quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O ASSUSTAMENTO DOS CORVOS

Em tempos que já lá vão, juntou-se um pantomimeiro com um guerrilheiro, fazendo uma súcia no assalto ao poder e, muito em particular, à domação encabrestada dos bigorrilhas desse poder, homens de mão da domação induzida e direccionada.
O guerrilheiro preparou os caminhos da domação com as suas constantes e perversas invectivas doutrinais a todo o que não pertencesse à nova ordem do “estado novo” do futebol português. Disléctico no verbo e dismenorreico na ofensa, arregimentou parelha à altura, insuflou-lhe e treinou-o na libertinagem da guerrilha e na dislexia da palavra. Em suma, nomeou-o seu lugar tenente, o executivo cafajeste da sua doutrina.
O pantomimeiro agradeceu o arrimo, esmerou-se na arte da guerrilha e foi aprimorando o pontapé na gramática. Tomou o poder através da revolta das suas tropas e ofereceu-o ao guerrilheiro arrotador da má educação. À míngua da guerra interna, tomado e domado o poder nessa frente de batalha, engendra a guerra norte-sul dos seus labirínticos e esquizofrénicos neurónios.
Esta trupe de apóstatas da verdade desportiva consegue, enfim, domar todo o aparelho do futebol e, na sua sombra benéfica e benzida, arregimenta ainda aliados políticos e de outros quadrantes, quais detergentes branqueadores e compreensivos das suas manigâncias.
E estava instalado o reino da corrupção desportiva, o também chamado sistema futeboleiro nacional.

Lançada a guerra no reino da Águia, enfraquecendo-a através dos golpes arbitrais, directos e indirectos, o reino da corrupção da verdade desportiva aproveitou ainda grandemente o rifão, “casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”.

Cedo o pantomimeiro ficou órfão do seu mentor guerrilheiro. Mas as luzes da pantomimice estavam lançadas e iriam ser prosseguidas sem desvio de rumo. A doutrinação fundamental fora concluída.

Instalado no poder dominado e domado, protegido pelos “aliados” branqueadores nos reinos da política, da investigação e da justiça, publicitada a sua verborreia provinciana e bacoca por uma comunicação social prostituída, propensa à vulgaridade e falha de imaginação, o pantomimeiro foi-se mantendo calado à luz do dia mas conspirando ininterruptamente pela calada. Nada mais se lhe ouvia do que uma arrotadela a verborreica de vez em quando para encher de brios e gáudio uma imprensa amestrada, com seus junta letras de rastejadura.

A dada altura, foi apanhado em escutas que comprovaram sobejamente todos os truques baixos e a extensa e extrema batotice que, no reino da noite, o seu império do mal instituiu e manteve na sombra da prova do facto.
Nunca desmentiu o seu conteúdo, a verdade dos factos que aquelas comprovavam, antes se insurgiu contra o facto de os ouvintes as terem ouvido sem a sua bênção
papal.

Não ganhou o seu périplo de encobrimento das verdades ouvidas.
No plano penal, não lhe advieram daí grandes consequências. Conseguida a fuga à detenção e audição surpresas e, fundamentalmente, à apreensão de prova relevante, com o auxílio dos tais aliados com farpela de bufos que lhe permitiram sonegá-la e destruí-la, a justiça portuguesa houve por bem manter-se na rota da auto flagelação da sua credibilidade, ilibando o prócere da batotice desportiva portuguesa sob a capa nevoenta da “falta de prova”.


Mas que fique bem assente. Por um lado, a sábia justiça popular já o julgou e condenou, tal como por ele condenada está tal justiça há muito tempo, que nela o Povo deixou de acreditar já há décadas. Por outro, não ficou provado que ele fosse inocente.
Finalmente, na justiça disciplinar desportiva, que se rege por outros princípios e por outro rigor – nos últimos tempos em que ela conseguir escapulir-se, em primeira instância, do domínio do mal – julgou-o e condenou-o, assim como à instituição que dirige, de forma definitiva.
O pantomimeiro “papa” foi condenado pela justiça desportiva por ter cometido a infracção disciplinar desportiva do crime de corrupção desportiva na forma tentada. Não há verborreia nenhuma, do chefe ou dos seus sicários, que consiga conspurcar este “selo” da vergonha.

