sábado, 13 de fevereiro de 2010

O PEDALAR DE BETTENCOURT E A FALTA DE PEDALAGEM DO PROFESSOR

Tal como o Benfica – e até o FC Porto em menor escala – o Sporting já foi um clube ecléctico. Praticava uma série de modalidades ditas amadoras entre as quais se destacavam o ciclismo, o basquetebol e o hóquei em patins, para referir as mais conhecidas e que já há anos não pratica. De referir que no ciclismo, o Sporting foi internamente muito forte com corredores como João Roque, Joaquim Agostinho e Marco Chagas.
Nos tempos que correm, o Sporting pratica o andebol, o futsal e o atletismo como modalidades mais conhecidas. Mas os seus dirigentes afirmam que continua a ser a instituição desportiva mais ecléctica do país, apresentando cerca de 30 modalidades desportivas que pratica, conhecidas, poucas, desconhecidas, muitas!
Delas sobressaem a canastra, a sueca e a bisca lambida, bem como algumas mais do género.

Mas a coisa vai mudar e … melhorar! Com Bettencourt, tudo no Sporting tem mudado e … melhorado, graças a Deus!
Graças a Deus é como quem diz! Graças a Bettencourt! Foi Bettencourt quem introduziu a dança saltitona a enaltecer o “lampião” e a dança da maraca folclórica, mais duas modalidades expoentes do ecletismo do seu clube.

Bem, mas isso foi nas alturas em que no reino do leão se respirava confiança na comezaina das migalhas sobrantes da mesa do “papa”. Depois … depois a mesa do “papa” viu-se minguada pelo devorar insaciável da Águia Imperial e já só se consola com as migalhas que antes rejeitava e iam alimentando o leão tornado cordeiro! Ou galinha … talvez mais galinha do que cordeiro por causa da natureza das sobras.

O leão começou, todavia, a entrar em depressão. Toda a gente já sabia que a causa eram as bicadas em forma da Águia Insaciável, de novo Rainha dos Céus. Mas Bettencourt achou por bem demonstrá-lo, num despudor aperreado de sentido proibitivo.
Era lá admissível o voo da Águia e a euforia dos seus adeptos?!!!

De deprimido, o leão passou a esperançoso! Depois de muito criticar em quem o ousara deprimir, Bettencourt, fez um velório ao seu treinador “forever”, adestrou-se na arte do pugilato, arregaçou as mangas, cresceu para o adepto, exorcizou as hastes declamando alto e bom som que não era corno, combateu os terroristas e foi-se às compras com sorrisinhos e novas promessas de muitas alegrias.
A estas manifestações de humor chamam os entendidos de doença bipolar mas Bettencourt não sabe disso! Compras feitas, sorrisos esperançosos, numa boa, ei-lo de partida para férias a fim de gozar devidamente o seu novo período de melhorias humorosas.
Pelo meio, mais uma modalidade se desenhou no imenso eclectismo do leão. O pugilato forte e feio entre o seu director desportivo e o dono do balneário.

No entretanto, o leão leva dois piparotes de estalo, o primeiro a dizer definitivamente adeus à miragem do título, o segundo colocando-o fora da carroça da Taça de Portugal, bem recheado, não de migalhas mas com uma abada de golos no papo.
Bettencourt regressa apressado para ver “in loco” o leão voltar a ser estraçalhado, agora pelas bicadas da Águia Imperial e no seu covil … ou poleiro!

A baderna em que há anos o leão se vinha transformando alcançava agora o seu zénite. Numa semana, o leão perdia quase tudo! Quase tudo e não tudo porque é preciso deixar alguma coisa para gozo de inglês, tão debicado pela mesma Águia Altiva ele fora na sua anterior viagem.

Bettencourt, de novo na fase da depressão, é, no entanto, um leão corajoso nas promessas. E ei-lo na pedalagem! É de novo o ciclismo que Bettencourt quer implementar no reino do leão?
A promessa está feita. O Sporting “terá de pedalar muito”, preconiza ele na sua prédica dos mal-aventurados! Não tem Joaquim Agostinho nem Marco Chagas, mas incentiva à pedalagem. Com uma organização à Pinto da Costa – que tem a bondade de deixar muitos milhões de euro na conta bancária privada, mesmo em ano de fortes prejuízos – agora sem medo de escutas porque a justiça civil portuguesa é benemérita … e cega!

Organização à Pinto da Costa, conjuntamente com o incremento da nova modalidade do pedalar, pedalar, Bettencourt está de novo de peito feito!
Como diz Quintela e como já vão dizendo abertamente outros sportinguistas, é verdade que o Sporting não fala nas escutas mas devia falar das escutas.
Mas isso não incomoda Bettencourt tal como o não incomoda ficar de mão no ar… Ídolo é ídolo e se Bettencourt não consegue chegar a mais, fica-se pelo desejo e pela promessa do desejo.
E assim se vai consumindo, e ao leão, na sua vivência bipolar. É o merecimento devido a quem se arrasta na pedincha do lugar de sacristão do “reino papal”.

E a Águia Gloriosa, e toda a sua prole mui numerosa nos quatro cantos do mundo, bem se refastela com as bicadas e com o seu olhar lá do alto sobre o leão rastejante cá nos baixos.


Com o “papa” castigado, é o professor pitosga o mais lídimo porta-voz da agremiação regionalista e condenada na justiça desportiva por corrupção desportiva tentada.
A Taça da Liga já se vem disputando há meses e há meses que se destinou o estádio do Algarve para disputar a sua final.
Independentemente da bondade deste “destino”, se alguém queria comentar, que comentasse em tempo oportuno. Agora, comentar só depois de saber que era um dos que lá conseguiram assento, parece e é desculpa de mau pagador.

Compreende-se, porém, que a desculpa não seja assim tanto ou quanto descabida. Aliás, a agremiação condenada define-se a si própria, nos actos, nos comportamentos … e nas palavras! É, pois, perfeitamente compreensível que se sinta desconfortável com a deslocação dos seus adeptos.
Por vezes, o professor pitosga pode ter um hiato, conquanto não consciente, na sua estrábica visão das coisas e definir a situação de acordo com a realidade dos factos. O professor pitosga teve, pois, um intervalo de bom senso ao reconhecer, implícita mas bem distintamente, que a agremiação que lhe paga é uma agremiação de âmbito menos do que regional, uma agremiação localizada num recanto de uma cidade.
Por isso, se quer ter adeptos no Algarve, tem de os transportar desse recanto citadino.

O Benfica não precisa disso, joga em qualquer parte do país e do mundo e tem sempre adeptos. Mas é precisamente este pormenor relevante o que distingue os Grandes daqueles que, apregoando-o em seus desejos, apenas são pequeninos na sua acção.
Logo, quando se lhes depara um acontecimento fora do seu recanto acanhado, só podem mesmo dar a conhecer a sua pequenez.

3 comentários:

  1. O JEB bem pode pedalar que se não tiver "grana" não vai a lado nenhum precisamente porque quase como os corruptos não assumidos não tem adeptos como o Glorioso, em todos os cantos do globo.
    Abraço.
    Manuel Oliveira

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  2. O Cotonete já viu que só lá vai imitando o seu corruptor com as máfias, mas não tem pedalada nem substrato para tal.

    Cá para mim, o Ceportém vai a passos largos de se juntar ao Belenenses, Oriental e Atlético.

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