domingo, 17 de julho de 2022

 MAURO XAVIER


Há sempre um BENFIQUISTA que resiste, há sempre um BENFIQUISTA que diz NÃO!

O inimputável da (in)Justiça portuguesa há anos em busca de uma barrela que limpe e branqueie o seu mundo do crime plasmado nas escutas do apito dourado. Mas as escutas... os factos que o fugitivo de Vigo confessa!... São factos da História! Por isso, não há barrela que os possa branquear!

 

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A entrevista de Pinto da Costa foi um clássico da silly season. Foi um conjunto de recados, omissões, frases com graçolas e regionalismos com o objetivo de reforçar um clima de medo e de intimidação que não se coaduna com o século XXI. Vive do ciúme pelo Benfica.

Felizmente no Porto, muitos não acham normal que jogadores e adeptos insultem o Benfica gratuitamente, nem que se tente intimidar tudo e todos! Pode ser idolatrado pelos seus, mas nunca será respeitado por nós. Por uma questão de educação nunca responderei da mesma forma, seria fácil demais.

Não fomento o ódio nem a divisão. Adoro a Cidade do Porto e os Portuenses, respeito o rival e tenho grandes amigos no Porto e do FC do Porto.

Após 40 anos disto quer branquear o passado mas não esquecemos que as vitórias que alcançou foram trilhadas pelos caminhos mais obscuros do futebol em Portugal e que aguardo com expectativa o desfecho do processo cartão azul.

Recebi através das redes sociais largas dezenas de ameaças. Estratégia conhecida que funciona como cruzada de Quixote onde se pretende encontrar um inimigo externo que não existe. Continuarei a denunciar e combater tudo o que não promova a transparência ou a verdade desportiva. Que se audite o VAR. Que se apliquem critérios uniformes nos mesmos lances, que haja mais controlo anti-dopping, que se reformulem as competições nacionais. Que se valorize os jogadores.

Sobre isto nunca há nada para dizer. Diz o proverbio popular, amigos amigos, negócios à parte, mas no Porto só há negócios entre amigos e para amigos.

Não preciso do Benfica para viver. Preciso do Benfica para ser feliz. Por minha opção não sou remunerado em nada que envolva o Benfica. O Benfica não é pão. O Benfica é paixão.

Vivendo há 40 anos num ambiente de bajulação é natural que Pinto da Costa tenha uma perceção diminuída do mundo real. Pelo que não compreende, nem nunca compreenderá, como alguém independentemente da sua profissão, possa ser livre enquanto cidadão e adepto de futebol.

O senhor Pinto da Costa, um amante de literatura, deveria recuperar os ensinamentos de Garrett que, referindo-se ao Porto, dizia: “ Se nessa cidade há muito quem troque o B pelo V, há muito pouco quem troque a honra pela infâmia e a liberdade pela servidão”. Não sendo portuense não poderia rever-me mais nesta afirmação.

Confesso, no entanto, que foi com muito gosto que recebi es “medalha”, pois se a minha voz não incomodasse, não seria referido numa entrevista de fundo com tanto destaque. Sigo, por isso, livre e continuarei a dizer o que penso, na defesa do Benfica.

(Mauro Xavier, programa “pé em riste” da CMTV, 11/07/2022)

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