sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Deuses ou demónios, ou deuses e demónios?

1. As manigâncias do “sistema” e os Benfiquistas

Os Benfiquistas sofreram de novo na pele as agruras de como um sistema futebolístico corrupto se faz ganhar campeonatos e os faz perder ao Benfica.
E com pressa porque as tramóias necessárias feitas tanto mais cedo, melhores frutos renderão e mais “fruta” pouparão!

Não escamoteamos que houve culpas próprias! E reconhecêmo-lo sem precisar das pedras da calçada, uma calçada já de si tão esburacada pela quantidade de pedras arremessadas mas que, na realidade, até parece uma pedreira inesgotável, tantos os calceteiros que a ela recorrem!
Mas será que do outro lado são só virtudes?!
Com efeito, todos estamos fartos de saber que não e, se nos esquecêssemos, aí estavam as escutas no youtube para nos relembrar!

Por isso, e não sendo necessário agora repisar o que bem se sabe já, mesmo com todos os nossos erros, os erros de quem gere e os erros de quem, pelo menos, diz que apoia e desapoia, se não fossem as armadilhas próprias do sistema no seu esplendor, nem o clube beneficiado, duplamente, estaria tão confortável e tão bem quanto parece, nem o clube prejudicado, duplamente, estaria tão desconfortável e tão mal quanto o querem fazer crer.
Mas a realidade pontual, ainda que vergonhosamente falseada, é imperial!

É então que aparecem os tais calceteiros, os de profissão, os de devoção e os de ocasião. Têm entre si várias semelhanças. Desde logo, nenhum tem telhados de vidro! A seguir, todos são possuidores de um sabichar tal que ele até parece beatificado, uns porque gozam das bênçãos de um “papa” ainda que da mentira e da corrupção desportiva, outros por prazer sádico de auto mortificação!
Bastantes estão fora do Benfica, mas muitos dentro do próprio Benfica! Estes, de resto, bem mais perniciosos do que os outros porque, parasitando ainda, são os hospedeiros e as principais fontes de alimentação do parasitismo da estranja clubística.


2. Os treinadores de bancada e a constituição das equipas

Analisemos, para começar, a mais recente discussão! Dada a sobrecarga de “amarelos” – uma das “prendas” do sistema corrupto para lhe aliviar as preocupações da disputa séria e conforme à verdade desportiva – deve Jorge Jesus poupar ou não os jogadores que estão em risco de ficaram de fora no jogo seguinte contra o FC Porto?
Está ou não correcta a decisão de Jorge Jesus, seja ela qual for?

O coro de vozes é medonho, quando não vergonhoso para quem se afirma Benfiquista!
A coisa é simples, já o sabemos! Jorge Jesus não deve fazer isto ou aquilo, ou deve fazer assim ou assado!
Muitos já se entretêm, de há alguns dias para cá, a tentarem “aconselhar” o treinador sobre qual a equipa a apresentar pelo Benfica perante o Paços de Ferreira. E os que não forem atendidos, já de véspera se prepararam e malharam nas supostas escolhas do treinador!
Muito poucos se preocuparam em pensar que, perdido o próximo jogo, menos importa o jogo do Dragão.

É assim! Basta que alguma coisa não corra bem e aparece logo uma carrada de treinadores de bancada e de gestores da bisca lambida a, supostamente, criticarem e a pretenderem demonstrar uma sabedoria tal que nos esmaga, em especial quando pensamos por que tem sido ela tão mal aproveitada num país tão rotoe falho de obra feita, que não de palavreado!
Não interessa para nada que as circunstâncias tenham mudado, que haja ou possa haver premissas diferentes!
Exige-se uma igualdade de coisas desiguais e, ao não se perceber que se deve tratar o igual como igual e o desigual como desigual, entra-se numa igualdade meramente formal, vazia de conteúdo e de sentido, isto é, numa desigualdade gritante.
Agora, o treinador antes bestial passa logo a besta mesmo que, quem o classifica, não perceba nada, nem do assunto, nem das circunstâncias que o rodeiam!

Quando a equipa (jogadores e treinadores) mais precisa de união, damos-lhe suposta crítica!
Dizemos que a equipa precisa de apoio ... quando ela está bem, quando, afinal, é ela que nos está a apoiar a nós, a dar-nos alegrias, satisfação, prazer de pertencermos ao mesmo clube, quando ela nos sacia o ego de sermos Benfiquistas!
Quando ela precisa do nosso apoio, quando mais precisa dele, damos-lhe crítica, aliás, suposta crítica! O treinador passa a ser uma besta, um ignorante da sua profissão, um caçador furtivo que só atira nos seus próprios pés! Os jogadores, alguns jogadores que, de resto, só soubemos apoiar … assobiando – apesar do manto sagrado que têm envergado e que, nos seus limites, até se possam ter esforçado para o honrar – são uma merda, não interessando que até tenham feito parte de equipas Benfiquistas que já venceram o seu mais poderoso rival futebolístico – descontado, claro, o sistema corrupto que se move na sombra em conforto desse rival – e muito menos que até tenham cometido menos gaffes do que outros a quem se prestaram honrarias e loas, num claro divisionismo de todo contrário ao lema da união na sigla “e pluribus unum”!

Somos, realmente, o décimo segundo jogador de que a equipa precisa!...
E somos tão sapientes nos pseudo conselhos que lhes tentamos dar!...


3. Os entendidos na gestão da bisca lambida

Outro exemplo actual da sapiência de quem sabe falar de tudo o que, de fazer, que façam os outros, prende-se com a negociação dos direitos televisivos!
A esmagadora maioria dos Benfiquistas, creio, prefere o “não à renovação com a sporttv”.
Eu encontro-me entre essa esmagadora maioria. Todavia, ao contrário de muitos, eu não exijo essa não renovação! Prefiro, não exijo! Por várias razões!

Os interesses do Benfica estão acima de todos e quaisquer outros interesses, estão acima das minhas simpatias e do meu ego. Sei, e isso parece evidente para todos, que o Benfica tem o direito a ver reconhecida a força da sua marca e a ser recompensado condignamente pelos seus direitos de imagem, atento o retorno que propicia aos seus parceiros comerciais. E necessita de vender esses direitos e receber os correspectivos proventos.
Não sou entendido na matéria, logo, não sei se há alternativa, alternativa válida que é aquela que consiga satisfazer devidamente os aludidos direitos. Alguns sugerem a Benfica TV, outros julgam que é só não renovar com a sporttv, e pronto!...

A Benfica TV é uma potencial excelente alternativa, de facto. Mas quem custeia os direitos? Alguma plataforma televisiva? Algum outro grupo interessado na difusão dos direitos em negociação? Os Benfiquistas, através do pagamento de uma quota suplementar?
Não se pode nem deve esquecer, desde logo, que o Benfica e os Benfiquistas desejam que a Benfica TV seja auto sustentada e, se possível, ainda apresente benefícios monetários.

Entre sobrecarregar os Benfiquistas e um parceiro que satisfaça plenamente os legítimos direitos do Benfica, prefiro a segunda alternativa, ainda que, no plano pessoal, me seja antipática! Que entrem com as massas os de fora que os Benfiquistas cá estarão de reserva para outras ajudas necessárias!
Concretizando melhor. Se a Sporttv pagar o que o Benfica merece e deve exigir, mais do que qualquer outra hipotética alternativa, por que hei-de ser contra o negócio se ele, nas circunstâncias que o rodearam, for o melhor para o Benfica?!
O meu ego de nada vale perante o supremo ego do Glorioso Benfica! Em primeiro lugar está para mim a divisa “e todos por um”, a divisa que o tornou Grandioso e Imortal!

Agora, uma coisa é certa! Sou frontalmente contra a subscrição da sporttv por um Benfiquista, enquanto ela representar aquilo que representa!
São situações muito diferentes! Que a sporttv pague ao Benfica o que este merece e exige, se não houver melhor ou igual, tudo bem! O que pretendo é que o Benfica ganhe o que lhe é devido! Agora, que os Benfiquistas paguem à sporttv – enquanto ela representar o que representa – o que ela há-de pagar ao Benfica, nessa já não entro!
A corrupção que pague ao Benfica aquilo que lhe tirou e tira! Nunca os Benfiquistas a pagarem a corrupção que os priva das vitórias desportivas a que têm direito!


4. E o direito à opinião e à critica, etc, etc e tal …


Ah! Mas o Benfica é um clube democrático! No Benfica há liberdade de opinião! No Benfica existe o direito de crítica! Qualquer Benfiquista tem direito à sua opinião! No Benfica não há um “rebanho” e “ovelhas tresmalhadas”?!

Claro! Mas será que deve haver liberdade sem responsabilidade?! E será que a crítica não exige, para ser crítica, o respeito pelos princípios da boa-fé e da ética?! Será que pertencer ao “rebanho” não é respeitar a decisão da maioria, ou seja, respeitar a tão apregoada democracia?! Será que essa democracia, essa liberdade de opinião, esse direito de crítica, é estar sempre do contra, sem justificar porquê e sem apresentar alternativas convincentes à captação e aderência da maioria?!

Às vezes até parece que ser “ovelha tresmalhada”, ou, se os catalogadores preferirem, não pertencer ao dito “rebanho”, é a maior honraria do ser Benfiquista!
E desconfio mesmo que, se todos, ou a grande maioria, nos tornarmos “ovelhas tresmalhadas” e constituirmos, desta feita, o “rebanho das ovelhas tresmalhadas”, as agora mui honrosas “ovelhas tresmalhadas” se tornarão de imediato “ovelhas tresmalhadas” do “rebanho das ovelhas tresmalhadas” porque o que lhes dá notoriedade e visão é serem do contra, serem “ovelhas tresmalhadas”, não o pertencerem a qualquer “rebanho”, ainda que seja o “rebanho das ovelhas tresmalhadas”!

Bem, não dizemos nós que os “jornaleiros”, “paineleiros”, “comentadeiros”, avençados, pasquins, etc e tal, só estão a querer dizer mal do Benfica, a achincalhar o clube, a equipa e os jogadores?!
Sim, sim, isto e muito mais!
Mas que raio de diferença existe entre o que eles dizem ou escrevem e o que muitos de nós dizemos ou escrevemos?!


5. E o esquecimento do essencial

Contra aquilo que alguns, a minoria, diga-se, pensam e agem, os adversários do Benfica estão lá fora!
E os seus inimigos, simultaneamente inimigos da lisura, da ética e da verdade desportivas, são bem conhecidos de todos os Benfiquistas!
Então, virem-se para o verdadeiro combate e entretenham-se com ele, defendendo com garras, sem desfalecimento e até à exaustão o nosso Glorioso Benfica!

Mas escolham bem as frentes de combate, aquelas frentes que, sendo legais, éticas e defensoras da verdade desportiva, possam ser eficazes, posam produzir efeitos úteis. E deixem-se de ideias mirabolantes que só vos gastam energias e não produzem qualquer efeito útil!
Resumindo, Benfiquistas, deixem de pagar ou de alguma forma contribuir para pagar a corrupção desportiva que nos priva da verdade desportiva e da obtenção das vitórias que o triunfo dessa mesma verdade nos proporcionaria.

