terça-feira, 28 de setembro de 2010

A coacção ou pressão, a influenciação ou a condicionalidade da arbitragem

Montada a máquina organizativa do futebol nacional, através do seu controle pelo único clube de futebol português, com respectivo presidente à mistura, que foi condenado por corrupção desportiva na forma tentada – para os menos acostumados a estes termos, poucos, foi uma condenação por tentativa de batotice da verdade das competições desportivas futebolísticas – só os sequazes, discípulos, mordomos, capazes e simples empregados domésticos da respectiva “cúria papal”, que há quase três décadas domina essa máquina organizativa, é que se julga licenciada para falar sobre arbitragens, suas virtudes e defeitos, seus méritos e deméritos.
A alguns amigos da teia, dobradas as suas respectivas cervizes e após cerimónia do beija-mão “papal – mesmo que alguns, dentre esses, tenham sido previamente presenteados com gozações brejeiras, obscenos “puxões de orelhas” considerados difamatórios ou injuriosos da sua honra, se honra lá morasse, tudo tornado público por via de “edificantes” escutas telefónicas – é tolerado de vez em quando um qualquer arrufo que destoe do monopólio da “cúria”. Doutro modo, só aos “evangelizados” tal permissão é consentida.

Que o Benfica fale das arbitragens é um sacrilégio, um sacrilégio que faz com que a turba do “papa” logo toda se esgadunhe no satanizar e esconjurar com os oráculos da “purificação” do dogma do seu mentiroso representante e “engenheiro” doutrinal máximo, qual sacerdote no afã de exorcizar os demónios que invadem as almas do purismo da sua religião da mentira e da manigância.
Contam para essa novena oratória, em particular, com os ditos treinadores que implantaram nos clubes amigos, satélites em caça das migalhas que sobram da ceia “papal” como se ela fosse a “última ceia” dos favores que esperam em troca de um dobrar da espinha e de um lamber de botas bem ensaiados e melhor representados. Contam ainda com a publicidade fastidiosa de variados lacaios da dita comunicação social que, por vezes com algum esforço, conseguiram domar e domesticar.
A plantação dos treinadores doutrinados e domesticados é uma das peças engendradas na servitude da engrenagem do sistema da máquina supra mencionada, tal e qual os lacaios da comunicação social em que, para amansar os mais destemidamente renitentes, não raras vezes houve necessidade de recorrer a black-outs, boicotes e até zurzidelas no pêlo, enfim, um último mas proveitoso recurso não apenas ensaiado mas praticado com destreza pelas milícias da “corte”, com ou sem guarda Abel, “pidá” ou Madureira, também apelidado de “o macaco”. Estas “coçadelas no pêlo” estão cheias de promessas reais de impunidade total, que elas foram abençoadas pelo “papa” e contra o “papa” não há quem ouse pecar!

Quando o Benfica fala de arbitragens apenas pede que elas sejam isentas, que cumpram escrupulosamente as regras do jogo, acentuando que ele não pede nem deseja favores mas apenas que não seja lesado com o incumprimento grosseiro das mesmas e sob a batuta ou a complacência daqueles cuja função era precisamente o cumprir e fazer cumprir a lei.
Todavia, a máquina organizativa do tal “sistema” futebolístico nacional foi engendrada e montada tendo como especial mas não único desígnio a domação das arbitragens no sentido do favorecimento do clube em redor do qual foi inventada, planificada e colocada em laboração plena.
No sentido do favorecimento directo e no sentido do desfavorecimento do seu concorrente, o Sport Lisboa e Benfica, este desfavorecimento tornado um óptimo favorecimento indirecto que disfarça os objectivos pretendidos da falsificação completa da verdade desportiva e conduz às “vitórias” da contrafacção de campeonatos que podem assim ser facilmente comprados nos supermercados, tal como Sir Alex Ferguson, mesmo lá de longe, não deixou de notar, tão flagrantes são as tramóias e as falsificações corruptas dessa mesma verdade desportiva futebolística.
Por isso, os sequazes do “papa” se aprestam na sua carpidura de virgens ofendidas pela ousadia do assomo na abordagem não autorizada de um tema de marca registada pertencente ao seu monopólio da batota desportiva, logo que o Benfica tente beliscar esse monopólio.


Sejamos claros com as palavras e os ditos. Quando o Benfica pede isenção às arbitragens, quando o Benfica reclama por ter sido gravemente lesado pelo não cumprimento grosseiro das leis do jogo que tem por objectivo e se concretiza no essencialmente consequente desvirtuamento dos princípios da verdade desportiva, quando o Benfica diz claramente que não quer ser beneficiado mas também não quer ser prejudicado como o tem sido e contra o qual se insurge, é inteiramente verdade que está a tentar influenciar a arbitragem, que esta objectivamente a tentar pressioná-la, a tentar condicioná-la.
Todavia, está a tentar pressioná-la, influenciá-la ou condicioná-la para que ela aplique correctamente as leis do jogo, cumpra e faça cumprir rigorosamente as regras regulamentares, e seja um veículo essencial de uma verdade desportiva e não o “motor” doutrinado precisamente para o completo desvirtuamento dessa verdade.

O Sport Lisboa e Benfica acentua, com reiterada e elevada ênfase, que não quer ser beneficiado, o que é um seu dever, mas que também não quer ser prejudicado, directa ou indirectamente, o que é um seu legítimo direito.

É fácil, assim, classificar o relambório dos empregados domésticos da “cúria papal”, treinadores com lugar de bancada nessa declamação de ordinarice. Quando repetem vezes a fio o mesmo oráculo dogmático de que a intervenção do Benfica condiciona, pressiona, tentando influenciar a arbitragem – num pulhismo de mensagem que muita comunicação social replica “ad nauseam” – eles é que estão, bem objectivamente, a pressionar e a condicionar a aludida arbitragem.
E a condicionar a arbitragem precisamente no sentido da manutenção do “status quo ante”, isto é, na continuação do favorecimento execrável e espúrio, directo e indirecto, de um clube que não sabe ganhar com regras limpas, claras, isentas e imparciais.
Todos esses magarefes do pulhismo, ao contrário do Benfica que só pede a isenção e o cumprimento integral e rigoroso das leis do jogo, doa a quem doer, estes empregados domésticos do “papa”, dizia-se, pedem, o contrário. Pedem descaradamente a continuação da mentira desportiva que o seu amo e senhor implantou e rege impunemente. Condicionam e pressionam a arbitragem para que ela continue a arbitrar como o tem feito, não cumprindo nem fazendo cumprir as regras do jogo, beneficiando o clube que detém o poder de a classificar ou desclassificar, promover ou despromover e prejudicando deliberadamente o seu opositor directo.

O Benfica pede isenção.
Os serventuários da “cúria papal” da corrupção desportiva e putativos donos das carreiras dos árbitros pedem a costumada, continuada e vergonhosa parcialidade arbitral.
Sir Alex Ferguson nem precisou de ouvir as escutas no youtube para chegar à conclusão óbvia, que só a totalmente descredibilizada justiça civil que temos é que não vê … o que não quer ver!

