segunda-feira, 31 de maio de 2010

Uma selecção “à porto”?

Pinto da Costa não se farta de repetir que, para o ano, vai ter de novo uma equipa de futebol “à porto”. Mas uma equipa de futebol “à porto” já todos conhecem de há muito! E ainda durante a época futebolística que passou ela se portou “magnificamente”“à porto”!

Uma equipa de futebol “à porto” é aquela que temos visto e revisto nos relvados portugueses e também nos túneis porque, se há túneis em Portugal, é a equipa de futebol “à porto” que faz os festejos, que deita os foguetes, dá marradas julgando tocar os bombos da festa e, não satisfeita, corre atrás das canas.
A equipa de futebol “à porto” é aquela que joga deliberadamente a bola com as mãos dentro da área só recebendo por isso os “méritos” de uma cegueira de quem não quer fazer ondas.
A equipa de futebol “à porto” é aquela em que o seu jogador Brun(t)o Alves pode “pentear” com os pitons das suas ferraduras as cabeças dos adversários que deitou por terra, ou que pode “limpar” os mesmos pitons nas partes do corpo que encontra mais a jeito, com as devidas loas e sem os merecidos castigos.
A equipa de futebol “à porto” é aquela em que o citado Brun(t)o Alves tem licença para espetar uns calduços nas fúcias do seu colega Tomás Costa.
Uma equipa de futebol “à porto” é aquela que chega aos túneis e resolve dar coices nas paredes que confunde com as que delimitam e a enjaulam nos seus curros, que faz esperas aos árbitros e faz demonstrações de pugilato para o que está bem adestrada e catequizada.
Uma equipa de futebol “à porto” é aquela que faz gala de todos estes seus “atributos”, vá para onde for e seja em que lugar se encontrar.

As notícias mais recentes da equipa de futebol “à porto” surgiram-nos do desempenho dos seus jogadores na selecção dita nacional.
Ao que se noticia, Brun(t)o Alves, naturalmente incentivado pelo repisar da afirmação do seu patrono “papal”, como bom discípulo que é e se quer mostrar, vai de fazer uma demonstração no seu colega de equipa, o guarda-redes Beto que, pouco ou nada tendo jogado esta época futebolística – e foi se quis merecer as atenções de Queirós – parece ter mijado fora do penico – de Brun(t)o Alves – demonstrando a sua aselhice.
E Brun(t)o Alves é que não está com meias medidas, não admite que lhe chamem aselha na demonstração dos seus “méritos” e vai de espetar os já costumados calduços que ele, quando acha oportuno, distribui nos da sua equipa de futebol “à porto”.
Que diabo, se vamos (continuar a) ter uma equipa de futebol “à porto”, porque não implementá-la na selecção dita nacional, se o seu mais refinado intérprete dela faz parte?

Cristiano Ronaldo parece ter corrido sério risco na sua “faena” da pega., tenha ela sido de cernelha ou de frente, bem nos cornos da(s) besta(s). Demonstrou , como é óbvio, valentia, aquela valentia que Queirós, com a sua boçalidade e bonomia de banana não demonstra.
Ou então, quem sabe?!...
Será que Queirós, perante tantas críticas, não terá também resolvido implementar na sua selecção dita nacional o estilo da equipa de futebol “à porto”?

Se assim foi, Cristiano Ronaldo merece um castigo, ou seja, um par de bandarilhas!



PS. Disse Queirós um dia há pouco tempo passado que Mourinho não precisa de conselhos! Nada de especial até aqui, conquanto não haja ninguém que deles não precise algum dia.
O caricato é que Queirós se tenha posto, ou julgando que o puseram, na pele de se julgar alguém que, em termos futebolísticos, possa ter alguma competência para dar conselhos do género a Mourinho!

domingo, 30 de maio de 2010

Promessas ao Zé

Promessas, vis promessas! ...

Corria a dança do penta da bazófia assinalado
Já em tempos duros de suão em forte ventania
E o trapaceiro debaixo do cipreste abandonado
Promessas recitando em ondas de zurraria!

Aos mortos fala, facies tresloucado e indigente
Na promessa do penta continuando em finca-pé
Em tropelias senis recita poesia, alarvemente,
Ao seu mestre da trapaça, o funéreo Zé do boné.

Mas o Zé, enfim dormindo em descanso eterno,
Aprazido ao abandono da escória do odiento
O presenteia com desprezo mouco e mui sisudo

Enquanto espera, descansando, no Inferno
Por promitente senil, tresloucado e mofento,
Que o penta já se foi e vê-lo, só por um canudo!

sábado, 29 de maio de 2010

BICADAS DA ÁGUIA

1. O jornal “a bola” noticia hoje que o Benfica se prepara para fazer propostas de renovação de contrato a Moreira e Quim. Tal notícia pode ter baralhado muita gente face às resmas de notícias-boatos e interpretações consideradas mais ou menos sábias nos seus dotes de feiticeiros de pechisbeque.

É verdade que durante o ano inteiro se foi escrevendo e badalando que Moreira estava de saída e que Quim iria renovar. Bastaram, porém, umas simples palavra de Jorge Jesus para que todos os oráculos anteriores fossem parar ao caixote do lixo. Era lixo, ao lixo regressou.
De novo, os papagaios do lixo informativo, com os seus sapientes intérpretes, tiveram a ocasião tão ansiada de darem mais largas à pobreza – qualitativa, que não quantitativa, sendo certo e sabido que uma anda sempre na razão inversa da outra – da sua imaginação. Especulativos quanto baste, esforçam-se por colocar as falas de Jorge Jesus nas suas bocas e partem à aventura da informação que mais a jeito das suas conveniências se apresenta.
Agora já é Moreira que vai renovar e é Quim que vai mudar de ares.

Não é preciso, porém, estar muito atento para perceber que Jorge Jesus apenas disse que Quim já sabia com o que o treinador contava, uma vez que já pessoalmente havia conversado com ele. Por variadíssimas vezes, Jorge Jesus afirmou e reafirmou que os seus jogadores são sempre os primeiros a conhecer o que o seu treinador deles pensa.
Até aí, qualquer especulação é sempre creditada à ordem de um qualquer sabichoso saloio que julgar ter a sorte de lhe ter saído o “furo” jornalístico da sua vida. Depois, o “rebanho” segue sempre na peugada do da frente, ainda que se tenha de atirar ao poço.

