

E quando se trata de valores ou da falta deles, a distância entre o “pomar” adequado às maçãs podres e os lugares sadios em que aquelas nunca entrarão, está bem referenciado nas palavras do nosso Presidente para o qual … “o futebol deve ser uma ponte que ajude a transmitir valores à sociedade”… “deve ser orientado por princípios e deve ser assumido sempre com verdade” … “a desonestidade não deve caber nele” … “é de pessoas íntegras que se deve construir o futebol”…
À luz destes princípios, é fácil confrontar o Benfica com o “pomar” em que todas as maçãs podres – algumas cebolas também – têm o seu poisio à medida.

Lembram-se, Benfiquistas, do que Luís Filipe Vieira disse acerca da catástrofe natural da Madeira?
Não precisou de “cónegos” ou “abades”!
E foi cumprir, ainda pessoalmente! Aliás, o único que até agora cumpriu com o que prometeu! Nem Governo, nem Comissão Europeia, nada! Só o Glorioso Benfica!

Lembram-se das promessas do “papa” da mentira, mandadas dizer pelos seus acólitos, com vergonha de pessoalmente as assumir?
Que o seu clube ia ajudar com um joguinho de futebol! Com Ronaldo, o Cristiano, e tudo! E futebolistas que jogassem em clubes da Madeira!
Cumpriu?!!!
O chetas! Apesar do seu amigo Jardim, a verdade é que este não parece ser burro nenhum que se deixe levar, nem que seja por um “papa” da mentira e condenado. Deve estar bem lembrado da promessa de ajuda aos farenses. Toda impante, a equipa do FC Porto lá foi fazer a jogatana prometida! Só que os espectadores foram tantos e a receita do jogo foi tal que … deu prejuízo!

E Jardim, com risco de ser esconjurado, deve ter dito ao “papa”:
«Vai-te ganho que me dás perca!...»

E é assim que os donos da euforia se vão euforicamente exaltando nas suas conseguidas avenças do gatafunho subserviente.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A equipa B do FC Porto

A transferência de Moutinho para o FC Porto provocou assombro e um burburinho ruidoso que teria escandalizado o mundo do futebol. Diga-se, todavia, em abono da verdade, que os mais estupefactos e incrédulos nem parece que tenham sido os sportinguistas. Estes dão sinais evidentes do seu fatalismo, do fado inexorável que rodeia a sua agremiação e vão-se mostrando resignados com o seu (triste) destino.

Pela minha parte, e sem conceder o mínimo crédito ao pré ordenamento do destino, acho este assombro e este burburinho perfeitamente disparatados, tanto quanto eles são até parte estranha na questão.
É certo que há muito e por toda a parte se vem praticando o princípio de que se não deve reforçar o rival, mas não há regra sem excepção!
Ora, conquanto a memória futebolística seja bastante curta, não deve esquecer-se que o “gestor exemplar” daquela “gestão modelar” afirmou ainda na época futebolística transacta que o seu grande rival na luta pelo título era o Sporting de Braga e, não obstante, reforçou-o ao longo da época com jogadores que lhe pertenciam.
O resultado animou-o, ao que parece, e agora encontra-se na fase da redenção.

Como disse, um Benfiquista, graças a Deus como parte estranha, não se preocupa nem se assombra com estas questões de pormenor. O Benfiquista, com efeito, não esquece a febre que aqui há alguns anos infestou todos os clubes a disputarem um campeonato qualquer com as suas equipas B. É claro que, sabendo-se das dificuldades da grande maioria dos clubes para sustentar uma só equipa, a sua equipa principal, a falta dos correspondentes recursos económicos fez com que as tais equipas B se esfumassem tão depressa quanto foram imaginadas.

Houve, porém, diferentes motivos justificativos para se acabarem com as equipas B, alguns a somar à falta dos recursos económicos. O FC Porto, por exemplo, que necessidade tinha de outra equipa B, se já possuía uma em Alvalade e que lhe ficava economicamente muito mais em conta?
A acrescentar a esta desnecessidade, há muito que as possibilidades de sustentar uma só equipa, a sua equipa principal, se vinham deteriorando substancialmente para os lados de Alvalade. Assim, transformar a sua equipa na equipa B do FC Porto, corresponde a uma consolidação de vontades e necessidades convergentes.
Por conseguinte, melhor harmonização de interesses será difícil de conceber. João Rocha, primeiro, e Dias da Cunha, depois, foram apenas pequenos grãos de areia que pouco conseguiram emperrar uma engrenagem bem oleada pelos saberes de um “papa” que conhece onde há-de filar o dente e apresentar as soluções como casos consumados.

