Diz-se que as gerações mais antigas convivem dificilmente com as novas, que aquelas não acompanharam o evoluir dos tempos, as mudanças verificadas, que ficaram enquistadas nas suas tradições.
Pode até ser e não me custa admiti-lo. Todavia, eu e muitos outros do meu tempo ou com mais anos de vida convivemos muito bem com a modernidade, com as metamorfoses do tempo, com o sentir genuinamente puro das novas gerações, com os seus anseios mais profundos, com muitas das suas novas visões do mundo e dos costumes.
Houve, é evidente, grandes mudanças nos costumes sociais. Tais mudanças atingiram mesmo o conteúdo de princípios de vida, rompendo com tradições e adaptando-as à evolução dos novos tempos.
Nenhuma destas revoluções nos costumes e nos princípios me causa qualquer engulho. Há, inclusive, princípios que numa determinada época podem mesmo ser considerados de valores éticos e noutra não.
No entanto, de uma coisa estou seguro. Continua a haver princípios fundamentais da ética que são perenes, intemporais, imutáveis. São princípios fundamentais da pessoa humana, valores absolutos que continuam a ser defendidos por (quase) todos, já que eles consubstanciam o humanismo dos seres racionais.
Princípios como a verdade, a verticalidade, a seriedade, a honradez, o respeito integral pela pessoa humana nas suas vertentes física e moral, não mudaram e não mudarão, enquanto houver humanismo nos seres racionais.
Em todos os tempos também houve sempre os que não se adaptavam ao respeito por estes princípios. Eram franjas da sociedade que a sociedade rejeitava, conquanto mantivesse, ao lado de uma reacção de punição, de prevenção e de reparação, também uma postura humanista de reinserção.
Mas o que não havia – e não se crê que haja, tratando-se apenas de uma franja sem vergonha – era uma excepção de reacção àqueles princípios e de promoção social de (falsos) valores como os da hipocrisia, da mentira, da negação da verdade, da valorização da violência, da desonestidade, do desrespeito, enfim, pela pessoa humana.
E então no desporto, considerada escola de virtudes, essa rejeição de valores e a promoção da anti ética assumem ainda mais relevância, consolidando-se num total desrespeito pelos valores éticos fundamentais e imutáveis.
Como se pode entender, então, que uma associação de pessoas humanas, um sindicato, possa atribuir um prémio “fairplay” a uma equipa de futebol – sem o menor respeito pelos jogadores que não intervieram nem “acolheram” os comportamentos de desrespeito pela pessoa humana – que tem três jogadores que, à vista de todos, se envolveram em agressões a outras pessoas, num jogo de futebol?
Só pode ser mesmo considerado um estímulo à promoção da violência, conjuntamente com uma aprovação implícita, mas não menos clara, de agressões a outros seres, alguns, colegas de profissão e também jogadores que àquela associação igualmente competia defender.
Aquela associação pode ser um sindicato de jogadores mas, com toda a certeza e face aos valores éticos e profissionais que estão aqui em causa não é uma associação que, com tais atitudes, seja defensora daqueles que supostamente quer defender e que, quiçá, teria ao menos o dever ético de defender.
Também é uma negação de valores éticos fundamentais e, pelo contrário, uma promoção da hipocrisia, da mentira e do desrespeito pela pessoa humana, em conjugação com um branqueamento de actos de violência ou corrupção, aquilo a que se tem assistido ultimamente relativamente a certos comportamentos ligados a um clube de futebol que se diz de grande mas que tem sido apoucado com atitudes pequeninas, seja pelos seus dirigentes, seja por alguns serventuários que tentam um branqueamento daquelas atitudes, sem se importarem com a promoção de actos imorais que as sua condutas comportam.
Estamos a referir-nos àqueles que se insurgem contra as escutas telefónicas do apito dourado apenas porque, segundo entendem, tais escutas não são juridicamente válidas, tentando branquear os comportamentos atentatórios dos valores da verdade e da honestidade.
