Nunca se discutiu tanto a arbitragem em Portugal, desde os
tenebrosos tempos em que vingou o chamado “sistema” que descambou numa
investigação judicial a que deram o nome pomposo de “apito dourado”, como
depois que os prosélitos saudosistas de tempos idos, um comendo a “carne”,
outro lambendo o “osso”, conseguiram fazer vingar o VAR como auxiliar, assim
foi consagrado, dos árbitros do apito.
De mero auxiliar – da verdade desportiva, diziam os
presuntuosos da prosápia – o VAR tornou-se o dono da arbitragem. Mas um dono da
arbitragem e dos respectivos árbitros do apito – assim os denominamos para os
distinguir dos árbitros do sofá de fuças nas câmaras – que tem direito às suas
sonecas redentoras ou de olho bem aberto à consecução dos desígnios papais,
conforme seja acto do convir. Seja como for, é difícil não o notar, tais as
suas bacoradas cretinas e criminosas da verdade desportiva para defesa da qual
inventaram a sua existência. Pode estar a sonhar acordado, mas praticamente
sempre em seu repouso benfazejo do serviço devido àquele cujo apito dourado lhe
retirou o recurso às suas trapaças de charlatanice de antanho.
E os árbitros do apito descansaram na sombra dos árbitros do
sofá, aqueles por sua vez, ou vindos da doutrina papal nos seus cérebros reduzidos
de honorabilidade e verticalidade, ignorantes da verdade de sua missão, ou
vindos de uns ameaços ao físico, seu e das famílias, bem presentes nas unhacas
macaqueiras, no vandalismo das borraduras e nos trambiques com que casas ou
negócios eram bafejados, sem que uns tais que se julgam os donos do futebol
português, das arbitragens, das disciplinas, vez alguma utilizassem suas
competências para conforto e reconforto dos ameaçados. Cúmplices do crime,
recolhem-se em seus mutismos para pensar na morte da bezerra como faz o
“brilhantinas” rolha da Liga.
Nunca se viu tanto erro nas utopias dos acertos, tanta
mentira na propagandeada busca da verdade! Nem o exemplo do Mundial de
Selecções, com alguns erros mas muita reposição de justiça desportiva,
entranhou no VAR caseiro algum pinguinho de vergonha na desvergonha do seu
passado, antes refinaram na impostura rotineira, sempre, sempre ao serviço da
congregação papal, o qual nunca conseguiu melhor do que a trapaçaria para se
afirmar.
Muitos, mas muitos mesmo, desconfiavam da tramontana dos
arautos da dita verdade desportiva. E a verdade da mentira tem estado e está aí
bem patente. Num país desportivo dominado por uma escola do crime organizado e
sacramentado com a bênção judiciária da impunidade e até da conivência, só os
pobres de espírito podiam sequer magicar uma implementação da verdade
desportiva propalada e propagandeada pelos que mais atentaram e atentam contra
ela.
Nem interessa desfiar o horror do vandalismo arbitrário e
aVARiado do ano transacto. Bastam alguns exemplos recentes.
No jogo FCPorto-Guimarães, o VAR desconectou-se no momento
apropriado e o árbitro ficou sem “sinal” protector. Um golo em posição
irregular e um penalti do tamanho da Torre dos Clérigos por marcar, tudo em
favorecimento do clube papal. Valeu à verdade desportiva, nesse dia, a “divina
providência”, a quem o papa da mentira apela quando de cu apertado, ter-se
desconectado também da lamurienta oratória pontifícia!
No Belenenses SAD-Benfica, uma cintilante cotovelada do
jogador caseiro na cara de Ruben Dias, que dava expulsão imediata, apanhou o
VAR na retrete, a dormir uma soneca ou a cogitar nos “nobilíssimos” assuntos
que ocupam a mente mui pensadora do rolha da Liga. No lance que daria o 2º golo
caseiro, Pizzi leva um “chega pra lá” de alguém apenas interessado na prática
de futebol americano e que deixou o jogador do Benfica knockout.
No FCPorto-Feirense, quando se poderia pensar que a
indecência e o despudor já tinham mergulhado na cloaca da merda em que está
todo emporcalhado, eis que o VAR , desarranjado da tripa, se consome na
diarreia do seu desnorte doutrinário de bem servir o clube condenado por
corrupção desportiva tentada e atola a cloaca na etar do madaleno.
Cagar-se para o que desfavorece o clube ofertante de putas
sublimadas de “fruta”, há muito o sabíamos.
Que cagava nas regras escritas e implementava regras novas a
contento do madaleno, também ninguém se surpreenderia, tão cheia está a latrina
desses exemplos. Jogada de golo invalidada, e bem, pelo árbitro do apito,
diziam ser regra fora da pata do VAR. Só que ele não estava na soneca, que o
amo aqui requeria atenção e serviço, ainda que aldrabada “legislativa” fosse
necessária arregimentar!