Todo este monopólio abocanhado pelo sistema da depravação da verdade desportiva em Portugal melhor se compreende quando o Sport Lisboa e Benfica, contra tudo e contra todos, se sagra campeão nacional.
Então, os servidores, empregados domésticos, paus-mandados, cardeais, bispos e abades da “cúria papal”, com seu “papa” à cabeça dando a sua bênção “urbi et orbe” aos da sua laia, andam sempre de boca cheia, repetem fastidiosamente que o Benfica “foi levado ao colo” pelos árbitros. Os árbitros, aqueles árbitros que eles dominam e cujo poder de lhes moldar a carreira a eles somente pertence. Árbitros, que continuaram igualmente a favorecer o seu clube na razão directa do desfavorecimento do Benfica, verdade que eles escamoteiam despudoradamente e com a anuência envergonhadamente cúmplice da comunicação social que domaram a seu bel-prazer.
E nem a pretérita oratória “papal” do “campeonato dos túneis” ensombrou tão devotada novena, pois ela serviu essencialmente e apenas para justificar o incumprimento da promessa feita a mortos.
É a prédica dos que, não sabendo ganhar, menos ainda sabem perder.

Sabe-se que muitos árbitros não confessam o seu “portismo” enquanto clube da sua eleição, nem os que, legitimamente, o possam sentir, nem os restantes de inclinação diversa, que serão talvez a maioria, se reflectirem a proporção adepta afecta a cada um dos chamados grandes.
Mas a sua carreira arbitral é uma razão que, mesmo quando sem razão, os faz deslizar num colaboracionismo militante com o poder de a influenciar positiva ou negativamente. Trata-se de condicionamento psicológico que nem todas as fraquezas humanas conseguem suportar e que a “corte papal”, sempre pronta na berraria contra o Benfica, mui respeitosamente silencia.
Mesmo durante o apito dourado os árbitros não conseguiram, ou não o quiseram, demonstrar alguma independência face ao poder “papal”. Talvez já adivinhassem – e face à experiência quotidiana da justiça portuguesa vinda já de alguns anos, nem era necessário ser grande bruxo – que o “papa” e os seus mais chegados fossem absolvidos com distinção e dita falta de provas, no meio de uma abundância delas nunca vista!

Colocar a carreira arbitral em perigo?
Pedro Henriques ainda agora sofreu na pele essa demonstração … e nem sequer era um dos árbitros “infiéis”!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Os “balanços” arbitrais, os precedentes e os ridículos da cúria

1. Dizem que Vítor Pereira inaugurou há dias uma fase inédita de apreciação crítica das arbitragens efectuadas pelos árbitros de cuja nomeação será o principal responsável, dado o seu cargo de Presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP. Também já se disse, ele incluído, que esta apreciação será periódica, abrangendo conjuntos de cinco jornadas disputadas.

O primeiro “balanço” aconteceu numa situação sensível, mesmo para o responsável apreciador, uma vez que se seguiu a uma tomada de posição de força do Benfica contra vergonhosas actuações arbitrais, directamente em seu desfavor, culminando no jogo contra o Vitória de Guimarães onde se assistiu a uma das mais burlescas representações da arte e da artimanha do arbitrar.
Como se sabe, é muito mais perigoso e difícil, neste país futebolístico de tanga e de cerviz vergada, conceder uma ainda que imaginária atenção ao Benfica do que um árbitro cometer um suposto erro de apreciação contra o clube que os controla, premeia ou pune através das apreciações dos seus “observadores”.

O “balanço” de Vítor Pereira só deu brado nas circunstâncias em que aconteceu, não na substância do que apreciou, substância que se limitou em grande dose à defesa das actuações arbitrais, mesmo quando reconhecidas possibilidades de outros ajuizamentos, relevando as dificuldades de visão estratégica posicional, de reacção decisória ao momento e do muito propagandeado erro desculpável, a saca sem fundo de praticamente todo o erro arbitral, menos quando esse árbitro se tenha mantido na neutralidade da salvaguarda do bom cumprimento das regras do jogo e, consequentemente, não tenha desfavorecido o Sport Lisboa e Benfica.
É certo que Vítor Pereira colocou uma certa ênfase nos erros de Benquerença, nos penaltis por marcar que favoreciam o Benfica, no fora de jogo mal assinalado a Saviola. De igual modo, abordou de forma um pouco mais preocupada do que o habitual o penalti perdoado ao FC Porto no jogo deste contra o Rio Ave.
Muito pouco para a imundice que, sempre numa certa direcção de favorecimento, tem sido o desempenho arbitral nos jogos da presente Liga Sagres.

2. Perante esta mui ligeira e suave apreciação da arbitragem, confesso que me causou surpresa, pelo seu acanhado conteúdo, o comunicado subsequente e consequente do Benfica depois da, de alguma forma, dura tomada de posição anterior. Deu a impressão de que suavizou o seu furor e de que se contentou com muito pouco.
É certo que sabia bem marcar posição, talvez querendo fazer ver aos cépticos por opção e devoção de que a razão estava do seu lado e fora confirmada pelo responsável mor das nomeações dos árbitros.

Na minha perspectiva, todavia, cometeu dois erros. Perdeu a oportunidade, se não de reforçar a dureza da sua anterior posição, ao menos voltar a sublinhá-la de novo, como que recordando não se ter tratado de uma mera brincadeira de oportunidade conjuntural, antes uma posição para executar em consonância, doa a quem doer. Acresce que, quem tem a força da razão, não precisa de aproveitar uma deixa, qualquer que seja e muito menos tão ligeira e suave, para fazer vincar a mesma força dessa sua razão.

3. A oportunidade e a substância do discurso de Emídio Macedo são perfeitamente compreensíveis. Não foi o relevo mediático e a quase confirmação dos ditos de Vítor Pereira sobre a razão das queixas arbitrais por parte do Benfica e que, directamente, beneficiaram o seu clube, a razão fundamental da sua aparição. Ele próprio nos demonstrou isso mesmo com o exemplo do jogo Braga-Vitória de Guimarães da pretérita temporada.
Com o seu discurso, Macedo só confirmou a razão do Benfica!

Emídio Macedo sabe bem que joga outro campeonato, a sua guerra é outra, é uma “guerra minhota” que o seu clube trava contra o Sporting de Braga pelo “campeonato do Minho” que concederá ao vencedor o título de “o quarto grande”.
Emídio Macedo também sabe bem onde está o poder. No ano em que o apito dourado ainda lhe deu falsas esperanças, ousou enfrentá-lo. Sofreu danos na pele, pelo que tem igualmente de ir adocicando a pílula. Ademais, sabe que o seu rival minhoto é clube satélite desse poder.

Macedo disse que, a partir de agora, Vítor Pereira está obrigado a falar de todos e de tudo!
Inteiramente de acordo, apenas me assalta uma dúvida que, sem falso pudor, reputo de legítima. Quanto a mim, o “tudo” de Macedo apenas parece ter como pressuposto a forma, não a substância!
Com efeito, Vítor Pereira devia e deve falar dos caminhos ínvios por que enveredou a arbitragem portuguesa desde que o “papa”, seus “cardeais”, “bispos”, “abades”, apóstolos e discípulos lhe puseram a manápula em cima e passaram a pôr e dispor dos seus destinos.
Emídio Macedo devia exigir que se falasse dos caminhos obscuros percorridos por um árbitro nacional que chega à Liga Sagres, desde a sua “primeira comunhão”, passando pela sua “profissão de fé na manigância desportiva e concluindo na sua “subida ao céu” da Liga Sagres, aí pregando finalmente a mentira desportiva em que o doutrinaram distintamente, com “canudo” e tudo.
Emídio Macedo devia exigir que se falasse da sua (dos árbitros) doutrinação “ad aeternum” a cargo dos “anjos e arcanjos” observadores pidescos da doutrina “papal” da subversão da verdade desportiva, tornando os árbitros nos “santinhos” da “cúria”.

