sexta-feira, 27 de julho de 2012

A CLÁUSULA DE RESCISÃO


Desde há muito que os Benfiquistas – e também os adeptos de outros clubes, seja relativamente a negócios “próprios”, seja relativamente a negócios alheios em que se propende para a chacota – comentam o facto de se venderem jogadores por preço abaixo da cláusula de rescisão, depois de algumas solenes promessas de sentido oposto, feitas pelos dirigentes responsáveis, em especial pelo máximo dirigente.
Compreende-se a desilusão que partilho inteiramente porque, tal como a grande maioria desses comentadores, quero o melhor para o Benfica.
Agora penso ainda é que as situações, que são negociais, devem ser entendidas e escalpelizadas com maior profundidade para se conseguir apreender correctamente a realidade das mesmas com o objectivo de bem as podermos valorizar. E apesar da nossa tristeza que bastas vezes raia a desilusão, talvez as compreendamos melhor e possamos concluir que, no caso concreto, ao menos dificilmente se poderia alcançar resultado diverso.

Todos os contratos podem, à sombra da lei, ser “rasgados” como muitas vezes se diz, conquanto com carga pejorativa. É o mesmo que dizer que todos os contratos podem ser rescindidos. Ou rescindidos por mútuo acordo das partes contratantes, ou rescindidos unilateralmente, com ou sem justa causa.
No caso de rescisão unilateral presumivelmente justificada por justa causa, é sempre necessário que essa justeza seja reconhecida, ou pela outra parte ou, no limite, por um tribunal.
No caso da rescisão sem justa causa, que a parte rescisória nem invocou ou, invocando, se concluiu não se verificar, a parte contratante lesada pela rescisão tem sempre direito a uma indemnização pelos danos causados com a rescisão de causa injusta.

Não existindo no contrato qualquer cláusula indemnizatória pecuniária, ou supletivamente na lei – como nos casos dos contratos de promessa de compra e venda de imóveis com entrega de sinal – que preveja o montante da indemnização para a hipótese de rescisão do mesmo sem justa causa, ou as partes chegam a acordo sobre esse montante, ou a parte lesada terá de recorrer ao tribunal para ser ressarcida.
Sabendo não apenas o estado da justiça em Portugal mas ainda que uma decisão judicial é sempre uma incógnita, que toda a petição precisa de prova e de prova que convença o decisor, prova da causa injusta, prova dos danos e do seu montante – por isso, o ditado, “vale mais um mau acordo do que uma boa demanda” – é já comum colocar a dita cláusula de rescisão em contratos que envolvam interesses de certa monta. Até porque a eventual decisão judicial indemnizatória sê-lo-á sempre por montantes inferiores, se não mesmo muito inferiores aos pretendidos pela parte lesada e surgirá muitos anos mais tarde.

As cláusulas de rescisão nos contratos de trabalho dos jogadores de futebol visam à partida, por um lado, funcionar como um travão à cobiça de outros clubes e, por outro, refrear a tentação do jogador perante o aceno de salários várias vezes superiores aos que foram objecto do contrato em vigor.
Essas cláusulas de rescisão têm, geralmente, um valor exagerado e não raras as vezes, muito exagerado. Não é que o potencial futuro vendedor não pretenda ser ressarcido pelo preço que nelas fixou. Mas esse preço previamente fixado serve mais uma forte posição negocial de partida do que a realidade pura e dura do mercado.

Todas as administrações, incluindo as familiares, necessitam de fazer negócios, seja de compra, seja de venda. Nesses negócios, o vendedor tenta obter a máxima compensação, o comprador tenta obter o mínimo dispêndio de meios. Para o efeito, cada uma das partes define a sua estratégia negocial, tentando não dar trunfos à outra parte ou, se preferirem, não enfraquecer a sua posição negocial.
Por conseguinte, se há necessidade de vender, seja por necessidades de equilíbrio da gestão, seja por outras necessidades, nomeadamente não manter nos seus quadros um jogador contrariado que depois não rende, se desvaloriza e, terminado o prazo do seu contrato, sai a preço zero, a esmagadora maioria das transferências de futebol realiza-se sempre abaixo, ou mesmo bem abaixo, do valor pecuniário inscrito na cláusula de rescisão.
A necessidade, as circunstâncias específicas do caso e, em sentido lato, o próprio mercado, tudo isto é que dita as suas leis no caso concreto.