Tenha-se em conta! Que um árbitro valide um golo irregular
por fora-de-jogo, que o (a)VARiado o conforte na decisão, é uma coisa! Ir
contra regras escritas e que deviam ser aplicadas em conformidade e reescrever
as regras a preceito e a contento da trafulhice, é outra bem diferente!
Aquela actuação, conquanto ilegal, é um erro de facto, um
erro de interpretação da regra!
Esta última é um erro de direito, que ela viola a regra que
não permite a intervenção do VAR depois de o árbitro ter declarado a invalidade
da jogada. O VAR foi de cornadura contra a regra vigente, criou regra nova, sem
legitimidade!
Mas o árbitro do apito, dito dono do dito por não dito,
estava ele também desarranjado. Vai ao ecrã, descobre “fruta” prometida,
torna-se cegueta por dever do apetite e da servência … e promulga as novas
regras reescritas pelo seu compincha (a)VARiadíssimo!
O conclave papal manda publicar!
Muitos, como eu, viveram os negros e longos anos do chamado
“sistema” dos pintos e pintaínhos.
Soubemos das viagens de férias pagas a árbitros; soubemos da
oferenda de putas sublimadas de “fruta” e seus devidos aproveitamentos por
árbitros esfaimados e sequiosos; soubemos dos quinhentinhos; soubemos dos
cafezinhos com leite à mistura; soubemos de árbitros do apito em fuga
desenfreada na desgarrada da pega de cernelha pelos jogadores do clube
condenado; soubemos das orientações GPS do Madaleno ao árbitro do apito do jogo
do clube da “fruta”, nas vésperas deste; soubemos dos oferecimentos de 2.500
contos ao mesmo árbitro pelo testamento presencial da madame que o papa foi
arregimentar na taverna do infante para sua amásia, então senhora de credível dignidade
no uso da coroa de rainha cardinalícia do pontífice e sobrinha carinhosa perante o
Papa, o Verdadeiro; soubemos que o famoso juiz Mortágua decretou decisoriamente
a pechincha dos números do oferecimento; soubemos da existência de toupeiras
dentro da equipa de investigação que avisaram e aconselharam o papa a fugir
para Vigo e que nunca se quiseram descobrir, escavando facilmente o buraco na
terra mole que elas esburacavam sem receio algum de serem colocadas a espernear
e a bronzear no sol da verdade; soubemos dos conselhos matrimoniais de quem se
esteve sempre cagando para o matrimónio; soubemos da incredibilidade com que os
meritíssimos classificaram a amásia já ida; soubemos da alta condecoração dos
meritíssimos no julgamento da impunidade do crime organizado; soube todo o
mundo das trafulhices combinadas telefonicamente e condensadas nas escutas do
apito dourado.
Pois bem! Comparado tudo isto com as badernas trapaceiras da
arbitragem do apito e do VAR é de anjinhos tolos comidos com bolos!
As câmaras da cidade do futebol são as novas putas do papa
chefe manitu do crime organizado!
A Altice, patrocinadora do clube condenado, dá umas ajudas
que, como vamos constatando, até nem eram necessárias!
Comparado isto com as actividades criminosas que hoje se
praticam sem o mínimo despudor, a céu aberto, glorificadas e abençoadas na sua
contínua impunidade que lhe advém da não actuação de todas as autoridades,
judiciárias e desportivas, cujo mutismo e inacção é um estímulo à sua
continuidade refinada, é do mais impensável bom senso e só possível em cérebros
vazios de massa cinzenta, daqueles que são comidos de cebolada ao pequeno
almoço dos criminosos.
Nunca como hoje se viu uma corja de macacos assaltar um
centro de treinos de árbitros, ameaçar estes e suas famílias, e esses mesmos
árbitros nem apresentarem queixa judicial contra os bem identificados
criminosos!
Nunca como hoje autoridades desportivas, algumas
representativas dos mesmos árbitros e outra dirigida por um antigo apitador,
deixaram de condenar publicamente actos criminosos desta estirpe e confortar
devidamente os ameaçados, incluindo com o apelo às autoridades judiciais para
agir em conformidade, limitando-se com sua inacção e mutismo a ser cúmplices do
crime e complementar a sacral impunidade da escola criminosa em causa!
Nunca como hoje foi noticiado e se soube de juízes confessos
ferrenhos adeptos do clube papal a julgar processos em que este clube era
demandado, e ufanos dessa confissão!
Nunca como hoje houve magistrados do MP condenados
judicialmente – conquanto em penas simbólicas da implantada e sacralizada
impunidade – por actividades criminosas a favor do grémio da “fruta”!
Nunca como hoje se viram magistrados de todas as magistraturas
e árbitros do apito e de câmaras de vídeo, pomposamente e sem recato algum, empoleirados
nos camarotes do campo de jogos da escola do crime, participando no conclave
papal do chefe da organização criminosa!
