(2 de Março 2019)
«Já no final do encontro entre Benfica e FC
Porto, que terminou com o triunfo das águias (2-1) e permitiu aos comandados de
Bruno Lage ascender à liderança da Liga em troca direta com os dragões, João
Félix tentou cumprimentar Sérgio Conceição, que se recusou a retribuir o gesto
do jovem dos encarnados, como se pode registar nas imagens da Sport TV».
(6 de Março 2019)
«O
guarda-redes dos italianos, Olsen, estava estendido no chão, completamente
desolado. Sérgio
Conceição dirigiu-se junto do dinamarquês e consolou-o,
ajudou-o a levantar-se e despediu-se com um sentido abraço».
(9 de Março 2019)
«É completamente ridículo o que quiseram
fazer de uma pequena situação no final do jogo, de um cumprimento ou não
cumprimento de um treinador a um jogador. Há muita gente que não tem nada para
fazer. No final do jogo estou preocupado com os meus jogadores, não com o
rival … Ali estou a defender os jogadores do FC Porto. Ponto. Ou tenho de ser
hipócrita e dar beijinhos e abraços aos rivais? Não sou hipócrita, sou o que
sou».
Todas estas notícias supra sublinhadas foram
profusamente difundidas pelos pés de microfone a quem dão o nome pomposo de jornalistas
– quando quase todos os jornalistas de verdade já se foram, infelizmente para
os audientes e visionantes – durante e após os acontecimentos.
São factos, passemos adiante com a ressalva
de que o difundido acerca do desencontro entre Conceição e João Félix serve
apenas de termo de comparação e de fáctica para a interpretação de outros
factos e, digamos mesmo, confissões.
No lugar apropriado, concretizaremos o
sentido aqui apenas implícito.
Factos são também as palavras literais de
Conceição na conferência de imprensa sobre o jogo com o Feirense para a Liga e
transcritas ipsis verbis, proferidas
no dia 9 do corrente mês.
E facto é ainda a interpretação literal que
qualquer inteligência média pode aferir. Sendo uma interpretação literal, não
necessita de dotes específicos para ser entendida em toda a sua essência e as
conclusões que dela se retiram são igualmente factos reais porque contidos
nessa interpretação. Não são, portanto, suposições, especulações, insinuações.
São factos concretos e reais, são as palavras proferidas pelo autor das mesmas.
Foquemo-nos, para já, na frase , «no final do jogo estou preocupado com os
meus jogadores, não com o rival … ali estou a defender os jogadores do FC Porto»
(sublinhado e itálico próprios, como serão todos os encontrados).
De resto, a interpretação real que se colhe
literalmente das suas palavras sublinhadas é o próprio Conceição quem no-la
oferece de bandeja!
Repare-se.
São factos reais estas palavras com que a
comunicação social – e neste caso, com toda a pompa e enfunadas de vaidades por
quem as difundiu – emprenhou os ouvidos dos seus prosélitos.
Para as tornar mais reais ainda, essa
comunicação social ilustrou-as com a junção de diversas imagens e replicou
várias vezes vídeos do acontecimento.
Então agora, concretize-se.
Conceição afirmou cristalinamente que, no
final do jogo, só está preocupado com os seus jogadores, os jogadores do FC
Porto, cujos interesses defende, e não com o rival.
Não especificou em que final do jogo, nem qual o rival.
Se o autor o não fez, também não é permitido
ao intérprete fazê-lo.
Por conseguinte, a interpretação correcta
deve ser a de que estas referências são gerais e abstractas, aplicando-a,
consequentemente, ao final de seja qual for o jogo e de seja quem for o rival.
Então, por que foi Conceição consolar, ajudar
a levantar-se e a seguir despedir-se com um abraço do guardião que defendeu a
baliza do Roma?
Seguindo a lógica de Conceição, esses seus
comportamentos só podem ficar a dever-se exclusivamente ao facto de que tal
jogador é um jogador do FC Porto, ou ao seu serviço – conquanto vestido com as
corres da Roma – e nunca um rival com o qual, seja ele quem for, não se
importa, mesmo que este seja, como se diz, um dos maiores amigos de um dos seus
filhos e, segundo o mesmo Conceição, até já tenha passado férias em sua casa!
Sendo esse guardião, consolado e abraçado, um
jogador do FC Porto, ou ao serviço do FC Porto, naturalmente conforme às
palavras de Conceição, ele foi apenas e só, defender os interesses do FC
Porto.
Estas conclusões, sublinha-se mais uma vez,
não são nossas!
São exclusivas das palavras e comportamentos
adoptados por Conceição, numa confissão não coagida mas perfeitamente livre.