Na presente época desportiva, tudo se alterou. A Águia voltou, enfim, a demonstrar a força do seu enorme passado Glorioso. A princípio, o sistema “papal” instalado pareceu manter-se comedido. Delegou nos seus esbirros, satélites de Alvalade e da “pedreira” as despesas da guerrilha contra o Glorioso.
Então, o presidente do Sporting não só encomendou lágrimas sem fim à sua carpideira de serviço – até a despachar no cumprimento da promessa “forever” – como ele próprio resolveu juntar-se à carpidura. O mote foi a pujança da Águia em contraste com os resultados miseráveis do lagarto. Era a euforia dos Benfiquistas, as boas exibições da sua equipa e as consequentes conquistas que haviam deixado o reino do lagarto submisso em estado de agonia depressora.
Os males não provinham da falta de competência futebolística da sua equipa nem das consequentes exibições miseráveis. Os males não resultavam da descida da sua equipa mas da subida da equipa adversária.

A pedreira armadilhou, espancou à luz do dia e puniu à luz da sombra o melhor marcador do Benfica, o jogador espancado. Já há meses que se esperam as devidas punições dos infractores à luz do dia mas aqui ninguém reclama pressa, a não ser o próprio Benfica.

A verdade é que estes choradinhos não deram o mínimo resultado. A Águia mantém-se imperturbável lá no alto do seu voo.
Porém, o clube “andrade”, que antes, pela voz do seu pantomimeiro presidente e seus compinchas amestrados, dizia que o Braga era o seu principal adversário, vê a coisa mal parada e começa a escoicinhar. Acresce que o seu satélite lagarto teve enfim alguma réstia de siso e resolveu virar-se para outra frente e acabar com o choradinho vitimizante que não lhe agourava futuro nenhum porque as causas estavam em casa própria e não na casa do vizinho.

É neste cenário que o pantomimeiro tenta escoucear, quando verifica que o terreno lhe foge debaixo dos pés. Lança primeiro os seus capangas amestrados da comunicação social começarem a dedilhar o que melhor sabem. Vitimizam o seu clube condenado por corrupção, arengando que o Benfica está a ser levado ao colo. E é verdade, mas ao colo dos seus adeptos e contra as arbitragens, que essas ainda prestam uma enorme vassalagem ao “papa” da “fruta”!
Atacam as arbitragens que os favorecem descaradamente, apenas para encobrir esse descaramento favorerecedor. Para não recuar muito e maçar o leitor, viu-se no jogo com o Rio Ave um prestativo apito a marcar um penalti fantasma mas salvador … que os deuses abjuraram.
Viu-se no jogo da Luz em que, entre outras coisas, o “cebola” jogou a bola com a mão à vista de todos os mortais não invisuais ou pitosgas, jogada que teve a bênção do árbitro.
Mas a arbitragem prejudicou … o FC Porto!..
Viu-se agora no jogo com o Leiria em que um árbitro, junto à jogada e de frente, consegue confundir a cara e o nariz com os braços. E nem consegue ver o sangue a escorrer das narinas e o nariz mais vermelho do que o interior de uma romã. Talvez tenha sido o vermelho que o incomodou …
Nada que nos impressione já, sabendo que se trata de um árbitro para quem as linhas que demarcam o campo de jogo não contam. Ainda se lembram, caros Benfiquistas, daquele segundo golo do Sporting em Setúbal?
Mas a arbitragem prejudicou … o FC Porto.

O principal arauto da publicidade destes “prejuízos” é o professor pitosga que faz jus à sua pitosguice. Para isso, não há blackouts nem blackouts de blackouts.

A camarilha amestrada da comunicação social consegue a sua invencionice “genial”. Se os jogadores da equipa do reino corrupto são bebedolas e agressores, é porque houve horrendos criminosos provocadores. Sem estes, aqueles seria figuras angelicais e bem comportadinhas.
Por isso, punam-se os hipotéticos provocadores e santifiquem-se os cordatos agressores!

