quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PINCELADAS ENCARNADAS

1. Vilas Boas e a confissão da acusação

Vilas Boas – vilas más para Xistra – implorou um penaltezinho a favor da sua equipa que salvasse o inchamento empenachado de um emplastro pedante e imberbe que até já se acha homem por lhe ter sido dada uma cópia de um missal de trafulhice desvirtuoso da verdade desportiva.
Vilas Boas não viu o penalti reclamado e, coisa rara, até conseguiu não ver o que todo o mundo igualmente ver não conseguiu. Fiou-se, e assim o disse, nos ditos dos seus jogadores.
Este fiadoiro até se compreende bem. Os jogadores do FC Porto estão bem treinados para jogar com as mãos um desporto que deve ser jogado com os pés, sem que daí lhes advenha grande penitência! Bem, no caso destes jogadores, não só com as mãos, com as patas também, mas deixemos isso, por agora!

Se bem se lembram, no ano transacto um tal Cebola jogou andebol no Estádio da Luz. No túnel da Luz, nesse mesmo jogo da brilhante exibição manual cebolística, um tal de “Incrível” na brutidade e um seu comparsa no primor esmeraram-se por demonstrar a arte do pugilato, coisa que não é bem jogada com as mãos mas com os punhos que são uma forma daquelas um pouco diferente mas mais eficiente.
E, com as patas, a excelência da jogatana não ficou muito em dívida!
Num certo treino entre esses “dedicados fiadores” de Vilas Boas, ainda naquele ano, é a vez de Meireles e de um certo Costa fazerem a demonstração. Fazerem o gostinho ao pé, perdão, às mãos ou, quando a maré se apresenta de feição, aos punhos de novo.
Já este ano, Rolando imita essa gente de fiar com o mesmo esplendor andebolístico!

Por tudo isto, a culpa não foi tanto do afiançamento de Vilas Boas mas das imagens televisivas requisitadas que, indiferentes à ingência da necessidade e pesem as imensas buscas que lhes fizeram, o que encontraram foi somente um tal de Micael a praticar o andebolismo costumado porque ele, se não deseja permanecer no banco, a “estrela” da bola que julgava ser, tem de aprender tudo o que os seus mestres ensinam!
O certo, certo, é que nem a ingerência da Interpol, a quantidade de cartazes “wanted” espalhados até aos confins do mundo, o prestimoso laborar das nossas autoridades justiceiras cujas escutas são prédicas de melodia beatífica, nada disso conseguiu descortinar o reclamado e muito bem afiançado penalti!
Encontrou-se a mão do tal de Micael … e foi um pau … também ele a fazer o “gosto à mão”, aquele Micael que, compreensivelmente, não gostou mesmo nada da carícia dos dedos de Jesus, um gesto sacrílego da doutrina de um “papa” da mentira e da corrupção desportiva ao menos tentada. E bondosa e minguada que seja a carícia jesuíta, nenhum condiscípulo do reino da corrupção desportiva consegue suportar uma vã tentativa de exorcismo da sua domação doutrinal, por maior que seja a sua pequenez!

O que não é estultícia reassegurar é que, naquela escola de podridão da verdade desportiva não se ensina a jogar com os dedos mas com as mãos todas!
Mas não há problema, há muito que foi decretada a impunidade dos jogadores que, em cada instante, sirvam o clube inimputável.

Tal como o “papa” da manigância desportiva, Vilas Boas deseja, mesmo assim, que Vítor Pereira peça desculpas.
E deve pedi-las. Vítor Pereira deve pedir desculpas aos desportistas portugueses amantes da verdade desportiva dos erros de Xistra que, descaradamente, beneficiou o FC Porto. Deve pedir desculpas aos amantes da verdade desportiva da razão por que a esmagadora maioria dos árbitros, e nas alturas cruciais e mais convenientes ao reino da mentira, favorecem sempre e descaradamente o FC Porto, desfavorecendo ao quadrado o adversário directo para o arredar da luta tão cedo quanto possível.
Pelos erros de Xistra a favor exclusivo do FC Porto, também Vítor Pereira deve, efectivamente, castigar Xistra, tal como devia ter castigado os árbitros que arbitraram o Naval-FC Porto e o Rio Ave-FC Porto.

Mas tem de se atribuir um crédito a Xistra. Apesar de tudo, não conseguiu inventar o penalti que o árbitro do jogo Naval-FC Porto fantasiou para o salvamento, quiçá, da sua prometida fruta, não sem que tenha sido tentado pela fantasia, que é a realidade (virtual) daquela gente, de Vilas Boas e seus “eméritos” fiadores.
Resistiu à tentação e esta é … a grande mágoa de Vilas Boas … e do seu “papa” condenado, os quais continuam na sua confissão da acusação do seu bastardo mas não suficiente favorecimento … por esta vez!

2. A profissão de fé nos autos de fé

Grande defensor de um clube “democrata” e fora do “regime” mas que teve no regime ditatorial de Salazar várias personagens em lugares de destaque e que nunca sentiu a perseguição ao seu hino ou à sua denominação, bem ao contrário do Glorioso, o Dr. Rui Moreira demonstrou exuberantemente a sua democraticidade endémica.