Reparai que até os putos ridículos às vezes, no seu ridículo, dizem coisas acertadas! É esse próprio puto ridículo que, mesmo com fato e gravata à pressão, diz textualmente que o “sucesso actual do FC Porto é enganoso”!...
Pois claro que é, e muito!

Como vêem, Benfiquistas, o puto é tão ridículo que até já aprendeu as ridículas verdades “a la Palisse”!...

Assim igualmente se comporta, como seria natural, o seu “papa” da mentira e da corrupção. Talvez porque o chamam de “papa”, deu-lhe agora para se lembrar dos ditos de um Bispo, um verdadeiro, não um seu capataz. Um Bispo, verdadeiro, que, em tempos idos, foi um dos que gritou a expulsão dos mouros de Lisboa e a expansão da Fé e da Virtude, não a expansão da manigância, da trafulhice e da corrupção desportivas.

O grito do Bispo foi natural! Havia uma Pátria do Minho ao Tejo! Queria-se um Pátria Além Tejo!
E foi essa Nação que expulsou os mouros! E foi essa Nação que, tendo expulsado os mouros, se tornou numa Nação do Minho aos Algarves e, mais tarde, d’ Aquém e d’ Além-Mar!
Continuando a pregar e a expandir a Fé, as Virtudes, a Verdade!

Dentro dessa Nação, formou-se outra grande Nação, a Nação Benfiquista! Uma nação que também vai do Minho aos Algarves e se estende para África, América, Oceania e até aos confins da Ásia, Aquém e Além-Mar, em todos os recantos da Terra!
Dentro dessa Nação, acolhe-se um ninho de malfeitores da Verdade Desportiva, Talibãs das doutrinas da corrupção desportiva, rostos incendiados de ódio contra a Ética e a Moral, contra a Verdade, a Verdade Desportiva! É um ninho que vive acantonados num bairro da mui nobre e invicta cidade do Porto e que, o mais que soube fazer pelo seu clube, não foi sequer que ele extravasasse as fronteiras do seu acantonamento, que aí se encontra confinado na sua vergonha sem vergonha, que a tanto o subjugaram e enlamearam!

Os mouros eram, nos tempos do Digno Bispo do Porto, os espoliadores da Fé e da Crença, da Verdade e da Vida!
Agora, não digo mouros que nem esse nome merecem, mas os que mais se lhes assemelham, vivendo em seu acantonamento, em grutas e esconderijos albergues dos talibãs – até os árbitros que vão por mal se vêem atrapalhados para dar com eles, apesar do radar do Bin Laden seu chefe – são, como os mouros há oito séculos expulsos de Portugal e de outras paragens que portuguesas foram, espoliadores da doutrina e da fé que envolve a verdade desportiva, corruptos que até já foram condenados e cumpriram pena, a vergonha de quem tem vergonha na cara, a vergonha dos cristãos e da nação afecta à Verdade e à Fé na Verdade! Vivem delimitados por umas dúzias de macacos milicianos e governados por um “papa” da mentira e da corrupção desportiva, condenado por essa tentada corrupção e que cumpriu a pena consequente, um “papa” infiel, um Bin Laden do ódio e da mentira, um infiel dos sãos princípios e dos valores, um cartomante fetichista dos responsos a mortos, sem qualquer moralidade para ter carta de foral que lhe conceda mais do que a importância de se saber sevandija, vigarista e subornador da fé cristã na Verdade dos princípios da Moral e da Ética, uma Verdade (desportiva) que ele, como é próprio dos “vigários” infiéis, sempre espezinhou!

Estão lá fora, estão lá fora, Benfiquistas, os talibãs das doutrinas do mal, dos roubos de igreja, da fruta e dos cafezinhos, dos aconselhamentos matrimoniais, das viagens de férias a árbitros, da corrupção da verdade desportiva!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

OS BIN LADEN E A SOFISTICAÇÃO DA CORRUPÇÃO DESPORTIVA

1. Após ter defrontado e ganho um jogo contra as reservas das reservas do seu adversário, Pinto da Costa apareceu no filme dizendo esperar que os Bin Ladens do futebol português se calassem de vez perante tamanho feito!

Todo o mundo conhece o homem chamado de Bin Laden e que, dizem, tem sido o homem mais procurado da história pela nação “polícia” do mundo que, apesar de todo o seu potencial de armamento e tecnologia, não parece ter tido êxito.
Bin Laden é considerado um terrorista da política e das doutrinas das potências ocidentais. Por ser procurado, raras vezes aparece frente às câmaras que o filmam, com ditos de apocalipse sobre os seus inimigos.

A quem é que uma personagem assim, um fugitivo da lei e da justiça, pode ser comparado por Pinto da Costa?

Bin Laden só há um e raramente aparece de há alguns anos para cá. Não dá a cara por aquilo que diz nem por aquilo que faz. É um fugitivo que manda os outros fazer as tropelias terroristas e anda sempre escondido, é um cobarde.

Todavia, os Bin Ladens que Pinto da Costa pressupõe na sua arenga não podem ser fugitivos mas aparecidos, não andam sempre na sombra mas aparecem a dar a cara por coisas de que ele não gosta, pelos vistos!
Mas quem dá a cara, não se esconde nem foge, não pode ser um terrorista e ainda menos um Bin Laden, uma cópia do Bin Laden que Bin Laden, o original, só há um!

Por isso, só nos resta uma hipótese!
Pinto da Costa colocou-se um dia em frente de espelhos paralelos – há os que necessitam, pelo saboreio das suas obras – e viu-se reflectido até ao infinito! A sua mente foi invadida, nesse instante, por um confusionar qualquer que lhe obnubilou os sentidos. Julgou-se noutros, em cópias tantas quantas as imagens que atormentaram o seu zarolho mirar!

E tem todo o sentido! De há uns tempos para cá, Pinto da Costa aparece raramente frente às câmaras e apenas para resmungos de ódio e intolerância, em delirantes promessas a mortos, acompanhadas das inerentes profecias de apocalipses para os seus inimigos.

Não há agora conhecimento de relatos de conversas com seus adjuntos do terror da verdade desportiva. Isso passou-se há alguns anos, já toda a gente sabe do que se trata, já toda a gente ouviu a preparação do cometimento dos atentados terroristas – à verdade desportiva – sempre na sombra, sempre usando bombistas que, no caso, não foram suicidas porque, tal como o mandante, estavam sob a protecção dos deuses da justiça civil portuguesa.

E mais importa sublinhar que, já então, ele encarregava os discípulos da sua doutrina de fornecerem a fruta, de pagarem viagens de férias, guardando para si as estratégias e os comandos, quando necessário, sendo o radar das boas rotas que preparam as manigâncias, de modo a conduzir, por entre labirintos de ruas e de rotundas – imitações apuradas das cavernas e dos esconderijos esconsos do Bin Laden original – sempre em frente, sempre em frente, árbitros ao seu esconderijo.

Pinto da Costa mantinha-se na sombra do telemóvel, dos labirintos das ruas e das rotundas, escondido, um terrorista, um fugitivo, se parecendo, sim, com uma cópia do seu atormentado Bin Laden.

Andou agora, segundo se fez comunicar, lá pelas paragens que todos dizem são vizinhanças dos possíveis esconderijos do fugitivo terrorista, do original Bin Laden, das cavernas onde este se esconde, dizem os entendidos.
E resolveu dar nova espreitadela às câmaras. Rememorado nos seus reflexos de múltiplas imagens, ensandeceu e recitou Bin Ladens cópias, numa “branca” de memória de sua cópia única, julgando-se ubíquo, omnipresente.
Esqueceu-se de que os seus terroristas não são cópias, são meros serviçais.

Há, no entanto – e para não falar de inteligências que seriam pouco abonatórias para a cópia – umas diferenças importantes nos caminhos das fugas.
Bin Laden original, mandou “refugas” do terrorismo para Espanha espalhar o terror das suas verdades políticas e religiosas.
Bin Laden cópia fugiu de canastro e tudo para a mesma Espanha, em defesa do seu terror – da verdade desportiva – ameaçado de prisão, ao menos por uns tampos!
Bin Laden original é perseguido para ser caçado e pagar pelos seus crimes terroristas sobre religiões e políticas!
Bin Laden cópia foi perseguido para ser libertado dos seus crimes sobre a verdade desportiva!


2. Vale a pena relembrar e meditar, Benfiquistas, sobre as notícias, algumas notícias, difundidas por vários meios de comunicação sobre o recente FC Porto-União de Leiria.
Ainda nos entrementes, muitos se admiraram dos jogadores que o Leiria convocou, ou melhor, desconvocou, juntamente com os que deixou de lado e colocou – certamente a rodar, dado o conforto do resultado, 0-4 – uns até, dizem, muito cobiçados atacantes.

Já nos “finalmentes”, há os que dizem, as línguas de sogra, que o Leiria só fez a primeira falta … aos 22 minutos. Pois claro, o resultado estava feito, o frete concluído com a entrega, uma faltazinha para descomprimir não faz mal a ninguém.
Isso é natural, perfeitamente natural numa equipa que joga numa táctica, dizem os escribas entendidos – no caso, de “o jogo” “quase de marcação homem a homem”. É uma táctica, replicam os mesmos entendidos, que provoca choques, pequenos ou grandes empurrões, rasteiras, trancadas nas pernas dos adversários.

Por ali, não se passou nada, o que nos faz meditar na coerência dos inventores da táctica “quase de marcação homem a homem”!
Será que não quiseram escrever, “quase de marcação sombra a homem”?
E sublinhamos “quase” porque ao que parece, àquela hora já não havia sol … nem sombra!

Desfiando os ditos dos entendidos, vão escrevendo, “passividade e o mau posicionamento da equipa leiriense” ; “aproveitar os seus erros e a sua ingenuidade” ; “pouca competitividade da U. Leiria” ; “foi confrangedora a forma macia e desconcentrada como a equipa (de Leiria) se exibiu no relvado do Dragão”.

Apenas mais uma achega. Antes do jogo do “Dragão”, a União de Leiria tinha sofrido só 4 golos, apenas mais um do que o FC Porto, menos dois do que o Benfica e o Sporting! Excelente “ingenuidade”!
Mas a sua dita “ingenuidade” defensiva pode inferir-se ainda destes factos!
Com sete jornadas disputadas, essa “ingenuidade” defensiva conseguiu 3 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas! Isto é, menos derrotas do que o Benfica e tantas quantas as do Sporting e do Braga!