Jorge Jesus, de facto, nem disse que Quim não iria, nem disse que iria renovar! E também nunca disse que não contava, ou que contava, com Moreira.
“Mutatis, mutandis” se passou com os dirigentes do Benfica, aqueles que são os únicos que merecem, e devem merecer, a confiança dos Benfiquistas. Até que eles se pronunciem, a baboseira noticiosa da comunicação social estranha ao Benfica não passa disso mesmo, de uma baboseira encartada do boato relativamente ao Benfica, tal como lhe convém.

Talvez nem precisemos de ser adivinhos – basta-nos recordar o passado bem presente – para pensar que a boatice nas baboseiras informativas não tardará a informar que a direcção do Benfica – leia-se, Luís Filipe Vieira e Rui Costa – contrariou Jorge Jesus e o obrigou, no mínimo, a engolir sapos. Seguir-se-ão os conselheiros encartados a opinar que Jorge Jesus falou demasiado e a destempo.
E não faltarão depois os devidos conselhos! …
E nunca se recordarão, obviamente, de que Luís Filipe Vieira tem afirmado e reafirmado por diversas vezes de que no futebol profissional tudo é feito em consonância … com o treinador!

Esperemos, pois, os próximos capítulos das reles novelas a que, até em todos os sentidos, nós, Portugueses e Benfiquistas, já estamos bem acostumados.
Considerando, como é devido, que esta última notícia da renovação dupla continua um mero boato até à sua confirmação pelos únicos canais informativos credíveis dos Benfiquistas.


2. O jornal “record” não foge à linha da boateira e desprezível informação a que em Portugal nos acostumaram, tendo ou devendo ter os Benfiquistas já criado e recriado anti-corpos suficientes para não serem “infectados”.
Noticia ele que o Benfica teria rechaçado uma oferta de 37 milhões de euro por David Luís.
Até aqui, nada de mal para além do boato da notícia, enquanto não confirmada pelos únicos com crédito para esclarecer os Benfiquistas. O risível vem a seguir.
Com efeito, o “record” acrescenta “ser certo que o Benfica tenciona vender os direitos desportivos do jogador”!

Isto é, o boato noticioso vai contra tudo o que tem reafirmado Luís Filipe Vieira porque este máximo dirigente sempre tem afirmado aos Benfiquistas que não tenciona vender ninguém, só se forem “batidas” as cláusulas de rescisão! Mas aí, não se trata de um “tencionar vender” mas de um “ter de vender”!
Nós, benfiquistas, também já vamos estando habituados a que o “record” se engane. E não se engana mais vezes porque, quando surge uma verdade relativamente ao Benfica, ela passou-lhe completamente ao lado!


3. Pinto da Costa não tem, naturalmente, memória. Ou melhor, memória há sempre o que ela está é apenas direccionada.
O curioso e engraçado é a dualidade de promessas que a sua mente desmemoriada quando quer lhe faz vir à mente. Pinto da Costa faz promessas a mortos quando a vivos afirma e reafirma que não faz promessas.
É compreensível, os vivos podem querer cobrar as promessas, os mortos descansam, supõe-se, em paz, na paz da eternidade que não quer ser importunada.

Que Pinto da Costa se queixe a mortos dos seus infortúnios, também não parece que daí advenha algo de mal. Nem sequer para os mortos, presuntivos ouvintes, que, no seu sono eterno, se estão marimbando para as suas alegadas mágoas.
Mas que se queixe de o Ministério da Administração Interna e a comunicação social nada fazerem perante um hipotético apelo aos adeptos para pegarem em armas, feito numa “televisão da Meo”, é que já volta a ser mais uma demonstração da sua insanidade intelectual por profundamente desonesta.
De facto, será que ele não assistiu ainda há bem pouco a um suposto jogo de futebol em que os adeptos da casa – por acaso, adeptos do seu clube – levaram cestos de bolas de golfe e de isqueiros e se entreteram durante o jogo a jogar golfe e isqueirada para dentro do campo, ou melhor, para as cabeças dos adversários do clube golfista?
E não assistiu ou viu pela tal comunicação social os apedrejamentos do autocarro do adversário do seu clube?
E o MAI e a comunicação social, viu-os fazer alguma coisa?!
Sim, sim, um funcionário do MAI, aliás, já com algumas responsabilidades acrescidas, fez alguma coisa, fez!
Fez – e disse – que não viu o que toda a gente viu! …
Mas isto está perfeitamente de acordo com aquilo que todo o mundo ouviu que fizeram, conquanto neste caso os que fizeram e se fizeram ouvir nunca negaram os feitos e só se insurgiram contra os ouvintes que não deviam ouvir!

Numa das hipotéticas hipóteses, teria havido um hipotético apelo e nada mais. Na outra situação, já não hipotética mas real, houve armas e elas foram brandidas contra os supostos adversários que a esquizofrenia “papal” transformou em inimigos.

Pinto da Costa não está preocupado com as realizações! Está preocupado com as imaginariamente hipotéticas ameaças!
Mas Pinto da Costa é assim. Rodeado de gente “fina”, até tem motorista que cospe naquelas de que Pinto da Costa (já) não gosta!
E não tem guarda-costas a preceito e a condizer porque este, presume-se, se encontra enjaulado a cumprir mais de 20 anos de cadeia.
Rodeado de gente desta, Pinto da Costa só pode gozar mesmo, como até aqui gozou, do estatuto de inimputável e desmemoriado a condizer.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

PINCELADAS ENCARNADAS

1. Foi esta semana noticiado que o FC Porto penhorou as receitas televisivas da União de Leiria, no âmbito de uma acção executiva que aquele moveu a esta.
Com esta penhora, acrescentava-se na notícia, a União de Leiria ficava impossibilitada de poder pagar os ordenados – já em atraso, sublinhava-se – e corria sérios riscos de não se poder inscrever nas competições profissionais, ou seja, participar na Liga Sagres.
Sabendo-se a política que sempre foi seguida pelo FC Porto – até mesmo de sempre e não apenas do tempo “papal” da corrupção desportiva condenada por tentativa – a notícia não contempla grande novidade. E, pelo eco da “boa e servil” impressa da “cúria”, esse facto de novo se confirmou.
O FC Porto tem na sua génese a política do eucalipto. É algo que nele é endémico e congénito. Suga, usa, abusa, seca e depois deita fora, vai em busca de outro para sugar. Toda a gente sabe disso porque os exemplos têm-se multiplicado ao longo dos tempos.
Agora, de novo … e tão amigos que eles eram!...
Todavia, na primeira, todos podem cair. Na segunda, só cai quem quer. Nas restantes caem os que gostam do masoquismo.
E mais masoquistas do que os asnos não se conhece!
Será que o Belenenses volta a ter sorte?!
Só se ainda não estiver completamente chupado!


