segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O CORO DE CHORÕES DO PROFESSOR JESUALDO

O professor Jesualdo cada vez se esmera mais na representação da trágico-comédia que invadiu o reino “papal” da corrupção desportiva portuguesa desde que a Águia Gloriosa resolveu subir bem alto e lá do alto desferir bicadas no passeio tradicional daquela equipa dita de futebol, “assoberbada” com benefícios e mais benefícios arbitrais.
A partir de então, o professor Jesualdo substituiu aquele seu ar de superioridade bacoca que costumava exibir em tempo de vacas gordas – como se os grandes méritos das vitórias fossem seus e não mais das ajudas tradicionais bem conhecidas – pela cara chorona de Madalena não arrependida mas sobranceira, tal como se fosse determinação dos deuses da Fortuna o ajoelhamento reverente de todas as outras equipas e as ajudas farfalhudas de árbitros.

Com aquele seu ar chorão apropriado à representação trágico-cómica, embrulhado a condizer numa arrogância insolente à medida, passou agora a declamar a deixa do “deixem-nos jogar”.
O professor Jesualdo já não quer defrontar equipas com a sua equipa dita de futebol mas que alberga muito travesti. Pode acontecer, como tem acontecido, que alguma das equipas que defronte lhe ganhe ou não o deixe ganhar, apesar de todos os favorecimentos. É que, consoante reconheceu um seu pupilo, tais favorecimentos não têm sido muitos, não têm sido os necessários em todas as partidas.
Num confronto de duas partes, é natural que cada uma queira jogar os seus trunfos e não deixar que a outra jogue os dela, para assim chegar à vitória. Pedir “deixem-nos jogar”, é pedir que a outra parte se abstenha de o fazer e, em consequência, da hipótese do triunfo da sua causa.

A nova face da choradeira do professor Jesualdo – que tem de olhar para cima para ver o cimo da classificação e, assim, mais se lhe estramboticando a visão – apresenta, de facto, uma simbiose estranha ao apelar à falta de comparência no jogo das equipas suas adversárias sem apelar à ausência dessas equipas. Explicando melhor, o apelamento do professor Jesualdo mistifica-se numa comparência com falta de comparência.
Assim a modos como a equipa dos serventuários Salvador e Domingos cujos jogadores vieram apenas reverenciar o “papa”, seu patrão, e não jogar futebol.
Assim como o árbitro que vê muito mal as linhas de baliza e que também vê pessimamente as “cargas” punidas com grande penalidade, quando os “as bestas” de “carga” estão com a vestimenta do dito patrão.

O “deixem-nos jogar” do professor Jesualdo é somente o apelativo convite aos árbitros para que os seus jogadores possam “jogar” com todas as armas e de todas as maneiras e feitios, mesmo os não permitidos nas leis do futebol, e para que esses mesmos árbitros proíbam os jogadores adversários de fazerem a mínima barreira aos desejos dos seus.
O professor Jesualdo não o diz expressamente, terá algum receio das consequências porque agora as prédicas do seu “pontífice” já podem valer suspensões. Todavia, se pudesse, até apelava para que os adversários se sentassem todos no seu meio campo e, de preferência, bem juntinho às linhas laterais.


Como toda a gente sabe, o FC Porto contratou em Janeiro uma nova marioneta chorona. Pode dizer-se que a administração “papal” possui todos os atributos da bondade e que, nessa esteira, programou escrupulosamente a época desportiva, dotando a sua equipa de jogadores suficientes em número e em dotes ditos futebolísticos. Pode dizer-se que o próprio “papa” reconheceu essas bondades e se elogiou a si próprio com a auto suficiência e com a falta de petróleo.
E não se diga que, mau grado o novo reforço fosse nas horas e dias, poucos, antecedentes, apenas um luxo que o treinador não mais se dispensou de “vestir”, afinal, as bondades acima recitadas foram postas em causa.
Nada disso! O que aconteceu – e aqui vai de novo comprovada a bondade da dita administração “papal” – foi que o “papa” verificou perspicazmente que o número de choronas, num reino ora vitimizado por dispor de pugilistas e artistas do murro, da cacetada e da patada, travestidos de jogadores de futebol, era ainda muito insuficiente para formar o rol de carpideiras necessário ao coro dos campeões dos chorões.
O reino “papal” não é composto só de prédicas e missas à Divina Previdência. Quando a Águia acorda e dá bicadas, também há velórios em tal reino!
Ora, a chorona contratada é mesmo uma valente chorona! Chora por tudo e por nada e com um ar de tal modo insolente e reguingueiro que a sua superioridade chorona abrilhanta convenientemente o coro e reabilita os milhões de euro que a sua carpidura custou.

