1º As gentes do futebol foram há uns tempos alertadas – não surpreendidas, bem entendido – por um certo zurro de um asno que, traduzido na comunicação social escrita e falada, prometeu alto e bom som marcar um golo ao Benfica, caso jogasse.
Não marcou e levou 6 nas ventas!
Deu mais umas zurradas sem nenhuma importância e calou-se.
Apareceu mais tarde, andou pelas feiras de jornais e televisões a ofertar a carcaça a quem mais desse, publicitou a banha da cobra convencido de que tinha dotes de prima donna futebolística, declarou leilão aberto à maior oferta.
Todavia, dizem os entendidos, o dono do seu cabresto já o tinha trespassado ao reino da corrupção desportiva condenada que só esperava o momento em que algum petróleo pudesse brotar na sua quinta.
Esse petróleo brotou com o empate que o Paços de Ferreira lhe impôs.
Digamos ser naturalíssimo que, a haver trespasse, ele só poderia acontecer para um feirante que estivesse à mesma altura do negócio da carcaça trespassada. Trespasse que não seja para o mesmo “ramo” de negociata não é trespasse.
E o asno, mal sente o pé dentro do novo curral, estende a beiçola satisfeito e … come da palha da casa!
Alguém sugeriu que ele andou amnésico durante uns tempos!
A questão está desfocada! Andou amnésico, é um facto, mas somente porque se encontrava fora do ambiente da curralada para que estava talhado.
Mal se sente no seu covil, beiços a jeito, e eis uma zurraria agradecida, toda repenicada de aprazimento mas desafinada no tom e no som, conquanto pensando que estava a zurrar uma ária melodiosa.
2º Havia algumas almas ingénuas que poderiam ter pensado outra coisa do filho da Insigne Poetiza portuguesa, posto perante a verdade nua e crua dos sons das escutas telefónicas do apito dourado. Ingenuamente, pensaram que ele se demarcaria da podridão e baixa moral que os diálogos escutados patentearam.
Enganaram-se! Afinal de contas, o filho de tão Ilustre Senhora não passa de mais um pacote de detergente. Insurge-se contra a ilegalidade da difusão dos sons das escutas. Não se insurge contra a baixeza moral que elas revelam, contra os baixos valores que os autores da cavaqueira vergonhosa vomitam. Como se a ilegalidade material, a afronta dos valores da Moral, do Direito e da Justiça, pudesse ser branqueada pela ilegalidade formal da divulgação das vozes da (des)vergonha.
Não contente com a sua acção branqueadora, ainda tenta desvirtuar a verdade dos factos, o que, naturalmente, não consegue. Luís Filipe Vieira nunca telefonou a Valentim Loureiro para escolher árbitros, fazer outros pedidos ilegais ou combinar maroscas desviantes. Essas “aventuras” têm outros sons e outros tons!
Recebeu do Major Valentim Loureiro, tal como todos os presidentes dos clubes – incluindo Pinto da Costa – que, nessa época, se encontravam nas meias finais da Taça de Portugal, um telefonema daquele Major a propor-lhe certos árbitros para o encontro Benfica-Belenenses. Segundo foi divulgado, era hábito à época o árbitro desses encontros ser nomeado por consenso dos dois clubes intervenientes.
De resto, Luís Filipe Vieira fez ver ao Major que não lhe interessava nenhum árbitro proposto porque todos eram “para roubar”. E acrescentou a dado passo que certo árbitro (Paulo Paraty) não seria nomeado porque o presidente do Belenenses não concordava com ele.
Miguel Sousa Tavares alinha na cegueira dos que seguem quem deveria ter vergonha na cara, coisa sempre tão apregoada quão sempre desmentida na sua prática de baixeza e de torpeza.
Ser clubista é uma coisa. Que essa clubite possa vergar alguém a branquear a baixeza moral e o ataque mais despudorado a valores da condição humana e da verdade, seja a desportiva, seja outra qualquer, é outra coisa bem diferente!
O filho da Insigne Poetisa fez a sua escolha. Ele é que sabe com quem e com aquilo que se sente bem!
3º. Um habitual comentador de “o record” que se assina como Octávio Ribeiro tem passado praticamente despercebido ao longo dos tempos. A sua opinião é vulgarmente tão sensaborona, tão sem sumo e desinteressante que não prende a atenção de ninguém.
Todavia, na sua última crónica deu uma mostra do que realmente pode ser e trazia escondido.