2. Pinto da Costa disse solenemente que “não tem gabinetes para receber os pais dos atletas”. E não é preciso ser-se muito esperto para o compreender. Por muito grande que seja a cúria, por muito benevolente e benemérita que ela se considere, tudo é finito, tudo tem um limite e até os aposentos do “papa”, por maiores e mais variados que possam ser, não podem acolher todos os devotos e, se alguns devem ficar à porta, esses serão, com certeza, aqueles que, em vez de “padre-nossos” e outras oferendas, se aprestem em pedidos que não tragam qualquer mais-valia ao “venha a nós – ao “papa” – o vosso reino”!
Também não é necessária grande imaginação, nem esforço, para entender que todos os gabinetes, e serão alguns, os bastantes, estarão reservados, nomeadamente, para receber árbitros amigos e para, no meio de amenas cavaqueiras com cafezinhos e leite, se abençoarem os aconselhamentos familiares daqueles que, quanto à família, andam no reino de perdição.
Um “papa” não cumpriria bem o seu “papado apostólico” se não desse o mais estrénuo e estremado exemplo do que deve ser um “bom chefe de família”!


3. Ainda pelas bandas da “cúria papal” da mentira desportiva, veio noticiado que o professor Jesualdo demonstrara, numa rara manifestação de carinho e apreço compensador pelo belo pontapé no rabo que acabara de lhe ser proporcionado, “inteira disponibilidade”, que “sempre estaria disponível” para o FC Porto.
O que mais me impressionou foi o emprego do advérbio “sempre”, tanto mais que foi noticiado paralelamente que ele acabara de recusar o cargo de director técnico para todo o futebol … no FC Porto!
A deficiência de apreensão do significado de “sempre disponível” deve ser mais do intérprete do que do autor, o que até se desculpa a este, uma vez que o professor Jesualdo se esqueceu – e talvez nem seja caso para tanto – de fazer logo ali uma interpretação autêntica da sua “profissão de fé”.


4. Os “apóstolos” da “cúria papal” também se esmeram bem amiúde, como se sabe sobejamente, no exercício do “apostolado” da defesa da corrupção desportiva condenada por tentativa. Daí que não seja nenhuma admiração que Rui Moreira, muito adestrado na tentativa da venda da banha da cobra a favor da sua profissão de fé clubística, venha agora “queixar-se” de Hermínio Loureiro não ter dado a conhecer a “vida negra ou encarnada” que o Benfica lhe teria feito e “qual o antídoto usado para a pacificação” entre estas duas entidades.
Rui Moreira é uma pessoa muito inteligente … e coerente porque inteligência sem coerência não dura mais que um minuto. Inteligência e coerência que, ao longo de toda uma época desportiva – tornar-se-ia enfadonho recuar mais – foi plasmando em escritos lapidares de suma sapiência, espelho cristalino desse perfume coerentemente inteligente. Basta consultar as citações de Ricardo Araújo Pereira e de “Jotas”, aquelas em “A Bola” e estas no seu blogue “A Catedral do Desporto”, sob o título “PEQUENAS PÉROLAS – o que eles foram dizendo durante a temporada”, para se ficar com uma ideia bem aproximada das “virtudes” aqui em destaque.
Um “morcão” – como eles, os da sapiência na arte da corrupção desportiva tentada e na barrela do seu branqueamento – ou um jumento nos dotes da inteligência, diria de imediato que a tal “vida negra ou encarnada”, usada como pressão sobre Hermínio Loureiro, teria sido apenas a da exigência da imparcialidade e o esforço da limpeza da porcaria que há décadas conspurcava a verdade desportiva neste futebol nacional, sempre impune porque os seus agentes se julgaram inimputáveis.
E o “antídoto usado nessa pacificação” teria sido apenas o esforço denodado , seja-se justo reconhecer, para corresponder àquela imparcialidade e àquele esforço.
Todavia, uma mente sumamente inteligente – e coerente – só podia ter-se visto ao espelho das virtudes proclamadas pelo “papa” condenado por tentativa de corrupção desportiva e apregoadas pelos seus fiéis “apóstolos”, tal como o senhor Dr. Adelino Caldeira.
E daí imaginar e mesmo sibilinamente julgar, muito inteligentemente – e de igual modo, coerentemente – um processo tipo mafioso como o usado pelos seus confrades.


5. Há mais um senhor Sérgio qualquer, jornalista do gabarito e também digno representante do jornalismo de sarjeta a que o novo jornalismo português nos vai habituando, que vem escrever na sua notícia no correio da manhã que “Jesus colocou os dedos, por duas vezes, na cara” daquele travestido de jogador de futebol e repetidamente rejeitado, e bem rejeitado, no Reino do Glorioso. Como justificação para o teor da sua notícia, arrolou a matéria que, a este respeito, teria sido provada no processo que decorreu na CD da LPFP.
Muitos outros jornais e jornalistas escreveram e deixaram sub-repticiamente no ar a ideia da prova da infracção, alguns mesmo chamando-lhe agressão, mas estes socorrendo-se da expressão “dois” dedos que Jorge Jesus teria encostado à cara do travesti chorão, atenta a versão processual deste.+

Isto é grave sob o ponto de vista deontológico e da seriedade jornalística porque em lado algum o comunicado da CD da LPFP considera provada qualquer infracção cometida por Jorge Jesus. É verdade que aquele jornalismo de sarjeta apenas se estriba nos ditos dos jogadores, Rúbem Micael e Edgar Costa, isto é, exclusivamente na versão de uma das partes em conflito.

