terça-feira, 21 de julho de 2009

OS “TÓTÓS” DA SEMANA

A proximidade e a camaradagem entre Sporting, primeiro satélite, e FC do Porto, o astro, deram os seus frutos. O lado a lado nas cadeiras presidenciais de Pinto da Costa e de Soares Franco, nos seus respectivos estádios e sempre que se encontravam, fez com que, naturalmente, se pegasse o vírus da ironia saloia e parola a que a comunicação social bem “domesticada” chama apenas de ironia, naqueles apartes em que deixa de se entreter directamente com o Benfica para se entreter com aqueles que não pensam nos seus clubes mas no … Benfica!
Bettencourt, como vice e braço direito de Soares Franco foi, naturalmente, contaminado pelo mesmo vírus.
Há no meio disto tudo, pelo menos, um consolo. Ao contrário da gripe suína, esta virose pacóvia está bem delimitada. Esta virose porqueira tem-se mantido dentro dos seus devidos limites, numa sabedoria bem maior do que a dos infectados, uma vez que conhece de cor qual o seu acanhado campo de actuação e daí não sai.

Bettencourt foi num passado próximo rejeitado e desconsiderado, rebaixado a uma posição subalterna de servente do mordomo a quem nem um olhar é devido, quanto mais um aperto de mão. As “escutas” telefónicas do “apito dourado” comprovam-no quando o condenado por corrupção desportiva tentada e a cumprir pena diz alto e bom som ter deixado “o gajo com a mão no ar”. O “gajo”, naturalmente, era Bettencourt.
Bettencourt já então era um totó de primeira classe mas refinou agora. Colocou-se frente ao espelho e viu um totó reflectido. É o momento orgâsmico para se definir.
Bettencourt vê-se então um totó nas “escutas”, ele que até só era um vice na altura, mas mesmo assim foi apanhado por elas. Vê-se um totó da pequenez do clube de que é presidente, embora tente mentir a si próprio para se convencer de que é grande e até o “maior”. Vê-se totó da submissão e satelização do seu clube por um clube condenado e comandado por um corrupto condenado e a cumprir pena que, quando ele lhe estende a mão, este deixa-lha ficar pendurada. Vê-se totó quando verifica que é presidente de um clube que não tem cinco réis para mandar tocar um cego e espuma de raiva e de inveja, em especial pelo poderio económico-financeiro daquele clube que o seu, em pacto não secreto com quem lhe deixa “a mão no ar”, quis destruir. Vê-se totó porque pensa que pode ser grande, maior do que os outros, apenas porque saltita e guincha “quem não salta é lampião". Talvez fosse menos totó se subisse, por exemplo, à Torre Eiffel. Sempre ficava mais alto!
Mas Bettencourt é ainda mais totó porque pensa que, por conseguir trazer de volta alguns sócios tresmalhados e arredios, consegue ficar um pouco menos pequeno. E afinal, a sua equipa apresenta-se aos seus sócios e o seu campo de jogar futebol continua com metade das cadeiras vazias, mais as que o seu clube destinou aos cegos que … vêem mais do que ele.

Totó é também um auto-intitulado cronista e escrevedor de livros que, como se não bastassem os outros, até contêm erros gramaticais, segundo dizem os entendidos. Tal como, de resto, as suas crónicas, ainda no dizer daqueles.
Este é um totó do calibre de Bettencourt. Vejam só que vem pedir que o seu clube, com todos os muitos euros que recebeu pela venda de jogadores, amortize o passivo. E repete três vezes: amortizar o passivo, amortizar o passivo, amortizar o passivo”!
É um totó porque não sabe do que a casa gasta. Que lhe diz a experiência de há tantos anos a esta parte, em que o seu clube até tem feito mais dinheiro do que este ano?
Diz-lhe que o passivo, em vez de diminuir, cresce tanto como os outros que fazem um estádio de futebol muito maior, que fazem pavilhões para imensas modalidades, que constroem um Centro de Estágio. Com uma grande diferença. No Benfica, se o passivo cresce, o activo cresce também. No FC do Porto o passivo cresce e o activo diminui.
Miguel Sousa Tavares é um grande totó porque a experiência passada devia tê-lo ensinado, e não ensinou, de que as vendas de jogadores do seu clube são para evitar os prejuízos dos exercícios e bastas vezes nem isso conseguem. O resto que possa sobrar … ainda ninguém conseguiu saber muito bem qual o seu paradeiro.

Outro grande totó da jornada é a TVI. Vejam lá que dizem aos seus jornalistas e operadores de câmara para irem ver se lá fora “está a chover” e se a conferência de imprensa do Benfica “se está a molhar”… e eles vão!...
Não se percebe muito bem, para não dizer mesmo nada, como é que totós destes pretendiam outra coisa que não fosse o ver se, realmente, o tempo lá fora estava enxuto ou molhado…

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