Ademais do que foi dito já, esta diva do choramingo reles e bafiento também se sabe queixar dos insuficientes favorecimentos à sua equipa coral. E sabe dizer verdades! De facto, com arbitragens que lhes perdoem todos os penaltis que os chorões seus colegas cometem e lhes proporcionem todos os outros favorecimentos que eles requerem, então não havia de dedicar o título?
De resto, esta chorona não necessita de se preocupar quanto a isso. Tem sempre um título para dedicar ao “incrível” porque o título do maior chorão ninguém lhe consegue já retirar, principalmente depois da veladura do treinador “forever”.

Pense-se, todavia, que os ditos da chorona estão em verdadeira consonância com os ditos do chefe do coro de chorões, o professor Jesualdo. Fazem parte do mesmo complemento. Há “solos”, é certo, mas todos numa composição sinfónica adestrada e adequada aos velórios “papais”.

Ouçamos a música chorona e congratulemo-nos com os velórios que não é para menos que a Águia dá as suas valentes bicadas!

5 comentários:

  1. não se falou do arbitro no fim do jogo no ladrão porquê

    AGORA QUERO EU SABER DA NOTA QUE ESTE ARBITRO VAI LEVAR.

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  2. Eu acho muito bem feita que o Braga tenha sido roubado. Aliás, era algo que já tinha previsto, era óbvio que o Porto tinha de ganhar este jogo. E é para toda a gente ver como contra o dono, os cãezinhos baixam as orelhas. Ainda assim, de salientar a coragem de Paulo César e Filipe Oliveira, que se envolveram em discussões com jogadores do Porto. É sempre bom ver que alguns jogam por profissionalismo e não a mando das ordens do treinador e presidente.

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  3. Caro Gil...
    Primeiro tomaram os efeitos dos leões carpideiros, dando uma de Calimeros. Foi de tanto tempo andarem juntos, tomaram-lhe os hábitos.
    Segundo, o Coro de Santo Amaro de Cedofeita tocou muito afinadinho ontem, com a ajuda dos «pequenos cantores da pedreira».
    Foi uma beleza, a arbitragem uma beleza, uns porque foram líderes, outros porque são treta, perdão, tetra, muito engraçado...
    Aliás, foi um espectáculo em prol da cultura, com encenações de agressões, onde as prácticas comuns vão dando para já saberem bem como as simular...
    Um bom espectáculo, aliás, até acho pena não ter estado lá o Ministro da Cultura para dar o aval a tais artistas continuarem no que fizeram ontem...
    «Deixem-nos jogar»... Deve pensar que aqueles mamões são como o Mantorras, que ele ajudou a liquidar futebolisticamente, aquele, prefiro nem dizer o que me vai na alma.
    Abraço caro Gil!

    Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera

    http://Bimbosfera.blogspot.com

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  4. Se o Glorioso se reunisse em conferencia de imprensa sempre que foi gamado não fazia outra coisa...
    Era como o Sporting...Não tinha tempo para treinar...

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  5. Caro Gil, belíssimo post como é hábito. Claro que seria tão bom que os deixassem jogar ... (sózinhos)! Ganhavam de certeza o campeonato.
    Como diz o Márcio, "MAMÕES"!!!
    Abraço.

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