É que Conceição, afirmado por ele com toda a
exuberância, rigor e competência, não
é um ridículo nem um hipócrita!
E o que tem de especial esta confissão?
Não se tem falado, lá pela sua escola
criminosa de Contumil e do compadre falido até do osso que por vezes ia
sobrando, de que andam malas cheias de dinheiro de um lado para o outro a
comprar jogadores de equipas adversárias, uns para ganhar, outros para perder?
E, muito melhor conhecido de todos os que não
têm nada a ver com tal escola do crime organizado – e são a esmagadora maioria
dos cidadãos portugueses – é o facto real de que a doutrina actualmente em
vigor naquele pontificado papal, chefe
da mesma escola criminosa, se anda constantemente a ver ao espelho numa
tentativa vesga de colar nos outros os crimes que os doutrinados e
serventuários praticaram no passado e praticam no presente, sempre sob a sacra
protecção da impunidade!
Ele há males que vêm por bem e mais depressa
se apanha um mentiroso do que um coxo!
E, neste caso, nem os bonecos ajudaram!
Conceição, ao moldar o seu boneco na
perfeição, debitou ainda aos pés de microfone na sua conferência de 9 de Março
que o seu FC Porto cometera falhas no jogo com o Glorioso Benfica. Pintou ele nesse
seu prestimoso boneco que os seus jogadores não usaram da agressividade a que
estão habituados e que lhes é imanente usarem.
Por conseguinte, as patadas do Pepe e a sua
arrogância de senhor da trancada para o novato que apenas com uma mera e
ingénua simulação o fizera estatelar-se com um estudado e entranhado aparato,
são actos de profunda cortesia!
E as lambadas de Octávio e de Brahimi nas
faces de Gabriel e Ruben Dias, respectivamente, são mimos de menos de um
cêntimo para o justiceiro Meirim!
Mas esta récita bacoca de boneco coloca outra
interrogação pertinente.
Porque, se não tem notícia de lesão em jogador
do clube da fruta sofrida nesse jogo com o Glorioso Benfica, teria o MAIOR pago
a ele próprio para que os seus jogadores não lesionassem os do Conceição do
boneco?!
Tem a palavra o indigente Xico Marques!
Rui Pedro Braz, comentador da TVI que
mantinha uma certa coerência no seu comentário ao ponto de toda a milícia da
escola do crime organizado, desde os mais graduados aos soldados rasos, o
acusarem de ser “o papagaio amestrado do
Benfica”, vem agora apregoar um petitório nacional, já como colunista de “O
Sol”, a favor do compadre do clube da fruta e condenado por corrupção
desportiva na forma tentada.
Justifica ele, num clamor apologético, «vamos
todos salvar o Sporting», que a salvação da alma vendida ao diabo chefe da
escola do crime organizado de Contumil «é um desígnio nacional», pasme-se!
Nem com a Pátria una em perigo, com a
democracia e o Estado de Direito amarfanhados naquele pequeno bairro de
Contumil de crime hediondo à solta pelo sacramento
da impunidade, se lhe ouviu tamanho brado tormentoso de afobação!
Meu caro jornalista comentador, não é um
desígnio nacional e bem menos um desígnio dos Benfiquistas!
Come queres tu que a Nação Benfiquista, que
engloba a maioria dos cidadãos portugueses, considere um desígnio seu salvar um
compadre do clube da fruta que, desde
Roquette, tem um pacto com esse mesmo clube da fruta para destruir o Glorioso Benfica?
Com queres tu que a Nação Benfiquista, que
engloba a maioria dos cidadãos portugueses, considere um desígnio seu salvar um
compadre do clube da fruta que se
encontra no estado de falência devido a escolhas que fez para destruir o Glorioso
Benfica, fruto do desejo, várias vezes expresso, de o atirar para a segunda
divisão, com o objectivo do seu aniquilamento?
Desejo esse sempre expresso através do
amesquinhar e derrotar este Enorme e Imortal Clube?
Desígnio esse que se mantém bem real ainda no
presente, tanto quanto o foi nesse passado desde Roquette?
Lamento, Rui Pedro Braz, o teu pregão não é
mais do que uma enorme aberração tua, a raiar o patético, o ridículo e, não
querendo eu chegar tão longe, a roçar a hipocrisia!
Tu, que tanto tens sido igualmente
amesquinhado por aqueles que queres agora salvar da ruína que eles próprios
cavaram com as palas da sua cegueira direcionada ao aniquilamento do Glorioso,
que pareces querer dar a outra face, alegremente um Cristo dos tempos actuais
numa ilusão abnegada, não
estás mas é a talhar a cruz na qual aqueles mesmos trastes te virão a pregar
para depois exibirem em estátua no seu museu cheio de teias de aranha?
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