O sistema entrou de novo nos eixos. A catarse, pequena quanto baste, é “purgante” e “purificante”.
“Purgante” porque desvia as atenções de suas costumadas trapacices e foca os holofotes no objecto que delas é o destinatário, o Benfica. Se o árbitro teve o despautério de não ter errado contra ele, levanta-se a almejada costumança do clamor contra o atrevido que não ousa trapacear. É tempo de serventes e mordomos, testas de ferro de seu amo apadrinhados, largar suas bufas bafientas e baforadas truculentas, preparando convenientemente a sua tão costumeira batotice.
“Purificante” porque, desviada a atenção da trapaça, os fariseus oram seu fingimento de batota ensopado, batota pelos terráqueos já condenada, mas não pela Justiça Divina agora tão reclamada para ser purificada.
A unanimidade clamorosa da semana passada descansa, enfim, na paz do silêncio benfazejo. Beneficiar o clube corrupto e já condenado por tentativa, bem como prejudicar o Benfica, é coisa costumeira e esperada, não é coisa que valha ser noticiada.
O Benfica foi de novo prejudicado pelo apito, é isso que deste se espera. Mais três penalties lhe foram surripiados, que a coisa já vai ao par ou a triplicar. Dois dos penalties até Coroado pouco amigo – e membro dos corpos sociais do clube beneficiado – afirmou convicto terem existido!
O clube corrupto condenado por tentativa é beneficiado, de igual modo a dobrar e a triplicar, cumpre-se a realidade há muito desenhada e desejada!
Mas quem é que é levado ao colo?! Para os mercenários do sistema, o Benfica! O Benfica que já foi roubado em 10 pontos! O Benfica que foi escandalosamente espoliado em catorze dos quinze jogos que disputou! E que em cinco deles lhe sacaram nada menos do que os tais 10 pontinhos da ordem! O Benfica que, sem necessitar de ajudas, podia estar agora com 40 pontos!
A vergonha não mata, nem paga imposto. Mas Portugal é, definitivamente, terra de corruptos, aldrabões, serventuários, mercenários, mordomos e outros que tais. Razão tem o homem de Braga. A Máfia mudou-se para Portugal! Mas já foi há cerca de três décadas, não agora! E está bem instalada!
Salvador deve saber bem do que fala, só que quer alterar a data à medida de seus propósitos!
Os serventes estendem passadeira, dobram costados e reverenciam salamaleques. Moisés traiu-se e traiu o Mar Vermelho, afogando-se nas águas da serventia no turbilhão de seus degredos … ou segredos! Deve ter sido alguma moeda doidivanas que rompeu o dique de águas calmas e reverentes que a lenda nos confia. Já não chegou a mão nacionalista que, em fim de dia cinzentão, trouxe a salvadora redenção?!
E tudo isto, de tão vezeiro quanto do mesmo saco proveitoso, não merece uma investigação?!
Jesus oferta a outra face, parte e reparte as vestes andrajosas e entrega a playstation a outro necessitado, que ele conta estar já assegurado … não na cruz (de novo?!) mas no reino da condenada corrupção. Mostrar-se amofinado com o futuro patrão?!
Os escribas, em nota de rodapé ou cuspindo p’ro lado, arrecadam seus cardápios no gaveto da ignorância, de teias de aranha insuflado. Assim se vão escapulindo de indigesta traulitada do dono, agora tão disposto a pô-los à porta, com mercê ou sem mercê que lhes acuda.
Sobral, desengonçado escriba, impávido quanto impudente, escrevinha «não ter paciência para os erros da arbitragem». Está numa de soneira retemperadora da sua assistência «à mais medonha arbitragem». Esta, disse, validou um golo em fora de jogo e perdoou um penaltie.