Sobre o título “os túneis e Sá Pinto”, depois da confrangedora costumeira da sua escrita, resolveu escrever quase a terminar este parágrafo revelador:
«Quanto aos túneis da vergonha, sabe-se agora que há uma zona de justiça privada em Portugal. Onde as imagens aparecem ou não conforme os interesses dos malabaristas. E onde a um hooligan de colete se passa a dar o pomposo nome de steward. Tudo isto na contagem decrescente para um FC Porto-Benfica».
Só me interessa a frase, porque é ela que pode definir a personagem que a escreveu, «e onde a um hooligan de colete se passa a dar o pomposo nome de stewward».
Quem gosta e tem prazer de desenvolver a sua língua pátria troca o dito “nome pomposo” pela palavra genuína “segurança”. Seja como for, a profissão de “segurança” é uma profissão tão nobre como todas as outras. Nela haverá, assim, elementos bons e também os elementos “podres”.
Apelidar de rufia, desordeiro ou outro estigma qualquer todo o que exerce esta profissão é generalizar indecorosamente tais epítetos a todos os seus profissionais.
E define o seu autor, não apenas enquanto homem de princípios mas ainda em relação às “cores” da sua preferência.
Se não é, parece, pois porta-se como mais um pacote de detergente branqueador, querendo branquear comportamentos agressivos e desconformes aos valores desportivos através do estigma lançado sobre toda uma profissão.
Em todo o lado e em todas as profissões, há, efectivamente, elementos ruins.
Em “o record” ficamos agora a saber que, pelo menos, há Octávio Ribeiro.
4. Só por manifesta desatenção alguém pode agora ficar minimamente surpreendido com a notícia das tentativas de premiar jogadores para que eles se comportem de certa maneira em certas partidas de futebol no nosso país.
Como se isso constituísse novidade desde há um quarto de século para cá!
Novidade, novidade, é a sua divulgação porque o que o Povo sabe na sua intuição genuína da verdade é a constante e reiterada camuflagem que tem sido feita ao longo de todo este período de tempo.
Mas agora, tudo o que possa desviar os holofotes do núcleo central de onde emanou toda esta corrupção desportiva, é aproveitado para o abafar e branquear.
Não marcou e levou 6 nas ventas!
Deu mais umas zurradas sem nenhuma importância e calou-se.
Apareceu mais tarde, andou pelas feiras de jornais e televisões a ofertar a carcaça a quem mais desse, publicitou a banha da cobra convencido de que tinha dotes de prima donna futebolística, declarou leilão aberto à maior oferta.
Todavia, dizem os entendidos, o dono do seu cabresto já o tinha trespassado ao reino da corrupção desportiva condenada que só esperava o momento em que algum petróleo pudesse brotar na sua quinta.
Esse petróleo brotou com o empate que o Paços de Ferreira lhe impôs.
Digamos ser naturalíssimo que, a haver trespasse, ele só poderia acontecer para um feirante que estivesse à mesma altura do negócio da carcaça trespassada. Trespasse que não seja para o mesmo “ramo” de negociata não é trespasse.
E o asno, mal sente o pé dentro do novo curral, estende a beiçola satisfeito e … come da palha da casa!
Alguém sugeriu que ele andou amnésico durante uns tempos!
A questão está desfocada! Andou amnésico, é um facto, mas somente porque se encontrava fora do ambiente da curralada para que estava talhado.
Mal se sente no seu covil, beiços a jeito, e eis uma zurraria agradecida, toda repenicada de aprazimento mas desafinada no tom e no som, conquanto pensando que estava a zurrar uma ária melodiosa.
2º Havia algumas almas ingénuas que poderiam ter pensado outra coisa do filho da Insigne Poetiza portuguesa, posto perante a verdade nua e crua dos sons das escutas telefónicas do apito dourado. Ingenuamente, pensaram que ele se demarcaria da podridão e baixa moral que os diálogos escutados patentearam.
Enganaram-se! Afinal de contas, o filho de tão Ilustre Senhora não passa de mais um pacote de detergente. Insurge-se contra a ilegalidade da difusão dos sons das escutas. Não se insurge contra a baixeza moral que elas revelam, contra os baixos valores que os autores da cavaqueira vergonhosa vomitam. Como se a ilegalidade material, a afronta dos valores da Moral, do Direito e da Justiça, pudesse ser branqueada pela ilegalidade formal da divulgação das vozes da (des)vergonha.
Não contente com a sua acção branqueadora, ainda tenta desvirtuar a verdade dos factos, o que, naturalmente, não consegue. Luís Filipe Vieira nunca telefonou a Valentim Loureiro para escolher árbitros, fazer outros pedidos ilegais ou combinar maroscas desviantes. Essas “aventuras” têm outros sons e outros tons!