Nunca como hoje se assistiu ao escarafunchar de um gabinete
de um Ministro, o melhor Ministro de Portugal, por ter sido apanhado por uma
câmara de televisão a assistir a um jogo do seu clube, toda essa desvergonha
judiciária comandada por uma magistratura parcial, sem praticamente crédito e
pela qual a enorme maioria dos portugueses sente ela andar pelas ruas da
amargura, e executada por uma polícia judiciária que há muito perdeu sua
identidade de competência investigatória do crime!
Nunca como hoje se assistiu ao roubo de correspondência
privada (crime), ao acesso ilegítimo à correspondência roubada (crime), à
divulgação pública dessa correspondência roubada (crime), à replicação pública
da divulgação da mesma correspondência roubada (crime)!
Nunca como hoje se assistiu a uma letargia que impede a
actuação atempada da magistratura judicial, órgão de soberania e destinatária
da implementação e aplicação do status jurídico em que se embebe um Estado de
Direito, perante a variedade comprovada dos vários crimes praticados!
Nunca como hoje uma entidade organizadora do futebol
português, denominada Liga de Portugal, ousou divulgar publicamente documentos
sigilosos de contratos de jogadores e cujo sigilo é dever da mesma assegurar!
Nunca como hoje, e para cúmulo do desrespeito dos direitos
mais sagrados dos cidadãos e de desvergonha de uma magistratura que reclama ser
órgão de soberania com missão de assegurar o funcionamento de um verdadeiro
Estado de Direito e permite esta bagunça atentatória, se ousou fazer e divulgar
escutas ilegais de conversas integralmente legítimas e inócuas do ponto de
vista legal, num posto da PSP, diz-se, ao serviço da escola do crime e em mais
uma manifestação da sua actuação criminosa, ou, em alternativa, escutas de um
processo da judiciária que foi parar ao “mercado de benfica”, o blogue
criminoso de acesso e divulgação da correspondência roubada ao Benfica. Sim,
porque o que a escuta revela é apenas uma normalidade entre pessoas de bem,
seja ela ou não truncada segundo certas conveniências. O grave, o facto de
extrema gravidade está na sua ilegal ou legal gravação, ainda não se sabe, mas
mais ainda na sua, esta sim, ilegal divulgação, seja através da PSP, seja através de processos
judiciais na PJ com toupeiras direccionadas ao blogue criminoso mercado de
Benfica!
Nunca como hoje, enfim, o cidadão pacato e absolutamente
cumpridor se sente tão ameaçado pelos criminosos da escola do crime do papa, em
todos os actos lícitos de sua vida, por mais inocentes e legítimos que sejam,
tudo devido a uma inacção e a uma complacência que roça a cumplicidade das
autoridades judiciais que têm por sagrado dever zelar pela segurança de pessoas
e bens e, bem assim, pelo propalado Estado de Direito!
O mais coincidente e risível da coisa, que deixa qualquer cidadão
de bom senso, não enlameado na escola do crime nem com ela minimamente se
identificando, com os cabelos em pé, é o facto do chamado “nandinho das
facturas” ser o mesmo “nandinho” que passa as facturas para a existência e manutenção
da cidade de futebol onde o VAR se aloja!
Não, Benfiquistas, nem nos tempos do “sistema” que conduziu
ao apito dourado, as decisões da arbitragem foram tão descaradas e vergonhosas
como agora!
No Portugal futebolisticamente desportivo de hoje não
regressámos ao “sistema” que culminou no abortado apito dourado, abortado por
obra e graça dos magistrados que sacralizaram a impunidade desta escola do
crime organizado!
No Portugal futebolisticamente desportivo de hoje
implementou-se um sistema criminoso – e não apenas da verdade desportiva – em
que o “sistema” do apito dourado é um anão mais anão do que o Octávio
vinhateiro ou do que o cretino Santos das almofadas para se sentir alguém!
Tenho para mim que, quantos mais árbitros estão embrenhados
na arbitragem desportiva, mais se dilui a sua irresponsabilidade e mais afoitos
eles estão na covardia das suas intrujices da verdade desportiva!
Verdade desportiva que há muitos e muitos anos é traída,
emporcalhada, e tem levado o futebol português para o charco da risota
internacional!
E as ausências de árbitros portugueses em mundiais de futebol
são o espelho desta chafurdice!
Conquanto as boas decisões de arbitragem sejam, em
qualquer situação, meros pingos de chuva num oceano de incompetências e de
parcialidades direccionadas à intrujice da verdade desportiva.
Por obra do acaso, descobri este blog há poucos dias. E digo: bendita a hora em que isto aconteceu. É deveras notável a capacidade ímpar do seu autor! Muitos parabéns pelo dom que Deus lhe deu. Notável! Assombroso este como o anterior texto. Bem haja e não poupe a escumalha. Obrigado. Continue por favor. Dá-me um prazer enorme.
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