quinta-feira, 12 de novembro de 2009

JOÃO CARVALHO, O PAPAGAIO RESSABIADO

João Carvalho foi um dia convidado para ser um membro do conselho fiscal do Benfica. Como não lhe fizeram as vontades, bateu com a porta. Bateu com a porta e tem-se fartado, desde aí, em bater com os dentes no Benfica, numa inconexão de ideias e de pretensões mesquinhas.
Com o seu ressabiado palreio, não há momento consentâneo com a tacanheza e tristimania da sua cançoneta que ele não aproveite. Os jornais do sistema e do anti Benfica dão-lhe espaço consentâneo com seu desafinamento gutural.

João Carvalho é também um Benfiquista que certamente se julga “notável” porque um dia alguém julgou que o Benfica deixaria de ser do povo para se tornar um feudo de um grupo qualquer endeusado por quem desejava o fim da maior instituição desportiva nacional, rainha do povo e da democracia desde a sua centenária fundação.
Como “notável”, foi corrido pelos Benfiquistas e agora, desamparado, vai tugindo e mugindo atoardas desconchavadas, eivadas de ressabiamento pacóvio e mentiroso, apenas com um imaginário intuito de que alguém do Benfica lhe preste atenção.

João Carvalho é mais um daqueles “notáveis” papagaios – felizmente, em vias de extinção – que passaram pelo Benfica e nada fizeram … para além do papagueio natural destinado a sublimar o seu endémico complexo de pequenez.
João Carvalho é mais um dos “notáveis” que, qual velho do Restelo com a pele surrada mas bem enfronhada na estatura meã dos que não têm ideias nem vontade de vencer, se opôs à construção da nova Catedral.
Já então coruscava o seu ego pequenino e catastrófico.
Com João Carvalho e outros papagaios da seita, o Benfica de 2000 estaria em 2009 um Belenenses pequenino para gáudio de Pinto da Costa e de Roquette que acordaram na sua destruição uns anos antes.

Nesta época futebolística, atentas as retumbantes vitórias de um Benfica renascido futebolisticamente, as desafinadas cantorias de João Carvalho não encontravam brecha para poderem ser ouvidas.
Porém, bastou uma derrota em Braga, conquanto seguida de mais vitórias esplendorosas, para que o papagaio tentasse fazer ouvir o seu chilreio no concerto desafinado que é o seu timbre natural. E, se os Benfiquistas não conhecessem bem o seu papagaio, até ficariam admirados com a “oportunidade” do desafinamento.
De facto, João Carvalho até escreve, numa concessão que julga benemérita e compassiva, «a derrota em Braga foi ainda mais dolorosa porque teve o dedo do árbitro…»!

A brecha deu-lhe a oportunidade para palrar sobre as contas da SAD e para fazer a sua cantarola cataclítica.
João Carvalho, desta vez, porém, parece que tentou fazer crer aos Benfiquistas que estava a ser benemerente. Não “acudiu” de imediato com a sua chilreada chinfrineira, como é de seus usos e costumes. Estava à espera de que à derrota de Braga se sucedesse uma “recaída” na Europa e talvez alguma coisa mais que lhe possibilitasse uma réstia de esperança num ambiente Benfiquista mais sorumbático e a preceito.

Que importa a João Carvalho que os resultados da SAD tenham sido um desafio bem calculado e transparente, uma aposta firme e ousada na grandiosidade do Benfica por aqueles que o lançaram no rumo da grandeza que a pequenez mesquinha dos velhos do Restelo, actualmente travestidos de papagaios, não é capaz de ousar?

João Carvalho diz-se economista mas é dos economistas que falam e escrevem muito, tanto quanto de pouco e benéfico são capazes de produzir.
João Carvalho até é bem capaz de ser um Benfiquista não accionista. Mas olhou para os números, apreendeu-os e engoliu-os à sua maneira meã, traduzindo-os e vomitando-os segundo o seu mesquinho desejo.
Nada escreve sobre a enorme valorização do activo futebolístico que mais do que cobre o passivo. Nada escreve sobre os valores que o Benfica já contabilizou com o seu Fundo de Jogadores.
Bem, sobre isto diz alguma coisa mas nada explica, naturalmente! Ou melhor, escreve que esse fundo, «a prazo cerceia a competitividade da SAD»!...
Que competitividade? Competitividade em quê? Competitividade com quê?
Por acaso, João Carvalho nem sequer refere que a SAD é participante no Fundo pelo que, se este tiver resultados positivos, cabe-lhe também a ela uma parte nesses resultados.

Ainda por acaso, João Carvalho cacareja em algum galho que a dívida da nova Catedral, de 160 milhões de euro, aquela dívida contra a qual ele tanto papagueou na sua tacanhez e cantarolice cataclítica, está quase saldada, faltando apenas pagar 28 milhões de euro?
Ou seja, que o Benfica já conseguiu, pelo menos, receitas de mais de 130 milhões de euro e tem o maior, o melhor e o mais moderno Estádio de futebol de Portugal?
Coisa que, face à mediocridade de João Carvalho seria hoje apenas um sonho tão pequenino quanto ele?