Que os outros não queiram saber, é com eles. Mas os Benfiquistas, os Benfiquistas só acreditam se quiserem que isto é um campeonato limpo!
Depois, haja coerência entre as lamentações e os actos e comportamentos! As lamentações são música para os corruptos da verdade desportiva e seus “ajudantes serviçais”. Música que ouvem de camarote, bem refastelados, enquanto os acordes forem sendo pagos, e principescamente pagos, pela bolsa piedosa e esmoler dos Benfiquistas, pelos que erguem o muro de lamentações e aí se prostram em flagelações auto infligidas.
Para eles, os corruptos da verdade desportiva e seus prestimosos e reverentes serviçais, a sopa dos pobres há-de surgir para lhes matar a fome. Vem dos empréstimos do amo agradecido por mais um título, enquanto os Benfiquistas lhes pagarem os ordenados e as mordomias da corrupção.

E que fazem os Benfiquistas?
Ou assobiam jogadores do Benfica e dizem mal da sua equipa, treinadores, directores, presidente e órgãos sociais, ou choram lágrimas de crocodilo em lamentações de eficácia e sentido ocos, ou se sublimam em ideias mirabolantes de movimentos do “vamos impugnar os campeonatos corrompidos”!

Vão lá, vão! Eu espero sentado para ver quantos dos tais campeonatos corrompidos são retirados aos corruptos, quantas impugnações vou espreitar e ver decorrer nos órgãos com competência para as julgar!
Ou será que é mais um movimento para inglês ver?
Não tenho a mínima dúvida!

Foi sempre um dos principais trunfos para derrubar adversários, entricheirados: sitiá-los cortando-lhes o sustento e matando-os à fome, até se renderem.
Ninguém duvida, por isso, que a corrupção desportiva se combate, principalmente, se lhe retirarmos os meios económicos que a mantém!
É uma medida com eficácia, com tanta eficácia quanto menos contribuintes forem os Benfiquistas!
Porque é uma corrupção paga pelos Benfiquistas!
Porque é uma corrupção alimentada pelos Benfiquistas!

Permitam-me, com a devida vénia ao seu autor e ao blogue onde ele a expressou, esta passagem de um Benfiquista:

«Muitos se queixam contra o sistema, contra a corrupção, exigem medidas e formas de luta mas depois falham quando lhes é pedido algo tão simples como não encher os cofres a quem pactua com tudo isto. É uma medida simples e sem qualquer violência e que terá impacto fortíssimo nos clubes como se viu pela reacção em cadeia de vários quadrantes do futebol nacional e está nas nossas mãos. Se ninguém faz nada, temos que ser nós a fazer o que está ao nosso alcance».

(“Passe de Mágica de Pedro”, in “Magico SLB”).

Este “Passe de Mágica”, de verdadeira Mágica Benfiquista, chama ainda a atenção para a verdade das intenções e dos números. A direcção do Portimonense deslocou o jogo para o Estádio do Algarve para conseguir uma receita equivalente aos 30 mil lugares que os Benfiquistas, como era costume, nunca deixaram de preencher, descontados os cerca de 5 mil de adeptos do clube da casa.
Estiveram 12 mil mas ainda assim deixaram a melhor receita do ano para o Portimonense poder retribuir e obter do seu amo a carrada de jogares que conseguiu, por exemplo, apresentar contra o Benfica.

Ainda estiveram muitos Benfiquistas a pagar a corrupção contra o seu Amado e Glorioso Benfica. Certamente que muitos mais estariam se não fosse o alerta e a disponibilidade para mudar as coisas com actos perfeitamente ao nosso alcance e de eficácia visível, até pelo coro de protestos que a corrupção e seus condiscípulos vão vomitando.
Houve imensos Benfiquistas que, finalmente, tomaram em mãos a defesa do seu Glorioso Clube.

Uma palavra final para os que se mostram renitentes e que clamam pelo amor à equipa. A esses, apenas dizer-lhes que, na vida, temos de fazer opções e fazer opções implica sempre sofrimento.
Cabe-lhes, a eles, pensar se é mais sofrido vermos a corrupção que nos rouba campeonatos ou se é mais sofrido matarmos a corrupção que nos assalta os títulos, com renúncia – que se deseja meio e não fim – ao amor de acompanhar e ver a nossa equipa, contribuindo para que ela, a nossa equipa, seja suplantada pelos corruptores que a asfixiam em muitos jogos!
Apesar do acompanhamento do nosso amor!
Um acompanhamento pago com a nossa felicidade porque agora nos retiram o direito e o orgulho de sermos felizes!
E com a nossa complacência!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CHALRICE À PORTUGUESA ... E À BENFIQUISTA!

1. Ou muito me engano ou Portugal, desde há vários anos já, transformou-se num país do palrear, ao mesmo tempo que diminuía drasticamente o país do obrar.
Ou muito me engano ou esta profunda mutação se ficou a dever ao princípio que é imanente e enforma as ditas democracias de estilo ocidental, o qual se consubstancia num conceito decorado, expresso na fórmula “cada qual tem direito a emitir a sua opinião”.

Quase ninguém se preocupou em relembrar que esta fórmula é só uma fórmula geral e vazia, a formulação de um princípio de conteúdo virtual que há que transmutar no seu verdadeiro conteúdo real.
Todo o direito tem no seu oposto um dever e este direito também.
Emitir uma opinião é mais do que falar sobre qualquer coisa, mais do que dar a conhecer o nosso ponto de vista sobre algo. É um falar ou escrever com propriedade, com oportunidade, com sentido de responsabilidade, um falar ou um escrever plasmados de boa fé e do dever cumprido.
São estes os deveres de quem tem o direito de emitir a sua opinião.

Em termos de Estado, ou melhor, de “agentes do Estado” – Presidente da República, Governantes, Deputados, Autarcas, Membros de Partidos, Associações Patronais e Sindicais, Comentadores, Opinantes e todos os que se julgam políticos ou que julgam perceber da Política e do Bem Público – nós, simples governados com direito igual à emissão de opinião, a que assistimos de há tantos anos para cá?
Numa frase sintética: a muita palrice e a pouca governação.

Toda gente que fala ou escreve é sempre senhora de uma sabedoria muito superior ou só superior à gente que faz. Não importa que, num certo momento, muita dessa gente que fala ou escreve já tenha estado no lugar do (dever) “fazer” e não tenha feito nada do que diz depois que faz sempre melhor ou muito melhor do que tomou o seu lugar no dito (dever) “fazer”.

Ao lado do palreio da gente governante não apenas da coisa pública, existe vasta gama daqueles que, exprimindo-se pela escrita ou pela palavra como profissão, se expressam igualmente no sentido de que quase tudo o que é feito por quem está no (dever) “fazer” é mal feito ou muito mal feito.
Alguns destes também já ocuparam o lugar do (dever) “fazer” e, como os outros que acusam, nada fizeram.
Outros, ou se escudaram sempre atrás da palavra e da fuga à prova do fazer melhor ou muito melhor, ou nunca lhes foi reconhecida competência para conseguir fazer melhor do que o seu chalrar vazio de substância e de forma.

O país é o espelho fiel deste relambório.
Uma elite sempre atarefada em dizer que faz muito e bem quando não se encontra no lugar do (dever) “fazer” e nada faz quando se encontra instalada nesse referido lugar do (dever) “fazer”.
Na lida diária, a pagar as contas do “fazer” quando nada fazem, uns e outros, está o Zé Povinho que trabalha e às vezes mal trabalha porque aqueles que os deviam orientar no bem trabalhar só sabem palrar que fazem melhor e muito melhor quando nada fazem.


2. A Família Benfiquista é também ela uma Nação, um mundo de fervor e afeição a um clube que nasceu do Povo e é feito do Povo.
Sofre, por isso, de todos os males de que sofre uma Nação na qual está inserida quase toda a Nação Benfiquista.

Segundo julgo saber, todavia, nem sempre o Benfiquismo da Nação Benfiquista se manifestou na sua história centenária do mesmo modo que tende a manifestar-se a partir dos últimos anos.
O Benfica nasceu sob a divisa “todos por um”, uma divisa que apela fervorosamente à união constante dos Benfiquistas, àquela união que não só levou alguns filhos do povo a erguerem-no como os uniu nas imensas dificuldades para o fazer caminhar e crescer até consumar, bem antes dos actuais dias, a sua história grandiosa como o Maior e o Melhor clube de Portugal.

Há aqueles que, dirigentes ou serviçais de clubes cuja divisa é a inveja da união Benfiquista, conspurcadamente apelidam o Benfica do clube do regime salazarista.
Há outros que, nesciamente, justificam as suas actuais “opiniões”, a que chamam de “críticas”, como necessárias agora, e não antes, porque naqueles tempos o Benfica ganhava, o que agora acontece mais dificilmente.

Aos primeiros, convém lembrar que o Benfica nasceu num regime monárquico, passou por um regime democrático, entrou num regime totalitarista e voltou a um regime democrático.
O Benfica tem 20 campeonatos nacionais ganhos em 48 anos de regime totalitário (taxa anual de 41,6%), e 12 em 36 anos (taxa de 33,3%), no regime democrático actual.
E não tem campeonatos ganhos no regime democrático anterior ao regime totalitário porque, então, os campeonatos que disputou e boa parte deles ganhou, não tinham a designação de campeonatos nacionais.
Todavia, ainda assim as taxas de sucesso nos dois regimes sublinhados não são assim tão díspares.

Mais importante do que isso, porém, o Benfica, o tal clube mirabolantemente do regime salazarista, era dirigido por trabalhadores perseguidos pela PIDE, ao qual obrigaram a mudar o seu hino original e a quem proibiram de lhes chamarem de “vermelhos”!
Um regime salazarista onde pontificavam como altos dirigentes pessoas também dirigentes desses clubes que não teriam sido – mas esses, sim, foram – clubes do regime!
Clubes do regime salazarista no campo de um dos quais – o serviçal – foi levado a cabo o último comício deste moribundo regime!

Aos segundos, dizer-lhes que o Benfica nem sempre ganhou na sua história centenária, passou por momentos bem difíceis, incluindo o facto de lhes ter sido desviada, com oferecimento de regalias mesmo monetárias, uma equipa vencedora praticamente completa.

Só o fervor exemplar dos Benfiquistas pela sua divisa “todos por um” os levou às conquistas, ao suplantar dos momentos difíceis da sua vida, vida à qual outros, endinheirados, ou por descendência de sangue azul ou por proximidade com banqueiros, bem tentaram também pôr fim.
O acordo Roquette-Pinto da Costa não foi o primeiro a querer pôr fim ao Benfica!
Nem foi apenas, como disse o mais digno Presidente do Sporting dos últimos 30 anos – João Rocha – a maior vergonha e iniquidade a que o Sporting se sujeitou.
Foi das maiores vergonhas e iniquidades por que passou o futebol português nas últimas décadas e que a nossa justiça civil branqueou num lavar de mãos mais sevandija do que o de Pilatos.

A união essência do Benfiquismo é a união própria do povo, do povo que luta, do povo que trabalha honestamente e honestamente leva as migalhas do seu suor para casa. Por isso, o Benfica se arreigou cada vez mais no Povo e assim, unido na sua essência, mais do Povo se alimentou e cresceu, cresceu, cresceu!