É evidente que não existe nenhum gestor, de clube de futebol ou de qualquer outro ramo de actividade, que, tendo fixado um preço de venda, não vinque expressamente à partida só vender o seu bem pelo preço que já definiu. No caso dos jogadores de futebol, esse preço corresponde ao que foi fixado nas muito faladas cláusulas de rescisão que, convenhamos e reavivemos, são na maioria dos casos fixadas com exagero, tendo em conta todos esses factores concretos que dominam o mercado no momento da concretização do negócio.
Se esse gestor não vincasse à partida essa sua posição, de modo firme e claro, estaria a enfraquecer a sua posição negocial e a dar trunfos ao potencial comprador que tem, como é óbvio, intenções muito diversas.

Tendo em conta estes factos, que são a realidade do mercado, gostaria apenas que os comentadores que criticam as vendas por preços inferiores aos fixados nas cláusulas de rescisão respectivas, depois das declarações solenes iniciais em contrário, me comprovassem que, nos casos concretos que denunciam, era possível fazer melhor.
Reparem, eu não afirmo que não era possível obter melhor compensação, negociar melhor! Só que, não estando dentro dos meandros circunstanciais concretos que rodearam e influenciaram esses negócios, tenho dificuldade em avaliar correctamente o grau da sua bondade ou maldade.
E o ónus da justificação recai sobre quem faz a afirmação.
Mas normalmente não se justificam estes comentários com estes argumentos que são, com o devido respeito, os que interessam. Parte-se do princípio de que, venda abaixo da cláusula de rescisão, é um mau negócio, quando ele, podendo e não sendo o melhor, pode ter sido, no mínimo, o possível e, consequentemente, o menos mau.
Na falta desta justificação, penso que estes comentadores são mais movidos pelos seus desejos de poderem contar eternamente com os grandes jogadores que têm passado pelo Benfica, desejo que é meu também, do que pela racionalidade de tudo o que está em causa.

Mas será possível gerir o Benfica sem proceder a estas vendas?
Responda quem souber, mas que faça a devida comprovação.
Eu pressinto que não, seja quais forem os dirigentes que em cada momento tenham a nobre missão de zelar pelos sagrados interesses do Benfica e aos quais dirigentes, quaisquer que sejam – desde que democraticamente eleitos pelos Benfiquistas – dou sempre o benefício da dúvida até prova em contrário.




Rúben Micael não percebe porque o Atlético Madrid não rentabiliza o investimento que fez nele.
Mas se, recambiando-o, está precisamente a rentabilizá-lo! Será que só o facto de ele estar a “comer” às custas do Atlético de Madrid não lhe fica mais caro do que livrar-se dele?
Um jogador que foi incluído num pacote apenas para acalmar os ânimos dos adeptos precisamente contra a venda de outro (bom) jogador abaixo da cláusula de rescisão, com guia de marcha logo previamente definida para outras paragens por não interessar ao comprador, falar-se em 5 milhões é apenas pretender forçar um auto convencimento de alguma valia quando ela, para o comprador do pacote e para outros – o próprio clube a quem foi emprestado – valia zero.
O que este comprador pretendia era o outro jogador que, quer se queira quer não, valia e vale o dinheiro que ele se dispôs a desembolsar. Se, para isso, era preciso suportar malabarismos, mesmo alheios, que assim seja!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Os censores da anedota e os “críticos” sabe-tudo


Vítor Serpa, o censor do século XXI, tornou-se já também no maior anedótico censor deste século.
Não admira. O “papa” da fruta está destronado pela míngua de euros nas suas contas do rosário. E a um “papa” sem rosário nem a mentira colhe apelo junto da sua oratória à Divina Providência. Também esta Entidade já começa a estar farta! Conseguir guiar polícias e juízes para o avisar em sonhos de que ia ser preso e conseguir transportar para os tribunais a pia de água benta com que os juízes lavam as mãos, convenhamos que são já tarefas que cheguem!
O “papa” do jardim madeirense também foi submetido, bem a contragosto, a uma cura de emagrecimento forçado ao ser-lhe fechada a torneira com que ele esbanjava o nosso dinheiro nas suas festarolas, nos seus lautos almoços e jantares. De vez em quando não resiste ao garfo glutão, mas fica … engasgado!
E assim pode sobressair sem grande constrangimento e merecimento o anedótico censor Serpa como o maior da actualidade

