sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

DIÁRIO DE UM REGIME TOTALITÁRIO E DITATORIAL E DE UMA ESCOLA DO CRIME ORGANIZADO


PARTE UM

De modo mais ou menos natural, há quem seja tentado a chamar paradoxo a uma situação factual em que alguém nega ter sido algo que foi, acusando outrem de ter sido esse algo que não foi.
Considero, todavia, que em certos casos não é bem um contra senso essa vivência da realidade na mentira mas mais uma confissão de um sentimento compulsivo de querer ser no presente o que nega ter sido no passado, quando o foi, na sublimação de o ser agora e tentando parecer que o não é.
No caso concreto, quero intrometer-me de novo no tema da discussão sobre qual foi, historicamente falando, o clube do regime ditatorial abolido com o 25 de Abril.
Como se desenvolverá, compreender esta parte é compreender o que se tem seguido nestes anos de ditadura papal que se verifica no clube de Contumil.


O FC Porto tenta negar sem êxito ter sido o clube do regime salazarista como o comprovam factos, documentos e demais meios probatórios da História, nomeadamente tendo alguns dos seus mais altos dirigentes (Presidentes do clube) ocupado cargos nesse regime e nas suas instituições mais emblemáticas (Assembleia Nacional, partido único União Nacional, Legião Portuguesa, etc) e recebido benesses pela simpática colaboração, incluindo ajudas substanciais na aquisição de terrenos e construção de estádios de futebol, mais a sua inauguração com a presença do mais alto Magistrado da Nação, em data bem comemorativa da revolução que implantou o mesmo regime político. Exemplos históricos, bem sensíveis:

« … em 1948 o Ministro das Obras públicas, Engenheiro José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich, que chegou a fazer parte da Assembleia Delegada como associado portista, aprova o anteprojecto do Estádio, que compreendia uma área de 65mil metros quadrados. Como continuassem a existir entraves à realização do projecto (clube e proprietários do terreno nem sempre estiveram de acordo), surge um precioso despacho do Ministro de Salazar, de 1 Setembro de 1949, a colocar ponto final nas dissidências, mandando expropriar os terrenos».
Se não vai a bem, vai a mal … hábitos que se arreigaram e frutificam no presente!
«No dia 28 de Maio de 1952, dia em que 26 anos antes se instalou um regime totalitarista em Portugal, o estádio foi inaugurado numa cerimónia pomposa que contou com a presença do General Craveiro Lopes, então Presidente da República de Portugal».
« … o ministro das Obras Públicas de Salazar falou também e, entre aplausos – pudera! – anunciou a concessão de 3000 contos para a obra se tornar realidade».

Duas ajudinhas bem significativas para a construção de um estádio que, dizem as notícias da época, custou 7500 contos!
E tendo ainda presente que nos discursos se agradeceram a cooperação do Estado (salazarista) e da Câmara Municipal da urbe.

Para o dirigente máximo do FC Porto desde há cerca de 35 anos, esse clube do regime teria sido o Benfica, o único clube em Portugal onde sempre se praticou a liberdade e a democracia, o que foi proibido de entoar o seu hino original por se chamar “Avante”, conotado com o comunismo, o que foi proibido de usar o nome de “vermelhos”, outra conotação com o citado regime comunista, o que teve de construir apenas com a ajuda dos seus sócios e adeptos o velhinho Estádio da Luz, o Estádio que foi vetado durante longos anos às selecções nacionais pelo regime ditatorial de Salazar.


PARTE DOIS

A verdade, no entretanto, é que quem se tenta vangloriar de não ter nada a ver com o regime totalitário, insinuando, “a contrario sensu”, ser um produto genuinamente democrático ao longo da sua história, se tornou, com esse papa da mentira histórica, um clube totalitário, um clube que nega a democracia e a liberdade de expressão e de reunião, ao estilo dos regimes seguidores dessa doutrina ditatorial, um clube que impõe a sua lei criminosa da força para impor a sua vontade aos outros, ao estilo de, quem não é por nós, é contra nós!