3. Nos tempos actuais, porém, a divisa do Glorioso Benfica “todos por um” tem levado fortes abalos, abalos não dos que são de fora, que esses fizeram e fazem o seu trabalhinho, sujo como eles e de sapa.
Trabalhinho que, por muitas juras que os Benfiquistas façam da sua hipotética “vacinação”, tem obtido resultados não despiciendos.

Pertencendo pelo coração ao Benfica desde os meus primeiros alvores da consciência, encontrei-me no meio de uma equipa de “violinos” que, com verdade desportiva, ganhava tudo e pouco deixava ganhar aos outros. Nunca ouvi ou me deparei com queixumes mas cada vez com mais união.
Tive, depois, a felicidade de assistir aos momentos mais áureos das suas conquistas futebolísticas, assim como assisti aos primeiros tempos de uma maior repartição das vitórias.
Sei que na sombra se preparavam as manigâncias que haveriam de impor vitórias de outros, baseadas na obscuridade da verdade desportiva.
Era um novo tempo, o tempo em que se começou a sentir que as vitórias de outros nada deviam à transparência de métodos e à consagração da verdade desportiva nos processos.

E a união Benfiquista, a sua eterna e gloriosa divisa, começou a sofrer os piores abanões da sua vida. A antiga solidariedade da Nação Benfiquista em torno dos seus e das suas equipas, a sua divisa de união começou a ser posta em causa pelos próprios Benfiquistas.
Aquela união que, no antigamente, fez nascer, crescer e enfrentar todas as “epidemias” com que quiseram sufocar o Benfica e que não só venceu todas as batalhas como o levou à sua Glória ímpar, foi fortemente abalada.
O Povo Benfiquista, parte do Povo Benfiquista, aburguesou-se no trabalho do sabe tudo e nunca fez nada, no “eu é que sei como deve ser”, sem saber nada, maldizendo tudo e todos com a apresentação de uma sapiência que nem sequer lhes serve para descortinar onde está o inimigo, o verdadeiro inimigo.
O verdadeiro inimigo é aquele que começa na morte da divisa do Benfiquismo “todos por um” e se amplia na subsequente consecução da desunião pretendida pelos que desvirtuaram sem pudor a verdade desportiva.

Para este festival de treinadores de bancada e de dirigentes do sabe tudo, não sabendo nada, nem de treinadores nem de dirigentes – sim, que alguns ainda dizem “eu sei do que falo”, “eu tenho provas”, sem nunca demonstrarem a sua razão de ciência ou as suas provas do saber – basta que ocorram alguns deslizes da equipa de futebol.
Quem disse que os homens eram máquinas?
Eu assisti a um campeonato ganho pelo Benfica, com quase uma dúzia de pontos de avanço – e a vitória só valia dois pontos – depois de a nossa equipa ter estado a sete pontos do primeiro classificado!
Foi certamente a desunião, a chamada crítica aos jogadores, a certos jogadores e equipa técnica, ou aos dirigentes, aquela que valeu então ao Benfica!...

E depois, que tristeza assistir às marionetes que alinham consoante o parceiro do lado e que nem sequer sabem estar de bem com Deus e com o diabo!

A crítica, mas apenas e só a crítica, tem lugar, tempo e forma. E tem sempre a guiá-la, a conduzi-la, no Benfica, a divisa “todos por um”.
E se a crítica é esta avalanche de gente que, deixando de fazer o que sabia e devia, a sua exaltação à união Benfiquista, e, de repente, se acha também possuída de uma sabedoria muito superior ou só superior à gente que faz, então não sei se é o genuíno Povo Benfiquista que fala ou escreve, ou se parte dele, enfeitiçado pela palrice a que assistimos acerca da coisa pública, não foi contaminado pelo charlatanesco que aí abunda.
Torna-se mais triste ler escritos ou palratórios de certos Benfiquistas cheios de saber fazer e que nunca fazem mais do que escritos e palratórios do que as derrotas que são golpes profundos nos corações dos Benfiquistas.

Eu me insuflei de Benfiquismo um pouco diferente. E escusam de vir com essa de que em democracia – e o Benfica é um clube democrático, por essência – todos têm direito à sua opinião porque eu também sempre tive opinião, mesmo quando ela me dava pauladas – em sentido literal – perseguições e detenções.
No meu Benfiquismo, sempre achei que nos momentos difíceis é que a nossa divisa “todos por um”, a nossa divisa da união, mais precisa é.
É uma divisa que exige sofrimento, sofrimento nas adversidades e, principalmente na exigência da subordinação dos nossos egos ao seu bem mais profundo.

No fim de tudo isto, há sempre os que são tentados a dizer “eu critico mas o meu Benfiquismo é profundo, continuo a apoiar do fundo do coração o Benfica, o Benfica para mim é tudo”.

O Benfica, realmente, é e deve ser tudo para os Benfiquistas, nunca os homens que o servem em determinado momento, conquanto estes, enquanto actuem como representantes do Benfica, sejam o Benfica a agir e, consequentemente, têm de ter, nessas circunstâncias – e só nessas circunstâncias – o apoio, a união de todos os Benfiquistas.
Um apoio e uma união que não são a esses representantes mas a quem eles representam, o Glorioso Benfica.

Mas, por amor de Deus, exprimir desunião, dizer mal sob a capa de crítica e do direito de emitir opinião, sem a consequente responsabilidade da propriedade, oportunidade, espaço e tempo, tudo em que se traduz o dever especial de actuar de boa-fé, boa fé nos actos, não nas intenções, e vir depois dizer que se apoia, que nunca esteve em causa o amor pelo Benfica, lembra-me aquele marido – mais nos tempos do acentuado patriarcado – que dá uma carga de pancadaria na mulher e logo a seguir lhe segreda, “eu amo-te”!

Não há nem pode haver união no meio da desunião!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O maluco que pensava que não era maluco

Perguntaram há pouco a Pinto da Costa se ele também seria capaz de fazer um apelo aos sócios para não comparecerem aos jogos que a equipa do FC Porto disputasse em casa dos adversários.
Pinto da Costa respondeu, naturalmente, que não porque, se fizesse um apelo desses, “toda a gente ia achar que estava maluco".

Até parece, efectivamente, que toda a gente anda realmente maluca!
Primeiro, é o próprio perguntão que parece estar maluco!
E não seria tanto por ele também ter tido a ousadia de poder pensar que “toda a gente ia achar que Pinto da Costa estava maluco”, uma vez que é uma pura falácia alguém julgar que acha o que achado há muito está!
A questão da maluquice estaria mais no acto gestionário do conteúdo desse pensamento do que na forma por que este foi apresentado!
Com efeito, só alguém que pareça maluco, ou melhor, que o seja realmente, é que faz uma pergunta dessas a Pinto da Costa! Pinto da Costa responderia sempre da maneira que respondeu!
Mas considero que ainda não é aqui que se deve colocar o devido acento da maluqueira agora em apreciação!

Com o devido respeito pela maluquice da pergunta e da resposta, a verdadeira razão para “toda a gente achar que Pinto da Costa estava maluco” situa-se na análise dos destinatários do hipotético apelo.
Fazer um apelo a adeptos? Mas quais adeptos?!!!

Efectivamente, a meia dúzia de ditos adeptos que acompanham o FC Porto fora da sua coutada no dragão não são adeptos mas possessos de estações de serviço que, por serem de serviço, eles resolvem colocar ao seu serviço, dando umas mocadas de serviço, aqui e ali, e arrebanhando o que querem e o que lhes apetece, para seu serviço.

Onde é que Pinto da Costa ou alguém, que não o maluco do perguntão, consegue lobrigar adeptos do FC Porto nas deslocações da sua equipa?

Aqui há uns anos, Pinto da Costa, extremamente “atencioso” pelas mercês do seu subserviente satélite, bem seco já pelo seu “eucalipto”, a cair de podre mesmo, prometeu os seus “bons ofícios de sumo pontífice”, uma espécie de “extrema-unção” ao defunto, cujo rito “papal” teria por palco o campo de futebol do Farense, o moribundo em agonia, e por “sacerdotes” coadjuvantes a equipa do clube quase finado e a do clube do “patriarca” ofertante do ritual.

Com a solenidade devida a celebrações tão apologéticas e magnificentes, fez-se publicitar em regra as exéquias prometidas, apelando-se aos “fiéis cristãos” que adoptassem a postura caridosa e de fervor beatífico que as “divinais” celebrações e o momento de supremo amargor exigiam.
Era, acrescentava Pinto da Costa na sua qualidade de “patriarca” supremo da cúria da mentira desportiva, um momento de solenidade tal que todos, mas todos os seus fiéis deviam interiorizar com profunda fé na redenção e de carteira com abertura auxiliária que bastasse para a consecução do milagre da salvação do moribundo, seu devotado e submisso servo.

Ainda os ofícios nem sequer tinham chegado ao adro da capela mortuária, já a corte “pontifícia” dos cardeais, bispos e arcebispos, diáconos e cónegos, abades e devotados penetras amplificavam nos seus acordes de bajulação e servilismo a magnanimidade da santimónia prontidão de tão excelso responso!

Celebradas as exéquias, aprestam-se os mordomos e capatazes a abrir a caixa das esmolas. Não que eles, após a notícia confirmativa da concretização do solene momento fúnebre, e perante a quantidade dos “adeptos” comparecentes ao rogatório, fossem “achados por toda a gente de malucos” ao pensarem que os trocos para lá atirados não seriam mais do que isso, uns meros quão tristes e desalentados trocos!
Malucos já toda a gente os tinham achado quando acreditaram nas solenes exéquias do “papa” e mais na substância do seu relambório de orante!
Malucos os acharam toda a gente quando acreditaram em esmolas de adeptos de um clube sem adeptos!

Os trocos encontrados nas caixas das esmolas ordenadas distribuir pelo “papa” e para as quais ele rezara e mandara rezar tantas novenas e responsórios, não deram sequer para pagar à guarda pontifícia.
E o moribundo, tão necessitado dos trocos para fazer mais uns exercícios respiratórios antes de descer ao reino dos infernos a que a secagem “papal” o condenou como condena todos os seus “eucaliptos” servis, lançou os seus últimos estertores … e finou-se!

É verdade que toda a gente “achou que os dirigentes da altura eram malucos”!
Eram malucos quando acreditaram em adeptos de um clube sem adeptos para abrilhantar as exéquias!
Mas já antes toda a gente os achou malucos! Malucos quando eles inclinaram a cabeça e dobraram a espinha, de olhos postados no chão da servitude, e ofereceram o seu clube como mais um sacristão ao “altar do sacrifício” dos caminhos tortuosos e tenebrosos que, impondo as suas verdades à verdade desportiva, o haveria de conduzir, como já conduzira alguns e há-de conduzir outros mais, ao deserto de uma morte anunciada, chupado que fosse quanto baste pelos desígnios da “cúria papal”.