Diz o dito pindérico que o Benfica precisa de comprar laterais … até porque ainda não fez a vontade às carradas que o seu jornal já adquiriu, parece que só a troco dos papalvos que se deixam levar e lhe compram o jornaleco com a chancela da censura serpiana.
Conselheiresco à medida da sua sabichice, deixa uma dica palpiteira:
«que o Benfica faça os contratos com esses jogadores que pretende, antes que Porto ou Sporting(?!!!) fiquem com eles»!!!

Lá o “Porto”, quem vier depois que feche a porta, ou melhor, que arranje a massa para tapar o buraco porque o “papa” não olha a meios para alcançar os fins. Ainda lhe não foi posto freio como fizeram ao Jardim do Atlântico! Dá muito mais dinheiro, algum a ele próprio como bom comissionista que é, e às vezes, raras, até acerta!
Mas o Sporting?!!!
É aqui que está a anedota do século bem própria do citado anedotista censor! Lá gastar as últimas lecas que caíram na boina estendida à porta da igreja – apesar de o país estar num buraco, ainda existe alguma caridade – disso até pode o Sporting ser capaz! Mas foi apenas porque os outros, Benfica incluído, o deixaram em paz com os restos em que não estavam interessados!   

É por causa de censores anedóticos deste calibre que o Benfica, os seus dirigentes, não andam constantemente a negar palermices.
É que as palermices não se negam, negam-se a elas próprias porque são … palermices!
Luís Filipe Vieira responde de uma maneira muito superior, como muito superior é a Instituição de que é Presidente. É, por conseguinte, perfeitamente suficiente afirmar, “não respondemos ou comentamos as imensas baboseiras que têm saído”.

Descer ao nível de censores tão anedóticos como este seria efectivamente uma desonra para o Benfica.
Ainda se fosse como o Padre Melícias que sempre me pareceu e parece uma pessoa de bem! Esse pelo menos sempre vai dizendo, e com toda a propriedade e clarividência que lhe são conhecidas, “não sou como outros que festejam o campeonato antes de eles começarem”.
Tem toda a razão, o bom do Padre Melícias. Ele não os festeja (os campeonatos) nem antes de eles começarem … nem depois de eles acabarem!





O texto da Grande Margarida, “já cansa”, plasma o Benfiquismo na sua máxima e mais sublime expressão, sem perder o sentido crítico.
Porque não é crítica dizer … baboseiras! Não é crítica dizer asneiras, não é crítica não saber o que se diz porque se não está dentro dos meandros próprios do assunto que se pretende criticar! Esta pseudo “crítica” vem de pretensos sabichões que, não sabendo nada, fazem-se de sabedores de tudo, até de lagares de azeite!

Perante tão grande manifestação de sabichar dos sabe-tudo só podemos imaginar que devem ter tido uma carreira brilhante em competências de treinamento, em gestão de negócios, em oportunidades perdidas.
Umas autênticas enciclopédias, tão autênticas que a sua obra, a do assobio e a da maledicência pura e dura, fala por si. Com homens tão sabedores de tudo e mais alguma coisa, nem sequer se pode compreender que Portugal esteja no buraco em que está!
Não se descure ainda o facto muito singelo de que as suas “sapientes” opiniões são sempre de sentido contrário aos resultados da gestão de quem decide, legitimamente e até porventura com o voto eleitoral dos ou de alguns contraditores, sempre “generosamente” dispostos a transmitir o seu “enorme saber”.




Um bom exemplo de um sabe-tudo, “crítico” de pechisbeque é aquele que fala na apresentação de um Real Madrid B na Eusébio Cup. É, de facto, uma grande chatice que o Real Madrid tenha nas suas fileiras uma equipa em que só os tais ditos “bês” custam mais dinheiro que o Benfica A e não sei se o Benfica desdenharia algum destes tais “bês”, não para a sua “bê” mas para a sua A. Logo, para além do facto bem conhecido de que o campeonato espanhol começa um pouco mais tarde, eles tiveram o “azar” de ter a sua grande equipa toda, a tal dos “ás”, nas diversas seleções nacionais. Tiveram-na na selecção espanhola. Tiveram-na na selecção portuguesa onde estiveram só, facto insignificante para o “crítico”, em maioria relativamente a jogadores titulares de um só clube.