Não há dúvida, aquela arbitragem que dá aval a um golo em fora de jogo, até de outra galáxia observado, e perdoa três penalties, não é medonha, é horrenda e pavorosa, mas não para a reverência de Sobral! Apenas lhe tira a paciência!... Mas não fica amofinado! Assim, não tem de pedinchar aos afortunados do presente a prova da sua crendice. Em especial ao professor que, numa de caloteiro, avisando foi não querer pagar … e não pagou, recebeu a triplicar, mais juros à cabeça e tudo o que o senhor do apito pôde inventar. Mas é o que também se esperava de Sobral. Seu intento é que desçam a seu nível de crendice e já lá descansam há muito aqueles a quem teria agora de lançar seu repto de crendura.
O Pereira dos árbitros, anedótico e metodista, de subjugação cozinheiro amestrado, prepara o repasto, medroso mas prazenteiro do agrado. Elmano e Costa nos lugares adequados, um para pendurar no apito sabichoso quem ousa apoquentar, outro para pagar a fruta compensante da batota, numa noitada repousante depois de tanta trapalhada, ao serviço de quem manda e pode, ajuizada!
Os mordomos do satélite adornam a véstia, jaqueta e sobrepeliz, que bem fica em terras de Arcebispos e compõem uma peraltice apropriada à cerimónia.
Alguns, na indigência de reverência e salamaleque, acolhem o olvido da participação criminal contra Paulo, que este é “costa”, nome famoso por tentativa condenado, não Baptista indómito que antes de gafanhotos e mel silvestre alimentado do que de fruta subornado.
Ao que parece, basta-lhes só a disciplinar! Agora está na hora mas é de calar e, como sempre … mamar! Eles, os únicos que a todo o tempo viveram de calabotes com que se mascaram ao tentarem impingi-los a outros, num confucionismo e invencionismo histórico muito próprios das suas historietas ancestrais e muito pior dos que acometem um certo Miguel nos seus escritos. São os Calheiros, Silvanos, Guímaros, bem plagiados pelos Elmanos, os Costas, os Olegários e os Lucílios do presente, só para citar uns meros representantes da súcia calabotiana de suas mentes ínvias.
Outros, d’ antigas lides sistémicas entrelaçados e de cumplicidade alimentados pelo famoso “veto de gaveta”, pudibundos e de despautério vivamente aconchegados, não questionam “trocas e beldrocas”, nem procuradorias de permeio, que bem sabem ter sido este o apito escolhido. E bem ajustado que das lides liberais em favores por eles é bem conhecido. E temem que poderia ser feio! De procuradorias e Procuradores já os compadres estão cheios!
Do satélite primeiro, o silêncio já esperado, espelho de um surdear acomodado e conluiado, que necessário é o veniar obediente de quem tem juízo perante quem pode mandar. Afinal de contas, não foi o poderoso e mandante o único que teve a honra de assentamento junto do presumido dono daquela caterva colorante, com lugar reservado para cego ver?! É claro que o cego, muito diplomaticamente, recambiou a liberal oferta, com um muito obrigado mas dispenso estar nesta espelunca.
Claro que isso foi antes de o presumido dono dar à sola! Mas lá que ele tentou, tentou! Branquear a condenação por tentativa era o mínimo que mordomeiro tão afadigado quanto mesurado podia fazer, em honor de amo tão magnanimamente condenado!
E do pior Bastonário que na Ordem dos Advogados alguma vez assentou bunda, rápido no coaxar coadjutor do pretérito barafustar de seu novel mano satélite, agora nem um pio, nem uma barafunda, para não destoar em sua assemelhada reverência.
Razão tinha o professor das pagadorias e das cretinices. Pagar ele, quando sabe que é hora, não do deve, mas do haver?! E não em singelo, mas a triplicar, com juros à cabeça e a dobrar! Usurário da babosice cretina, menos não seria de lhe agradar!
Bem prega Frei Tomás. Haja um pouco de vergonha neste nosso Portugal!
Mas, qual quê?! O futebol português é há muito nauseante de fedor, mas vai-se lá alguém importar?! Se até no altar da democracia em honra se dá jantar a quem é corrupto condenado por tentativa e arguido já acusado?!
Num fingimento virginal, haja alguém que ouse conspurcar e não apadrinhe a purgação! É escorraçado pelo patrão e não mais convidado!