segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

SE UM BENFIQUISTA INCOMODA MUITA GENTE


O título deste texto é, neste caso, mais do que um título! É um “seu a seu dono”, uma vez que se trata de uma brilhante peça literária que, ao melhor estilo do Mestre Gil Vicente, o pai do teatro português, com a sua sátira a uma sociedade onde se começavam a subverter os bons costumes, faz uma crítica contundente às autoridades deste País, a todas elas, desportivas e civis, da magistratura da justiça até às autoridades do Estado, incluindo seus governantes, em sentido lato.

Faz-nos sentir que estamos no seio, como na realidade estamos, de uma mafia siciliana de Palermo, o verdadeiro, em que os tentáculos estão totalmente ramificados em todas as esferas da vida desportiva e civil, movimentando-se num à vontade que lhe fornecem as ligações criminosas e que lhe possibilitou, e possibilita, a total impunidade que começou, de modo escandaloso num dito Estado de Direito, pela sacralização do caudilho mor desta mafia portuguesa. Se alguém tem de pedir meças ao modus operandi e operacionalidade real desta mafia não é ela à mafia siciliana mas esta à mafia portuguesa cujo núcleo é o bairro de Contumil, na nobre cidade do Porto.

O autor deste texto retrata e critica, através de uma sátira excepcional, toda a podridão que coenvolve uma escola do crime organizado, com um caudilho ao comando e com um vergonhoso conjunto tentaculífero em todas as esferas das autoridades portuguesas que dão a sua cobertura impune a um totalitarismo em que a violência, física e moral, se tenta impor num Estado democrático no qual o Direito , e só o Direito, devia comandar fazendo a Justiça que a liberdade democrática exige para que essa liberdade responsável se imponha como marca essencial de uma democracia.   



Para além do apelo necessário à tomada de posições que se oponham a esta mafia do crime organizado, dever de todas as pessoas de bem e, em especial, dos Benfiquistas que são os alvos principais, se não os únicos, desta organização criminosamente impune, apenas vou acrescentar, numa singela homenagem e com a devida vénia, alguma formatação que possa pôr mais em realce os trechos deste brilhante texto.



Todos os méritos, pois, apenas e só ao Ilustre Benfiquista que assina sob o pseudónimo de:


“SE UM BENFIQUISTA INCOMODA MUITA GENTE”…



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«Vou partilhar uma história de ficção.

Num País que não existe, um profissional de uma cidade contacta um colega de outra cidade. Invoca uma necessidade urgente de conversarem.

Presencialmente!

E qual era o tema?

Uma investigação que decorria nas autoridades da sua Cidade, movida por afinidades clubísticas assumidas por fanáticos.

O fanatismo e ódio a membros de outros clubes e Cidades – desse País de fantasia – eram os valores sociais reinantes, segundo disse.

E por aí podia ganhar-se muito!

O ambiente era o de uma espécie de Gotham City, para evitar extensas descrições.

Em síntese, eram frequentes as atividades criminosas impunes! Mesmo os processos que chegavam a julgamento acabavam com a absolvição de arguidos fortemente indiciados!

Ultimamente, já nem abriam inquéritos sobre notícias de crime divulgadas publicamente.



Segundo o profissional dessa animada Cidade, foi delineado um plano de longo prazo que passava por esgotar os recursos públicos da ação criminal, através de frequentes denúncias anónimas contra outros clubes da outra Cidade. A par disso, tinha sido organizada uma milícia que recorria à violência constante para criar um ambiente de intimidação junto da comunidade desportiva e não só.

A execução deste plano seria ocultada com a imputação falsa destas práticas aos outros clubes vítimas das mesmas.



Durante a reunião, o profissional contactado ouviu uma história na qual os factos não eram muito precisos mas indiciavam que um dos Clubes da sua cidade manteria contactos com empresários e dirigentes de outros clubes, para estes serem muito competitivos em determinados jogos.

Era esta a tese de mais um caso! Nada de muito original, portanto!

Mas o sumo da abordagem era a possibilidade de afetar investigações que poderiam ser perturbadoras, a troco de dinheiro! Com pilim tudo mudaria. Até o ódio! Seriam pagos serviços em ambiente internacional. Esses fluxos seriam depois distribuídos por canais de confiança.



A questão óbvia foi colocada: como é que isso sobrevive à jurisdição soberana?

A resposta foi tranquila, existiam laços familiares que fortaleciam a rede. Paralelamente, existia ainda um meio de comunicação disposto a pagar uma choruda prestação por um exclusivo.

Para que tudo corresse bem, ainda havia uma proposta de parceria para partilha de oportunidades.



O profissional contactado ouviu e transmitiu a quem de direito.

Nunca mais se disponibilizou para conversas deste tipo e chegou a interrogar-se se teria sido ameaçado. Mesmo no plano da ficção, ficou a pensar se isto seria possível...

Encolheu os ombros e desejou que fosse tudo uma mistificação. Só num País muito corrupto seria possível uma tal degradação de valores institucionais.

A esperança era que nesse País, que não existe, a opinião pública resistisse aos estímulos básicos do crime organizado, apesar de réplicas desta história aparecerem noticiadas de quando em quando.

Por exemplo, quando as atividades criminosas contínuas eram mais evidenciadas (fraudes nas arbitragens de jogos, agressões a adeptos de outros clubes no espaço público) logo surgia um título num jornal a insinuar que o criminoso seria a vítima.



Caramba, que história! Isto nunca aconteceria entre um povo de brandos costumes! A ficção e a realidade não coincidiriam numa miséria tão decadente!

Só que, quem não gosta de Gotham City, tem de estar preparado para tudo!»



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Mais uma vez, a minha sincera e devida vénia ao seu autor!

3 comentários:

  1. Klap ... Klap.. Klap . A justiça tem de atuar ou.

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  2. O autor desse texto e um grande benfiquista, pessoa bem formada e informada e que por o ser ja foi prejudicado por isso.
    Sao artigos dessa qualidade que devem ser lidos pelos benfiquistas e faze-los pensar antes de dizerem tantos disparates.
    Os "nossos", sejam dirigentes, funcionarios, jogadores ou outros atletas enquanto estiverem ao serviço e em representação do nosso clube devem ser respeitados e defendidos, independente da nossa opiniao pessoal.
    BENFICA SEMPRE!!!

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  3. Continua o crime organizado dragarto a roubar correio e não só agora até andam a Roubar o escritório de advogados q defendem o SLBenfica a justiça em Portugal não consegue prender os gatunos os Ladrões que vivem acima das leis pois no Porto tudo é possível

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