4. Com MST temos o ridículo. Com Vilas Boas temos o ridículo e o precedente. Temos um precedente de um procedente esquecimento. Vilas Boas devia saber – e sabe, apesar de estúpido – que, estivessem o Benfica, o FC Porto ou qualquer outra equipa no lugar classificativo que estivessem, acontecessem ou não erros graves arbitrais, o precedente não nasceu na precedente conversa de Vítor Pereira mas germinou de uma intenção prévia ao início da Liga, devidamente divulgada.

Vilas Boas tem também, raramente, é certo, pequenos momentos de sanidade intelectual na abordagem das respostas. Sabe de ginjeira, nomeadamente, que deseja um Olhanense e outros amigos a jogar de olhos nos olhos, eufemismo que serve para apelar à macieza do adversário num amigável convívio de bons rapazes com o seu dono. Deu como exemplo o Beira-Mar, prevendo dificuldades maiores se o Olhanense e os outros não forem na cantiga.
O Olhanense, tal como o Beira-Mar, também foi!

A sua sanidade intelectual “in casu” advém-lhe de evitar falar em precedente porque, atendendo a todos os procedimentos precedentes, precedente seria ele falar em precedente. Naquela casa e até noutras casas do mesmo patrão – tem muitas em que é ele, patrão, quem paga os ordenados dos jogadores para o servirem, naturalmente – sabe-se há muito o que acontece. De resto, essa foi também uma teia montada pelo reino “papal” da corrupção desportiva condenado por tentativa e que é tão conhecida quanto vergonhosamente abençoada e omitida.
A teia de satélites foi constituída somente com o objectivo, complementar da doutrinação das arbitragens, de facilitar a caminhada do “planeta papal” e dificultar a do seu directo concorrente.

Vilas Boas conhece bem esta teia e os favores a ela associados, até porque o julgam sósia do “special one”.
E não disse este com todas as letras, ainda agora em Espanha, que «há equipas que oferecem o jogo ao Barça»?
É difícil de saber onde aprendeu Mourinho as primeiras e as últimas lições sobre tal matéria?
Em Inglaterra não foi porque aí joga-se a Liga mais limpa do mundo, a mais espelhada de verdade desportiva.
Em Itália também não porque, quando tem de actuar, a justiça desportiva italiana actua, cumpre e faz cumprir a lei, e castiga, não simbolicamente mas de acordo com a tramóia feita.

É bastante natural que as lembranças das lições que Mourinho aprendeu e de que largamente gozou enquanto treinou o clube que havia de ser simbolicamente condenado também por tentativa de corrupção desportiva –batotices desportivas cometidas enquanto aquele era o seu treinador – fossem agora despertadas pela vizinhança!
Natural é ainda que Vilas Boas também as saiba todas de cor e salteado, há muito tempo! Sabe que este precedente já não tem história, tão submerso de história ele se encontra! Afinal, Vilas Boas foi escrivão dos relambórios e dos relatórios de Mourinho!

Por todas estas “qualidades” já sobejamente demonstradas por Vilas Boas, é um desperdício afirmar ele que, “se não fosse ridículo, aconselhava a pedir a repetição do jogo Benfica-Vitória de Guimarães”. Irmanando de toda a sua pessoa, como herança congénita e patológica, esse dito ridículo de que fala, não é ridículo que ele sugira o sabidamente impossível e inalcançável. E não é ridículo ainda porquanto ele, na sua inveja dos precedentes, de precedentes da parvoíce deseja ser emérito autor!
Mas está numa casa que há décadas lhe roubou esse “privilégio”!
Tendo de contentar-se com a atoleimada sugestão. Ridículo, ridículo mesmo seria pensar que ele não sugerisse o ridículo!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A “jarra” faz de conta e o ridículo de Miguel

1. Já muito se tem falado numa famosa “jarra” onde são “aprisionados”, segundo dizem, os árbitros que, na opinião de alguns dos seus julgadores, erraram fortemente na sua função. A “jarra” será, ao que parece, uma espécie de prisão, uma prisão não da liberdade de movimentos mas da liberdade de arbitrar.
O julgamento do árbitro, não o do público do futebol mas o dos que o “condenam”, é altamente secreto. Só se sabe que um árbitro é punido com o “degredo da jarra” depois de ter sido “condenado”, pelo que se crê, apesar de tudo, que algum julgamento causal da punição se efectuou algures, no secretismo do espaço e do tempo.

Dá a impressão de que é um dito Conselho de Arbitragem, da LPFP ou da FPF, a entidade responsável pela escolha e a nomeação de um árbitro de futebol para a missão que lhe cabe no pleito desportivo para o qual foi nomeado.
Presume-se, pela ordem natural das coisas, que é esse citado Conselho que deve ser responsabilizado pelo bom ou mau desempenho do árbitro que ele nomeia, no que concerne à competência, capacidade e isenção deste para a missão concreta que lhe confiaram, qualidades intrínsecas e essenciais que devem estar caucionadas por quem tem a função da nomeação.
Como contrapartida dessa responsabilidade, será legítimo presumir-se ser esse mesmo Conselho a entidade julgadora do bom desempenho do árbitro que responsavelmente – outra presunção legítima – o designou para certa função.

O Portugal futebolístico, todavia, é um caso “sui generis”. Todos sabemos, com efeito, que a avaliação do mérito ou demérito arbitral, a avaliação responsável pelo seu enquadramento nos diversos quadros de juízes de futebol dos diversos escalões e divisões compartimentais em que está enquadrado todo o futebol nacional, bem como pela posição respectiva nas várias tabelas classificativas e nas subidas e descidas de divisão, com suas consequências em prestígio pessoal e principalmente económico, tal avaliação, dizia-se, pertence aos designados “observadores” dos árbitros, uma sociedade virtualmente secreta que, no secretismo da sua consciência, é quem realmente detém o poder de qualificar, meritória ou demeritoriamente, os ditos juízes.
E é esta organização “observadora” que define uma qualificação com consequências decisivas, boas ou más, para a carreira arbitral, não os que julgam e condenam os árbitros à “jarra”.

Estes “observadores” constituíam uma sociedade fechada, bem conhecida pelas suas tendências clubísticas, em primeiro lugar, uma vez que estão enfeudados a um certo clube que até já foi condenado, conjuntamente com o seu presidente, por corrupção desportiva tentada. Conhecida, em segundo lugar, dado ser constituída por comparsas constituintes que foram acusados de falsificação da classificação dos quadros arbitrais, com escutas bem conhecidas e melhor difundidas pelo mundo inteiro, menos pelos juízes da justiça civil portuguesa.
É uma sociedade fechada, enquistada na defesa dos privilégios atentatórios da verdade desportiva, uma sociedade de “compadres” da qual só podem fazer parte os que prestem o juramente ao compadrio devotado a uma organização clubística que, na sombra e às claras – estão acima de quaisquer consequências punitivas – assim manobra a arbitragem em prol dos seus desígnios ilegítimos porque desvirtuam o são e verdadeiro desporto.
É esta sociedade de “compadres” a que detém o verdadeiro poder no futebol nacional, conquanto como mera representante de poderes mais elevados. É ela a que classifica e desclassifica árbitros, que os promove e despromove, que arranja a escala classificativa a seu gosto. É ela que, em consequência, fornece aos responsáveis pelas nomeações concretas dos árbitros a matéria com que estes se têm de haver.