Mas o burburinho de assombro é ainda menos justificado perante os factos concretos. De facto, este mundo do futebol até parece que anda nas nuvens porque devia saber bem que os gestores dos destinos de uma e outra das agremiações desportivas são efectivamente os mesmos, a isso não fazendo mossa o facto de uma delas ter sido condenada por tentativa de corrupção desportiva e a outra se dar ares genéticos de viscondado.
Os acordos são para se cumprir se quem o exige for o “papa” que é o gestor mor da sociedade em questão. E as necessidades apertam!...
Os actuais assombrados do mundo do futebol bem deveriam saber quem são os dirigentes que mandam e quem são os vassalos, meros paus mandados e porta-vozes de conveniência.

Já durante ou no início da época futebolística transacta foi amplamente noticiado um encontro ajantarado entre Moutinho, o seu empresário e o gestor que tudo manda naquelas duas agremiações. Para esse encontro ajantarado nem os capatazes paus mandados foram convidados e não sabemos se eles, pelo menos, não rabiaram por falta de consideração perante as suas necessidades fisiológicas.

É verdade que, para formalizar com alguma solenidade os detalhes, dizem, dos acertos do que acertado há muito estava, se noticiou um tête-à-tête entre mandantes e procuradores. Bettencourt, assediado para comentar o encontro, dizem que não quis falar, não confirmando nem desmentindo. Alguns jornalistas mais simpáticos, douraram a pílula e escreveram que Bettencourt “fintou” a curiosidade dos questionadores.

Néscios estes hipotéticos “driblados” que tantas vezes exaltaram as vanglórias da “gestão modelar”! Já se esqueceram eles daquilo que o youtube divulgou com toda a pompa e circunstância?
O “papa” faz gala na divulgação telefónica da sua gabarrice! Jactanciosamente, confessa aos seus amigos o gozo orgástico que sente ao deixar estendida a mão do (seu) “cavalo branco”!
Ora, para empacotar o feito e dar-lhe algum verniz que não estalasse entre os resignados sportinguistas, seria sempre de bom tom que se noticiasse o tradicional aperto de mão entre as partes, não obstante estas pertencerem todas à mesma “família”, apenas hierarquicamente diferenciadas entre gestores mandantes e mandatários capatazes, paus mandados e porta-vozes de conveniência.
É óbvio, pois, que o “papa” não ia convidar para a “cerimónia” solene o (seu) “cavalo branco” a quem deixa de mão estendida!

É patente que aqueles néscios daqueles questionadores e louvaminheiros da “gestão modelar” deviam saber que Bettencourt não estava em condições de responder às questões que lhe colocaram!
Não foi por birra e muito menos por artes futebolísticas!
Foi por total desconhecimento!

Já se noticiam mais desejos de trocar de ares. Mas quem haverá que não compreenda os jogadores actuais?
Se eles são aliciados para jogar na equipa A, por que raio de motivo hão-de continuar a penar na equipa B?

Santa ingenuidade esta que, ela sim, devia causar e não causa assombro! Os eucaliptos boavisteiros, salgueirais, leixonenses e demais, já secaram a norte!
Os eucaliptos de Belém seguiram-lhes as pisadas, mau grado a mui penhorada oratória do seu speaker de serviço!
Os eucaliptos de Alvalade ainda vão beneficiando de umas mijinhas!
Os da pedreira começaram agora a ser regados! A seca seguirá sorrateiramente lá para daqui a uns tempitos!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A saga da venda da equipa do Benfica e as toneladas de compras…

Se perguntarem a um português o que é que está a dar nas televisões portuguesas, responderão sem titubeio que são as novelas. Não importa que se diga que são novelas ordinárias, em termos de trama, de linguagem e de representação. Interessa que sejam novelas!
As telenovelas, de facto, são hoje o produto mais querido e consumido pelas famílias portuguesas. Superam mesmo em audiência a grande maioria das transmissões de futebol, o futebol que, diz-se, é tanto a paixão como o ópio do povo frente às agruras do dia-a-dia.

As novelas dos jornais, jornalecos, pasquins, pasquineiros e outros afins, com os desportivos à cabeça, são as danças de jogadores e treinadores de futebol, as questiúnculas e os enfados de uns e de outros e entre os dirigentes, se eles pertencerem a um dos chamados grandes, tudo com imensa predominância para o que se passa no reino da Águia.