Bolas, mas se a coisa fosse bem gerida, o raio das dificuldades em encontrar uma equipa de categoria disponível que satisfizesse este “crítico” eram peras doces. A chatice é que o Benfica, os seus gestores, naturalmente, não percebe nada da coisa porque lá pelas terceira ou segunda divisões inglesas ou doutro país qualquer devia haver equipas desses escalões mais do que prontas para a festa. Mas esses dirigentes são tão “burros” – na opinião deste “crítico sapiente” – que nem se lembraram disso e nem sequer de que quase toda a chamada equipa principal do Real Madrid – a dos “ás” – havia participado nas selecções nacionais dos vários países e até uma fase bem adiantada da prova, ou seja, até há pouco mais de 15 dias.

Quanto ao nosso inestimável símbolo de Benfiquismo que tanto nos encantou com a sua arte de jogar futebol e marcar golos – não sei se o crítico não ouviu apenas falar, o que não deixa de ser um pouquinho diferente – temos a certeza de que ainda vai festejar junto de nós muitas “Eusébio Cup”. Nem todos os agoiros, despropositados quanto basta, têm pinga de realismo e este não o vai ter, Grande Eusébio.

Estou como a querida Margarida. Há tanta e tão sapiente massa cinzenta nestes Benfiquistas da crítica – critica?!!! – que o Benfica certamente será sempre Grande, Enorme!
Que o é e será sempre mesmo sem estes críticos – críticos?!!! – ou até por causa destes críticos, todos o sabemos e sentimos, Margarida!
Nem que seja por que estes ditos nos ensinam tão cheios de empenho, a todos nós, Benfiquistas, de como não deve ser gerido o Benfica.
É a apropriada liberdade de expressão que até permite a liberdade de dizer asneiras.



PS: A um daqueles sapientes que me perguntou porque não fechava a loja. Comentários, zero, justificava. E acrescentava que o conselho era de borla!

Não sei quem lhe meteu na cabeça que aquele arrazoado incompreensível que escrevinhou era “conselho”(?!!!) Talvez seja ainda um auto didacta sabe-tudo mas isso também pouco me importa.
A net é uma coisa maravilhosa para estes “conselheiros” à borla. Permite-lhes dizer baboseiras a torto e a direito – o que sabem dizer e a mais não são obrigados, naturalmente – sem lhes cobrar um cêntimo, ou como me fez saber esta espécime de sabe-tudo, “de borla”!!!
Só não percebo como tão “generoso” sabe-tudo ainda não percebeu que não escrevo à cata de comentários. E por acaso até sei como se conseguem carradas deles pelos quais o “conselheiro” está tão magnanimamente preocupado!

Mas eu escrevo para me divertir! E quem dita o meu estilo ainda sou eu!
Não é capaz de ler o que escrevo, quero dizer, de o soletrar?
Passe de largo!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O dito e o desdito


Depois de muitos ditos e desditos, veio finalmente o dito, o dito do dito e depois desdito. E a justificação já todos a conheciam, tal como o dito depois desdito apenas para dar sempre o dito por não dito mas que a realidade impõe sempre como dito
Atenção, no entretanto, ao dito que, apesar de desdito, é o presumido dito. O dito que é genuinamente desdito “conjuntura federativa”, e de igual modo o dito que a autenticidade faz desdito, “a forma como o basquetebol tem vindo a ser gerido em Portugal”, são ditos desditos pela realidade do dito que se pretende desdito para que as suas tropas de choque – ali não há adeptos apesar do dito que a exactidão impõe como desdito – tomem o dito pelo desdito e que se não venha dar o dito do desdito por “fogo amigo” do dito que pretendem desdito.