O árbitro de futebol é um juiz, um julgador de actos e comportamentos não conformáveis com as leis ou regulamentos e regras que regulam este desporto. Como tal, no processo para que é nomeado, deve analisar o cumprimento dessas leis, regulamentos e regras, bem como julgar o correlativo incumprimento e punir os infractores.
Só assim cumpre a sua missão, cumprindo e fazendo cumprir as leis do futebol.

Para haver condenação de um árbitro à “jarra”, é mister que se entenda ter o árbitro condenado incumprido as leis ou regulamentos, quer não os fazendo cumprir, quer não punindo de acordo com o que eles obrigam, quer aplicando-os de forma severamente defeituosa.
Um juiz que não cumpra nem faça cumprir a lei está constantemente a violá-la, por acção ou omissão.
Um juiz que, para além disso, a cumpra defeituosamente, não tem competência para a missão que lhe foi confiada e deve não apenas ser punido pelo incumprimento como ser responsabilizado pelos danos que a sua acção ou omissão ilegítimas provocam nas vítimas.

Estamos todos de acordo sobre o princípio do “errare humanum est”, aquele princípio que muitos pretendem seja o justificativo de todos ou da enorme maioria dos erros arbitrais. Mas o princípio do “errare humanum est” assenta na filosofia do erro desculpável e na sua essencial contingência, na fortuitidade imprevista da matéria sobre que recai e dos bens atingidos.
Não será, com certeza, em nome deste princípio que se julga e condena o árbitro à “jarra”. Tal condenação só deve assentar num julgamento que, justo, provou terem havido, não erros desculpáveis mas erros grosseiros, indesculpáveis. Esses erros indesculpáveis e grosseiros são aqueles em que houve, ou dolo ou negligência grave do infractor.
Por isso, devem ser punidos. Por isso, são certamente punidos com o “degredo da jarra”.

É natural que se pense que os incumpridores por erros dolosos ou gravemente negligentes não sofram apenas uma punição meramente mitigadora dos seus poderes de arbitrar e intrinsecamente simbólica. Existem vítimas que deviam ter direito a indemnização pelos danos sofridos através dessas acções dolosas ou gravemente negligentes.
Mas não são, apesar de verificarmos que tais erros têm sempre um mesmo e único beneficiário, directo e indirecto. Bastaria esta constatação de reiterada coincidência, ao longo de tantos anos, décadas já, para que não houvesse dúvida razoável, e bem razoável, sobre a fraudulência desses erros e sobre a corrupção activa que a induziu. No entanto, o que se verifica é que a “punição” com a “jarra” é normalmente um crédito de uma boa classificação na tabela classificativa arbitral. Pune-se a vítima, premeia-se o infractor.
Mas se até a justiça civil relevou essa acção fraudulenta, como Pilatos a morte de Cristo, conquanto os tribunais de júri populares a deram como sobejamente provada, o que há a esperar de uma organização tipo mafiosa que se mantém bem entrincheirada, imunizada e inimputável?

O julgamento e a “condenação à jarra” não têm, na verdade, e tal como a prática nos demonstrou e demonstra, qualquer utilidade prática. Não previne futuros “crimes” de incumprimento e violação, nem de forma geral nem de forma especial, não reassocializa o árbitro que é sempre um deus pronto a praticar as suas reincidências infractoras, que o premeiam nas classificações, disso tem ele a certeza. E muito menos os ditos julgamento e “condenação à jarra” preenchem o efeito retributivo que a sociedade sempre espera, ou devia esperar, de uma condenação, efeito que constitui princípio que é um seu elemento essencial.

A condenação à “jarra” arbitral é, em Portugal, mais uma das convenientes panaceias do “faz de conta” que adormece a turba, castiga as vítimas e premeia os prevaricadores.


2. Miguel Sousa Tavares aborda actualmente o tema da morte auto infligida pelo ridículo …
E fala de cátedra!
Endemicamente desmemoriado em questões históricas, compulsivamente condenado no exprimir de um chorrilho de mentiras, patologicamente aprimorado em afirmações labregas, dele não pode dizer-se que se auto suicida com o vírus do ridículo.
Miguel Sousa Tavares é a própria incarnação genética do ridículo!
Por isso, desde há muito que se suicidou no ridículo da seriedade de expressão do seu pensamento.

Entretanto, no ridículo de Tavares já lá vão 8 penaltis cometidos sobre jogadores do Benfica e não punidos, dois penaltis cometidos por jogadores do FC Porto e perdoados, golos limpos anulados ao Benfica, golos concedidos ao FC Porto com jogadores seus às cavalitas do adversário.

A panaceia do costume – de resto bem doutrinada pelos sequazes de quem é sempre o mesmo e único beneficiário, directa e indirectamente, dos erros arbitrais – é a de que uma equipa joga pouco, menos do que devia, e a outra joga muito, mais do que era obrigada.
Mas o que é que esta conversa tem a ver com as leis do jogo e com a sua aplicação aos casos concretos?
A aplicação das leis do jogo não depende do jogar bem ou do jogar mal mas do seu cumprimento e da punição pela sua violação. As leis do jogo nem sonegam direitos aos que estão a jogar de menos, nem isentam de deveres os que estão a jogar de mais.

A mesma panaceia com que se tentam iludir os tolos consiste em dizer – ainda em consonância e complemento da anterior – que, se um clube devia estar a jogar mais do que está, ele não precisava de que o árbitro fizesse aplicar rigorosamente a lei para vencer, venceria de certeza, enquanto que, por outro lado, se um clube está a jogar mais do que era pensável, igualmente o árbitro não precisa de aplicar com igual rigor a mesma lei, punindo as suas infracções, porque ele vence de qualquer jeito!

São os costumados oráculos vindos da “cúria papal”, sem enigma que exija poderes sobrenaturais para os decifrar. Se as promessas a mortos não resolvem, resolvem a doutrinação e os presentinhos do costume, belas classificações as mais preponderantes, tudo a cargo dos vivos, aqueles vivos a quem essa “cúria” colocou de apito na boca.

As leis de jogo são para cumprir e aplicar, seja em que circunstância for. Os direitos são para conceder, os deveres são para exigir, as violações são para punir. Em todas as circunstâncias, em todos os momentos, sem condições prévias ou posteriores.
Depois, vencerão os resultados desportivos, vencerá o futebol e predominará a verdade desportiva.

Mas os árbitros, vários árbitros, não fizeram cumprir as leis do jogo. Bem mais grave, violaram-nas, não punindo os infractores e punido quem as respeitou!
E assim se operou e cumpriu o desejado pela organização tenebrosa que estiolou o nosso pobre futebol, sujeitando-o à trapaça, à corrupção, à manigância, ao compadrio, aos resultados previamente determinados, enfim, à vitória da mentira desportiva.

sábado, 18 de setembro de 2010

Laurentino, secretário, e Madaíl, pé descalço e carapuço

1º Laurentino, secretário

Bem se lamuria Laurentino, secretário – de estado, dizem uns, do estado a que isto chegou, argumentam muitos mais – de que nunca ofendeu ou desrespeitou o Benfica.