Sejamos claros e, já agora, honestos, intelectualmente honestos. A CD da LPFP abriu apenas um inquérito e, no decorrer deste, verificou que havia prescrito a eventual sanção disciplinar de que acusavam Jorge Jesus. É certo que o comunicado que decidiu arquivar os autos de inquérito fala em indícios. Mas indícios não são provas e podem até estar muito longe de o virem a ser. Não foram ouvidas mais testemunhas, não foram recolhidos mais elementos de prova.
E mais importante ainda, nem sequer foi posto em execução o sagrado direito de defesa.

Mas tudo isto tem uma explicação muito simples! Numa qualquer demanda, seja cível ou criminal, antes de qualquer sentença condenatória ou absolutória, os julgadores começam sempre por apreciar as questões prévias e incidentais que possam infirmar o processo em causa. É o que se designa, “lato sensu”, por “saneamento do processo”.
Só depois os julgadores se debruçam sobre o fundo da causa a decidir, julgam e proferem a decisão substancial sobre a matéria em julgamento.
E só desta decisão de fundo pode sair a prova ou a não prova da acção em causa, com a consequente condenação ou absolvição.

No processo Rubem Micael / vs Jorge Jesus nunca se chegou à fase sequer da produção da prova e muito menos à decisão que, apurando ou não o cometimento da infracção, condene ou absolva o acusado.
O único julgamento que houve foi o dos jornais e jornalistas que, levianamente, essa versão apresentaram, implícita e alguns mesmo explicitamente.
É evidente que o jornalismo português, ao considerar – implícito e até explícito nalguns casos – o cometimento da infracção de que Rubem Micael acusava Jorge Jesus, estava a fazê-lo, ou por má fé, ou por ignorância crassa, ou na tentativa deontologicamente condenável de promover as vendas dos seus produtos.
Mas é por tudo isto que o jornalismo português é considerado, por grande franja dos seus leitores, um jornalismo de sarjeta.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

BICADAS DA ÁGUIA

1. Portugal é o país do “politicamente correcto”, polimento que tem a sua mais conhecida vertente no “deixa andar porque não estou para me incomodar”… É uma característica que já Eça glosou no século passado sem o mínimo resultado prático.
Assenta nesta “virtude” portuguesa a reacção às palavras de Mourinho acerca das possibilidades da selecção nacional. Todos sabemos, ainda que seja bem no fundo do nosso ser, que as palavras de Mourinho traduzem uma realidade mas a nossa sociedade, onde cabe naturalmente a futebolística, está mais acostumada ao sonho e a chorar o fado. Depois, quando acorda com o abanão da realidade, chora as lágrimas de virgem ofendida no pudor do seu sonho, aquele sonho que elas tentam impingir mesmo aos mais acostumados à realidade.
Mourinho sabe do que fala, provam-no as suas realizações concretas. Mourinho não sonha, realiza. E só quem se encontra embalado no sonho da fantasia é que se sente ofendido com o abanão que o faz acordar. Talvez devesse agradecer esse despertar e, antes de o invectivar, transformá-lo em acréscimo de incentivo, numa vontade férrea de demonstração de que o sonho não era assim tão sonhador…
Ninguém pode ser proibido de sonhar, obviamente. Mas para que o sonho não seja só um mero embalar de quimeras, é preciso abaná-lo nem que seja acordando o sonhador.

2. Quem nunca sonha e sempre faz por estar acordado, ao menos em fantasia, é Rogério Alves. Bem desperto, confessa ter medo de que o Sporting se transforme num segundo Belenenses e, assim, bem tenta clamar com um misto de confiança que tenta incutir contra esse adormecimento vespertino do moribundo.
Mas Rogério Alves, acaba por cair no sonho da fantasia ao dizer que o Sporting “tem um potencial único”: «os milhões de sócios e adeptos»!
A fantasia do “único” até nem seria a que, para além de sonho de embalar, causaria maior adormecimento nos seus confrades. Os “milhões de sócios e adeptos” é que só a sua imaginação, no auge da fantasia sonhadora, consegue realizar em figuras também de sonho para não destoar.
Rogério Alves não estava acordado, certamente, quando assistia aos jogos do seu clube nas bancadas de Alvalade!

3. José Viegas é também um agente branqueador do reino futebolístico que foi condenado por tentar fazer batota desportiva. E, para sermos justos, também parece revelar-se um detergente apropriado às lavagens a que tal reino nos acostumou.
Assim, a tristeza de uma época futebolística patenteada pelo clube das suas cores foi para José Viegas o resultado de uma barrela consubstanciada numa “perseguição permanente e criminosa ao FC Porto”!...
A “perseguição permanente” ainda é o menos! Mas considerá-la “criminosa” é já uma lembrança que, se quiser, apenas subconscientemente, ele teve em seu sonho do passado corriqueiro dos mentores do seu clube nestas últimas décadas, mais propriamente após as sapientes lições sobre domesticação dos árbitros proferidas pelo seu “mestre” do boné.
José Viegas alega que o seu clube tem “história e memória” e não deixa seus créditos por mãos alheias! Talvez apenas se esqueça que ele abjurou, entre outros, o fundador do FC Porto!
Mas que tem história, lá isso tem! Tem a história de ser o primeiro e único dos ditos grandes – a história aqui tem olhos curtos porque pretende grande um mero clube de bairro, mas nem sempre ela pode acertar – a ser condenado por tentar corromper a verdade desportiva.
Depois, se não tem história, inventa-se e reinventa-se!...
No que também José Viegas é sonhador é na adjectivação de “cavalheiros” com que brinda toda a gente ao serviço do FC Porto. A história, talvez não a história com que ele sonha acordado, tem-nos demonstrado isso, desde o cume até à base.
Para José Viegas, não foram “cavalheiros” os jogadores do FC Porto que não cumprimentaram o Presidente Cavaco Silva no final da Taça de Portugal. Mas aqui surge-nos uma dúvida.
Será que tais jogadores não foram “cavalheiros” para não conspurcarem de “cavalheirismo” o Presidente que, diga-se, não parece ter-se preocupado muito com a contaminação, ao sentar-se ao lado de um condenado e a cumprir a respectiva pena?!
Ou não foram “cavalheiros” porque o seu “cavalheirismo” se expressa em outras artes mais requintadas, como seja a dos pontapés nas estruturas de um túnel, a das esperas aos árbitros para tirar desforras e a das agressões selvagens a quem apenas lhes pretende relembrar um cavalheirismo que não é aquele que, pelos vistos, José Viegas ainda sonha que seja?!

