A “oração papal” e o professor pitosga

Ruído de inveja e olhar esgazeado de ódio, o “papa” foi dizendo “ter aquilo que desejamos”. Devia estar a referir-se à sua equipa de futebol e aos desejos dele, “papa”, e do professor pitosga que treina essa mesma equipa.
Parolo e provinciano, lá foi lançando umas argoladas gramaticais e acrescentando, “o treinador não me pediu qualquer jogador”.

A principal ilação a retirar destas patacoadas será a de nos debruçarmos sobre a fantasia do pedido do treinador. De facto, todo o mundo sabe que naquela “teocracia papal” corrupta condenada e mentirosa ninguém ousa pedir nada, mas somente calar e comer do que o “papa” serve.

Todavia, o professor pitosga tem andado ultimamente um pouco a “mijar fora do penico” e o seu estrabismo direccionado e compulsivo pode não chegar a servir-lhe para todas as encomendas. Daí que, logo após os ditos pacóvios do seu “papa”, tenha tido o descaramento de vir dizer publicamente que “o plantel do FC Porto está aberto para receber novos jogadores”.
Isto é, o professor pitosga contrariou frontalmente os ditos saídos da cloaca “papal” de que não precisava de reforços. O professor pitosga veio esclarecer que não era co-sujeito de posse. Para o professor pitosga, “ter aquilo que desejamos” nada tinha a ver com ele.

Claro que o professor pitosga, seguro do que lhe pode acontecer, se mijar deliberadamente fora do penico “papal”, faz assim como que uns salamaleques, umas piruetas de linguagem, uns adoçamentos conventuais da “cúria papal”. Mas, bolas para a lógica de tal “cúria papal” corrupta e condenada! Querer acentuar que o “papa” se referiu “ até ao momento” e lançar as “passas” para os jornalistas é mais um atentado, tentado, ao intelecto dos ouvintes ou leitores.
Então não é que o professor pitosga se resguardou no seu pedido de reforços ao “papa” precisamente para o dia seguinte às tontices da “oração papal”, nas quais se incluiu o tal, suponhamos, “não pedido” que só foi “não pedido” por menos de vinte e quatro horas?
Que especulamentos, professor pitosga! Que desonestidade intelectual!
Não será que o professor pitosga quis lançar mão da deixa e fazer os pedidos que o “papa” não autorizara, como é da praxe da “cúria papal” corrupta e condenada, antes que a “oração papal” arrefecesse na cloaca deste?

Disse ainda o professor pitosga, para que a nossa vontade de rir não arrefecesse nesta passagem de ano, “o que temos de fazer é ter calma e tendo um mês para resolver as situações que possam aparecer, fazê-lo com segurança, com dados concretos e não só porque dizem que é preciso reforços”…
O professor pitosga até é capaz de saber que aquilo que aconteceu desta vez ao “papa” foi o facto de ele não ser sabedor antecipado das contratações queridas pelo Benfica, antes de as mesmas estarem concretizadas. Se ele tivesse sabido, queria lá o “papa” saber de “calma”, de “segurança” ou de “pedidos”!...
Pois se até os jornais só falaram nessas contratações quando os jogadores já estavam em Lisboa a fazer exames médicos, ou vinham a caminho!
Mas, a bem da verdade, a culpa nem foi do “papa”, foi dos olheiros do Benfica que, desta vez, não necessitaram de lhe desviar as atenções!

Mas a mais engraçada do professor pitosga é ele dizer que teria de pedir jogadores que o clube (dele) não pode comprar!...
Ora essa, professor pitosga! Então o seu “papa” não dá sempre o dobro ou mais daquilo que o Benfica oferece?!
Aonde está o acanhamento?!

Pelos vistos, parece que o professor pitosga nos quer convencer de que a sua pitosguice não se circunscreve apenas à visão direccionada e estrábica. De facto, o professor pitosga bem nos tem tentado impingir uma vesguice intemperada, sempre que a ocasião se lhe proporciona.