Que nunca ofendeu esta Grandiosa Instituição, concorda-se. Laurentino, secretário, é muito pequeno, tacanho de hombridade, para ofender quem tão Imenso é, nem grama de poder tem para o conseguir beliscar.
Não ofende quem quer mas só quem pode e Laurentino, secretário, pode pouco no reino da compostura desportiva, perante a Grandeza de uma Instituição centenariamente Gloriosa.
Já a respeito do desrespeito, a coisa não é tão inocente como tão inocentemente Laurentino, secretário, tenta prantear-se.

Laurentino, secretário, também lacrimeja inocência quanto à sua “inocência” a respeito do apito dourado. Procede sempre assim, diz ele, deixa a Justiça à (in)justiça, separa bem os poderes, não se imiscui, ajuramenta, nos dos outros.

A coerência de Laurentino, secretário, salta à vista desarmada. Por exemplo, no caso Nuno Assis.
Nuno Assis foi julgado pela justiça desportiva portuguesa, em primeira e segunda instância.
Laurentino não se imiscuiu!... Aceitou os poderes da justiça, separou-os da sua sanha vingadora, um exemplo de coerência e … digna decência de comportamento exemplar!...
Pois foi mesmo assim!!! Só por respeito ao Benfica e à justiça desportiva portuguesa se assanhou “respeitosamente” porque ele já havia julgado e condenado e o seu ego pragueja sua satisfação defeituosa! Que direito tinha a justiça, a justiça desportiva “in casu”, para ousar afrontá-lo e absolver o que Laurentino, secretário, havia previamente condenado?!
Laurentino é secretário, de estado ou do estado, mas secretário!
Separação de poderes?!... Respeito pela separação de poderes?!...
Isso são ditos!... Que disparate!...

Claro, Laurentino, secretário, é “coerente” e disso se gaba. Por isso, apadrinhou agora o caso de Queirós com sua zanga à vespertina visita levada a cabo por uma instituição sob sua tutela!
Pede-se à justiça desportiva para julgar o incidente dos melindres das comadres, todas muito ciosas dos seus “direitos” e dos seus bitaites. A justiça desportiva julga mas as comadres sob tutela de Laurentino, secretário – este não, está-se veniando, sempre “respeitosamente”, para a separação dos poderes – continuaram fazendo beicinho e amuados! E vai daí, abocanham processo vingador apropriado e amandam-nos com um modelo de (in)justiça em causa própria.

Visto isto, Laurentino, secretário, encangado na tutelagem destes justiceiros poderes e nos apelos destas comadres ofendidas, acha muito bem! É como a GNR ou a PSP, atira lá do alto da sua secretaria!

Pois é! Não tarda nada, há um pilha galinhas por aí que resolve xingar um polícia. A justiça da (injustiça) portuguesa ou manda soltura no homem ou abranda no seu justiceiro condenatório!
E a polícia resolve julgar e condenar o xingador! Mas vai apregoando, com seu tutor incluído, … “respeito pela separação de poderes”!
E as suas decisões?!!!
Quando convém! Mas por que é que estes senhores de “separadores nos poderes”, “respeitados” na linguagem, não desagravam os seus – dos “respeitadores” – amuamentos?
Por que julgam e decidem eles em “desrespeito” por quem tanto lhes ajuramenta “respeito”?

Tudo bem, e nem será preciso que Laurentino, secretário, seja o tutor das polícias, que ele, a respeito do “respeito” pela separação dos poderes é um prodígio modelar!
Por Laurentino, secretário, já não faltará muito! E com tantos Laurentinos por aí, secretários igualmente, de estado ou do estado, tanto faz, os receios a respeito de um tão devotado “respeito” não parecem ser mesmo nada virtuais!

2. Madaíl, pé descalço e carapuço

Costado vergado na serventia, farrapão na glória e na desonra de uma assolapada e destroçada selecção dita nacional, alpercatas surradas nos caminhos da solicitude reverencial, carapuço enfiado e baraço ao pescoço, de mão estendida, eis Madaíl a caminho de Madrid num esmolar de pedincha salvatérica.
Consciência obnubilada, talvez se julgue um igual aio redentor da honra traída por um rei fundador de uma independência que rompeu o jugo da desonra e a reclamou, obtendo-a para um povo não disponível a vergar a cerviz.
Madaíl é apenas um pedinte pobretão em busca de salvadora e continuada servidão a uma “cúria papal” que impõe o jugo, num esmolar de dependência e não de independência.

Enganou-se no sítio! Ficou à margem!
Enganou-se no benfeitor que, de esmola, lhe concedeu apenas um pouco de compaixão, “tocado” pela mão estendida, carapuço em riste à espera do vintém, numa pedincha angustiada e lamurienta.

Madaíl viveu no tacho do pendura da selecção nacional e dos seus resultados à custa de nobre geração futebolística.
A mama acabou-se!

Mas Madaíl prossegue o tacho, que os seus senhores se aprestaram a prometer-lho de novo, servo da gleba com obra serviçal prestada.

Carapuço esvaziado de vintém, sem prato de sopa ou naco de pão duro, Madaíl fez meia volta, desonrado no propósito, rejeitado no intuito, tremelicoso na passada e de carapuça bem enfiada!
Bem ao contrário daquele aio digno, D. Egas, que ofereceu a honra e mais honrado o devolveram em graça e paz, exaltado na sua acção de homem ilustre, nobre e distinto.

Dizem que não desarma, o baraço tem folga ainda, a vergonha pereceu há muito, a persistência no naco de pão duro e a boina estendida são apetências da servitude.

Será que terá sorte?
Mesmo que até possa aparecer alguém mais caridosamente compassivo com a desdita do farroupilha e lhe atire algum vintém ou alguma côdea de pão mirrado, o labéu é o seu fado.
Bem pode o miserento recitar o seu padre-nosso e as suas abluções de agradecimento canino!
Lambida a côdea, hão-de ficar sempre, ao menos, o carapuço e o baraço como símbolos da serventia do dono!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O pasquim do recorde das mentiras e Eduardo, o “barato”

1. O pasquim das mentiras

Perguntar a um jogador de futebol se ele “precisa” do apoio dos seus adeptos para se sentir acarinhado, cobrar alento e mesmo galvanizar-se no desempenho de uma função que se funde numa idiossincrasia entre a paixão do assistente e a excelência do executante, é como pedir a um faminto se ele precisa de pão.
É uma pergunta rara só ao alcance das raridades que, sem já nos fazerem sentir perplexos com a antítese, abundam no seio de muitos de ditos jornalistas tão condignamente “enobrecidos” do seu título quanto os jornais que os acolhem, ou não se queiram estes transformar em simples pasquins das “notícias” demasiadamente “inteligentes” para o comum dos mortais.

Naturalmente, pensam as pessoas na sua normalidade alfabética distante dos dotes daquelas sumidades, os empregados de qualquer empresa que se preze de ser o que diz ser, devem – dever legal, não meramente retórico ou académico – concordar com as directrizes e as orientações hierarquicamente dos seus patrões.
Não parece, todavia, para aquelas “inteligências” do analfabetismo das relações laborais empregador/empregado, que fique bem o subordinado manifestar-se em termos tais, ao ponto de afirmar que as orientações dos seus superiores hierárquicos “são para bem da empresa que gerem” e, naturalmente, da equipa que tem por função o bom funcionamento da sua empresa.