4. Cristiano Ronaldo Diz que “não joga sozinho” e que “não faz milagres”. Podemos conceder que, ao afirmar tais abluções, Cristiano Ronaldo estava em seu sonho a que também tem direito e, simultaneamente, acordado! Ou, se preferirem, estava a sonhar, acordado!
De facto, quando diz que “não joga sozinho”, estava profundamente adormecido e sonhador porque o que ele as mais das vezes nos tem demonstrado na realidade é que, se não quer levar a bola para casa, fica lá perto!...
Mas quando afirma que “não faz milagres”, está bem acordado mesmo que pense estar a sonhar porque, na realidade, enquanto jogador da selecção, os milagres têm sido quase sempre realizados pelos seus companheiros.

5. Hugo Almeida também disse há pouco tempo que “Portugal tem os avançados de que precisa”!
Naturalmente, estava igualmente a sonhar, a sonhar pela cartilha de Queirós. E encarregou-se de demonstrar bem asinhamente a justificação do seu sonho quando afirmou, no treino de ontem, que os adeptos, “se for para assobiar, é melhor não virem”!...
É uma forma bem apologética de confirmar a sua presunção. Pena é que os adeptos tendam a pensar serem aqueles avançados, que sonhadoramente Hugo Almeida pensa serem de Portugal, meros avançados de Queirós … e de Hugo Almeida!...
Talvez daí os assobios!...

6. Quem não sonha acordado mas busca a felicidade real são os adeptos e simpatizantes do Benfica.
E os adeptos estado-unidenses de uma certa região bem nos fizeram ainda agora cabal demonstração. Em poucas horas, o Glorioso Benfica ficou com mais cerca de 100 sócios!
Não foi preciso esperar meses para apresentar meia dúzia deles, muitos que até já eram mas só de cartão e não de acção e … quotas em dia!...
Os adeptos e simpatizantes do Benfica sabem sonhar, como é evidente. Mas sabem ainda melhor acordar do seu sonho e concretizá-lo na realidade.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O “Te Deum” do “papa” da mentira

Relambório ensaiado pelo defunto mestre, o “papa” da mentira comandou a seu bel-prazer os caminhos tortuosos do futebol português, arrecadando farto proveito das manigâncias travadas nos esconsos trilhos da mentira desportiva.
Há, todavia, sempre um limite!
Esse limite começou por ser imposto pela Judiciária e pelo MP que um dia resolveram pôr-se à escuta das conversas de alto gabarito trocadas entre a pandilha apostólica dos cozinhados “à porto” dos resultados desportivos.
Os doutos juízes portugueses chamados a intervir cheiraram o cozinhado e, se o não comeram, pelo menos não vomitaram o odor putrefacto e pestilento em que a verdade desportiva fora cozinhada pela “cúria papal”. Só Ricardo Costa, que nem é Juiz de profissão, para bem da mesma verdade desportiva, mas um emérito pensador do Direito e da Justiça – de cuja sapiência presumidamente se pensava os Juízes também comungarem – conseguiu, ainda que ao de leve, fazer triunfar esse Direito e essa Justiça.

O limite maior, porém, foi traçado e concretizado pelo próprio Benfica na pretérita Liga Sagres. E de tal modo o “papa” sentiu esse limite que resolveu promover mais um referendo ao seu consulado “papal” no meio da sua “nunciatura” apropriadamente catequizada.
O “papa” da mentira que mente ao Papa verdadeiro fez uma promessa a mortos – no meio de um laudatório fúnebre a rigor – que não cumpriu. Mas isso até ele já adivinhava como certo porque o seu falatório com o mestre morto era objectivamente um assobio para o ar, mais um sacudir da água do capote do que um desejo de bem cumprir, que ele de promessas e cumprimentos não prega sequer na sua moral.
Vai daí, nada melhor do que uma nova auto reeleição que, ao que disseram sem nada dizer, se ficou por uns 96% de votos de nada, nestes incluídos os votos próprios e certamente mais nenhuns. Só assim se explica a “pudicícia” de um “papa”, sempre envergonhado com a sua real realidade.

No apogeu da sua vitória referendária, por deficiências certamente não detectadas pelo seu intelecto ou talvez esquecido já das escutas, pese a publicidade no “You Tube”, só sabe recitar o seu “Te Deum” do “ganhar à porto”.
É um “papa” muito desfasado da realidade como, de resto, já há muito se previa. Nem perante a grave crise económico-financeira, que pode afectar todo o mundo mas afecta consideravelmente Portugal, se coibiu de imaginar novas bancadas de “fruta”, mais uns envelopezinhos recheados, agora não de “quinhentinhos” que o juiz Mortágua disse ser isso uma bagatela, mais uns cafezinhos em troca de bons conselhos matrimoniais de um “papa” exemplar nos domínios dos “bons chefes de família”, mais umas viagens pagas – por engano! – a árbitros.
Não, para o “papa” da mentira não há crise porque o seu relambório “à moda do porto” está bem presente na sua cabecinha pensadora e não há preços, nem escutas, nem You Tube, nem nada que lhe faça apagar o seu rememorativo “cozinhado” das manigâncias desportivas, por tão sedimentado e nada incomodado ele ter sido durante tantos anos a fio.

Compreende-se, ademais, que ele não deseje túneis. Não é porque o das Antas foi demolido, não!
O “papa” nunca necessitou de túneis! Se antigamente se falou em guarda Abel, nunca se esconderam os “feitos” do tipo e da sua milícia!
Tal como agora! Para que precisa o “ganhar à porto” de túneis se, ainda nos nossos dias, ele pôde jogar ao golfe e à isqueirada, à vista de toda a gente e também das nossas ditas autoridades – que, se algo de interessante fazem na sua missão, é desmentirem o que toda a gente viu – sem que daí lhe adviesse qualquer mazela de ordem legal?

