terça-feira, 28 de setembro de 2010

A coacção ou pressão, a influenciação ou a condicionalidade da arbitragem

Montada a máquina organizativa do futebol nacional, através do seu controle pelo único clube de futebol português, com respectivo presidente à mistura, que foi condenado por corrupção desportiva na forma tentada – para os menos acostumados a estes termos, poucos, foi uma condenação por tentativa de batotice da verdade das competições desportivas futebolísticas – só os sequazes, discípulos, mordomos, capazes e simples empregados domésticos da respectiva “cúria papal”, que há quase três décadas domina essa máquina organizativa, é que se julga licenciada para falar sobre arbitragens, suas virtudes e defeitos, seus méritos e deméritos.
A alguns amigos da teia, dobradas as suas respectivas cervizes e após cerimónia do beija-mão “papal – mesmo que alguns, dentre esses, tenham sido previamente presenteados com gozações brejeiras, obscenos “puxões de orelhas” considerados difamatórios ou injuriosos da sua honra, se honra lá morasse, tudo tornado público por via de “edificantes” escutas telefónicas – é tolerado de vez em quando um qualquer arrufo que destoe do monopólio da “cúria”. Doutro modo, só aos “evangelizados” tal permissão é consentida.

Que o Benfica fale das arbitragens é um sacrilégio, um sacrilégio que faz com que a turba do “papa” logo toda se esgadunhe no satanizar e esconjurar com os oráculos da “purificação” do dogma do seu mentiroso representante e “engenheiro” doutrinal máximo, qual sacerdote no afã de exorcizar os demónios que invadem as almas do purismo da sua religião da mentira e da manigância.
Contam para essa novena oratória, em particular, com os ditos treinadores que implantaram nos clubes amigos, satélites em caça das migalhas que sobram da ceia “papal” como se ela fosse a “última ceia” dos favores que esperam em troca de um dobrar da espinha e de um lamber de botas bem ensaiados e melhor representados. Contam ainda com a publicidade fastidiosa de variados lacaios da dita comunicação social que, por vezes com algum esforço, conseguiram domar e domesticar.
A plantação dos treinadores doutrinados e domesticados é uma das peças engendradas na servitude da engrenagem do sistema da máquina supra mencionada, tal e qual os lacaios da comunicação social em que, para amansar os mais destemidamente renitentes, não raras vezes houve necessidade de recorrer a black-outs, boicotes e até zurzidelas no pêlo, enfim, um último mas proveitoso recurso não apenas ensaiado mas praticado com destreza pelas milícias da “corte”, com ou sem guarda Abel, “pidá” ou Madureira, também apelidado de “o macaco”. Estas “coçadelas no pêlo” estão cheias de promessas reais de impunidade total, que elas foram abençoadas pelo “papa” e contra o “papa” não há quem ouse pecar!

Quando o Benfica fala de arbitragens apenas pede que elas sejam isentas, que cumpram escrupulosamente as regras do jogo, acentuando que ele não pede nem deseja favores mas apenas que não seja lesado com o incumprimento grosseiro das mesmas e sob a batuta ou a complacência daqueles cuja função era precisamente o cumprir e fazer cumprir a lei.
Todavia, a máquina organizativa do tal “sistema” futebolístico nacional foi engendrada e montada tendo como especial mas não único desígnio a domação das arbitragens no sentido do favorecimento do clube em redor do qual foi inventada, planificada e colocada em laboração plena.
No sentido do favorecimento directo e no sentido do desfavorecimento do seu concorrente, o Sport Lisboa e Benfica, este desfavorecimento tornado um óptimo favorecimento indirecto que disfarça os objectivos pretendidos da falsificação completa da verdade desportiva e conduz às “vitórias” da contrafacção de campeonatos que podem assim ser facilmente comprados nos supermercados, tal como Sir Alex Ferguson, mesmo lá de longe, não deixou de notar, tão flagrantes são as tramóias e as falsificações corruptas dessa mesma verdade desportiva futebolística.
Por isso, os sequazes do “papa” se aprestam na sua carpidura de virgens ofendidas pela ousadia do assomo na abordagem não autorizada de um tema de marca registada pertencente ao seu monopólio da batota desportiva, logo que o Benfica tente beliscar esse monopólio.


Sejamos claros com as palavras e os ditos. Quando o Benfica pede isenção às arbitragens, quando o Benfica reclama por ter sido gravemente lesado pelo não cumprimento grosseiro das leis do jogo que tem por objectivo e se concretiza no essencialmente consequente desvirtuamento dos princípios da verdade desportiva, quando o Benfica diz claramente que não quer ser beneficiado mas também não quer ser prejudicado como o tem sido e contra o qual se insurge, é inteiramente verdade que está a tentar influenciar a arbitragem, que esta objectivamente a tentar pressioná-la, a tentar condicioná-la.
Todavia, está a tentar pressioná-la, influenciá-la ou condicioná-la para que ela aplique correctamente as leis do jogo, cumpra e faça cumprir rigorosamente as regras regulamentares, e seja um veículo essencial de uma verdade desportiva e não o “motor” doutrinado precisamente para o completo desvirtuamento dessa verdade.