A pergunta é, óbvia e claramente, capciosa, numa tendência evidente de busca do desejado confronto. Mas o empregado-jogador frustrou claramente o manhoso junta-letras.

Por isso, tão ignorantes quanto se julgam possuídos de algum dom do saber, hão-de gatafunhar, numa alusão e apresentação próprias do seu estado do confusionar, não endémico mas doutrinado, que o empregado é contra o apelo (versus, orientação) do patrão.

A mentira deslavada não é nada que afronte as suas consciências, que podem ser acanhadas para o resto que não para a aleivosia.

Também, se noticiassem a verdade real da notícia do facto e não a virtualidade da sua mentecapta imaginação, o pasquim onde garatujam não seria digno do título que bem lhe assenta por mor da “excelência” dos seus desassisados gatafunhos.
Ser um pasquim “recorde de mentiras é apenas para os que se esforçam na demonstração reiterada da idiotice que é a “fruta” natural de uma demonstrada e permanente imbecilidade.

2. Eduardo, o “barato”

Quem também deve ter ficado extremamente contente, não foram, desta vez, apenas os avençados que cumprem a sua avença em busca de uma côdea. Sim, os Benfiquistas, aqueles Benfiquistas – para mal do Benfica, muitos ainda – que explodiam em orgasmos de desejo por um tal Eduardo, a quem em princípio denominaram de “o barato”. Só que ele não desejou tal alcunha, demasiadamente infeliz e desadequada, e tem feito o que pode para que seja preferencialmente denominado de “o frangueiro das quinas”, ou das esquinas, que isto de ser coveiro da selecção nacional tem que se lhe diga.
Mal ficava, por certo, a esses Benfiquistas que Laurentino, ou Madaíl, ou Amândio, ou Queirós, ou até Agostinho, ficassem com a desgraçada graça de um direito absoluto da sua pantominice, no suicídio e no velório de uma selecção e de um país por ela representado.
Reparta-se o mal pelas aldeias que, num manto imenso de mortos e de matadores da credibilidade do futebol nacional, cabe e sempre é bem-vindo mais um coveiro, e um coveiro advindo da dita elite salvatérica de uma selecção já tão moribunda.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os “bons samaritanos” e os mamões da pedincha

1. Os “bons samaritanos”

Na sua recente tomada de posição contra a adulterinidade constante da verdade desportiva, homenageada pelos adúlteros e sofregamente abocanhada pelos serventes do adultério, o Benfica anunciou que iria repensar a sua participação na Taça da Liga. Foi quanto bastou para aparecerem de imediato os lampeiros do costume que, apressurados, logo se esforçam por demonstrar a sua “ilimitada erudição” do mundo das leis portuguesas e desportivas – no caso – regulamentos a preceito, determinações e penalidades.
No entanto, Benfiquistas, não se enfureçam nem dêem muito crédito a isto! Afinal, é o seu modo pressuroso de “bons samaritanos”, mais a sua veia tentadora de demonstração da sua “sabedoria” da ignorância! Depois, nos órgãos sociais do Benfica nem há juristas e homens de leis, nem o Benfica tem um gabinete jurídico!... Há apenas, comparado com aquele “iluminismo” omnisciente e omnipresente, apenas ignorantismo pedante (!), uma visão que sempre os ditos “iluminados” conseguem descortinar, e com mediana clareza, no espelho que é a sua constante de reflexão … em sentido físico, entenda-se!...

Um sabichar tal, o destes “bons samaritanos”, que só consegue paralelo no seu silêncio sepulcral sobre os atropelos à lei, às constantes pantominices sobre a verdade desportiva, ao recebimento de árbitros em casa como complemento da “fruta” servida numa ceia faustosa, recebimento agora transmutado em homenagens à manigância.
Ademais, bem se compreende este silêncio sepulcral.
Por um lado, perde-se tempo a querer enumerar as leis, seus regulamentos, determinações e penalidades a quem não sabe o que é a lei, a quem vive fora da lei e a quem quase é aplaudido e homenageado por torpedear a lei por uma dita justiça que, diziam – e ainda dizem numa retórica recorrente para enganar o pilha galinhas que caia nas suas malhas – fora criada e existia precisamente para aplicar e fazer respeitar essa lei, ou seja, uma justiça para fazer Justiça, coisa de que há muito se esqueceu!
Por outro, de sepulcros estão eles, os “bons samaritanos”, bem doutrinados, tanto quanto sabem quem tem esse privilégio exclusivo de falar e prometer, às vezes sem cumprir, a mortos aí supostamente a descansar na sua última morada.

Estes bons samaritanos têm ainda outros atributos que não são de modo algum inéditos mas bem conhecidos. Eles recitam por mando e por conveniência às ordens do amo, o que não constitui segredo para ninguém! Assim, não será correcto referir-se que eles se esqueceram de citar a lei que impõe o prévio reconhecimento das provas futebolísticas nacionais, a sua ratificação pelos órgãos governativos próprios, para que estas provas se imponham a qualquer dos seus potenciais participantes.
A Taça da Liga, tanto quanto é sabido, não foi ainda reconhecida e ratificada conforme à lei. Pormenor insignificante, para os tais, mas que esvazia de efeito útil aqueles preceitos que eles tão pressurosamente vieram citar porque a Taça da Liga, enquanto não reconhecida e ratificada, não se enquadra nas suas previsões.

2. Os mamões da pedincha

Deve dizer-se em abono da verdade que aquilo que mais assustou os pobres do futebol português que vivem exclusivamente sustentados pela teta do Benfica e dos adeptos do Benfica, foi o pedido dos órgãos sociais deste clube para que os seus adeptos «se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa»
Os seus comentários são, deveras, interessantes, até por serem supostamente – na cabeça dos seus autores – uns aconselhamentos dignos de um bom “pater familias”, inspirados sem dúvida nos tão elogiados – pela justiça civil que o julgou – aconselhamentos familiares do “papa” da corrupção desportiva tentada.
Estes pedintes – presidentes do Olhanense, Portimonense e Rio Ave, até agora – só a custo é que reconhecem a “ferida” que a ausência provoca nos orçamentos dos seus clubes, se o “abono de família” e a chave real da sua sustentação económica falhar. Em vez de pedirem misericórdia como todos os pedintes que precisam, alongam-se nos ditos aconselhamentos.
«Então é lá coisa que se faça a uma equipa, retirar-lhe o apoio dos adeptos?»
«Então o pedido de abstenção dos adeptos ao campo dos adversários desportivos não retira crédito ao futebol português?»

“Apitos dourados”, batotice desportiva, conversas dignificantes das tramóias que circulam por todo o mundo via youtube, tudo isso são créditos ao nosso futebol, naturalmente. Retirar a chucha que lhes permite, pelo menos, sobreviver para serem comparsas dessa podridão da verdade desportiva, isso é que é descrédito.
E talvez tenham razão porque, sem mama, os compromissos – ordenados e outros – ficam naturalmente por pagar.
Querem dar-se bem com Deus e com o diabo?
Pois Deus retirou-lhes agora a mama!
Querem-na de volta?
Reneguem o diabo, juntem-se a Deus, abominem «os que ergueram uma organização à margem da lei e um modelo de violência e intimidação de quem não comer da sua cartilha». Basta que deixem de apoiar e, pelo contrário, condenem «os que trilham caminhos sinuosos sem problemas de consciência e sem reparo e sem castigo».
Ou a abominação da sujeira e da trapaça desportiva, ou o abono de família.
A escolha é agora bem clara.