Seja como for, bem nos parece que o You Tube e as escutas não vão permitir mais nenhum “ganhar à porto”, por muito acostumado que o “papa” esteja. Algumas ajudinhas continuará a ter, ou não permaneçam ainda uns resquícios de catequese no seio arbitral. Mas já não na dimensão do antes das conversas ao telefone!
Daí que tenha dúvidas sobre se o seu “Te Deum” por uma nova auto reeleição não devesse considerar-se apenas mais um “requium”, um “requium” continuado à sua morte lenta.

O “papa” da mentira, condenado por corrupção desportiva tentada, é, juntamente com o seu “discípulo” Domingos e o seu confrade Mesquita, o único que não aceita o mérito de uma vitória estrondoso conseguida nos vários campos deste país.
Eles e os seus rafeiros da claque que, até quando o seu clube está a ganhar uma taça, ladram cânticos anti Benfica.
Também ninguém ousava mais da zurraria desta “trindade” que é “santíssima” apenas no ódio que apregoa e na insignificância moral em que desliza.
Medíocres, como são os seus membros, têm na inveja a sua única religião.

Citando o grande escritor Carlos Ruiz Zafón, “ bem-aventurado aquele a quem os cretinos ladram, porque a sua alma nunca lhes pertencerá”!
E, de facto, a Enorme Alma Benfiquista nunca pertencerá àqueles que, pelo simples facto de existirem e de serem quem são, só põem em evidência a sua pobreza de espírito, a sua mente tacanha e as suas entranhas pestilentas.

domingo, 16 de maio de 2010

…«A moralidade e os valores não se apregoam … praticam-se …

1. Vejamos só como o único clube português – dos que se consideram grandes – condenado por tentativa de corromper a verdade desportiva em Portugal consegue alinhavar uma máxima que, por aquilo que tem sido a sua prática ao longo dos anos, lhe “assenta que nem uma luva”!…
E agora, se tivermos na devida conta que essa máxima foi propagandeada por intermédio dos seus dirigentes e, particularmente – dada a sua proeminência inerente ao cargo que nele ocupa – daquele dirigente que condenado foi igualmente pela “boa defesa” dos valores e moralidade, o que podemos dizer é que a espectacularidade da “profissão de fé” consegue esmagar-nos numa “exemplaridade de conduta” que, mesmo descontando o logro histórico para os apaniguados do mesmo clube, já conta mais de um século.

Sim, caros Benfiquistas, a “boa prática” que a “moralidade e os valores” de tão excelsos praticantes sempre levaram a cabo não se confina apenas ao seu consulado, ou não nos concedesse a História a benesse de conhecermos como é que o irmão Andrade, ao serviço do clube de que tão bons samaritanos da ética mostram tal zelo, conseguiu surripiar ao outro irmão, e ao clube mais fraco da cidade, um dos seus primeiros terrenos do pontapé na bola.
Já então, tão devotados “moralistas praticantes de altos valores” nos demonstravam o seu entranhado apego a tais devotamentos.
Certamente que o Andrade “moralista” e “praticante”, tetravô dos actuais serventuários da “moralidade e dos valores”, estava a cumprir com zelo aquele sentimento que a História nos transmite acerca do destino da sua herança…

E que melhores práticas de moralidade e valores pode haver que não estejam bem plasmadas, por exemplo, no golpe de mão histórico que surripia um filho a um progenitor devotado, de carne e osso bem presente, para o entregar ao destino de umas páginas de jornais que de tudo noticiavam menos do clube “tão praticante” da “moralidade e dos valores”, para já não falar dos seus dirigentes e, particularmente, do seu dirigente mor?
Quem ousa questionar uma prática tão saudável de moralidade e de valores como a que oferece “fruta” ou paga viagens de férias a árbitros, em troca dos correspondentes favores que aplanam as vitórias fora do campo?
E o café com leite, a troco naturalmente de um “aconselhamento familiar” – sim, porque tais “mestres” na prática da moralidade e dos valores são eméritos praticantes em tudo, até mesmo nas exemplares práticas familiares, tal como nos vêm quotidianamente demonstrando – oferecido a um árbitro nas vésperas de este arbitrar um jogo de tão “ilustres modelos”?

Aqueles que antes ficaram “desconfiados” ao observarem o que lhes pareceu tão indigentes e laudatórias vigílias pela verdade desportiva, aí tendes o mais entranhado reforço de que, naquela casa e com aquele “papa” da mentira e da tentada batotice desportiva, mais seus submissos apóstolos, a moralidade e os valores da verdade desportiva são um valor sem preço … abaixo de uma oferenda de “fruta”, de umas viagens de férias e de uns aconselhamentos familiares, acompanhados com cafezinho e leite.
Nada de envelopes com quinhentos – ou “quinhentinhos” – porque sua excelência o juiz Mortágua, provavelmente um dos patronos praticantes da moralidade e dos valores, logo vem devotadamente testemunhar que isso era … uma bagatela!...

Os “não praticantes” de tal “moralidade” e “valores” apelam ao desportivismo, à são convivência, à paz. Condenam a xenofobia, o facciosismo, o mau perder, a violência, o terrorismo.
Aqueles “praticantes” tão devotados, com seu “papa” das virtudes da verdade e emérito defensor dos laços familiares à cabeça, apelam às golpadas, perdão, às “golfadas”, às isqueiradas, às patadas, às esperas aos árbitros, ao pugilato, tudo em nome dos “bons chefes de família” em que se revêem de todo os lídimos "praticantes da moralidade e dos valores".
E condenam obviamente os que condenam a xenofobia, o facciosismo, a violência e o terrorismo.
Tudo em honra de uma “prática exemplar” de uma “moralidade” e de “valores” tais a que o futebol português se habituou já vai para quase três dezenas de anos, que conhece bem e devolve a procedência.

2. O bom do Mantorras parece ter-se enchido de “brios” bacocos. E, como é evidente, na sua terra está mais à vontade para botar alarvidades.
«Exijo mais respeito do Benfica», parece ter ele vomitado tolamente!