João Carvalho é ainda divertido quando fala nas receitas televisivas e, mais uma vez, com as vestes do velho do Restelo pequenino e tacanho, pergunta se «alguém acredita que as anunciadas super-receitas dos direitos televisivos, prometidas a partir de 2013, chegarão para tapar todos os buracos».
Ele não acredita em nada, isso é por demais sabido. Ou melhor, acredita que no seu galho, a chilrear contra os que fazem grande o destino do Benfica, consegue que alguém preste um mínimo de atenção ao seu desafinado e provinciano palreio.

O que torna João Carvalho divertido é o facto de os Benfiquistas saberem que ele fez parte, com os seus correligionários sem rosto, de um suposto movimento que nem às eleições do Benfica teve a coragem de concorrer. Movimento esse que todos os Benfiquistas sabiam – por isso lhe deram a resposta merecida – que estava precisamente ligado e era impelido por um lóbi que pretendia abocanhar esses mesmíssimos direitos televisivos.
João Carvalho não se contenta em ser papagaio!
Também reivindica o papel de bobo da corte dos papagaios sem rosto!

Outros, muito mais apetrechados, académica e profissionalmente, também duvidaram e expuseram as suas reticências, saindo da gestão do Benfica para não perturbar a visão dos audazes e dos grandes. Todavia, como grandes que também são, apesar da divergência, nunca precisaram de papaguear contra o Benfica para se fazerem notados.
E terminaram dando uma lição de humildade e puro Benfiquismo, reconhecendo o erro das suas reticências e a coragem dos audazes que trabalham e produzem e não se ficam no papaguear completamente improdutivo e miserabilista.
Por isso, voltaram ao lugar que lhes está destinado.

João Carvalho é pequenino demais para ter alguma vez a grandeza que estes manifestaram. Contenta-se com o seu fado e vai-se consumindo na sua insignificância canora, sempre que alguém lhe arranja um espaço para debitar a sua rabulice.
E tão pouco se enxerga a si próprio, como facilmente se imagina, que ele chega a ter a ousadia de querer dar lições aos accionistas bancários! Como se a sua pequenez pudesse ser um exemplo para eles!
Com João Carvalho nunca um banqueiro teria sido … banqueiro!

O chilreio de João Carvalho é tão inconsequente e bacoco como as suas conclusões de um “post-scriptum” saloio.
De facto, começando pela tal “derrota mais dolorosa porque teve o dedo do árbitro”, acrescenta que, «para se ser dirigente do Benfica não basta ter dinheiro e para se ser treinador não basta ser milagreiro e saber de tácticas. Também é preciso algo que não se compra na mercearia - educação!».

Quando João Carvalho fala em “educação”, todos os Benfiquistas o compreendem!
João Carvalho fala de cátedra porque tem demonstrado ao longo do seu consulado do ressabiamento toda a “educação” que os Benfiquistas têm comprovado!
E nem é preciso relembrar, neste item, a esmagadora vitória com que eles fizeram eleger os seus dirigentes, acompanhada da esmagadora derrota que infligiram a João Carvalho e aos seus poucos correligionários.

Isto e só isto é que comprovou o que toda a gente sabia e ainda sabe!
Que João Carvalho é um ressabiado papagaio da mediocridade canora quando fala ou escreve do Benfica!

5 comentários:

  1. Como sempre, muito bem escrito!
    Sobre o João Carvalho, apraz-me dizer o seguinte:
    Ele acumula, na sua vida profissional, inúmeros cargos de administração, presidências disto e daquilo. Embora, que eu saiba, não haja assim tanta gente que simpatize com ele, é reconhecido como alguém com uma enorme competência no sector em que exerce a sua profissão: O transporte marítimo.
    Isto é importante para perceber o seguinte: O João Carvalho, além de ter ambição e uma elevada auto-estima, está habituado a que as coisas sejam feitas como ele quer. Além disso, julga-se sempre dono da razão.
    Não simpatizo muito com a personagem mas acho um pouco pernicioso a forma como alguém que critique ou faça perguntas seja imediatamente apelidado de abutre ou papagaio. Votei LFV, votaria novamente, mas levanto questões, e levanto-as relativamente ao relatório e contas.
    O João Carvalho, por irritante que pareça ser, é apenas um benfiquista interessado no sucesso do clube. Se quisesse o poleiro pelo poleiro, não se teria demitido do conselho fiscal no mandato do Vilarinho... Ocorre que julga que o sucesso do clube está dependente da execução do que ele pensa que deveria ser feito e que a única pessoa capaz de o fazer é ele mas está no seu direito.
    E importa corrigir uma breve passagem do post: De acordo com informações de alguém de dentro do movimento, o João Carvalho não só não o integrou como ponderou uma candidatura própria.
    Concluindo, o João Carvalho é somente isto: Alguém que se julga dono da razão, que nutre uma antipatia especial pelo LFV e que quer, um dia, ser presidente do Benfica.
    Não simpatizo muito com ele mas reconheço a legitimidade do seu desejo e muito menos o confundo com um Bruno Carvalho ou um Vale e Azevedo qualquer.