No caso, o exacto dito é o dito que se pretende desdito. É o dito “actual situação económica”!
No ano passado, não foi dito mas desdito o agora dito, “a conjuntura federativa” ou “a forma como o basquetebol tem vindo a ser gerido em Portugal”.
Sim, dito, e agora desdito, que “a conjuntura federativa”  era a mesma e mesma era “a forma como o basquetebol tem vindo a ser gerido em Portugal”.
É que foi dito, e não desdito, que eles ganharam o campeonato, dificilmente mas ganharam!
E, ganhando, todo o dito é logo desdito ainda que seja mesmo dito.

O dito que se quer desdito – em especial para as suas tropas de choque – é que os jogadores têm ordenados em atraso há para aí 3 meses. Esse é que é o verdeiro dito desdito!
Assim como o dito real que se quer desdito é também o dito desdito dos ordenados em atraso no hóquei em patins e no andebol.

Dito que seria desdito sem deixar de ser dito seria igualmente o dito, mesmo agora tantas vezes desdito, contra árbitros malandros por esquecerem, muito raramente como é dito e não desdito, a “fruta” oferendada, tal como o dito que seria desdito se dito, contra “a conjuntura federativa” de futebol e a “forma como o futebol tem vindo a ser gerido em Portugal”!
Bastava para ser dito mas na realidade desdito que o dito perdesse 2 ou 3 campeonatos seguidos. E que só passasse a ganhar quando, seria dito e não desdito, o “rei faz anos”!
Isto só não é dito que seria desdito porque continuam a ganhar com o beneplácito dos favores federativos e da direcção da liga, mai-la dos favores das comissões de disciplina, dos conselhos de (in)justiça, das comissões arbitreiras.
Seria cá um azurrar do dito!...

E quando se esgotarem todos os recursos do dito não desdito mau perder no hóquei, vai vir aí o dito, depois desdito até ser de novo dito, que a modalidade vai acabar.
E por idênticas razões cujo dito vai ser subornado pelo desdito através do encapotamento do dito.
A menos que seja dito e logo desdito que há “amigalhaços” na justiça hoquista superior, o que levará ao dito que se não quer – desta vez – desdito que não colocará em causa “a actual conjuntura federativa” hoquista nem “a forma como o hóquei tem vindo a ser gerido em Portugal”.
Apesar de ficar o dito desdito dos também ordenados em atraso.

Tomemos agora apenas como dito que o dito desdito é que os ditos não sabem perder porque sempre foi dito, e desdito, que nem sequer sabem ganhar.
Apesar de o real dito desdito ser a insolvência da dita – sociedade – e de outras ditas desditas modalidades, com especial ênfase no dito desdito de não haver dinheiro para pagar aos jogadores.
Lembram-se ainda do gesto dito e de imediato desdito daquele que no hóquei marcou um golo ao Benfica e logo estendeu o boné à assistência sua tropa de choque, pedindo um pouco de pão para saciar a boca?

São estes ditos desditos e que acabam por ser ditos sem poderem ser desditos, os melhores ditos, mesmo que logo desditos.



Não vou aprofundar muito um dito tema, por mim desdito que ele é um não tema , ou seja, o dito desdito sobre o tal defesa (esquerdo? central?) que dizem chamar-se Rojo.
Para mim, o Benfica nunca o confirmou, não existiu ... e pronto! Eu acredito primeiro no Benfica e nos Benfiquistas, também nos que têm o dever de melhor gerir os interesses sagrados do Sport Lisboa e Benfica.
E tenho dito e não desdito.
E não acredito patavina em quem apenas pretende vender à custa do nosso clube, o único clube que é o ganha-pão desses mesmos presuntivos ditos não desditos vendedores da banha da cobra, como é tão dito e nunca desdito.
É o que distingue os Grandes dos ditos não desditos obreiros ditos das rastejaduras ditas e não desditas.