É verdade, depois de um clube lhe ter aturado tanto tempo o vencimento dos ordenados em troca de quase nada, já nem sabemos se é palermice pura ou certa má fé.
Depois de tantos anos de Benfica e de ser tão apadrinhado e acarinhado pelo Presidente e adeptos, ainda não aprendeu, nem sequer com aquele, que o Benfica é que está acima de tudo o resto e de quaisquer balofas vaidades pessoais e que é ele o único que pode exigir respeito.
Outros que poderiam ter dado bem mais proveito – certamente que por infelicidade de Mantorras – na conquista da grande vitória que se pretendia, souberam ser humildes e interpretar a divisa do Benfica.
Mas Mantorras julgou-se uma “prima donna”!
Assim, nós, Benfiquistas, temos de concluir, com mágoa certamente, que alguma da humildade que por vezes reflectiu era apenas uma fachada ridícula sem conteúdo.
Será que terá aprendido com os novos velhos “mestres e exemplares praticantes da moralidade e dos valores”?

3. Ruben Micael tem razão para se sentir despeitado. Por duas vezes lhe foi negado o direito ao Manto Sagrado.
Naturalmente que ele só demonstrou uma ignorância crassa porque bem devia saber que o Manto Sagrado não serve em qualquer pelintra mas apenas aos dotados de virtudes futebolísticas, que ele apenas arranha, e de virtudes humanas, de que ele não tem a mínima noção.

Por mais esta Graça, obrigado Jesus!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A selecção de Queirós.

Já muito se escreveu sobre a selecção de Queirós! Selecção de Queirós no âmago do sentido conotativo do determinativo de posse.
De facto, muito dificilmente Queirós conseguirá unir os portugueses em volta de uma selecção que dificilmente se consegue considerar a Selecção de Portugal.
É uma selecção que foi escolhida por um português mas que é composta essencialmente por “estrangeirados”, num assomo de copianço bastardo do que fazem outros seleccionadores, nomeadamente o brasileiro.

É um assomo bastardo não porque, como os demais exemplos, tenha seleccionado “estrangeiros” de elevada craveira futebolística, conhecida e reconhecida por todos os portugueses e por todo o mundo futebolístico!
É um assomo bastardo porque selecciona estrangeiros nacionalizados, mesmo que eles tenham feito épocas decepcionantes ao serviço dos seus clubes, por via de lesões, ou tenham estado há mais de meio ano sem competir.
É um assomo bastardo porque selecciona “estrangeirados” de fraquíssima craveira futebolística e de desconhecidíssima projecção entre os portugueses e de mais povo da bola.

Carlos Queirós, o seleccionador da sua selecção, acaba de dizer parangonas tolas em conferência de imprensa. Julgando-se possuidor daquela sabichice inerente aos ignorantes das suas próprias proclamações, diz ele esperar que, no futuro, “mais jogadores portugueses sejam titulares nas suas equipas para poderem ser chamados regularmente à selecção”.

Ser titular para quê?!
Ser titular como Ricardo Costa, Daniel Fernandes ou José Castro têm sido nas suas equipas onde raramente têm jogado?!
Por que não oferece este seleccionador alvíssaras a quem, do povo português e, em particular, do povo futebolístico, nacional e não nacional, consiga ter uma ideia geral sobre as qualidades individuais, técnicas e tácticas dos ditos que não seja o mais puro desconhecimento?
De que valeu a Quim ser o mais titular não apenas dos guarda-redes mas mesmo de todos os futebolistas nacionais, se ele foi preterido por um que só jogou meia dúzia de jogos e por outro inteiramente desconhecido que talvez nem isso tenha jogado?
E quantas vezes foram titulares, esta época, Deco e Pepe?

Mas o seleccionador – medíocre tal como medíocre tem sido como treinador – Carlos Queirós é ainda um comediante de graça saloia e pacóvia. Vejam bem a sua outra afirmação de chapa, ainda na sua recente conferência de imprensa, que os jogadores que convocou “merecem a sua confiança”

Também era melhor que não merecessem! Já agora! Carlos Queirós até parece que podia convocar e, quiçá, já convocou, jogadores que lhe não mereciam confiança!
Era o que faltava! Mas, vindo de quem vem, já nem se nos ofereceria muito espanto!
De facto, muitos deles só podem merecer mesmo a confiança de Queirós porque, se nem esta merecessem, então restariam inteiramente órfãos de confiança!

Queirós é um seleccionador provinciano que terá conseguido apenas uma selecção para si e para aqueles que o bajulam e lhe querem baldadamente fazer sentir que percebe alguma coisa do que anda a fazer! Porque ele nem sequer tem noção alguma do que é tentar captar as boas graças e o fervor de um público adepto, antes se porta perante ele, com suas atitudes arrogantes, como se dele não precisasse minimamente.
É tão ignorantemente convencido que nem o exemplo ainda vivo do fervor Benfiquista perante a sua equipa, galvanizando-a para a conquista, o conseguiu convencer.


Aliás, convencido da sua sapiência provinciana sempre ele se mostrou alarvemente!
Daí que faça permanentemente questão de assinalar que a selecção que escolhe não é a selecção de Portugal mas a sua selecção!


PS: Entretanto, curvemo-nos perante o falecimento de um dos nossos a quem energúmenos do “porto B”, numa cópia perfeita do seu original, covardemente não permitiram festejar a sua alegria. É mais um herói do Benfica sacrificado por expressar o seu Benfiquismo.
Mas estes covardes pequeninos, afilhados da corrupção desportiva batoteira do alternadeiro mor nacional, não passarão porque serão sempre muito pequeninos! Serão sempre aquilo que, na realidade, são: NADA!
Apenas uns animais covardes e rastejantes que só levantam as patas da frente para servir de escarrador aos escarros dos seus batoteiros e conspurcados alienantes.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

PINCELADAS ENCARNADAS

1. Já lá vai um certo tempo mas a graça da desgraça permanece em graça. Foi cómico ouvir, certamente, falar em moral dos outros quando a moral própria foi de férias ou melhor, nunca entrou ao serviço.
Não é de claques que se trata, é de instituições e de dirigentes de instituições. Há instituições que são condenadas por tentativa de corrupção desportiva, o vexame mais infame, conquanto o comportamento seja doutro. Há dirigentes, dirigentes máximos, acentue-se, que são igualmente condenados por terem feito batota, ou tentado, corrompendo e ludibriando a verdade desportiva.
São os únicos exemplares destes belos exemplos mas vêm pregar moral em quem tem percursos centenários sem mancha de vergonha!
Mas não é de pasmar! Afinal, só tenta falar de moral quem de moral só conhece e pratica o imoral!