E àqueles que pensam que se pode atentar impunemente contra a integridade física de alguém, escapando à punição devida porque este alguém tem um certo estatuto jurídico, como se este estatuto, qualquer que fosse, lhe retirasse a sua natureza de pessoa humana.
Promover conferências de imprensa ou manifestações pela verdade desportiva quando se está condenado, precisamente, por desrespeito a essa mesma verdade desportiva é o cúmulo da hipocrisia e do cinismo, uma pantomima do ridículo e da desonestidade intelectual no seu grau mais puro.
Esta autêntica “revolução” promovida nos valores éticos fundamentais da pessoa humana não é uma revolução das gerações actuais, uma consequência do natural evoluir civilizacional.
É apenas um golpe de mão de meia dúzia de seres que perderam toda a (pouca) vergonha que alguma vez possuíram e que querem subverter tais princípios éticos moldando-os às suas conveniências de despudorado arrimo de valores atentatórios de toda a decência humana.
Seres para quem a vergonha e a verdade se transformaram em hipocrisia e mentira.
As novas gerações contemporâneas rejeitam tanto esta negação dos valores fundamentais da pessoa humana quanto as gerações passadas!
As novas gerações actuais rejeitam a imbecilidade, guia da mentira e da pouca-vergonha!
São idealistas, sabem pensar pela sua cabeça e não têm memória curta nem são marionetas de salafrários detergentes das imundices de algumas atitudes e consciências.
Mantêm no seu ideário natural a defesa daqueles valores civilizacionais que foram sendo transmitidos geracionalmente ao longo dos séculos.
Os que hipocritamente negam estes valores, em defesa de uma sua conveniência aviltante, momentânea ou duradoira, são franjas que não conseguem adequar-se à ética do viver comum e que, como dizia o Presidente Luís Filipe Vieira, há que combater no plano dos princípios éticos para que se sujeitem a essa mesma ética, reparando devidamente o mal que fizeram e fazem à sociedade que os rodeia.
Pessoas e clubes que querem ganhar a todo o custo, pisando a verdade e a justiça à sombra do seu cinismo hipócrita e mentiroso, são seres abjectos que nunca souberam ganhar, quanto mais perder.
São seres para os quais a História não guardará qualquer lugar de relevo.
Nem sequer aquela história que eles impudicamente inventaram.
Pode até ser e não me custa admiti-lo. Todavia, eu e muitos outros do meu tempo ou com mais anos de vida convivemos muito bem com a modernidade, com as metamorfoses do tempo, com o sentir genuinamente puro das novas gerações, com os seus anseios mais profundos, com muitas das suas novas visões do mundo e dos costumes.
Houve, é evidente, grandes mudanças nos costumes sociais. Tais mudanças atingiram mesmo o conteúdo de princípios de vida, rompendo com tradições e adaptando-as à evolução dos novos tempos.
Nenhuma destas revoluções nos costumes e nos princípios me causa qualquer engulho. Há, inclusive, princípios que numa determinada época podem mesmo ser considerados de valores éticos e noutra não.
No entanto, de uma coisa estou seguro. Continua a haver princípios fundamentais da ética que são perenes, intemporais, imutáveis. São princípios fundamentais da pessoa humana, valores absolutos que continuam a ser defendidos por (quase) todos, já que eles consubstanciam o humanismo dos seres racionais.
Princípios como a verdade, a verticalidade, a seriedade, a honradez, o respeito integral pela pessoa humana nas suas vertentes física e moral, não mudaram e não mudarão, enquanto houver humanismo nos seres racionais.
Em todos os tempos também houve sempre os que não se adaptavam ao respeito por estes princípios. Eram franjas da sociedade que a sociedade rejeitava, conquanto mantivesse, ao lado de uma reacção de punição, de prevenção e de reparação, também uma postura humanista de reinserção.