Podia o Benfica tê-lo referenciado?
Podia!
Mas isso deve acontecer com tantos outros jogadores e só quem não sabe gerir um negócio esquece todo ou parte do campo visual que lhe pode proporcionar alternativas de negócio. Será uma prática comum em todos os bons gestores dos clubes de desporto, campo restrito que está em análise.
Mas significa isso a balbúrdia do dito e desdito, novamente dito e desdito, sempre pelos mesmos ditos e não desditos vendedores à cata das suas migalhas de sobrevivência que, tal como é dito e redito, lhe deviam até ser negadas pelos Benfiquistas?
Se o Benfica estivesse mesmo interessado, tinha-o adquirido, não eram uns falidos quaisquer que lhe faziam frente. Quem ganhou com o dito desdito, dito e desdito foi o clube vendedor e o respectivo empresário.
Quem perdeu … ora, sempre os mesmos perdedores! Os ditos e não desditos que até ontem perderam com clube de divisões terceiristas e, tal como dito e não desdito, até tiveram beneplácito do árbitro para não ser dito e eufemisticamente desdito que o desabamento dos tristes ditos começou bem cedo, se é que, como tem sido dito e não desdito, pode desmoronar o que desmoronado está!

Mas faz-me confusão ler certos comentários como este dito, «o Benfica emitiu comunicados onde negava qualquer interesse neste ou naquele jogador e nunca desmentiu o caso Rojo», o que logo dá crédito aos ditos e desditos dos não desditos vendedores de boina estendida ao Benfica e aos Benfiquistas.

São tão engraçados estes comentários, ou melhor, as suas conclusões! Os ditos vendedores de boné na mão estão sempre com ditos e desditos sobre tantos e tantos jogadores que “interessam” ao Benfica, ou comprar ou vender, tudo no mesmo saco, que o Benfica gastava fortunas na emissão de comunicados e no tempo perdido em desmentir os ditos e desditos.
O Benfica não entra, e muito bem, no dito e desdito, dito e desdito. É dito e não desdito ser muito superior a esses ditos e desditos.
E ainda bem que isso é dito e não desdito!

Mas a maior “novidade” que aprendi é que, para os comentaristas ditos, o silêncio é lei e que não haja aí qualquer dito que seja desdito porque logo será dito desdito, conquanto dito por aqueles ditos que querem dito e não desdito a existência de uma autenticidade do dogma do, “quem cala, consente”.

Até aqui, e já lá vão muitos anos e alguma formação específica e prática acerca do valor do silêncio, sempre pensei e assim me ensinaram que o silêncio é nada e o “quem cala, consente” é apenas uma forma de promover a disputa ou o esclarecimento, sem ferir minimamente a liberdade de opção do presumido esclarecedor.
Só como autêntica e rara excepção consagrada – e expressamente, não apenas de forma implícita – na lei, o silêncio pode valer o que a própria excepção legal determinar.
É o que é dito e não desdito pela lei.
O “quem cala, consente” é, as mais das vezes, uma forma de manifestação de desprezo, uma forma de elevação face à rastejadura canalha.
Quem dá todo o valor ao “quem cala, consente”, menospreza e injuria gravemente o mais alto e intrínseco princípio ético do “não ofende quem quer mas apenas quem pode”.

O próprio dito desdito, e sempre dito e desdito enquanto podia dar pão aos vendedores de banha da cobra, diz o que lhe interessa. É dito e não desdito que também é um vendedor das seus “predestinados” ditos e desditos atributos.
Diz e desdiz, isto é, também já aprendeu o dito desdito, «é verdade que o Benfica esteve interessado em mim, tal como muitos outros clubes»!...

Chama-se a atenção para o dito desdito pela exactidão das coisas, “muitos outros”!
“Muitos outros” clubes, pois claro, dito não desdito para disfarçar! O paleio dito e desdito é sempre o mesmo!
Ora, o dito não desdito refúgio numa generalidade açambarcante e abstracta quanto basta ao dito, é dito não desdito do nada!

Mas “só o Sporting o tratou bem”, é mais um seu dito até ser desdito. Deu-lhe, foi dito e não desdito, o que queria!
Será?!
Talvez não tarde seja dito e desdito, novamente dito e desdito, que o “bom tratador” se esqueceu de concretizar o “bom tratamento” e se mantenha apenas, como dito e não desdito, só um “bom” tratante, e o “bom tratamento” se torne na dita e não desdita costumança da tratantada. Basta que os euros ditos e não desditos deixem de entrar no bolso do dito porque é bem alto dito e não desdito que eles, euros, já o bolso do “bom” tratante desconhecem, sabe-se lá há que tempos, é dito e não desdito, por manifesto divórcio com a forma tratantada com que por aí têm sido acolhidos.
Isto é assim como a derrota, por 1-0, sendo dito e não desdito que o “bom tratador” se safou do 3-0. Foi dito não desdito que o árbitro anulou mal 2 golos dos ingleses.
Mas isto deve ser mais um dito desdito pelo dito não desdito Rojo.