2. “Uma sociedade que se baseia na iniquidade e na injustiça pode tornar-se no mais fértil terreno para um louco enraivecido” (Times Literary Supplement, acerca do romance de Steven Saylor, “VOLTEFACE”).
A senhora juíza da Madalena e os senhores juízes da Relação mostraram a sua justiça no convencimento de um “conselho matrimonial” a um “desesperado e bom chefe, perdão, filho de família” que quase teve de ser arrastada para chegar à entrevista conselheira. Era um “filho de família” tão desesperado por pedir conselho que alegou vezes sem conta não ter tempo para comparecer.
Percebe-se … mas não o percebeu a senhora juíza da Madalena nem os juízes da Relação! O desesperado … por dar o conselho, como é óbvio! … era o conselheiro, não o presuntivo “aconselhado”!...
Mas outras autoridades há “benfeitoras” desta sociedade. A PSP cujo comissário desmentiu o que todo o país viu, as autoridades que assistiram “sentadas” ao jogo de golfe e isqueiro, os homens de mão do futebol, com Madaíl à cabeça, mai-lo governante responsável.
Toda a gente bem disposta, nada incomodada, no descanso dos “justos”, promovendo a sociedade à sua maneira. Aplanando e confraternizando com o louco enraivecido, inimputável e impune por via disso, com salamaleques de esquizofrenia sem necessidade de conselho psiquiatra.

3. Benfica passou um terço do campeonato a jogar contra 10, é verdade! Mas nem assim os seus jogadores se pouparam de levar muita trancada, patada, marcação de pitons em todo o lado e de todo o feitio.
É o tributo aos grandes mas os pequenos são pequenos para enxergar a grandeza.

4. Como dizia, sabendo do que dizia, um dos chefes da banda que melhor os presenteia, “nem sempre se ganha apenas dentro do campo”.
A memória pode ser curta mas é boa. É um chefe que esteve bem por dentro dos meandros das páginas mais negras e atentatórias da verdade desportiva. Sabe bem do que fala.
E mais sabe do que fala depois de ter presenciado, certamente in loco e bem acompanhado, a equipa sua protegida a jogar fora de campo e a vencer com golos nascidos fora de campo!
O homem até queria mostrar o bandulho, tomando banho nuzinho no fontenário central da sua “quinta”. E desse desejo ficou-me um assaz breve remorso, de resto bem compensado com as alegrias correspondentes às tristezas do promitente dos banhos.
Assaltou-me uma certa pena não terem os seus conterrâneos podido assistir à amostragem do bandulho! Embora bem o saibam de bandulho cheio, melhor presenciariam onde se encontram partes significativas dos seus pesares contributivos.

5. Zé Quintela nunca se esquece de apregoar que o seu clube é o Sporting! Não por que o diz mas porque faz questão de demonstrar o seu anti, por um lado, e o seu pró, pelo planeta ou seus satélites. Um sportinguista que se preza demonstra-o pelo seu apoio ao FC Porto ou seus satélites.
Desta vez coube a Zé Quintela desejar que fosse o professor Marcelo a festejar. Esqueceu-se de duas coisas.
O professor Marcelo diz que é do Braga para se tentar distinguir, que ele de Braga não sei que costela tem.
O professor Marcelo, para festejar, tem de tomar um bom banho nas águas sujas do Tejo e o tempo ainda vai friote para isso.

6. A Tavares o que é de Tavares! Deixem-lhe o prémio de consolação de pensar que a ave de rapina que lá tem é melhor do que Cardoso! Que diabo! Se Cardoso ganha os prémios do melhor, que ele fique satisfeito com o seu prémio de consolação!

sábado, 8 de maio de 2010

Ansiedade...

Que sonhas tu, rebelde coração ...

Que sonhas tu, rebelde coração,
Desafinando em viver de ansiedade,
Tornando-me viva e dolorosa tal verdade
Duma vivência ansiada em devoção?

Por que hás tu na sombra conspirar
Num ladino complôt contr’ ó sorrir,
Que tanto minhas preces te recusas a ouvir,
Meus ais, meus tormentos vãos p’ra t’ alegrar?

Neste peito te sentes assim tão comprimido?
E esbracejas nesta ingente dose de tortura
Em cadências que cavalgam minha desilusão,

Deixando assim meu ser pequeno e despido
De êxtases e bem nutrido de loucura?
Ó, que tanto me torturas, rebelde coração!


E nesta hora de Graças tantas...

E nesta hora de graças tantas, refulgentes,
Que este meu Benfica Glorioso me pespega
Em excelsa graça de Jesus com suas gentes,
Graças tantas na mirífica arte sua da refrega!

E a Águia ao gentio faz vergar em devoção
Em seu voo imperial de domínio e altivez
Que dele, Benfica, faz graça natural de campeão
E sentir ao mundo circundante a sua pequenez!

Por isso, coração que tanto t’ inquietas,
Que em êxtase, enlevado e mui agradecido
Dentro deste peito, deste berço, deste ninho

Num arroubo de paixão, de doçuras, de carinho,
Em dolce ânsia, honores de devoção, enternecido,
Por que não sonhas, te exaltas e t’ aquietas?




Mas hás por bem ...

Mas hás por bem inquietar-me de tormento
Nesta ansiedade que aperta este pobre coração?
É por bem saberes que, p
or ti, é eterna a devoção?
Que infindas estas horas, tresloucado sofrimento
!

Por que te atrasas, ó tempo do êxtase, da vaidade?
E sobram esbirros vãos de malfadado adiamento?
Ai, que o tormento é longo e a felicidade um momento!
Só qu' um segundo d' Amor por ti vale a eternidade!

Acode-me este Amor ardente, esta alegria imensa
De pertencer ao mais belo, ao sempre Glorioso!
E se este coração arde d' ansiedade bem pungente

Quero eu sempre morrer na labareda intensa,
Que torna belo este viver que, ufano e presunçoso,
Bem lhe quer bem mesmo qu' esteja descontente
!