O chefe pantomimeiro também salta para a arena, acha que as orações e as novenas dos seus crentes não lhe bastam, tal é o medo que o alto voo da Águia lhe provoca. Aproveita o ofício fúnebre ao seu compincha guerrilheiro para lhe prometer o título que já parece intuir vê-lo por um canudo, e daí o seu escoucinhamento parolo.
Derrotado na sua psicótica guerra norte-sul porque o povo do norte rejeitou ser soldado dos interesses trampolineiros do “papa” guerrilheiro e fez-lhe ver que a guerra não era com ele, desviou o seu discurso para aquilo a que chama de “centralismo” de Lisboa.
Atribulado nas suas desditas pelo poderio da Águia, seu principal combate, sentindo que está prestes a perder a sua verdadeira guerra, vira-se para os amigalhaços aliados, pedindo a todos os seus santinhos branqueadores ajuda no seu infortúnio. Na falta do seu compincha Valentim, vira-se para o compadre da política, Laurentino sem tino que o impeça de ser detergente das falcatruas da pantomima papal.
E pede-lhe um apito! Pode ser encarnado, mas isso é de somenos, concede que seja de outra cor qualquer à escolha do senhor bigorrilha da sua prece.

O que o pantomimeiro quer é um apito!
E compreende-se. Como, apesar dos muitos favorecimentos apitais dos homens vestidos de negro, ainda há alguns que nem sempre põem uma venda nos olhos e relatam as agressões dos agressores, expulsando-os, o “papa” condenado por corrupção desportiva tentada quer o apito para apitar a seu bel prazer.
O “papa” pantomineiro quer o apito para ensinar a música aos senhores do apito que mijam fora do penico e desautorizam as suas rezas e as suas juras – não são como os juízes do apito dourado – e rejeitam a “fruta” que ele tem de sobremesa.
Ou até são capazes de a comer e depois cagar nela e no fruteiro!

O pantomineiro está assustado, muito assustado! A equipa do Benfica não se parece nada com aquelas duas equipas de anjinhos que o julgaram na (in)justiça penal e foram na lengalenga dos aconselhamentos matrimoniais.
A equipa do Benfica arreia e condena a equipa do clube corrupto condenado ao seu lugar de subalternidade natural!

Para nós, Benfiquistas, é um gozo este afligimento nauseante do “papa”. Isto significa que ele não consegue dominar o reino e tem de fazer oratórias pacóvias e ridículas a todos os santos e santinhos.
E não consegue dominar o reino porque a Águia lhe está a dar bicadas tremendamente Gloriosas.
Só falta que lhe acerte bem em cheio na careca “papal”, que o papa tem a mania de andar sem a sua mitra
Mas não tardará e nem as preces à Divina Providência lhe aproveitarão!

O Benfica não precisa de apitos nenhuns, nem dourados, nem vermelhos, nem verdes, nem rosas, nem pretos, nem brancos, Nem precisa de apelar ajuda a amigalhaços compinchas que dispensa.
Tem a sua Enorme Família de fiéis sócios, adeptos e simpatizantes. Basta-lhe utilizar essa Enorme Grandeza para, muito naturalmente, ganhar.
Só os pequeninos e insignificantes necessitam de manigâncias e batotices para conseguirem ganhar alguma coisa!
E das ajudas convenientes!

4 comentários:

  1. Fabuloso, verdade nua e crua aqui escarrapachada.

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  2. Agora quer homenagear o compincha guerrilheiro!

    São sempre manobras novas, as mentes perversas do mal não ollham a meios para atingir os fins.
    Agora irão ter toda uma cumplicidade de alguma comunicação social nas manobras da oferta do titulo ao compincha guerrilheiro.

    Não se pode ser sério e honesto no nosso país!!

    Saudações Gloriosas.

    Se possivel da sua parte um comentário ao post que irei pôr por volta das 22h no meu espaço e , já agora com a sua permissão convido todos os Benfiquistas a fazerem uma visita.
    Obrigado

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  3. PERO VAZ,

    Infoma o teu companheiro das artes de bem escrever em toda a tela e grande Mestre da Ourivesaria, que o JORNAL DA GLORIOSASFERA, premeia o seu artigo; A ANGUSTIA DOS VASSALOS na edição de hoje.
    Um premio meecido e justo, para quem tao bem escreve AUTOS.

    Dsculpa PERO,
    mas só mais logo vou sover linha a linha esta tua FAMOSA CARTA, já que isso requer tempo e sossego que de momento não tenho.

    Não te esqueças de lhe dar o recado, ouviste ó PERO???
    No intervalo das tuas cartas a D.Manuel, faz um intervalo e escreve ao GIL.

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  4. Só uma palavra : EXCELENTE.

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