Recebeu do Major Valentim Loureiro, tal como todos os presidentes dos clubes – incluindo Pinto da Costa – que, nessa época, se encontravam nas meias finais da Taça de Portugal, um telefonema daquele Major a propor-lhe certos árbitros para o encontro Benfica-Belenenses. Segundo foi divulgado, era hábito à época o árbitro desses encontros ser nomeado por consenso dos dois clubes intervenientes.
De resto, Luís Filipe Vieira fez ver ao Major que não lhe interessava nenhum árbitro proposto porque todos eram “para roubar”. E acrescentou a dado passo que certo árbitro (Paulo Paraty) não seria nomeado porque o presidente do Belenenses não concordava com ele.
Miguel Sousa Tavares alinha na cegueira dos que seguem quem deveria ter vergonha na cara, coisa sempre tão apregoada quão sempre desmentida na sua prática de baixeza e de torpeza.
Ser clubista é uma coisa. Que essa clubite possa vergar alguém a branquear a baixeza moral e o ataque mais despudorado a valores da condição humana e da verdade, seja a desportiva, seja outra qualquer, é outra coisa bem diferente!
O filho da Insigne Poetisa fez a sua escolha. Ele é que sabe com quem e com aquilo que se sente bem!
3º. Um habitual comentador de “o record” que se assina como Octávio Ribeiro tem passado praticamente despercebido ao longo dos tempos. A sua opinião é vulgarmente tão sensaborona, tão sem sumo e desinteressante que não prende a atenção de ninguém.
Todavia, na sua última crónica deu uma mostra do que realmente pode ser e trazia escondido.
Sobre o título “os túneis e Sá Pinto”, depois da confrangedora costumeira da sua escrita, resolveu escrever quase a terminar este parágrafo revelador:
«Quanto aos túneis da vergonha, sabe-se agora que há uma zona de justiça privada em Portugal. Onde as imagens aparecem ou não conforme os interesses dos malabaristas. E onde a um hooligan de colete se passa a dar o pomposo nome de steward. Tudo isto na contagem decrescente para um FC Porto-Benfica».
Só me interessa a frase, porque é ela que pode definir a personagem que a escreveu, «e onde a um hooligan de colete se passa a dar o pomposo nome de stewward».
Quem gosta e tem prazer de desenvolver a sua língua pátria troca o dito “nome pomposo” pela palavra genuína “segurança”. Seja como for, a profissão de “segurança” é uma profissão tão nobre como todas as outras. Nela haverá, assim, elementos bons e também os elementos “podres”.
Apelidar de rufia, desordeiro ou outro estigma qualquer todo o que exerce esta profissão é generalizar indecorosamente tais epítetos a todos os seus profissionais.
E define o seu autor, não apenas enquanto homem de princípios mas ainda em relação às “cores” da sua preferência.
Se não é, parece, pois porta-se como mais um pacote de detergente branqueador, querendo branquear comportamentos agressivos e desconformes aos valores desportivos através do estigma lançado sobre toda uma profissão.
Em todo o lado e em todas as profissões, há, efectivamente, elementos ruins.
Em “o record” ficamos agora a saber que, pelo menos, há Octávio Ribeiro.
4. Só por manifesta desatenção alguém pode agora ficar minimamente surpreendido com a notícia das tentativas de premiar jogadores para que eles se comportem de certa maneira em certas partidas de futebol no nosso país.
Como se isso constituísse novidade desde há um quarto de século para cá!
Novidade, novidade, é a sua divulgação porque o que o Povo sabe na sua intuição genuína da verdade é a constante e reiterada camuflagem que tem sido feita ao longo de todo este período de tempo.
Mas agora, tudo o que possa desviar os holofotes do núcleo central de onde emanou toda esta corrupção desportiva, é aproveitado para o abafar e branquear.
mais um post só comparável aos passes de magia de Rui Costa.
ResponderEliminarDe facto e como disse o Benfica em comunicado, a amnésia tem destas coisas, desaparece quando menos se espera.
Mas todas as manobras aqui relatadas em nada me espantam, afinal de contas é uma prática comum e enraizada à mais de 20 anos no futebol nacional, com a impunidade e subserviência por demais conhecida.
Acho aliás, deveras curioso que se considerem as escutas inválidas porque a moldura penal do crime de que eram alvo não permite como meio de prova as escutas, segundo creio a acusação era corrupção passiva, mas nunca se acusou o essencial, que á o crime de associação criminosa, que no fundo é do que se trata, de uma associação criminosa a operar em determinada região do país e aí a moldura penal permite as escutas como meio de prova, aliás, elas para existirem é só e apenas porque foram autorizadas por um Juíz, caso contrário nem sequer poderiam ser executadas, o que ainda torna tudo mais misterioso.