A própria tomada do poder é típica de um ditador. Arregimentam-se algumas “tropas” significativas, faz-se uma revolução contra os poderes instituídos democraticamente, após o mesmo ditador ter sido demitido da sua função (director desportivo) pelo Presidente Américo de Sá, legitimamente eleito, pois, segundo dizem as crónicas, os gérmenes do assalto ao poder já se manifestavam com demasiada visibilidade e actividade subversiva, como é próprio de situações equivalentes.
As “tropas” rebelam-se e provocam uma dissidência! Parte significativa de jogadores, 15 no total, abandonam os treinos, abandonam o clube e o local de treino legítimo e vão treinar-se por conta própria para Santa Cruz do Bispo, enquanto outros permanecem nas Antas às ordens do treinador do clube.
Os comandantes da rebelião são Pinto da Costa e Pedroto.
Entretanto, no meio da barafunda rebelde provocada por estes dois chefes, fundadores e instaladores da escola do crime no reino das Antas, o Presidente legítimo é obrigado a demitir-se, o clube entra em autogestão até que o papa consegue o que pretendia, ser o dono do clube.
Tudo isto, segundo um jornal à época, «na sequência da maior rebelião de sempre no futebol português»!

A partir de então, as eleições para os corpos dirigentes tornaram-se meros plebiscitos do poder de quem manda, com seus acólitos mais chegados, sem escolhas e alternativas.
Os ministros do conclave são os capangas intermediários do ordenante ditador.
As milícias, a tropa de imposição e manutenção do regime totalitário que ameaça, ofende, injuria, difama, mata, ainda que, por vezes, sob a capa de suicídio mas cujo suicida consegue esconder tão bem a arma com que praticou o acto, de tal forma que até aos dias de hoje a mesma ainda não foi encontrada!

No seio daquele regime totalitarista e fora das quatro linhas, agridem-se presidentes de outros clubes, encharcam-se balneários de produtos intoxicantes, lançam-se bola de ténis sobre os adversários, invade-se o campo de jogos e agridem-se adversários, restringe-se a liberdade de movimentos de adeptos, impede-se a reunião destes em certas áreas públicas não restritas, ameaçam-se árbitros e famílias, vandalizam-se estabelecimentos comerciais, ameaçam-se crianças e pais por pertencerem a outras cores clubísticas, ameaçam-se reuniões festivas, agridem-se autocarros e jogadores adversários que neles seguem, agridem-se autocarros de adeptos de clubes rivais e os próprios adeptos que neles seguiam, com gravidade extrema e após uma emboscada de encapuzados, agridem-se e ameaçam-se jogadores até com tiros nos joelhos por eles não se sujeitarem ao que o regime quer, seja rescindir sem levar um tostão, seja não assinar novo contrato como o pretendido.

Dentro das quatro linhas extravasa-se o ódio injectado pela doutrina papal, agridem-se e mandam-se adversários para o hospital, perseguem-se árbitros por todo o campo, ameaçam-se outros com vida curta na profissão, chama-se doido ao árbitro sem a mínima repreensão, apertam-se pescoços a adversários colegas de profissão pela módica quantia de 19,13 euros.

Um ror enorme de crimes de uma escola bem organizada e oleada na prática da criminalidade que até, se é que não rouba e ou paga pelo produto do roubo, pelos menos recepta este produto bem sabendo que ele tinha origem criminosa, divulga sempre criminosamente a correspondência roubada, acrescenta a esse crime o crime de falsificação de documentos pela sua truncagem na conveniência da conclusão que se pretende extrair, de modo a, designadamente, poder difamar, injuriar, caluniar e ofender gravemente a honra e a honorabilidade das pessoas de bem, cometendo ainda o crime de devassa da vida privada de outrem.

CONTINUA ...

4 comentários:

  1. Não adianta chamar os bois pós nomes eles são corruptos desde nascença basta ver o cadastro desse polvo azul corrupto desda a sua filiação até hoje

    ResponderEliminar
  2. Está no youtube a inauguração da maior casa de p*tas do país.

    https://www.youtube.com/watch?v=SO1vP_DeQqU

    Dá para ver quem estava na inauguração e na tribuna.

    A casa de p*tas era o clube da PIDE e a casa dos atrasados mentais que comiam sopa com o garfo era o clube oficial do regime.

    ResponderEliminar
  3. Hummm o Porto era tanto o clube do regime que durante uns 50 anos o presidente da FPF era eleito pelo BSB(Benfica,Sporting,Belenenses).
    O Porto era tanto o clube do regime que obrigou o Salazar a não deixar o Eusébio sair do Benfica pq era património nacional.
    Tem qualquer coisa aqui que não bate certo. Melhor reveres a história amigo.

    ResponderEliminar
  4. O crime organizado tem nome no Porto é em contumil e um nojo de justiça está no Porto a polícia judiciária é o MP são dois baluartes do edifício das antas um vergonha nacional que os altos cargos da justiça em Portugal fecha os olhos vergonhoso vergonhoso para onde vai a democracia em Portugal por este caminho de batoteiros e corruptos e gatunos no Porto

    ResponderEliminar