Mas o que não havia – e não se crê que haja, tratando-se apenas de uma franja sem vergonha – era uma excepção de reacção àqueles princípios e de promoção social de (falsos) valores como os da hipocrisia, da mentira, da negação da verdade, da valorização da violência, da desonestidade, do desrespeito, enfim, pela pessoa humana.
E então no desporto, considerada escola de virtudes, essa rejeição de valores e a promoção da anti ética assumem ainda mais relevância, consolidando-se num total desrespeito pelos valores éticos fundamentais e imutáveis.
Como se pode entender, então, que uma associação de pessoas humanas, um sindicato, possa atribuir um prémio “fairplay” a uma equipa de futebol – sem o menor respeito pelos jogadores que não intervieram nem “acolheram” os comportamentos de desrespeito pela pessoa humana – que tem três jogadores que, à vista de todos, se envolveram em agressões a outras pessoas, num jogo de futebol?
Só pode ser mesmo considerado um estímulo à promoção da violência, conjuntamente com uma aprovação implícita, mas não menos clara, de agressões a outros seres, alguns, colegas de profissão e também jogadores que àquela associação igualmente competia defender.
Aquela associação pode ser um sindicato de jogadores mas, com toda a certeza e face aos valores éticos e profissionais que estão aqui em causa não é uma associação que, com tais atitudes, seja defensora daqueles que supostamente quer defender e que, quiçá, teria ao menos o dever ético de defender.
Também é uma negação de valores éticos fundamentais e, pelo contrário, uma promoção da hipocrisia, da mentira e do desrespeito pela pessoa humana, em conjugação com um branqueamento de actos de violência ou corrupção, aquilo a que se tem assistido ultimamente relativamente a certos comportamentos ligados a um clube de futebol que se diz de grande mas que tem sido apoucado com atitudes pequeninas, seja pelos seus dirigentes, seja por alguns serventuários que tentam um branqueamento daquelas atitudes, sem se importarem com a promoção de actos imorais que as sua condutas comportam.
Estamos a referir-nos àqueles que se insurgem contra as escutas telefónicas do apito dourado apenas porque, segundo entendem, tais escutas não são juridicamente válidas, tentando branquear os comportamentos atentatórios dos valores da verdade e da honestidade.
E àqueles que pensam que se pode atentar impunemente contra a integridade física de alguém, escapando à punição devida porque este alguém tem um certo estatuto jurídico, como se este estatuto, qualquer que fosse, lhe retirasse a sua natureza de pessoa humana.
Promover conferências de imprensa ou manifestações pela verdade desportiva quando se está condenado, precisamente, por desrespeito a essa mesma verdade desportiva é o cúmulo da hipocrisia e do cinismo, uma pantomima do ridículo e da desonestidade intelectual no seu grau mais puro.
Esta autêntica “revolução” promovida nos valores éticos fundamentais da pessoa humana não é uma revolução das gerações actuais, uma consequência do natural evoluir civilizacional.
É apenas um golpe de mão de meia dúzia de seres que perderam toda a (pouca) vergonha que alguma vez possuíram e que querem subverter tais princípios éticos moldando-os às suas conveniências de despudorado arrimo de valores atentatórios de toda a decência humana.
Seres para quem a vergonha e a verdade se transformaram em hipocrisia e mentira.
As novas gerações contemporâneas rejeitam tanto esta negação dos valores fundamentais da pessoa humana quanto as gerações passadas!
As novas gerações actuais rejeitam a imbecilidade, guia da mentira e da pouca-vergonha!
São idealistas, sabem pensar pela sua cabeça e não têm memória curta nem são marionetas de salafrários detergentes das imundices de algumas atitudes e consciências.
Mantêm no seu ideário natural a defesa daqueles valores civilizacionais que foram sendo transmitidos geracionalmente ao longo dos séculos.
Os que hipocritamente negam estes valores, em defesa de uma sua conveniência aviltante, momentânea ou duradoira, são franjas que não conseguem adequar-se à ética do viver comum e que, como dizia o Presidente Luís Filipe Vieira, há que combater no plano dos princípios éticos para que se sujeitem a essa mesma ética, reparando devidamente o mal que fizeram e fazem à sociedade que os rodeia.