Teve razões para isso, conquanto sejam razões que a razão desconhece e até repudia por repugnantes.
O Dr. Rui Moreira ficou incomodado com as escutas do youtube mas também, neste país e em todo o mundo, só não ficaram incomodados com elas os nelas incriminados e a justiça portuguesa que as julgou, a que se podem juntar outras consciências cuja doutrina foi encadernada para de bem estar com elas e com coisas do género.

O Dr. Rui Moreira, não se esqueçam, é o “vigilante” de primeira fila, um “vigilante” da “verdade desportiva” prosseguida pelo clube de que é adepto. Enquanto “vigilante”, estava ainda a fazer a “primeira comunhão” e não a “profissão de fé” que o poderia ter preparado para, conquanto representativamente, tentasse abjurar os erros dos representantes do reino “papal” da mentira e da corrupção desportiva que essas escutas revelam com tanta evidência e, ainda por cima, sujeitar-se a uma purificação pelo fogo, o fogo que o agora Grande Vasconcelos – que, enfim, deixou de comparar-se ao antigo Miguel, o traidor – zurzia frente ao ecrã, com a complacência apalermada mas natural do homem das sondagens.
Neste aspecto, até se pode ser benevolente e compreender o Dr. Rui Moreira. Os erros escutados não são os seus, por eles não tem de pagar ainda que representativamente. Depois, se os julgadores que as julgaram, com elas se não incomodaram, por que devia ele, Dr. Rui Moreira, sujeitar-se aos quentes e purificadores ventos soprados por Vasconcelos e que tanto avermelharam as suas orelhas?

“Vigilante” pela “verdade desportiva” que as escutas demonstram e comprovam de forma tão evidente, contem com o Dr. Rui Moreira!
Para autos de fé, aí ainda não chegou o seu poder de encaixe democrático, tal um dilecto adepto do clube fora do regime. Lá que lhe digam que o seu clube está dentro do sistema da corrupção desportiva e até já foi condenado por isso, ainda vá que não vá!
Mas regime é uma coisa, sistema da manigância desportiva é outra!

Louve-se, ao menos, a vergonha demonstrada no seu corar de vergonha, aquela vergonha que envergonha o moderador e, em especial, envergonha o realizador ou o operador de câmara que nem vergonha tiveram de ter vergonha de mostrar o momento solene do abandono da vergonha.

3. A testemunha do martelo e a alternadeira da testemunha

Tanto os juízes portugueses que julgaram as escutas como o seu dilecto defensor – só neste caso, confesse-se – Miguel Sousa Tavares, foram pródigos nos encómios aos bons testemunhos de homens como o juiz Mortágua e o, ao que parece, do agora marteleiro de cabeças que foi apanhado pela GNR, um tal Paulo caçado lá pelos Algarves com um arsenal de boas intenções e consequentes dissuasões armistícias.
É a tal “gente pequenina” de que se rodeia o seu “papa” da mentira. “Gente pequenina” na estatura moral, parece ser o que Miguel Sousa Tavares quer afirmar, mas “grande” na “verdade” das suas declarações e acções e ainda mais nos seus testemunhos, que é o que aquele (também, ao que parece) fiador escreve, agora aberta e literalmente, com todas as letras.

Colocada esta gente, com o condutor do “papa”, um tal de “pidá”, guarda Abel e um outro apelidado de “macaco”, tudo numa orquestra de “boas obras” e acções, e ainda melhores confissões, pode vir de lá a alternadeira que vier que ela será sempre o poço da mentira, uma alternadeira que não é alternadeira de nada e muito menos da “verdade” daquela “gente pequenina” nas acções e grande nos testemunhos das confissões.

4. A fruteira do murro no satélite da fruta

Dizem agora os incautos que o guardião bracarense espetou uns valentes murros na mulher porque ela teve o descaramento de, saindo do seu canteiro, ter ido espreitar a casa da fruta importada pelo satélite do clube da fruta. Marido e comparsas de clube comiam fruta daquela fruta que o clube da fruta lhes dispensou.

Ser corrida a murro pelo marido só demonstra que o satélite do clube da fruta vai sabendo importar e doutrinar as boas ementas do pugilato, numa demonstração do bom aprendiz a que a satelização obriga.
Espreitar a casa da fruta e observar o seu marido rodeado de fruta e a comer fruta é próprio apenas das bisbilhoteiras e das alcoviteiras.

A receita do murro, parece-nos, pois, apropriada!
A abundância de fruta encontrada, essa teve a ver com as sobras da fruta a que Xistra não teve direito, embora tudo tenha feito, não o suficiente, na opinião da “cúria papal”, para ter o seu direito à fruta.

2 comentários:

  1. Mais um post brilhante, ao nível elevado que nos vem habituando.
    Já conhece a minha opinião sobre ambas as situações.

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  2. Na falta de argumentos para desmentir A VERDADE o "Vigilante moreira" utilizou a táctica dos COBARDES: A FUGA. Na falta de "fruta" o xistra provavelmente teve de recorrer ao "faça você mesmo" hehehe

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