Em rodapé, vão-se dando algumas notícias sobre aquisições e dispensas do Sporting. Por vezes, aparece em surdina alguma confrontação de desejos entre este clube e o FC Porto. Não muita, porque a hipotética disputa entre ambos acaba sem ter começado. O FC Porto fica com o que quer e dispensa os restos ao seu satélite.
É difícil ver-se notícia dando conta de confronto do género entre Benfica e Sporting. Jogador que o Benfica pretenda é tão alto para o Sporting que lhe fica verde e não o pode tragar. Jogador que o Sporting pretenda é tão banal e insignificante que não desperta atenção a ninguém e menos ao Benfica.
Os fazedores de novelas nem tentam a trama, reles como todas as outras mas que nem um bocejo provocaria na audiência. O Sporting é tão inofensivo que a ninguém interessa o que dele se diz ou escreve.

Quando se trata do Benfica, então os novelistas do calão “sentem-se em casa” para produziram a sua costumada e óbvia novelória.
Vemos então os jornais e jornalecos, pasquins e pasquineiros, como produtores; jornalistas, jornaleiros, avençados, cronistas, comentadores e opinantes, os realizadores; “artistas” auto convidados e proxenetas do cacau que matou o amor à camisola, os clubes vendedores ou compradores e os empresários dos jogadores; coristas, os jogadores manipulados de onda em onda que quebra onde lhe disserem para quebrar.
Depois … restam os comedores, com caras de espanto por vezes mas sempre tão bons “garfos” quanto de gosto medíocre, eles sempre dispostos ao “fast food” de péssima qualidade por que se deixam empanzinar, menos por conhecimento do serviço e mais por narcisismo.

As novelas futebolísticas produzem-se em catadupa porque têm consumidores atentos e fidelizados, uns por ingenuidade, outros por propensão para a auto flagelação e para o masoquismo, outros ainda por conveniência. Se a maioria do potencial consumidor é adepta do Benfica, a novela desenrola-se em torno do Benfica.

Em todos os defesos, a trama vai centrar-se, sem desvios, na venda de toda a anterior equipa do Benfica e na compra de quatro ou cinco equipas em sua substituição.
Paralelamente e para apimentar o enredo, encena-se uma guerra Benfica-FC Porto em que o Benfica é apresentado como o ingénuo que constantemente se deixa assaltar e tão inútil e incompetente que nem adquire um sistema mínimo de alarme e videovigilância.
O FC Porto aparece sempre como o vilão da gatunagem de jogadores e, não obstante, cheios de encómios pelo seu chico espertismo.

A este propósito, é costume enumerar uma série enorme e recorrente de exemplos, de tal modo que, se assim não acontecera, a equipa daquele clube da rapinagem – como dizem e escrevem – nem tinha equipa nem tinha nada. Pelo contrário, a equipa sistematicamente rapinada, se já tem uma mão bem cheia de jogadores em excesso, nem num quartel apropriado conseguiria meter tanta gente.

O exemplo mais recente dessa rapinagem chama-se, dizem, James Rodriguez ou Rodriguez James, não sei muito bem nem é coisa que deva interessar a um Benfiquista.
Os produtores, realizadores, “artistas” e coristas começam por falar numa abordagem de contratação pelo Benfica e outros clubes estrangeiros. Acrescentavam eles, relativamente ao Benfica, que esse tal jogador seria o substituto de Di Maria, venda há muito consumada pelos mesmos.
Pouco depois acrescentavam-lhe a natural e “óbvia” intromissão do FC Porto, aquela intromissão que, pelo seu costume, já tinha falta marcada.
No entretanto, o FC Porto, escreveram os mesmos, negava solenemente o seu interesse no dito.
E Jorge Jesus dizia à Benfica TV – dizeres transcritos em tudo o que era jornal – que o substituto de Di Maria já estava encontrado … e não era James ou lá o que é, mas Gaitan.
Só que os jornais, como convinha, continuaram com a novela, substituto e disputa, que culminou, segundo eles, na contratação pelo FC Porto de 50% do passe por mais de 6 milhões.
E logo alguns tocaram em sentido o seu hino da rapinagem.
Mas nem por isso um jornal deixou de noticiar ao outro dia, tipo pílula do dia seguinte, que o Nápoles ainda não desistira do tal James e que o Benfica era o seu grande obstáculo à concretização do negócio, atenta a disponibilidade financeira proporcionada pela venda de Di Maria.
Dá para tudo, para estar contratado e para não estar contratado, à vontade do freguês de ocasião.