Os dirigentes dos clubes, muitos deles marionetas, novas ou velhas, resistentes das mudanças em prol do restabelecimento da verdade desportiva, todos eles rezavam – e rezam – fervorosamente pela visita do Benfica e do arraial dos seus adeptos.
E, sem vergonha que a fome manda às malvas alguns resquícios de dignidade, se por lá os houvesse ainda, suplicam pela sua “sopa dos pobres”, a “sopa dos pobres” paga pelos arraiais dos adeptos do Benfica e que os vai salvando do naufrágio.

Alguém os ouviu suplicar vez alguma pela visita do FC Porto?
Por que haveriam de suplicar por uma “sopa” de adeptos de um clube sem adeptos?
Não, que eles não querem que toda a gente os ache malucos!

Sem razão, todavia. Toda a gente já os achou malucos, mais isso foi em outros tempos!
Nos tempos em que eles se dispuseram e dispuseram os seus clubes ao servilismo contrário à cristalina verdade desportiva, preferindo os abrigos subterrâneos das migalhas que um dia os levarão à secagem e ao toque a finados.
Depois, bem, depois que peçam auxílio aos adeptos do clube sem adeptos!

De uma coisa, no entanto, podem todos eles estar descansados, Pinto da Costa incluído!
Na sua imensa sabedoria popular, a sabedoria da Sabedoria, nenhum achamento acontece do que achado há muito está!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

PINCELADAS ENCARNADAS

1. O clube do “regime” que os dirigentes dos outros clubes dirigiam

Um dos dogmas que Pinto da Costa consagrou na sua “encíclica” doutrinária, como uma tentativa mais de justificação da desvirtuação da verdade desportiva, foi o “sacramento” da mistificação histórica. Pinto da Costa é, nesse aspecto, o maior inventor, não do século mas da história da humanidade, desde os confins do seu alvor.
Pinto da Costa conseguiu inventar a primeira – e única conhecida – história sem factos ou, para os que quiserem dito de outra maneira, a história dos não acontecimentos históricos!
Mas também por isso é que ele é um “inventor” e não um historiador. Um “inventor” de “estórias” e não um historiador da história.

Mas não é sobre a “estória” da história da fundação do seu clube que agora quero dissertar, sem esquecer naturalmente que foi uma das suas grandes invenções históricas sem factos históricos. É certo que nesta sua “estória” ele conseguiu germinar um filho sem pai e nem tal proeza inventiva Deus no Paraíso conseguiu com Adão, que Deus, é crença dos cristãos, assume-se como Pai de todos e, em consequência, o Pai de Adão. Com Eva já não é bem assim porque Deus confessa que esta já resultou da costela daquele seu conhecido primeiro filho.
O que de novo foi agora magnificamente recordado e defendido – por Carlos Móia – foi “estória” de Pinto da Costa sobre o “clube do regime”, aquele epíteto que ele ligou ao Benfica para justificar as grandes e mui frequentes vitórias deste.

Pinto da Costa pregou e mandou pregar esta história dos não acontecimentos históricos porque os que aconteceram, os que realmente fizeram a história não são, segundo ele e os seus pregadores, factos da história. Por exemplo, já depois de derrubado o “regime”, nos vinte primeiros anos que se lhe seguiram, antes da implantação total do seu “regime democrático” de desvirtuamento da verdade desportiva, o Benfica ganhou só … metade dos campeonatos disputados!...
E era o Benfica um clube do “regime”, não um clube da democracia, principalmente daquela em cuja casa, arguido que esteja, tem honras de festim, um festim ao branqueamento, conseguido pela justiça que o julgou, dos factos que o levaram à condição de réu!

Apesar de tudo, Pinto da Costa não viu as coisas tão brancas assim. No domínio do ilícito disciplinar pelos mesmos factos, ele foi um réu condenado por tentativa de corrupção.
Condenado mas que, neste país dos sem vergonha que assaltam o poder, é festivamente homenageado na dita casa da democracia porque o seu cumprimento da pena é só um faz de conta!
De resto, será que haverá tanta diferença entre os que organizaram e participaram no festim e um condenado por tentar corromper uma verdade, no caso a desportiva?
Tem o povo português, e os Benfiquistas em particular, assim uma tão grande experiência concreta relativamente ao amor à verdade por parte de um político, seja ele qual for?
Não sabem eles, de sobra, que um político raramente cumpre aquilo que apregoa na sua campanha para ser eleito?
Faltar à verdade, ou manipulá-la com mistificações, tem sido, pois, algum factor distintivo entre o cumprimento de Pinto da Costa e o de um político?

O Benfica não foi um clube do “regime” ditatorial salazarista e, para o comprovar, basta que Pinto da Costa o apregoe e mande pregar pelos seus acólitos! A “verdade” da pregação de Pinto da Costa é sempre o oposto da Verdade, daquela Verdade verdadeira!
Agora que o clube de Pinto da Costa tem sido um verdadeiro clube do “regime” da “democracia” que temos vivido, lá isso tem!
E de tal modo que as dúvidas parecem legítimas.
Será Pinto da Costa que se revê na “democracia” que a esmagadora maioria dos nossos políticos pratica e exerce a seu bel-prazer?
Ou será esta esmagadora maioria de políticos que se revê na “democracia” apregoada e praticada por Pinto da Costa e seus diáconos?

Pinto da Costa não quer saber ainda, por exemplo, da existência de dois factos históricos o que é próprio de um inventor de história sem história.
A história fez-se e historia-se com factos históricos como aqueles que nos comprovam que o “regime” tinha no seu seio deputados, membros da União Nacional, dirigentes da Legião Portuguesa e outros bem colocados seguidores de Salazar e do Salazarismo que eram dirigentes e altos funcionários do FC Porto, enquanto os presidentes do Benfica eram operários e sindicalistas que tinham sido deportados e perseguidos pela PIDE.

E a história também se faz de factos históricos que nos comprovam que a “democracia” de Pinto da Costa é a “democracia” da fruta, da compra de árbitros, do pagamento de férias a árbitros, da corrupção desportiva.
Mas não factos históricos para Pinto da Costa! Na sua “democracia”, se alguém lhes chamar factos, então só pode estar a imaginar fantasmas, nem sequer “enganos” porque enganos são factos e a “estória” de Pinto da Costa é uma “estória” sem factos.

É este o seu “regime”, o regime que ele consagrou na sua encíclica da trapaça e da história sem factos históricos.
E, para ele, não podia ser o regime salazarista porque o seu clube foi, durante o período histórico do mesmo, bastante parco em factos que, desportivamente, pudessem de facto ser factos históricos!
E isso é um facto ... e basta ser facto para não ser “estória” de Pinto da Costa!
Assim como é facto histórico o facto que se traduziu na irradiação de um presidente do FC Porto por ter abandonado um jogo de futebol, quando estava a levar uma “cabazada” do Benfica!

Factos, factos ainda, e factos históricos, são igualmente aqueles factos, mais propriamente apelidados de tramóias – e tramóias do “regime” salazarista – que evitaram ter o FC Porto ido parar à segunda divisão!

2. A cópia dos offshores à Vale e Azevedo

O FC Porto diz ter vendido parte dos passes de alguns seus jogadores a certas empresas com nomes difíceis de repetir e escrever. São empresas desconhecidas do comum dos mortais, o que não pode causar qualquer perplexidade.
De facto, nem o próprio jornal do regime “papal”, aquele pasquim a que alguns chamam de “o jogo” mas muitos mais, e com não menos propriedade, apelidam de “o nojo”, conseguiu, na investigação que diz ter levado a cabo, qualquer referência às empresas em questão.
O sigilo bancário também não é para ser devassado!

De todo o modo, e aproveitando um tipo de sugestão à Miguel Sousa Tavares, hoje consagrado na sua “(des)nort(e)ada”, coloco eu também a minha hipótese, na forma, que não no conteúdo.
Miguel Sousa Tavares mostra-se renitente em acreditar na hipotética notícia sobre as clareiras do Dragão, no caso de os bilhetes exigidos pelo Benfica não serem postos à venda. E, claro, vai avançando com (presuntivos) aconselhamentos à direcção do Benfica, o que não admira porque a arte do aconselhamento foi em primeiro lugar doutrina consagrada pelo “patriarca da cúria” e mui abençoada pelos juízes-pilatos – ou pilatos-juízes? – que foram chamados a julgar da bondade desta nova doutrina.
Uma doutrina que muitos dizem ter sido um óptimo desenrascanço do coiro, tão óptimo que logo o primeiro conciliábulo do tribunal de Gaia o consagrou na sua doutrina do “lava-pés”, perdão, do “lava-mãos”, que de Pilatos não é dito ter lavado os pés.

Mas eu não copio, como disse, o conteúdo, apenas aceito a forma. Perece-me bem, pois, que Pinto da Costa e seus apóstolos no governo da corrupção desportiva, ao menos na tentada por obra e graça de uma benevolência que os deuses estão sempre atreitos a conceder a um “papa” mesmo que da mentira, talvez tivessem pensado que o exemplo dos offshores à Vale e Azevedo não teria forçosamente de conter só contras! Afinal, Vale e Azevedo, até agora pelo menos, parece que se não deu mal de todo porque sempre lhe ficaram pagas umas prestações do iate e mais uns furos!
Quem parece estar ainda a “arder” com as massas é o Benfica, mas quem vier de trás que feche a porta!
E há-de vir alguém de trás de Pinto da Costa, que até mesmo um “papa” é um ser finito!

Além do mais, quem se não lembra da enormidade de comissões pagas pelo FC Porto a intermediários?
Em tempos, algo recuados mas sempre presentes, houve quem – José Veiga – questionasse o destino de muitas dessas comissões, o que lhe valeu a natural excomunhão.
Seja como for, com a razia de impostos que vem a caminho, nada mal pensado que certos dinheirinhos se ponham a coberto da avareza do fisco português.

3. O (apos)tolito do ridículo e o ridículo da sua gaffe do ridículo

Há desde há pouco um certo miúdo traquinas a quem, no meio das suas naturais brincadeiras de puto marado, puseram uma gravata e ensinaram a ter um ar superior. Naturalmente que a sua catequese não vinha só de agora mas a verdade é que ela está a apresentar algumas brechas que, se não o tornam ridículo, a ele, puto ridículo, tornam ridículo um “papa” que, sendo ridículo, é mais conhecido pela prática de “doutrinas” sobre as “verdades” dogmáticas do seu reino, “verdades” que nada têm de comum com a verdade desportiva ou parental.

