O título deste texto é, neste caso, mais do que um título! É um “seu a seu dono”, uma vez que se trata
de uma brilhante peça literária que, ao melhor estilo do Mestre Gil Vicente, o
pai do teatro português, com a sua sátira a uma sociedade onde se começavam a
subverter os bons costumes, faz uma crítica contundente às
autoridades deste País, a todas elas, desportivas e civis, da magistratura da
justiça até às autoridades do Estado, incluindo seus governantes, em sentido
lato.
Faz-nos sentir que estamos no seio, como na realidade estamos, de
uma mafia siciliana de Palermo, o verdadeiro, em que os tentáculos estão
totalmente ramificados em todas as esferas da vida desportiva e civil,
movimentando-se num à vontade que lhe fornecem as ligações criminosas e que lhe
possibilitou, e possibilita, a total impunidade que começou, de modo
escandaloso num dito Estado de Direito, pela sacralização do caudilho mor desta
mafia portuguesa. Se alguém tem de pedir meças ao modus operandi e operacionalidade real desta mafia não é ela à
mafia siciliana mas esta à mafia portuguesa cujo núcleo é o bairro de Contumil,
na nobre cidade do Porto.
O autor deste texto retrata e critica, através de uma sátira
excepcional, toda a podridão que coenvolve uma escola do crime organizado, com
um caudilho ao comando e com um vergonhoso conjunto tentaculífero em todas as
esferas das autoridades portuguesas que dão a sua cobertura impune a um
totalitarismo em que a violência, física e moral, se tenta impor num Estado
democrático no qual o Direito , e só o Direito, devia comandar fazendo a Justiça que a liberdade
democrática exige para que essa liberdade responsável se imponha como marca
essencial de uma democracia.
Para além do apelo necessário à tomada de posições que se
oponham a esta mafia do crime organizado, dever de todas as pessoas de bem e,
em especial, dos Benfiquistas que são os alvos principais, se não os únicos,
desta organização criminosamente impune, apenas vou acrescentar, numa singela
homenagem e com a devida vénia, alguma formatação que possa pôr mais em realce
os trechos deste brilhante texto.
Todos os méritos, pois, apenas e só ao Ilustre Benfiquista que
assina sob o pseudónimo de:
“SE UM BENFIQUISTA INCOMODA MUITA GENTE”…
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«Vou partilhar uma história de ficção.
Num País que não existe, um profissional de uma cidade contacta
um colega de outra cidade. Invoca uma necessidade urgente de conversarem.
Presencialmente!
E qual era o tema?
Uma investigação que decorria nas autoridades da sua Cidade,
movida por afinidades clubísticas assumidas por fanáticos.
O fanatismo e ódio a membros de outros clubes e Cidades – desse País
de fantasia – eram os valores sociais reinantes, segundo disse.
E por aí podia ganhar-se muito!
O ambiente era o de uma espécie de Gotham City, para evitar
extensas descrições.
Em síntese, eram frequentes as atividades criminosas impunes! Mesmo
os processos que chegavam a julgamento acabavam com a absolvição de arguidos
fortemente indiciados!
Ultimamente, já nem abriam inquéritos sobre notícias de crime
divulgadas publicamente.
Segundo o profissional dessa animada Cidade, foi delineado um
plano de longo prazo que passava por esgotar os recursos públicos da ação
criminal, através de frequentes denúncias anónimas contra outros clubes da
outra Cidade. A par disso, tinha sido organizada uma milícia que recorria à violência
constante para criar um ambiente de intimidação junto da comunidade desportiva
e não só.
A execução deste plano seria ocultada com a imputação falsa
destas práticas aos outros clubes vítimas das mesmas.
Durante a reunião, o profissional contactado ouviu uma história
na qual os factos não eram muito precisos mas indiciavam que um dos Clubes da
sua cidade manteria contactos com empresários e dirigentes de outros clubes,
para estes serem muito competitivos em determinados jogos.
Era esta a tese de mais um caso! Nada de muito original,
portanto!
Mas o sumo da abordagem era a possibilidade de afetar
investigações que poderiam ser perturbadoras, a troco de dinheiro! Com pilim
tudo mudaria. Até o ódio! Seriam pagos serviços em ambiente internacional. Esses
fluxos seriam depois distribuídos por canais de confiança.
A questão óbvia foi colocada: como é que isso sobrevive à
jurisdição soberana?
A resposta foi tranquila, existiam laços familiares que
fortaleciam a rede. Paralelamente, existia ainda um meio de comunicação
disposto a pagar uma choruda prestação por um exclusivo.
Para que tudo corresse bem, ainda havia uma proposta de parceria
para partilha de oportunidades.
O profissional contactado ouviu e transmitiu a quem de direito.
Nunca mais se disponibilizou para conversas deste tipo e chegou
a interrogar-se se teria sido ameaçado. Mesmo no plano da ficção, ficou a
pensar se isto seria possível...
Encolheu os ombros e desejou que fosse tudo uma mistificação. Só
num País muito corrupto seria possível uma tal degradação de valores
institucionais.
A esperança era que nesse País, que não existe, a opinião
pública resistisse aos estímulos básicos do crime organizado, apesar de
réplicas desta história aparecerem noticiadas de quando em quando.
Por exemplo, quando as atividades criminosas contínuas eram mais
evidenciadas (fraudes nas arbitragens de jogos, agressões a adeptos de outros
clubes no espaço público) logo surgia um título num jornal a insinuar que o
criminoso seria a vítima.
Caramba, que história! Isto nunca aconteceria entre um povo de
brandos costumes! A ficção e a realidade não coincidiriam numa miséria tão
decadente!
Só que, quem não gosta de Gotham City, tem de estar preparado
para tudo!»
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Klap ... Klap.. Klap . A justiça tem de atuar ou.
ResponderEliminarO autor desse texto e um grande benfiquista, pessoa bem formada e informada e que por o ser ja foi prejudicado por isso.
ResponderEliminarSao artigos dessa qualidade que devem ser lidos pelos benfiquistas e faze-los pensar antes de dizerem tantos disparates.
Os "nossos", sejam dirigentes, funcionarios, jogadores ou outros atletas enquanto estiverem ao serviço e em representação do nosso clube devem ser respeitados e defendidos, independente da nossa opiniao pessoal.
BENFICA SEMPRE!!!
Continua o crime organizado dragarto a roubar correio e não só agora até andam a Roubar o escritório de advogados q defendem o SLBenfica a justiça em Portugal não consegue prender os gatunos os Ladrões que vivem acima das leis pois no Porto tudo é possível
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