Que os intervenientes autores, realizadores, personagens representativas e suas coristas permaneçam no seu afã noveleiro de pechisbeque não é coisa que preocupe, nem deveria ser coisa que preocupasse os Benfiquistas.
Só que a novelística continua porque existem sempre Benfiquistas hospedeiros deste parasitismo novelesco.

Até hoje, ainda se não ouviu uma palavra dos nossos dirigentes ou treinador sobre o tão propalado interesse no dito James. E são eles a única fonte da verdade de tudo o que, a este respeito, houver que contar.
Algumas entidades pressurosas na aplicação, sublinham, da lei apenas para os lados do Benfica, obrigam aqueles dirigentes à desconfirmação daquilo que eles nunca confirmaram, sem se preocuparem com quem inventou e divulgou as notícias e que por elas é único responsável.
Os mesmos dirigentes vão acrescentando bem alto e compreensivelmente que não podem nem são obrigados a confirmar ou desmentir notícias de que não são autores.

Mas não chega este esforço dos dirigentes do Benfica. Não chega porque há Benfiquistas mais predispostos a engolir qualquer balela da imaginação jornaleira e pasquineira do que a confiar e a unir-se àqueles a quem livremente elegeram.
Esses, aparecem logo a dizer, «Sim, precisamos de uma Jurista Benfiquista para ver se não somos comidos todos os anos nas aquisições que queremos e que vão para a Contumil FC…».

Triste Benfiquismo este que confia nas notícias de um qualquer reles jornal ou pasquim e faz orelhas moucas aos órgãos oficiais do seu clube.

E há ainda aqueles Benfiquistas que estão nas suas sete quintas com esta trama e que, aproveitando-a, vão tecendo a sua própria, com deméritos iguais ou piores.
E vão fazendo as suas proclamações de regência:

«No que diz respeito ao puto James Rodriguez, estou a ver muita conversa, muita tinta a correr, muito tempo a demorar o fecho do negócio - onde é que eu já vi este filme!!!!! O jogador, bem aconselhado, recusou o mercado russo, pelo que ficam Espanhol e Benfica na luta. E o interesse do SLBenfica é real…»

Há quem escreva e escreva! Só com um pormenor. Chega-se ao fim da leitura e não se entende muito bem aonde é que o escriba quis chegar. O discurso é assim a meios que enrolado, não se sabe se é feitio, se defeito! Talvez feitio porque é sabido bem o objectivo final!
Alguma água consegue levar, porém, ao seu moinho. Basta pensar que até parece ter conquistado alguém que tanto se desunha no combate ao “giorgio de bufa”, ao “peidoso” e “flatulento”, à “etar de contumil”, a “palermo”, justificando esta linguagem pelo “tem que ser” para defesa do Benfica.
Pois este nosso afadigoso atacante do “geogio de bufa”, “peidoso” e “flatulento”, e emérito defensor do Benfica, virou também defensor convicto daqueles que, subrepticiamente, vão fazendo que fazem oposição – o pleonasmo fica bem pela surdina do faz que faz – sempre que a maré está a jeito, àqueles dirigentes que ele, igualmente afadigoso, ajudou a eleger e que, em todas as outras ocasiões, defende nem que seja à força de cajado.

Estes são aqueles que, não sabendo nada ou pouco mais de nada … sabem tudo! Até de faxes privados!...
Todavia, se outro mérito não teve o afã destes que “sabem tudo” do Benfica, conseguir tal conversão é, com certeza, uma grande conquista!
Pela minha parte, nada sabendo também, sei apenas que, se os dirigentes e os órgãos de comunicação do Benfica nunca me disseram nada sobre a abertura de um negócio, não estou à espera que eles o fechem porque só se fecha o que está aberto.

Qualquer dia fica bem penoso ser dirigente do Benfica. Não tarda nada, até vão obrigar estes dirigentes a noticiar e comunicar à CMVM sempre que tenham de ir à casa de banho esvaziar-se, com todos os detalhes e detalhinhos, o tom das flatulências eventuais – será moléstia que vem do “papa” do norte? - das dores de barriga, do hipotético tesão por depararem nem que seja com a fotografia de gaja nua, da cor das cuecas, a marca do papel higiénico usado nas limpezas, sei lá mais o quê!

Esperemos para ver. Até lá, façamos votos para que os Benfiquistas, de uma vez por todas, não sejam hospedeiros do parasitismo que só à custa deles se alimenta.