O puto ridículo cometeu uma gaffe. Não, não me refiro ao diz que viu o que não viu, ou ao diz que existiu e nunca nado foi!
Refiro-me à falta de conhecimento do seu ridículo quando achou ridículo ameaçar faltar a uma taça da liga.
A quem é que o puto ridículo se estava a referir?
Pode ser difícil de aceitar mas não é difícil de acertar!
O (apos)tolito ridículo referia-se, sem a mínima dúvida, ao seu “patriarca”, dada a agora sua maior proximidade com o centro dos “ofícios papais”.
Com efeito, sendo um puto ridículo considerado já tão exemplarmente entendido na matéria – do ridículo – certamente que ele não se iria esquecer de quem foi o seu ridículo antecessor porta-voz do ridículo e o conteúdo ridículo da mensagem que lhe ordenaram difundir como um ridículo capataz e que ele, ridiculamente amestrado da sua obrigação do ridículo, do ridículo deu conhecimento.

Mesmo tendo em conta que o (apos)tolito era ainda, nessa altura, um ridículo puto de cueiros, certamente que ouviu Soares Franco, tão ignorantemente ridículo do seu ridículo papel de porta-voz do ridículo, a revelar a toda a gente que Pinto da Costa lhe telefonou, avisando o seu subalterno de que o “FC Porto poderá não comparecer quarta-feira em Alvalade, no jogo das meias-finais da Taça da Liga de futebol”.

Parece-vos, Benfiquistas, que é o cúmulo do ridículo ter o puto ridículo vindo agora a público, com o seu ridículo, reavivar o ridículo do seu ridículo “papa”?
Não é!
É apenas o realçar do ridículo de um (apos)tolito do ridículo!

4º O apelo à salvação do eucalipto que se elogiou eucalipto.

Compreende-se que José Manuel Delgado venha apelar ao Benfica, ao Sporting e ao FC Porto para darem uma mãozinha e ajudarem a salvar o Belenenses.

Compreendo o apelo. José Manuel Delgado até me parece um Benfiquista, jogou futebol no Benfica mas ganhou a sua notoriedade futebolística ao serviço do Belenenses.

Como Benfiquista, porém, não posso apoiar este apelo. O Belenenses também foi um clube que em tempos alcançou a sua maioridade e independência. Foi um grande por direito próprio.
Desejou o papel de subserviência ao reino do desvirtuamento da verdade desportiva, em troca de promessas de migalhas de jogadores?
Não quis colocar-se do lado da luta pela defesa da verdade desportiva?

Fez a sua opção!
Optou por ser mais um eucalipto da mentira e da subversão da verdade desportiva, “sibi imputat”!
Era maior e vacinado, já devia saber o que acontece aos eucaliptos da mentira e da tramóia desportivas! Nunca devia ter pensado que a secagem, quando não interessasse mais, só atingia os clubes de proximidade!

Sim, bem sei que ainda há pouco houve um seu presidente que, com os presidentes do Benfica, do Sporting e do Marítimo, assinou um manifesto de luta pela verdade desportiva.
Mas também sei que ele foi corrido e que o speaker do Belenenses entoava e pedia aos seus pares para entoar loas ao “papa” da corrupção desportiva.
A ele se dirija o pedido de esmola!

O Sporting, se quiser, que ajude também mas ele nem para si tem!...
Já poderá ficar muito satisfeito, se lhe não acontecer o mesmo!...

Quanto ao Benfica, que o Belenenses assine primeiro uma profissão de fé pública a favor da verdade desportiva, denunciando concomitantemente as manigâncias “papais”!
Que diabo, na minha aldeia e na minha infância, pobre que se prezasse, se queria esmola, começava por rezar um pai-nosso e uma ave-maria, acompanhados dos desejos de maiores felicidades para o pretendido esmoler.
E era se queria receber a esmola!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O crime da divulgação das escutas e a santificação do seu conteúdo

Miguel Sousa Tavares, Rui Moreira e alguns mais da sua parelha esfalfam-se no demérito do conteúdo das escutas telefónicas relativas ao apito dourado.
“Ab initio”, a tese assentava somente no facto de a sua divulgação ser considerada crime face à lei penal portuguesa, pouco lhes importando o conteúdo por mais vergonhosos que sejam os comportamentos e as atitudes em que aquele se traduz.
Perante o rumor constante da grande maioria dos ouvintes – que não foram agentes, nem do crime da divulgação, nem das atitudes e comportamentos ouvidos, mas a quem os factos convenceram – Miguel Sousa Tavares e quejandos voltaram-se para a tese de que o conteúdo já fora julgado pelos tribunais, Pinto da Costa e seus parceiros considerados inocentes e absolvidos … e o assunto está encerrado!

Miguel Sousa Tavares, talvez devido à sua dita formação jurídica, tem sido o mais acérrimo defensor desta tese, gostando muito de acentuar o termo inocentado, ou
“considerado inocente”, e deixando em segundo plano o termo absolvido, com enfoque especial relativamente a Pinto da Costa.
Nada, porém, sobre as causas e o conteúdo da hipotética “declaração de inocência” e consequente absolvição.

Convém que se sublinhe desde já que, muito antes e acima dos juízos feitos pelos juízes de uma justiça em quem a confiança já não confia muito, existem juízos de consciência, tribunais de uma consciência individual e ou comum. E estes, tendo o direito natural de julgar por serem eles a exclusiva matriz dos Valores Éticos, do Direito e da Justiça, que desejam consagrados por um qualquer tribunal em concreto, podem julgar de forma diferente dos tribunais comuns porque a Justiça, como sentimento imanente dessa comunidade, está acima de uma aplicação de justiça que o cônscio sentimento natural do viver comunitário pode considerar injustiça.

Respeitar as decisões assim convictamente formadas, como sendo individuais e subjectivas dos julgadores que as proferiram, não significa minimamente que com elas se possam conformar as consciências de todos os membros da comunidade e que estes as considerem justas. É lícito a essas consciências expressarem a sua discordância, que ninguém está acima da crítica, nem sequer a corporação dos julgadores, simples mortais sujeitos igualmente ao erro.
De resto, o respeito pelas decisões dos tribunais positivos será tanto maior quanto estas consigam convencer, que a confiança não se impõe, conquista-se!

Tratando-se ainda por cima de uma absolvição com base no princípio “in dúbio pró reo”, a insegurança dos juízos de valor jurídico-penal proferidos, face à realidade dúbia, pode exacerbar-se, sendo a exigência da certeza jurídica um princípio do direito positivo, é certo, mas não uma exigência do direito natural imanente às consciências individuais e ou colectivas.
E não se pense que esta incerteza última é geradora do caos porque ela não é uma emanação ontológica mas provém, exactamente, da intuição duma incerteza no aplicar da justiça positiva, ou seja, daquela justiça aplicada em concreto.

O princípio “in dubio pro reo” não proclama uma inocência mas apenas que, perante a prova dos factos trazidos ao conhecimento dos julgadores “in casu”, não se formou uma convicção nestes mesmos julgadores que os impelisse à declaração de culpabilidade!
Dito de outro modo, este princípio significa que não se provou uma culpabilidade! Não significa que se provou uma inocência!
Por força do mesmo, não se declarou uma inocência, declarou-se uma não culpabilidade!
Não estamos, como pretende Miguel Sousa Tavares, perante uma dicotomia culpado-inocente!
Estamos perante uma dicotomia culpado-não culpado!
Na primeira, ou se provou a culpabilidade do réu, ou se provou a sua inocência!
Na segunda, ou se provou a culpabilidade do réu ou não se provou a sua culpabilidade!

O princípio “in dúbio pro reo”, acentua-se, é uma consequência natural do princípio da presunção de inocência do arguido ainda não julgado e condenado pelos tribunais penais!

Sublinhe, pois, que os próprios julgadores dos casos concretos nem ficaram convencidos de que as atitudes e comportamentos escutados tipificavam os crimes de que os réus vinham acusados, nem ficaram convencidos de que essas mesmas atitudes e esses mesmos comportamentos os não tipificavam!
Ficaram, ou quiseram ficar, na dúvida e houveram por melhor daí lavarem as mãos!
E não é de causar grande espanto, sendo certo que, lá por perto daquela gente ouvida graças ao youtube, gravita um inconfundível Pôncio!
Faltavam apenas os Pilatos … mas agora já não!

A presunção de inocência também não é um princípio de conteúdo absoluto, não condena nem absolve ninguém, apenas se baseia num sentimento civilizacional plasmado nas sociedades actuais de matriz cultural ocidental de que “mais vale um preso em liberdade do que um inocente na prisão”.

O tribunal da consciência, consciência colectiva e ou individual, é bastante severo porque, se é verdade que os princípios que enformam um direito penal, e um consequente tribunal destinado a aplicá-lo, são emanações de valores ético-jurídicos culturalmente enraizados na comunidade de que emanam, estes valores são muito mais exigentes no seu sentimento de Justiça do que o seu plasmar nos juízos de um julgamento efectuado por quem não deixa de ser enquanto tal, e está demasiadamente esquecido, um mero representante dessa mesma comunidade.
E é tanto mais severo quanto menos confia nos juízos e convicções de suporte, retirados da absorção de uma análise a um testemunho concreto, ou à falta dele.
Não se trata de julgamentos populares “stricto sensu” mas de sentimentos colectivos, populares, se quiserem, de injustiça.

Acusam estes arautos da defesa da ilegalidade da divulgação das escutas que o processo apito dourado foi uma invenção, essencialmente de Luís Filipe Vieira, Leonor Pinhão, Maria José Morgado e Carolina Salgado.
Neste caso, nem sequer houve escutas, nunca qualquer dos presuntivos “réus” foi detido para investigação, nunca nenhum deles foi constituído arguido, acusado ou levado a julgamento, julgado e condenado.
Só que, agora, a virgindade que aqueles comentaristas tanto apregoam nos autores do conteúdo escutado já não tem cabimento porque a tese da cabala se sobrepõe e não contempla na sua “eticidade” qualquer princípio, seja ele o da presunção de inocência, seja ele o do “in dúbio pró reo”.

Além do mais, repisam que a testemunha, Carolina Salgado, a durante vários anos dilecta – destes arautos – “primeira-dama” do clube condenado por corrupção desportiva tentada, não tem o mínimo crédito por ter sido uma alternadeira.
E, de facto, até foi uma alternadeira do seu idolatrado presidente igualmente condenado na justiça desportiva pelo mesmo ilícito disciplinar.

Este tema da credibilidade das testemunhas, tão apaixonante para Miguel Sousa Tavares, é, para ele ainda, um axioma relativamente a Carolina Salgado. Já nem se importa até que, recentemente, tenha havido um tribunal em que o respectivo juiz manifestou dúvidas convictas sobre se Carolina Salgado não teria, de facto, ouvido a conversa entre Pinto da Costa e António Araújo a tratarem da fruta para o árbitro que ia dirigir o encontro Estrela da Amadora-FC Porto.
A testemunha, Carolina Salgado, que se pretendia condenar por “falso testemunho” ao ter referido essa conversa, foi absolvida desse crime.
Afinal, houve pelo menos um juiz que, se não concedeu expressamente credibilidade ao testemunho de uma “alternadeira”, também lhe não retirou essa mesma credibilidade. Concedeu-lhe, no mínimo, o benefício da dúvida!
Só Miguel Sousa Tavares nunca teve dúvidas de que, sem dúvida, aquele testemunho não tinha a mínima credibilidade!
E a credibilidade do testemunho de Carolina Salgado também foi julgada e absolvida por um tribunal em que vinha acusada de … falso testemunho!