E para que saibam ou não queiram fazer dos Benfiquistas apenas os ofertantes das chupetas que tendem a murchar, fica bem claro que os órgãos sociais do Benfica não pediram aos Benfiquistas que retirassem o apoio à sua equipa, nem nos jogos fora da sua casa. Pelo contrário, pediu-lhes para continuarem a apoiá-la “de forma inequívoca e sem reservas”.
Apenas foi recomendado que os Benfiquistas “se abstivessem de se deslocar aos jogos fora de casa”! Aos jogos, sublinha-se, o que significa apenas que se abstenham de se deslocar aos campos de futebol dos adversários, nada mais, pois é nestes campos de futebol que os jogos se desenrolam – ainda! – conquanto se saiba que não aí muitos dos resultados, previamente combinado fora de campo!
Não foi pedido aos Benfiquistas que não acompanhem a equipa de futebol nas suas deslocações, que não lhes façam sentir, nos seus trajectos de e para os campos de futebol dos adversários, o seu apoio “de forma inequívoca e sem reservas”.
Foi-lhes pedido apenas que deixem de ser a mama que sustenta a batotice desportiva do futebol português.

sábado, 11 de setembro de 2010

PINCELADAS ENCARNADAS

1. O BOM GIGANTE E OS ANÕES

Houve muita gente do futebol, aquela que ainda se mantém pura relativamente aos princípios que norteiam o viver quotidiano nos seus vários meandros, que se admirou com a ausência dos poderes do futebol nacional ao serviço fúnebre do Bom Gigante, José Torres.
Esta admiração, este estranhar, só é possível de perceber em corações puros, em corações de carácter límpido e genuíno. Trata-se de uma pureza que muitos terão tendência para apelidar de ingenuidade mas parece-me que essa manifestação de simplicidade de sentimentos merece alguns esclarecimentos.
Estamos em crer, efectivamente, que tais manifestações de carácter límpido conhecem bem os que não se movem no reino dos princípios da humana pureza mas apenas nos confins das trevas da vigarice, do “tachismo” e da subserviência como modo de sustentação das suas reles personagens. Todavia, tal como Cristo, estão sempre dispostos a dar a outra face numa expectativa de redenção pelo exemplo e por um pregar no deserto.
Só que com Cristo, foi o que se viu. Até um dos seus o traiu e o mais que conseguiu foi ser crucificado por aqueles a quem oferecera a outra face.

José Torres foi um Homem do futebol, um Homem puro, um Homem bom que só soube dignificar o espectáculo com a pureza da verdade desportiva. Ele foi ao mesmo tempo um Bom Gigante e um Gigante Bom!
Ora, tal nobreza de carácter, ninguém pode exigir ser apercebida por quem se move nas entranhas da falcatrua, da vigarice e da tramóia subterrânea desportivas. Para estes, quem faz os espectáculos do desporto que atrai multidões, já vai para três décadas, não são os jogadores e muito menos os que marcam os golos. São os poderes podres que se instalaram na sua quinta nauseabunda e putrefacta da moldagem dos resultados conforme ao guião da corrupção que foi implementado no nosso desporto-rei, de modo a fazer sobreviver uma agremiação de bairro da qual os capatazes desses poderes são uns meros quinteiros e bajuladores do servilismo que é a sua única razão de sobrevivência.
Para tais poderes, não são os jogadores e os golos que marcam ou impedem de marcar aqueles que comandam os espectáculos desportivos e os destinos do desporto. No nosso país – e noutros tão ou mais atrasados, concede-se – os homens do apito é que foram transformados nas personagens fundamentais, bem assessorados pelos homens da justiça desportiva. Estes poderes transformaram um desporto cuja riqueza maior, a riqueza que dele fez multidões apaixonadas, era a incerteza final da contenda, num negócio escuro em que, com muita antecedência, os resultados estão feitos nos corredores escuros da batotice desportiva.

Os servis capatazes destes poderes são demasiado anões de carácter e sentimentos para se dignarem comparecer à despedida do corpo de um Homem bom, um Gigante de bondade humana e futebolística. Despedida de um corpo, sim, que a sua Alma Imortal ficará na História, na História das verdades e das Almas sublimes.
A comparência de tais poderes, cuja ausência alguns lamentaram, só conspurcaria, com a sua tremenda e nauseante sujidade, um acto puro de homenagem a quem foi Gigante como desportista e como Homem.
Os Homens com os Homens!
A canalha, com a canalha e no lugar apropriado à canalha.


2. A HOMENAGEM AOS CAPATAZES DA MENTIRA DESPORTIVA

A canalha, como todos sabem, tem o seu lugar apropriado e encontra-se junto da canalha, disse-se e é do conhecimento do povo do futebol.
Sendo assim, como é que alguém, demasiado ingénuo por ser tão simples e cristalino de nobres pensamentos, poderia imaginar que ela fosse sujar o despedimento do corpo de um Homem bom?
Ainda bem que não compareceu!
Não, a canalha, junto da canalha, estava entretida a homenagear um dos seus, por iniciativa da canalha. Estava no seu adequado lugar.

Não foi muito badalado o motivo para homenagear Benquerença mas a canalha sente-se tão confortável nas suas lides, já não sabe apresentar sequer resquícios de vergonha – que ela não precisa, em especial depois de ter ser sido abençoada pela justiça civil – e dispensa-se de tais ninharias. Isto é, de resto, aquilo que a grande maioria do povo do futebol pensa, numa catarse do seu pensamento tão absorvido pela contemplação da pouca-vergonha que vai avistando no dia-a-dia a olho nu. Mas o motivo é bem patente ou não se tratasse de um árbitro.

Benquerença deve ter sido homenageado por ter estado no campeonato do mundo onde não estivera qualquer árbitro português no mundial anterior. Isso teria sido o motivo propalado mas não passou de um motivo virtual.
Benquerença é um árbitro da associação de futebol de Leiria. A cúpula do futebol é a FPF, está sediada em Lisboa e não se argumente com o facto de ele arbitrar principalmente jogos do organismo autónomo, LPFP, porque ele foi convidado pela FIFA como árbitro do quadro da FPF.
Todavia, o facto de ter sido homenageado por impulso da associação de futebol do Porto, que também não pertence à Liga mas à Federação, só pode surpreender os incautos. Ele foi-o por quem tinha de ser, foi-o por quem há muito tem e domina a sua “verdade desportiva”. Foi uma homenagem programada, foi uma homenagem mais do que devida pela canalha da corrupção desportiva.
Não é só receber favores, há que pagá-los e, por outro lado, ir renovando os laços de submissão e, de todo o modo, relembrá-los para memória futura do homenageado.

Acresce que o “engenheiro” já não se sente à vontade para receber árbitros em sua casa. Se bem que o seu gesto benfazejo de “conselheiro familiar” tenha sido consagrado como um hossana por uma justiça que não se cansa de publicitar a sua injustiça, é sempre melhor prevenir do que remediar. Afinal, ainda houve um pouco de justiça desportiva que o condenou e o obrigou a cumprir pena.
Assim, vale mais que o receba outro Pinto que, sendo da mesma ninhada e da mesma linhagem, se encontra noutra capoeira, tanto para disfarçar como para ajudar a controlar a verdade desportiva do futebol português amordaçado na sua genuína vertente de pureza de espectáculo cativante pelas incertezas do desfecho que em si comportava e não nos homens que, em nome de uma gentalha, tornam certeza a riqueza da sua imanente incerteza.