Neste assunto Rojo, o dito desdito, dito desdito, é apenas dos vendedores de boné estendido. Vejam-se as fábulas dos ditos e desditos de hoje de dois dos ditos e não desditos maiores vendedores da mistela milagreira dita e desdita, um recorde de mentiras dito e não desdito cada vez mais recorde de mentiras, o outro, o seu gemelgo correio dito e não desdito da m..., de igual modo cada vez mais dito e não desdito correio da m..., a quererem tentar sair da fossa e abandonar a cloaca em que chafurdaram e chafurdam com seus ditos e desditos, reiteradamente ditos e desditos ainda agora.

E todos estes ditos e desditos têm só como destino os que querem ser crédulos, por interesses não ditos nem desditos, ou por dita e não desdita desatenção ingénua.
Não podem ser atribuídos de forma alguma ao silêncio do Benfica!
Um silêncio bem dito e que se deseja não desdito porque os ditos não merecem qualquer dito do Benfica.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O saboeiro, os sabonetes, a capataz e o brilhantinas


Portugal é o país das inversões. Os governantes, governam-se, os donos da água e dos sabonetes, sujam-se!

Um só nico nojoso do retrato.

No governo de Portugal há agora um primeiro que é segundo e um vice que é primeiro! Não manda o primeiro que é segundo, manda o vice que é primeiro. Com naturalidade que só pode chocar os ingénuos.
O pasmo característico residuário esbaforiu-se das cogitações deste Povo que tanto viveu da esperança sem “pacemaker” até que acabou fechando os olhos.
Fechando os olhos ao pasmo, entenda-se, que esse Povo que tudo sofre pode voltar a acordar de olhos bem abertos. 
E aí!...

Os tempos desperdiçados com o abotoamento dos canudos só podiam dar no que deu. O canudo do vice que é primeiro deu à luz com “um só esguicho … e basta”! O canudo do primeiro que é segundo teve um parturejar de cerca de 10 anos, um parturejar de asnice multiplicado ao infinito!
Todavia, se é verdade que o vice que é primeiro achou mais barata a marralhice do que o marranço, não se pode concluir que o primeiro que é segundo também deste tenha sido muito íntimo.
É verdade que o primeiro que é segundo se não pode desculpar com o receituário bolonhês mas, que diabo, a velha receita portuguesa sempre se cozeu em metade do tempo, em muitos casos até em menos, mesmo em lume brando!
Também se não conclua levianamente disto tudo que a manhosidade do vice que é primeiro é superior à manhosidade do primeiro que é segundo. É apenas uma questão de eficiência.



Sabem os Benfiquistas que o vice que é primeiro é, pois, um dotado da marralhice. Sabonete da corrupção desportiva nacional não teve, porém, a mesma eficiência na limpeza da mixórdia.
E não foi por falta de astuciosidade, não, que este, e todos os sabonetes da linhagem, são relapsos nessa sua oratória. 
É a mixórdia que está tão encardida que não há detergente que lhe valha.
Mas um vice sabonete tão astuto de canudo, primeiro seria. A marralhice contra a mandriice!



Viegas da cultura virtual é mais um sabonete encardido na governação do cultivo. Serve-se da sua mandriagem para ter tempo de atacar o Benfica. Mais um governante que se governa no tacho da mandraceia, com tempo para mais uma falhada barrela.
Não é que barreleiro Viegas seja canhoto no seu detergir! Mas é tanto ineficiente quanto seus pares e sua estaleca moral conhece-se, agora ainda como governante da governança ao serviço do seu “país”, o país da corrupção desportiva ilustrada nas escutas e supostamente lavada nas consciências da inconsciência da justiça.
  
Viegas é mais um sabonete que tudo encarde. Teve um mérito! Foi mais um sabonete que conseguiu a barrela da sua ética, ineficiente sempre mas agora por ausência e não por presumida presença!
Promete reconduzir de manhã e pratica o rasganço de sua promessa à noite!
Compreenda-se, o empossado é boy e o desenganado até é … Benfiquista!
Vade retro, promessa de Satanás!