Mas é natural que este facto não conste das
“estórias” de Miguel Sousa Tavares, que – ao que dizem – em termos de rigor histórico, tem uma certa apetência para contar essas mesmas “estórias”!
A realidade histórica é, obviamente, escamoteada e isso, quando convém, não bule com nenhum dos princípios que ele tanto propagandeia.

Credíveis, credíveis, são os testemunhos de um juiz, o senhor juiz Mortágua que confessa ser um louvado, com experiência própria, do valor subornável de um árbitro, bem com os de um senhor que dizem chamar-se Paulo Lemos, um senhor que, igualmente segundo a comunicação social, foi detido há muito pouco tempo pela GNR do Algarve.
A fazer fé – não auto de fé, Dr. Rui Moreira – no que relata a mesma comunicação social, parece que este senhor agora detido teria “testemunhado”, à paulada e até à morte, a cabeça de um seu semelhante.

O Dr. Rui Moreira não admite, no que concerne ao conteúdo das escutas do apito dourado, que haja um tribunal da consciência individual e ou colectiva.
Mas não foi em nome deste tribunal que comentou e declarou que o Primeiro-Ministro já não gozava da confiança dos portugueses, ele, Primeiro-Ministro, que nunca foi constituído arguido, acusado ou julgado?
Já não constitui auto de fé esse seu comentário público sobre o Primeiro-Ministro?

Mas se o Senhor Primeiro-Ministro já não goza dessa confiança, atentos os factos conteúdo das escutas do processo “face oculta”, o Senhor Desembargador, Presidente da Secção Cível do Tribunal da Relação de Guimarães, certamente que ainda mantém intacta a confiança em si dos que à sua jurisdição recorrem e hão-de continuar a recorrer!
E isto, apesar de também ter sido apanhado nas escutas do apito dourado!
O Senhor Desembargador nunca foi, do mesmo modo, constituído arguido, acusado ou julgado. A julgar pelas experiências, todavia, não será incoerente que se pense que esse Senhor Desembargador sempre gozaria – e certamente que goza, na douta opinião do Dr. Rui Moreira – dessa inteira confiança.
O que é significativo e imoral no apito dourado, não em outros processos, não é o conteúdo das escutas, mas a sua divulgação! Esse conteúdo de escutas, de outras escutas, já o é – significativo e imoral – relativamente ao Primeiro-Ministro!
Ainda que a sua divulgação, num caso e noutro, seja considerado crime pela lei penal portuguesa!

A terminar, é de reflectir sobre o conteúdo da frase, “a violência não se desafia, combate-se em todas as frentes, sem hipocrisias”, como escreveu ainda agora o Dr. Rui Moreira.
Mas parece que se não deve esquecer que ela, a violência, às vezes se combate à paulada, e que o testemunho do “pauliteiro” em causa nem por isso deixa de ser credível!
Outras vezes, combate-se fugindo de rabo entre as pernas, coisa a que os nossos avós chamariam, enfaticamente, de cobardia!

Quando escasseiam argumentos para enfrentar o óbvio, o melhor é dar à perna ... que a falta desses argumentos já é de si uma “violência” inaudita e “imoral”, entranhada ela, essa violência aos sãos princípios de uma verdade desportiva, no conteúdo das escutas do apito dourado, embora a contragosto do fugitivo!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dias Ferreira – o mártir de sangue azul

Dias Ferreira é um muito dilecto adepto – e agora também dirigente – da agremiação desportiva dita de sangue azul, de sangue de viscondes e viscondessas que já nesse tempo, no tempo da sua parturição, começavam a sentir os bolsos surrados de tanto as mão neles enfiarem à procura dos últimos vinténs de uma nobreza em declínio.
Esta agremiação desportiva que, na gíria futebolística actual tem a alcunha de satélite de estimação do clube do reino da corrupção desportiva pela qual este último já, aliás, foi meigamente condenado, é designada nos meios mais atreitos à formalidade de Sporting Clube de Portugal.

Antes de avançar na descrição mais objectiva dos martírios por que, nos últimos tempos, tem passado Dias Ferreira, o mártir de sangue azul – falamos dos de origem física, naturalmente – faça-se um interlúdio para melhor explicitar uma afirmação adjectivante que, aos olhos dos menos atentos, será pouco condizente com a realidade, não aquela realidade que se plasma aos olhos de todos no quotidiano, mas a que se desenrola na escuridão onde se delineiam os caminhos da manigância, da tramóia e dos chistes que são “elogiosos” e “prestigiantes” mais de quem os profere – uma visão real, não virtual que o seu espelho lhes dedica – do que dos seus potenciais e queridos destinatários.
Refiro-me ao qualificativo “estimação” que faz recordar os mimos com que Pinto da Costa presenteou – em conversas privadas com seus amigos de serviço – nomeadamente um Senhor, ao que dizem, com letra grande e chamado “Paulinho”, e um senhor que aquele presenteador mimoseou como “o cavalo branco” e que, se a memória me não atraiçoa, como julgo certo, se refere à actual pessoa do Presidente do Sporting.
A “estimação” é, por conseguinte, mais destinada aos que mendigam as migalhas e que aprenderam alegremente o “quanto mais me bates, mais gosto de ti”, que um olhar de caridade compassiva é suficiente para lavar da memória os eventuais maus tratos do amo.

Dias Ferreira, o mártir de sangue azul, tem sido – ninguém o duvida e os sportinguistas ainda menos, sob pena de ingratidão – um bom aluno e defensor da vassalagem da migalha. Não merecia, pois, que os sportinguistas fizessem dele o saco de treino das artes pugilísticas onde os seus confrades, à míngua de sangue azul com que ainda muitos se tentam pavonear na actualidade, vão descarregar as suas naturais frustrações, de resultados e de vinténs para os obter.
Além do mais, a Dias Ferreira, o mártir de sangue azul, as poucas coisas que lhe podem apontar nem sequer deveriam ser merecedoras de castigo! Dias Ferreira, o mártir de sangue azul, tem, efectivamente, sido um mui digno assertor da doutrina da subserviência do acordo Roquette-Pinto da Costa e nem sequer tem especiais responsabilidades na condução dos destinos rumo à falência do seu clube de sangue azul.
De resto, ainda por falar de sangue azul, Dias Ferreira, o mártir de sangue azul, tem a seu crédito precisamente o manter bem na memória das gentes esse sangue – azul – que presunçosamente também afirma correr nas veias de um clube tão moribundo quanto esse sangue azul de que se tenta pavonear.
Tudo isto deveria ser motivo para que, em vez de saco de treino das decepções dos seus confrades, lhe prestassem o devido louvor de “dragão do ano” ou coisa parecida.

E a que é que temos assistido?
Dias Ferreira, o mártir de sangue azul, quis em devido tempo candidatar-se à direcção dos destinos do seu clube.
Recompensa?
Um arraial de porrada seguido de um trambolhão nos degraus de uma escada, acompanhados do aviso de “amigos” – quem te avisa, Dias Ferreira, mártir de sangue azul, teu amigo é – para retemperar a sua pretensiosa ambição e ir em busca de outros condimentos.

Mais hodiernamente, investido apenas na mera e simbólica função de tentar conduzir os destinos de uma assembleia cheia de azedume pela falência dos resultados desportivos e pela falência económica que o seu clube apresentava, pecado que em tão propagandeada descendência de sangue azul é imperdoável, lá tem de ser de novo martirizado, não pelo fogo em auto de fé como recearia o Dr. Rui Moreira, mas pela chapada e à joelhada.

A ter alguém de ser mártir de sangue azul – não falamos, como é óbvio, do martírio dos adeptos – então era Espadinha quem mais o merecia! O senhor actor não apenas se apresentou vestido de ganga à maneira da “populaça” de sangue vermelho, sem gravata, fato engomado com colete e tudo, como era e soava de boa praxe, mas ainda teve o descaramento de disso fazer gabarolice!
Tratou-se de uma apresentação “à lampião” com muita a honra – para nós, Benfiquistas – sendo sabido que até é possível algum dos surradores ter gritado a Bettencourt, “não ao apoio a Fernando Seara para Presidente da FPF”!

Mas, pasme-se, Espadinha escapou à surra, Dias Ferreira, o mártir de sangue azul que nada fez para o merecer, esse foi corrido à chapada e à joelhada!
Bem, é o preço dos mártires, que não é mártir quem quer!

Dias Ferreira sabe que o clube planeta, à volta do qual o seu gravita em busca das migalhas que sobram, é dirigido por um chamado “papa” que mentiu ao próprio Papa, o verdadeiro, e foi condenado faz de conta só na justiça desportiva da ocasião por uma corrupçãozita na forma tentada.
É um “papa”, pois, um bocado diferente dos outros Papas, os verdadeiros. Estes, condenam-se à santificação pelos seus pergaminhos, sacrifícios e boas obras. Aquele, luta por não ser condenado conforme às exigências das suas manigâncias.
No entanto, todos eles obtêm a satisfação dos seus anseios. Se os Papas, os verdadeiros, são condenados à santidade, o “papa” da mentira é “condenado” às indulgências ajuizadas da nossa justiça civil.

Se o Senhor, Dr. Dias Ferreira, conhece estas escapadelas indulgentemente ajuizadas, por um lado, e estas santificações, por outro, por que não lança o seu grito do ipiranga, «basta de ser o mártir de sangue azul, eu que até me revezo nas juras desse sangue azul, generescente de viscondes e degenerescente no hodierno abraço “papal” da corrupção desportiva que o nosso clube subservientemente acordou»?!

Perante todas estas safadezas injustiçadas, até já estamos convencidos que Dias Ferreira, o mártir de sangue azul, quer mesmo ser o mártir de sangue azul. Mas também estamos completamente convencidos de que, com o seu martírio, nem consegue a condenação à santificação dos Papas, os verdadeiros, nem consegue a absolvição e as indulgências ajuizadas de que beneficiou o “papa” mentiroso.
E temos de ir suportando, de vez em quando, a notícia da sua martirização, ainda por cima tornada efectiva por agentes de sangue azul. Ou azul advindo da sua gabarolada génese, ou daquele mais moderno azul que provém da sua degenerescência subserviente.

Com franqueza, Dr. Dias ferreira, mártir de sangue azul! Para nos facilitar a passagem do tempo em boa disposição, já nos bastam as cambalhotas desportivas do seu subserviente clube!
Sem esquecer os “admiráveis” sketchs de Bettencourt, bem entendido!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

MADAÍL E O PENDURA

Sempre afirmei que Carlos Queirós não me parecia ser um treinador com carisma para comandar uma equipa de futebol adulta. Não é que perceba mais de futebol do que o comum dos mortais, aquele “comum dos mortais” que aprecia, mais ou menos, futebol. A minha sensação advém-me da análise que faço dos resultados desportivos da sua carreira de treinador, tal como de algumas análises de pessoas com conhecimentos, tudo isto dado a conhecer pela comunicação social.