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  2. Caro João Tomaz

    Eu não estou contra a crítica, seja ela às contas, seja a que aspecto for do Benfica.
    Mas a crítica impõe, para além da oportunidade, do lugar e do meio, ainda o rigor e a verdade.

    Acho muito bem que João Carvalho critique os resultados operacionais e o passivo da SAD.
    Mas que o faça no lugar e momento próprios. Se é accionista, vai haver uma assembleia geral, creio dia 19. Tem aí o lugar adequado.
    Se criticar, que revele todos os dados. Que não esconda os aspectos positivos.

    Depois e mais importante, quando se critica uma opção deve-se indicar a opção alternativa.
    Não o fazendo, isso é mera maledicência.

    Ele não estava contente no conselho fiscal, acho muito bem que se fosse embora.
    Mas depois, sempre que as coisas eram difíceis e não corriam futebolisticamente de feição, tinha de vir para as televisões e para os jornais apenas dizer mal?
    Sim, digo dizer mal porque ele nunca disse porque é que estava mal nem nunca disse como se deveria fazer para estar bem.
    Daí o termo papagaio que não sei quem o empregou - e não apenas acerca de João Carvalho - mas foi bem empregue.

    Ainda me lembro de Walter Lemos (penso que era este o nome) que lhe sucedeu na presidência do Conselho Fiscal, ter dito mais ou menos, a propósito de uma papagaiada de João Carvalho: por que é que há gente que fala tão mal e quando cá esteve não fez nada de melhor?

    Todas as críticas, todas as achegas, todas as opiniões são benéficas e o Benfica até as exige, se feitas de boa fé e com sentido construtivo.

    Por último, há uma coisa que eu tenho de deixar bem claro, até porque vi a guerra que se formou quando Vale e Azevedo não foi reeleito e depois foi preso.
    Eu nunca fui, não sou, nem nunca serei, enquanto Benfiquista, seja Damasiano, seja Azevedista, seja Vilarinista, seja Vieirista, seja qualquer outra coisa.
    Posso e devo escolher, em cada caso, as pessoas que considero certas para o bom (de acordo com o meu pensar) desempenho da gestão do nosso Benfica.
    Mas, seja eleito aquele que eu escolhi ou aquele que outros e mais Benfiquistas escolheram, qualquer deles será o Presidente do meu Benfica.
    E, enquanto Presidente do meu Benfica, defendê-lo-ei de todos os ataques dos adversários e mesmo inimigos, mas também daqueles Benfiquistas que criticarem fora do contexto da oportunidade, do lugar e da forma.

    Porque eu fui desde a nascença há muitos anos, sou e serei sempre apenas Benfiquista e o meu ídolo é apenas o Benfica.

    Para terminar, dizer que gostei bastante do seu comentário e este meu comentário ao seu é apenas para poder esclarecer coisas que, com toda a legitimidade, quem lê pode não considerar devidamente esclarecidas.

    Um abraço

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  3. Grande resposta, caro MESTRE DOS AUTOS, às diarreias deste CARVALHO.

    E diz ele que é gestor, economista ou raio que o parta.

    O que ele é, é um RESSABIADO.

    Abraço
    Viriato de Viseu

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  4. Estamos de acordo então!
    Em relação aos timings, voltamos à velha questão... Será que as críticas surgem porque as perguntas são feitas pela comunicação social apenas nos momentos maus do futebol?
    Obviamente, a qualquer pessoas reserva-se o direito de não comentar mas quem tem vontade de o fazer, e julga que os problemas são estruturais, limita-se a aproveitar a oportunidade.
    Não sei se esse será o caso do João Carvalho mas, por exemplo, o Gaspar Ramos, julgo que é, ou deveria ser, consensual que não será um papagaio nos termos definidos acima e é também um dos que aparece, de tempos a tempos, a criticar.
    Fugindo ao âmbito do post, faz-me confusão como é que um ou outro detalhe das contas foram praticamente ignorados somente porque o futebol está bem. E eu, que concordo com a política de investimento seguida e admiro as soluções que se têm encontrado para aumentar as receitas, quando penso um pouco mais além, pergunto-me como seria se se tem errado, mais uma vez, na escolha do treinador...

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  5. O Benfica é um clube apetecível e é por isso que há sempre alguém à espreita.
    O comportamento de João carvalho é e tudo idêntico ao de Jaime Antunes, mas a verdade é que eles no Benfica não entram, porque notaveis somos nós que diariamente damos a cara pelo clube e o apoiamos nos bons e maus momentos.

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