Amorim, não o da viagem ao Brasil com engano de facturamento … e pagamento, mas Abreu parlapatão bem ensaiado sem necessidade de parlamento, usa sabonete de dois bicos. Não lava a sujeira, suja o asseado.
Amorim labuta, onzeneiro e ineficaz, na limpeza do vice que é primeiro. Mafarrico amofinado contra a ética dos meios que os fins não branqueiam, diz neste caso do canudo. Mas bem sabe que está numa de astuciosidade aldrabona que é, sabe-o ainda, um afrontamento ao saboeiro que lhe vendeu sabonete para, precisamente, branquear meios em defesa dos fins corruptivos que compram títulos no hipermercado da corrupção desportiva.
No entretanto, tal como nesta, não são os meios que lhe corroem o sabonete ou a ética! Sãos os fim da permanência do vice que é primeiro.



Num governo de sabonetes que enegrecem a Alma de um Povo e o bom nome de um País, faltava a capataz mestre de cerimónia da festa do condenado na jantarola que sabonete, seja ele qual for, também tem de alimentar a flatulência do saboeiro.

À quinta do repasto chamaram em tempos idos casa da democracia, designação que a memória de um Povo nascida no 25 de Abril é bem capaz de não ter esquecido, multipliquem-se os sabonetes da laia.
Mas, não há dúvida.
Este mesmo Povo, com saber e prática de milhões de equivalências que lhe obteriam milhões de canudos;
Este mesmo Povo que rejeita o canudo da mixórdia porque a tais canudos se não rebaixa;
Este mesmo Povo que, bem a contragosto de saboeiros, sabonetes, capatazes mestres de cerimónias ou brilhantinas, é sapiente demais para não saber que neste momento de suspensão da democracia, a casa de tantos sabonetes é o lugar mais adequado para receber o saboeiro deste espécime condenado pela corrupção desportiva que exibe como a sua medalha condecorativa no meio da sua barrela e dos seus barreleiros.
E este mesmo Povo não precisa de canudos tipo do vice que é primeiro.

Pena que os não sabonetes se enlameiem na inacção ociosa de um gesto de repúdio! Não têm o proveito do repasto – e da flatulência mal cheirosa – mas têm a fama da sua indolência nefasta aos trilhos da Justiça e da Ética.



Neste meio de tanta sabonária putrefacta, razão tem por demais o brilhantinas nas suas carpiduras de desencantada solidão na assomadiça chegada ao palco do aeroporto. Tão emproada jactância merecia no seu chegamento a terras da corrupção desportiva compensatória a presença ao menos do saboeiro, dos sabonetes, mesmo até dos vices que são primeiros e dos primeiros que são segundos, com fanfarra, apresentação de armas, continência e hinos de hossanas de domesticação adequadamente doutrinada!
E sem faltar no foguetório e nas respectivas canas!

O pingente pindérico tem toda a razão e provou quanto saboeiro e sabonetes são mal agradecidos. Afinal, se o hipermercado dos campeonatos é farto, a culpa não é da “fruta”, das viagens de férias pagas ao engano, dos cafezinhos e leitinhos.
A culpa é dos brilhantinas e dos seus muitos afins. Sem eles, sem a sua coreografia afinada e repimpadamente bem orquestrada e flauteada em campo, a sua sabujice adestrada e domesticada, adeus hipermercado!
E adeus saboeiro que o negócio vai falir!
E adeus sabonetes que ficais desempregados em tempos de tamanho pesadelo desempreguista!
Sem ideias, sem originalidades que não assentem na marralhice e na astuciosidade, no tachismo e na boyada, era vê-los no açambarcamento das portas das igrejas, conquanto seus bonés estendidos seriam apenas causa de algum tropeçamento de inocentes.

E se lhes acabassem com as douradas pensões vitalícias?! Não as pensões tipo Cavaco de 1.300 mil réis – perdão, euros – mas as de ouro maciço que o Povo bem conhece … e paga com seu suor, lágrimas e fome.
Ficava-nos, porém, o sorriso dos compensados!