E Benquerença não é nenhum desmancha-prazeres, muito menos um ingrato. Houve certamente, de entre os poderes da canalha, quem desconfiasse que Benquerença se começava a esquecer daquele Benfica-Porto já um pouco distante e daquele golo que não o foi para ele, como dele os homenageadores esperavam, apesar de Victor Baía ter defendido a bola bem dentro da sua baliza.
Por isso, refinou logo a seguir na recompensa, em Guimarães.
Desconheço se Victor Pereira tomou parte no repasto homenageante. Seja como for, não se esqueceu de pagar os favores de ter sido reconduzido no tacho pelos poderes instalados e agora reforçados. Para isso, nada melhor do que nomear para um jogo do Benfica, o inimigo a abater, o homenageado e enquanto ele mantinha a memória bem fresquinha da doutrinação homenegeadora.


3. A CANDURA DE LUÍS FILIPE VIEIRA

Luís Filipe Vieira parece-se também, em certos aspectos, com o Cristo que oferece a outra face. E, quando tem de barafustar com os vendilhões do templo, fá-lo como Cristo apenas para ser relembrado como episódio pitoresco e que se esvai no meio dos vendavais.

É evidente que a equipa do Benfica não apresenta o mesmo futebol do ano passado, aquele futebol empolgante e asfixiador. E isto, quer jogassem os habituais titulares, quer os ditos suplentes, conceito que, aliás, Jorge Jesus rejeitava e com razão. E não me digam que foram as outras equipas que aprenderam a defender-se. O poder legítimo, quando há vontade de o exercer e se exerce, não tem defesa, tem obediência assumida e aceite como inevitável.
Porém, compreende-se que os homens não são máquinas e oleá-las é que dá trabalho e canseira. Pode haver razões que a razão desconhece e compete a quem dirige a máquina afiná-la.

Mas o que ainda ninguém viu este ano foi uma equipa, qualquer que fosse, a exibir o futebol empolgante da equipa do Benfica o ano passado. Todas elas, umas mais e outras menos, vão sendo, quando muito, um pouco mais regulares … e acarinhadas pelos homens do apito.

Quando uma equipa não está no seu auge de forma que leva tudo e todos à frente com o seu futebol, as vitórias tornam-se muito mais difíceis. Às vezes, uma pequena ajuda do árbitro encobre as deficiências.
Foi o que aconteceu ao FC Porto na Figueira da Foz. Um penalti no mínimo duvidoso deu três pontos. Em vila do Conde, um penalti perdoado e um golo irregular deu-lhe três pontos quando podia ter terminado com zero pontos.
Não interessa que tenha jogado melhor do que o adversário, ou menos mal do que este. O que deve interessar é a verdade desportiva e esta advém apenas dos intervenientes jogadores no desenrolar do jogo e do cumprimento escrupuloso das suas regras.
O homem do apito é tão somente para regular esse desenrolar, não para intervir nele e condicioná-lo à sua vontade ou cegueira domesticada.

Quanto ao Benfica, não há crítica que lhe tenha apontado este ano qualquer lance de favorecimento arbitral. Também não é o que deseja. Mas, como todos e pela verdade desportiva – que devia, ela sim, ser homenageada, em vez de o ter sido a batotice desportiva – só exige que não seja prejudicado e que se sigam e consagrem as regras do jogo.
Porém, para além de outros penaltis por marcar, logo no jogo com a Académica, esta marca um segundo golo duplamente irregular. Primeiro, não se marca a grande penalidade cometida por um seu jogador. Segundo, do seguimento dessa jogada faltosa surge o golo que premeia o infractor.
Com o Nacional da Madeira, o árbitro também sonega um penalti que toda a crítica viu e impede o Benfica de, naquele momento, chegar ao empate. E depois se veria…
Em Guimarães, a roubalheira cumpriu com gordos juros a festa de homenagem do respectivo árbitro. Toda a crítica foi unânime. Dois penaltis claros por marcar a favor do Benfica, dois lances anulados por pretensos fora de jogo, um que dera até golo, cartões amarelos em barda aos jogadores do Benfica apenas por soprarem na bola e nos adversários.

Uma coisa é certa. As equipas podem estar em baixa de forma, a jogar pouco, até menos que os adversários. Todavia, isso não as subtrai às leis do jogo. Elas continuam a ter todos os direitos de intervenientes, a par dos seus correlativos deveres.
Logo, se é para cumprir os deveres, é igualmente para usufruir dos direitos.
E a equipa do Benfica não tem usufruído dos seus direitos, estes têm-lhe sido sonegados escandalosamente, para não dizer propositadamente roubados.
E aos seus rivais têm-lhe sido conferidos direitos que lhe não pertencem e não se lhes têm exigido os correspondentes deveres a que estão obrigados.
Claro, assim não existe verdade desportiva mas apenas a continuação da batotice que já vem de há quase três décadas.
Não se exige ou pede favor. Exige-se cumprimento e concessão de direitos, bem como “pagamento” de deveres.

Por mais que os dirigentes do Benfica, Presidente incluído, barafustem contra esta roubalheira escandalosa e de efeitos duplos, apenas conseguem, no estado actual, que deles se riam.
Repare-se. O Benfica é a instituição do desporto que, pacificamente, tem tantos adeptos como quase todos os outros clubes juntos.
Quem tem ele nos meandros dos poderes podres deste futebol – e outro desporto – de vigarice?
Ninguém!
Na FPF estão os capangas do “papa”. Na LPFP está o vice-presidente do reino “papal” da mentira e da corrupção. No mando dos árbitros está um subserviente e submisso do satélite do clube “pontifício” mentiroso e batoteiro. Na presidência da CD da LPFP está um juiz habitual condómino das cadeiras “papais”. No CJ da FPF estão igualmente os juízes das tribunas “cardinalícias” do dragão ou fazendo parte do lóbi jurídico da “cúria”.

Enquanto o Benfica, não tiver adeptos interessados a ocuparem lugares de poder nas instâncias dominadoras, de nada valem tais barafustes; enquanto o Benfica não cativar e arregimentar clubes parceiros, seja através dos empréstimos de jogadores em condições concorrenciais ou acordos de parcerias; enquanto o Benfica não souber capitalizar o poder dos pequenos em troca de um poder de limpar e de rasoirar a porcaria que domina o podre e concertado futebol luso; enquanto o Benfica não compartilhar disto tudo com gente sã de princípios morais e desportivos, só lhe resta ir conseguindo lampejos à custa de esforço enorme das suas gentes, em canseiras, desportivas e outras, em dispêndio de energias e de recursos financeiros e económicos, tudo numa escala muito superior ao normal e àquela que seria necessária apenas para ombrear com os rivais cujos recursos principais são a mistificação e a desonra da verdade desportiva.

O Benfica não deve querer, e não quer, trocar um sistema subterrâneo, podre, batoteiro, por outro.
O Benfica deve querer limpar essa podridão batoteira mal cheirosa por uma que seja respirável, transparente e verdadeira.
Não só mas com a ajuda de todos os que, de boa vontade e coração puro e limpo, estejam dispostos a dignificar este podre e pobre futebol português.
Até lá!...