Queirós deu uma ideia muito positiva das suas capacidades com as selecções jovens. Deixou a desconfiança com o seu trabalho de treinamento dos seniores do Sporting, conquanto por tais alturas este clube despedisse um treinador como quem muda de camisa. Essa desconfiança foi subindo de grau com a sua primeira passagem pela selecção sénior de Portugal e não se pode afirmar que tenha agora superado os limites porque já lá havia chegado antes.
De facto, a sua chamada a treinador do Real Madrid, ainda mais sob a cobertura de um senhor – penso eu – de futebol como o director desportivo deste clube, confundiu-me. Será que Queirós é assim tão mau treinador?
Afinal, ele até é um adjunto de um treinador de renome!
O resultado, porém, dissipou a confusão.

Madaíl e os seus parceiros da direcção federativa, apesar de tudo isto, contrataram de novo Queirós para dirigir tecnicamente a selecção sénior portuguesa. Na altura, não lhes importou o “curriculum” real e sim, ao que parece, o “curriculum” virtual.
Queirós, pelos primeiros acolhimentos de certos clubes, pela sua reverência e subserviência aos interesses destes e pelas loas musicadas ou graficamente cantadas pelos habituais louvaminheiros do sistema da corrupção desportiva, desafinou chocantemente do belicoso “sargento” seu antecessor.
Queirós era o treinador desejado pelo sistema e os desejos do sistema são volúpias para os ouvidos de Madaíl.

Soube-se agora que o seu comparsa de direcção e dito director com o pelouro das selecções não teve o mesmo voto na matéria relativamente à contratação de Carlos Queirós. Mas a pública confissão do próprio, fonte do conhecimento, tem de ser entendida habilmente, que ela só surgiu após toda esta rebaldaria mal cheirosa a empurrar p’ra sanita, sem gastos excessivos, pelo menos, de papel higiénico, aquele que, tendo naturalmente muitas culpas no cartório, foi querido como bode único expiatório, estando longe de o ser.

Sacudir a água do capote é um dom que parece imanente à maioria daqueles que se auto apelidam de chefes nas honrarias e de vítimas nos desatinos. Seja como for, Amândio de Carvalho, neste especial “affaire”, não se ofereceu como besta de pendura da solidariedade decisória com que Madaíl talvez contasse e deixou este mais dependurado ainda na responsabilidade da contratação.



Tenho ouvido alguns elogios à obra futebolística de Madaíl, inclusive vindos do Presidente do Benfica, os quais até deixaram ufano o elogiado, mesmo lastimando-os de tardios. Quanto a mim, devo ter andado muito distraído.

Não, não é à falta de obra de Madaíl, que este tem servido de “amparo” conveniente ao sistema, seja, designadamente, nos assessores que convida para conselheiros da sua justiça, peritos em “golpes de estado” preparatórios de decisões a jeito e a feitio dos seus amos, seja naqueles que consegue apoiar – se não mesmo propor – para órgãos decisórios do futebol internacional.
Estou a recordar-me, nomeadamente do louvado da mercadoria arbitral, juiz Mortágua.


Recordo-me ainda da “excelente” obra feita em prol do sistema plasmada no não prolongamento do melhor seleccionador nacional pós José Torres, o Bom Gigante. Aquele seleccionador que, digam o que disserem, conseguiu o feito de maior brilhantismo pós campeonato do Mundo de 1966, em Inglaterra.
Falo de Humberto Coelho que conseguiu, no campeonato europeu de selecções na Holanda-Bélgica o meritório terceiro lugar, depois de exibições e vitórias esplendorosas – 3-0 à Alemanha a jogar com os suplentes – a que nem a derrota no prolongamento contra a campeã do mundo e futura campeã da Europa, fruto de um penalti muito discutido, pôde trazer o mínimo ofuscamento.

Em termos de realidade, o segundo lugar do “sargento” é superior na tabela classificativa usada. Se pusermos, porém, em confronto as circunstâncias reais que rodearam um e outro campeonato da Europa, pelos ambientes dos jogos, pelas selecções presentes e sua pujança futebolística na altura, parece-me que a conclusão sobre as dificuldades potenciais que, à partida e no desenrolar das competições, se verificaram, não pode ser diferente.
Portugal ficou em segundo lugar a jogar em casa e contra uma equipa desconhecida e objectivamente mais pobre em termos de potencial futebolístico.
Portugal ficou em terceiro lugar na Holanda contra o país organizador, uma Itália fortíssima, uma França campeão do mundo em título e que viria a sagrar-se a campeã desse europeu.


Madaíl, porém, dependurado nos êxitos da selecção, mais obra quis apresentar! E que melhor obra do que aquela que consagrava seleccionar da turma das quinas um treinador que pertencia ao cerne do sistema? Um treinador que depois fez a figura que fez na fase fina do campeonato do Mundo Japão-Coreia do Sul? Um treinador que até Madaíl se viu obrigado a demitir por não poder, naquela bagunçada de que ele foi o primeiro responsável, ser o pendura dos resultados das selecções nacionais?
Falo, como já deveis ter adivinhado, do treinador António Oliveira, o mano de Joaquim Oliveira. Não aquele António Oliveira (Toni), co-seleccionador, que este de igual modo conseguiu, com seus pares, o terceiro lugar no campeonato da Europa, em França, curiosamente, perdendo também contra o país anfitrião que se sagraria o futuro campeão europeu.

Tão distraído tenho andado que, de obra boa – para além da nomeação de Humberto Coelho seleccionador nacional, obra boa que depois conspurcou – só descortino o ter chamado para deslindar o “golpe de estado” da sua justiça máxima o Prof. Doutor Freitas do Amaral, pela confiança, depois comprovada, no elevado saber do distinto Mestre de Direito.

No rescaldo do campeonato do mundo e de toda a seguinte chafurdice bem conhecida e ainda não esquecida, supomos, pela maioria do povo futebolístico nacional – sabemos, é certo, que não esquecida pelas associações distritais de futebol, com a do Porto à cabeça, apenas porque estas nunca de tal se lembraram, nem lembrariam – Madaíl deu declaradamente a entender que se não recandidataria.
Madaíl, pendura dos resultados da selecção nacional, não tinha a quem se pendurar.
Mas os amigos não dormem. Há que arranjar uns processos, trocar uns passos, desfazer anteriores declarações – houve responsáveis, e responsáveis chefes, que, num primeiro momento, afirmaram mesmo que o controlo anti-doping da Covilhã decorrera normalmente – e condenar somente o seleccionador pelo desarranjo bafiento da porcaria, de modo a salvar os chefes responsáveis, conquanto as suas fatiotas continuem a libertar um cheiro insuportável a mofo.

Arranja-se o bode expiatório, contrata-se novo treinador e os resultados – apenas dois mas importantes, para a selecção e para o pendura da selecção – estão prontos a ajudar à memória do povo, que tais penduras e chefes querem e dizem alegremente curta, numa memória ainda mais curta.

É neste cenário que interrogam de novo Madaíl sobre a sua candidatura. Néscios que baste, os interrogadores ainda vêm com o palavreado de que Madaíl “não confirma se vai ou não recandidatar-se”. Madaíl respondeu claramente que sim, que se recandidataria!
De facto que raio quer dizer, “recandidatar-me não depende apenas da minha vontade, mas de quem me pode eleger, que são as associações distritais e demais membros da assembleia-geral da FPF”, quando praticamente todas, as maiores à cabeça, já apelaram a essa recandidatura?
Madaíl já pode dependurar-se de novo nos resultados da selecção,nas reconfortáveis expectantes aspirações de qualificação da selecção. Está nas suas sete quintas, já nada lhe falta! Água sacudida do capote, apelo pungente, conquanto algo suposta e ensaiadamente humilde, à memória curta das gentes, ei-lo sempre pronto para continuar a sentar-se no tacho das honrarias e devidamente vacinado com a vitimização contra os desatinos.

Quem não gostou foi Baía que já estava a fazer a cama, o trampolim directo ao tacho e ao poder. Coitado do rapaz, há uns dias só tinha tempo para os seus afazeres, para as suas escolas, para as suas fundações. Depois, passou a ter tempo para dedicar todo o tempo – não é o exigido pelo cargo? – a presidente da Federação.
A “sua” Associação – de Baía – apressa-se na publicitação do seu apoio a Madaíl. O “sumo pontífice” que tudo manda, envia os seus mandaretes e fica-se pela calada, uma calada que só as escutas tornaram falada.
Percebe-se a intenção, a prática é conhecida e costumeira, foi assim com a presidência da Liga. O sistema está contente com Madaíl mas, pela sombra, vai preparando alternativa mais da casa, fazendo de conta que não é nada com ele.

Baía já arranjou tempo, já até arranjou tempo para criticar. E vem-se com a ilegalidade de uma Federação que ainda não adequou os estatutos. Ali tão perto, o rapaz – creio que vive lá pelos mesmos becos esconsos onde as tramóias se vão “amassando” – e ainda não descobriu que o grande culpado pela ilegalidade, que só agora que quer o poder e perante o entrave Madaíl lhe veio à memória, é precisamente a sua Associação, que ela, sendo a maior e cheia de experiência sobre as manobras preparatórias do assalto, só não faz com que a Federação entre nos eixos legais porque isso nem lhe interessa a ela, Associação, nem aos donos do sistema, de que ela é um dos grandes “braços armados”.

Fernando Seara disse estar pronto para substituir Madaíl. O Benfica deu-lhe o seu apoio. O sistema espinoteou-se alvoroçado. O Chefe da Associação de Lisboa, subserviente satelizado com o seu clube, alvorotou-se igualmente, num eco desastrado mas bem servido.
Afinal, ser-lhe-ia de todo indiferente apoiar uma candidatura contra o seu maior associado? E ainda por cima, quando o Benfica é, actualmente, o seu único associado fundador, apesar de os mistificadores da história – que no seu clube também os há, embora ainda mais insignificantes do que os do clube amo e senhor do seu – pretenderem, debalde, incluir o Sporting, um mero aderente pós fundação?


Madaíl, o pendura das selecções e da sua (boa) performance, veio terminar com as angústias. O bafio e o mofo continuam de lugar marcado na Federação, o futebol português vai-se anestesiando na mediocridade.
Mas Madaíl mantém o tacho! E julga cumprir um dever, até porque as ainda mais mofentas UEFA e FIFA, de vez em quando, lhe vão reservando uns penachos daqueles que sobram e que o tornam todo empertigado.

Mas Fernando Seara, um Homem do Benfica, também se reverencia perante Madaíl!
Quando é que os Benfiquistas conseguem Benfiquistas dispostos a avançar e a servir o Benfica?
Estamos condenados ao Fado de sermos o Maior e o Melhor e não termos ninguém nos órgãos dirigentes do futebol?