segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Miguel abre o bico … e bota mexerico! …

Na coscuvilhice, Miguel é artista no diz-se, diz-se. De língua afiada no que diz, não aprendiz mas fadista na arte de tesourar na farpela do vizinho. Destarte, não há míngua, é asinho padre no altar, na sua nortada apologética e desbragada, apopléctica comadre na ralhada contra a heresia.
Miguel não tem ninho de embalar, que Da Costa tem a mania de açambarcar o clubezinho de bosta da sua afeição. Miguel, sem capela de oração, vira rezingão! É tanta a azia que o Glorioso lhe cria, tão grandioso ao pé do seu “regional”, pequenino e banal! Órfão de amores clubísticos, só vê o vermelho para meter o bedelho nos seus artísticos pudores de moralão.


Desta vez, até é descortês com a balela sobre o Quintela. E, rezingoso, de novo é mentiroso!
Fazedor de promessas, lá diz o povo, anda às avessas! Bem qu’é merecedor porque a sua nortada, além de trapalhada é uma desonestidade mentirosa. Promete não falar do favor das arbitragens, mas logo uma arengosa desafinada o acomete. A necessidade – será das aragens? – de cantar num desafino em que se mete, que ele de novo perdeu o tino, como diz o povo ao aprendiz. Mai’ nada?!

Por que tão amargurado se bota?! Por que tanta congeminação e bisbilhotice à sua razão?! Ainda por cima, numa aldrabada tão bem aviada!
É batota! E intenção desvairada!


Miguel cacarejou prometimentos dos arbitrais calar! E o relembrou, em prosa de cordel e respigando ais de seu penar! Em sua glosa de fingimentos, vai resmungando, mas não acertando ou mandando tais promessas passear. É que a Miguel, tudo acontece às avessas! Títere de papel ensandecendo na sua prece! É um sortudo!
Ressabiado, eis Miguel na arte de congeminar! Reminiscências de bíblia “papal”! Recita a prece da “famiglia”! Ela merece este pau mandado e seu escrevinhar é um evangélico redondel das excrescências à compita no “regional”, tão famélico e feio de verdade desportiva, mas cheio de vaidade incontida no seu paleio.

Miguel está ferido! O seu regional tão querido anda aos soluços e desanda cá por trás! Não faz mal, a culpa é da falta dos tostões. Franceses, Russos, é igual! O qu’é preciso é fregueses, malta que não olhe ao fio dental e ao que colhe, que não tenha siso que lhe avenha.
Miguel, surpresa … às vezes tem olho! Venham os milhões na falta doutro vintém! Uma beleza! Que venha, cá se apanham! E que bem!
Mas é ser zarolho! O “regional” não é só sorrisos! Cifrões são comidos todos os anos! A “fruta é cara, cada truta um milhão. Depois ... só tostões!
Miguel rezingão, mete dó! Os tempos idos dos milhões vai ser coisa rara! É só ver os contratempos!


Miguel não é otário, é sabichão! Padece de azia! Mas merece! Depois, cacareja como galo em campanário à luz do dia.
Enraivecido com o relembrar da corrupção do regional, ensandecido, a jurar em oração. Xelindró p’ró minoral do Quintela que tem a costela de lagarto servente. Ele é um pato que desatina da saltadela do seu chefe trotão quando em alcateia. Não é gente! Cadeia sem dó para tal desamor, que no reino servidor é um macatrefe só!

Miguel podia não ser intrometido, coscuvilheiro, mas comedido, mais sagaz e cavalheiro. Em “sua casa”, muito havia a fazer e preocupar … e depois falar. Não é capaz! A Águia, na sua altivez, bate a asa e faz ver a Miguel a pequenez do seu regional onzeneiro.
Miguel anda desaustinado na sua nortada desnorteada de cordel. Com seu lamento de pau madado, vai mitigando seu tormento, seu padecer. E vai andando! A sua lábia não é nada sábia! Na clubite, Miguel é ressabiado daquele brilhante passado do Glorioso!
E o seu “regional” tão miserento! Quem é que então sabia que ele existia?!
Um, cintilante, outro, bafiento!


Miguel é vaidoso, um sentido pau mandado! É também um medroso, pois sabe bem que, brevemente, virado o mais dorido capítulo do passado, nova aragem fará voar a Águia lá nas alturas com colorido e irá lançar novamente o regional à margem do título, no seu devido lugar de servidão, numa viagem sem volta!
Eis a razão da revolta e das agruras de Miguel rezingão em sua nortada de redondel e de tremuras tão desbragada!

8 comentários:

  1. Tanta verdade colocada num belo poema.

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  2. Caro amigo, mande-me email para manuel.oliveira2000@gmail.com
    Preciso fazer-lhe um pedido sobre a gloriosasfera. Fico a aguardar.
    Abraço.

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  3. Agora sobre este post, mudança de heterónimo, mas o mesmo brilhantismo!
    Abraço.

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  4. soube em primeira mão, que há uma praga, a maior deste século que está a assolar o país, vê tudo em A Catedral do Desporto

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  5. Mais um brilhante texto escrito pelo caro amigo PEDRO VAZ DE CAMINHA

    Fico sem saber quem escreve melhor: Se o PEDRO VAZ DE CAMINHA se O GIL VICENTE, lol

    Um grande abraço, para um grande escriba, e ENORME benfiquista, autor deste magnifico "poema"
    .

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  6. Caro Jotas

    O Ilustre Benfiquista que tem a honra de "vestir" a sua pele também lhe chega bem.
    Um abraço

    Caro Manuel
    Vai-se fazendo o que a inspiração dita.
    Um abraço

    Caro Águia Livre
    Os dois são capazes de terem uma veia semelhante. Tentam, pelo menos, escrever bem a favor do nosso Benfica.
    Um abraço

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  7. Caro Gil Vicente

    Não podemos deixar cair no esquecimento as agressões que ficaram impunes à entrada do túnel da pedreirinha, dá-me a impressão que essas agressões bárbaras que foram feitas ao Cardoso estão a cair no esquecimento.

    Saudações Gloriosas

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  8. Pois claro, caríssimo Raul Correia
    Só que esta comunicação avençada faz tudo para calar. Aliás, para os donos do sistema e seus serventuários, os criminosos são os hipotéticos "provocadores, não os violentos agressores. estes são tudo gente de bem, angelical.
    Em Braga, o Cardoso caiu na esparrela de os "provocar", tentando acalmar os ânimos. levou à farta e depois, sem ninguém saber por quê, apanhou o cartão vermelho.
    Se as imagens do túnel não foram adulteradas, tenho esperança de que ainda mais verdades da pedreira se hão-de saber.

    Um grande abraço

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