O Sport Lisboa e Benfica acentua, com reiterada e elevada ênfase, que não quer ser beneficiado, o que é um seu dever, mas que também não quer ser prejudicado, directa ou indirectamente, o que é um seu legítimo direito.

É fácil, assim, classificar o relambório dos empregados domésticos da “cúria papal”, treinadores com lugar de bancada nessa declamação de ordinarice. Quando repetem vezes a fio o mesmo oráculo dogmático de que a intervenção do Benfica condiciona, pressiona, tentando influenciar a arbitragem – num pulhismo de mensagem que muita comunicação social replica “ad nauseam” – eles é que estão, bem objectivamente, a pressionar e a condicionar a aludida arbitragem.
E a condicionar a arbitragem precisamente no sentido da manutenção do “status quo ante”, isto é, na continuação do favorecimento execrável e espúrio, directo e indirecto, de um clube que não sabe ganhar com regras limpas, claras, isentas e imparciais.
Todos esses magarefes do pulhismo, ao contrário do Benfica que só pede a isenção e o cumprimento integral e rigoroso das leis do jogo, doa a quem doer, estes empregados domésticos do “papa”, dizia-se, pedem, o contrário. Pedem descaradamente a continuação da mentira desportiva que o seu amo e senhor implantou e rege impunemente. Condicionam e pressionam a arbitragem para que ela continue a arbitrar como o tem feito, não cumprindo nem fazendo cumprir as regras do jogo, beneficiando o clube que detém o poder de a classificar ou desclassificar, promover ou despromover e prejudicando deliberadamente o seu opositor directo.

O Benfica pede isenção.
Os serventuários da “cúria papal” da corrupção desportiva e putativos donos das carreiras dos árbitros pedem a costumada, continuada e vergonhosa parcialidade arbitral.
Sir Alex Ferguson nem precisou de ouvir as escutas no youtube para chegar à conclusão óbvia, que só a totalmente descredibilizada justiça civil que temos é que não vê … o que não quer ver!

Todo este monopólio abocanhado pelo sistema da depravação da verdade desportiva em Portugal melhor se compreende quando o Sport Lisboa e Benfica, contra tudo e contra todos, se sagra campeão nacional.
Então, os servidores, empregados domésticos, paus-mandados, cardeais, bispos e abades da “cúria papal”, com seu “papa” à cabeça dando a sua bênção “urbi et orbe” aos da sua laia, andam sempre de boca cheia, repetem fastidiosamente que o Benfica “foi levado ao colo” pelos árbitros. Os árbitros, aqueles árbitros que eles dominam e cujo poder de lhes moldar a carreira a eles somente pertence. Árbitros, que continuaram igualmente a favorecer o seu clube na razão directa do desfavorecimento do Benfica, verdade que eles escamoteiam despudoradamente e com a anuência envergonhadamente cúmplice da comunicação social que domaram a seu bel-prazer.
E nem a pretérita oratória “papal” do “campeonato dos túneis” ensombrou tão devotada novena, pois ela serviu essencialmente e apenas para justificar o incumprimento da promessa feita a mortos.
É a prédica dos que, não sabendo ganhar, menos ainda sabem perder.

Sabe-se que muitos árbitros não confessam o seu “portismo” enquanto clube da sua eleição, nem os que, legitimamente, o possam sentir, nem os restantes de inclinação diversa, que serão talvez a maioria, se reflectirem a proporção adepta afecta a cada um dos chamados grandes.
Mas a sua carreira arbitral é uma razão que, mesmo quando sem razão, os faz deslizar num colaboracionismo militante com o poder de a influenciar positiva ou negativamente. Trata-se de condicionamento psicológico que nem todas as fraquezas humanas conseguem suportar e que a “corte papal”, sempre pronta na berraria contra o Benfica, mui respeitosamente silencia.
Mesmo durante o apito dourado os árbitros não conseguiram, ou não o quiseram, demonstrar alguma independência face ao poder “papal”. Talvez já adivinhassem – e face à experiência quotidiana da justiça portuguesa vinda já de alguns anos, nem era necessário ser grande bruxo – que o “papa” e os seus mais chegados fossem absolvidos com distinção e dita falta de provas, no meio de uma abundância delas nunca vista!

Colocar a carreira arbitral em perigo?
Pedro Henriques ainda agora sofreu na pele essa demonstração … e nem sequer era um dos árbitros “infiéis”!

Sem comentários:

Enviar um comentário