Pessoas e clubes que querem ganhar a todo o custo, pisando a verdade e a justiça à sombra do seu cinismo hipócrita e mentiroso, são seres abjectos que nunca souberam ganhar, quanto mais perder.
São seres para os quais a História não guardará qualquer lugar de relevo.
Nem sequer aquela história que eles impudicamente inventaram.
Bom texto, caro Gil!
ResponderEliminarRealmente, valores, valores reais, para certa gente é apenas e só vencer sem olhar a meios...
Pensei, no início do texto, erradamente, que ía abordar a questão de outra forma, mas ficou bem explícita assim.
Quanto ao Sindicato, bem, é mais um... É que nem vale a pena pensar neles, no Evangelista. Deve ser a forma dele «dar a conhecer o Evangelho» que quer para os jogadores. Espero, sinceramente, que o critério para a entrega do prémio exista, que não seja só por mera vontade própria...
É um triste, que é que se há-de fazer...
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
http://Bimbosfera.blogspot.com
P.s.- Pensei que ía falar das gentes mais novas que eram mal-educadas, ou que se escondiam atrás de computadores para destilarem ódio, sem conseguirem ser iguais ao que são à frente das pessoas, mas ainda bem que o tema foi mesmo bola, se bem que o que eu referi agora é o que sinto de muita gente a «discutir bola»...
P.p.s.- Não cheguei ainda a ler o acórdão, do link que me deu, pois também não estava à espera que o Benfica tomasse uma atitude e ando a ver se leio outras coisas, obras da nossa história, como a Balada da Praia dos Cães, por exemplo, e gostava que desse uma opinião, se faz favor, ao que pode ter sido a posição do Benfica ao não pedir recurso, e ainda por cima usar o argumento dos jogadores do clube adversário. Obrigado e abraço.
Caro Márcio
ResponderEliminarMesmo que deixemos de lado que um recurso pode sempre promover um agravamento de pena, penso que o Benfica quis retirar argumentos ao FC Porto.
O Benfica já demonstrou a sua superioridade futebolística e moral. Por isso, pretende que se fale de futebol, de lisura no futebol, em vez de coisas porcas.
É preciso também não esquecer duas coisas: num eventual recurso do Benfica, os jogadores seriam sempre parte legítima para atacar os fundamentos do Benfica e, assim, tentarem por outra via diminuirem as suas penas; existe um processo crime bem mais exigente (em princípio) e que fará uso das imagens do sistema de videovigilância. Pode aí obter-se prova que possa vir a condenar ainda mais os ditos futebolistas, se a comissão disciplinar à data ainda for um órgão com alguma independência funcional.
Um abraço
Olá de novo, caro Gil...
ResponderEliminarEstá a ver? É a tal coisa para quem, como eu, é leigo nestas coisas...
Assim sendo, e apesar de eu ter visto que o Benfica mencionava um tal processo-crime, o que eu não sabia sequer que existia, e vindo de si, assim tudo «junto», ou seja, o que eles dizem com o que me explica, eu fico mais descansado, mesmo não tendo conhecimentos disto, sinto que há Benfiquistas responsáveis e que estão atentos ao que se vai passando e, efectivamente, por mais que eu queira e não possa, por ora tem que me chegar, ehhehehe!
Abraço
Márcio Guerra
P.s.- Hoje vimos os outros de cadeirão, mas o Braga é que não descola... Irra... Abraço!
Caro Gil, valores morais é coisa que não abunda nesse clube corrupto. Infelizmente!
ResponderEliminarMas o Glorioso está a mostrar dentro do campo a sua força.
Com a derrota de hoje e por números gordos para não dar pretexto a eventuais erros do árbitro, eles nem devem ir à Liga dos Campeões. A menos que os de Braga descarrilem na recta final.
Abraço.