Carta a El-Rei, D. Luís Filipe sobre o estado da sua Armada Imperial e sobre outras questiúnculas…
Poderoso Rei D. Luís Filipe da Grande Pátria Benfiquista, Vós sois grande até nos gestos com que abordais a indecorosa saga dos infiéis do Teu Reino, nesses gestos altivos e soberanos com que desprezas a bruta gente e as suas arruaças de polichinelo.
Dizeis bem, como é de Vossa mercê: “nós, os Benfiquistas, falamos de nós porque somos Grandes, somos uma imensa Pátria sem fronteiras; falamos de nós porque é essa a nossa essência; a bruta gente fala de nós porque reconhece a nossa Grandeza”.
Vós não o dissestes, poderoso Rei da Nação Benfiquista, mas pressentiste-o. A bruta gente fala de nós porque não tem por que falar dela! A bruta gente é apátrida, Insigne Rei, não tem Nação e nem sequer clube de acolhimento, apenas cavernas e túneis.
A bruta gente não é qualquer coisa que não existe no seu imenso lago de obscurantismo. A bruta gente é somente anti Benfica, anti Pátria Benfiquista.
Sobeja-lhe a luta, não na busca da luz mas nas trevas do ódio, da inveja, do cinismo, da hipocrisia.
Se Vós, Augusto Rei da Gloriosa Nação Benfiquista, dissestes ao Reino que tendes a honra de governar, nesse teu egrégio conclave exigido pela imensa superioridade da Tua Nação, que nós, Benfiquistas, falamos de nós, também mui avisadamente acrescentastes que tal desígnio não colide com o ficarmos “menos atentos ou vigilantes em relação a alguns comportamentos que, apesar de absurdos, não são inocentes”.
E nem menos de Ti se esperaria, Nobre Rei, da Tua mui distinta prudência. Por isso, nós outros, Teus súbditos e orgulhosamente combatentes pela nossa amada Pátria que tendes o supremo Dom de Governar, sentimos mais do que um dever, um desmedido aprazimento em Te dar aviso atempado das nossa lutas contra os infiéis.
Augusto Rei, aqueles sem vergonha que, de entre a bruta gente, chefiam manifestações contra a verdade desportiva, camafeus vendilhões do templo da austera e mais genuína verdade das coisas, não se inquietam de alevantar a sua barraca à direita daqueles que comandam bandos de infiéis a arremeter contra lojas e gentes de elevada índole, tanto quanto Teus súbditos forem, para roubar tudo quanto avistam ao alcance dos seus ávidos e esgazeados instintos.
E montam as suas traquitanas a vender por trinta dinheiros aquela “verdade desportiva” tão acalentada pelos seus régulos, de tal modo que a estes houve por bem alguma justiça dos deuses da bola premiar com uma condenação pelas manigâncias com que tão distintamente cuidaram dessa mesma “verdade desportiva”.
Sabeis bem, Poderoso Rei da Insigne Pátria Benfiquista, o quanto são mafiosos estes bufarinheiros da verdade. E sabei-lo, tanto como nós, Teus súbditos de Nação tão Gloriosa, porque o seu caifás filho de caim é o maior traquineiro da hipocrisia. Bem sabeis, Augusto Rei, que ele tenta apoucar, sem o beliscar um pouqinho só, o imenso fervor e a altíssima metamorfose que levou a Tua Armada Imperial às demonstrações do mais estreme e fabuloso bailado da bola, deixando para trás as naves despedaçadas dos bufarinheiros gentios aplebeados mais que plebeus.
E, em sua sina de candongueiro, faz ele berraria e ordena berração à sua bruta gente contra as arbitragens que, dando-lhes encosto escorreito, nem assim lhes valeram, mirando-as na vesguice dos seus esgazeados olhares ao espelho da Tua Armada que só aos seus dons de virtuosismo, ao Céu sublime ascendida ainda pelo imenso cortejo dos Teus humildes mas fervorosos súbditos, deve a sua ascensão Gloriosa.
Poderoso Rei, sabei que aquela bruta e infiel besta, régulo mor dos vendilhões da verdade desportiva, grunhia em gestos e pateava em sinais, que não era “expert” em arbitragem e considerava que a arbitragem portuguesa era melhor do que a arbitragem em muitos países de primeiro plano do futebol europeu!
E clamava, vede, contra as pessoas que não sabiam nada de futebol e que, semanalmente nos programas televisivos da bola – que os Teus súbditos, aliás, bem desprezam por estarem infectados de bruta gente – passavam mais de 80% do tempo a discutir arbitragem e que tal retirava serenidade aos “homens do apito”!
Estultícia insana deste Teu súbdito seria ele cogitar sequer nos confins da sua mente que Vós, Augusto Rei, não sabíeis o que mudou na bruta gente. Vós, que bem sabeis que aquela insciente gente era e é totalmente gente bruta do reino do mal! Bem sabeis que ele se dirigia aos seus vendilhões da verdade desportiva que fazem vigílias ao reino das trevas, da ignomínia e da hipocrisia. Bem sabeis que ele assim se bufarinhava contra o vendilhão da verdade histórica, um tal Tavares, que de vez em quando põe o seu régulo chefe como um bruto pacóvio e provinciano, sempre acompanhado de gente pequenina.
E Tavares até tem razão, como bem sabeis, Poderoso Rei. Conheceis o guarda Abel da sua milícia. Conheceis o seu chauffeur, um bruto ímpio co-arguido criminalmente com o seu régulo mor e atropelador encartado de fotógrafos bisbilhoteiros. Conheceis o seu guarda-costas, o tal “pidá”, ímpio gentio das maiores “virtudes” que o levaram à choldra por anos largos.
Soubestes à pouco que a “Judite” coscuvilhou as contas do reino gentio e bruto, parece que por causa de gente dada com o tal régulo mor dos vendilhões, tudo gente de finuras tais que nem a justiça dos embotados deseja justiçar.
Como bem vedes e bem sabeis, Poderoso e Augusto Rei da Insigne Pátria Benfiquista, temos à nossa volta bufarinheiros de banha da cobra da sua “verdade desportiva” a fazer velórios bem dignos da sua ímpia gente na escuridão, que, como bem o dizeis, eles o sol da verdade e da honra até contestam!
Com Vossa Mercê
Pero Vaz de Caminha
Poderoso Rei D. Luís Filipe da Grande Pátria Benfiquista, Vós sois grande até nos gestos com que abordais a indecorosa saga dos infiéis do Teu Reino, nesses gestos altivos e soberanos com que desprezas a bruta gente e as suas arruaças de polichinelo.
Dizeis bem, como é de Vossa mercê: “nós, os Benfiquistas, falamos de nós porque somos Grandes, somos uma imensa Pátria sem fronteiras; falamos de nós porque é essa a nossa essência; a bruta gente fala de nós porque reconhece a nossa Grandeza”.
Vós não o dissestes, poderoso Rei da Nação Benfiquista, mas pressentiste-o. A bruta gente fala de nós porque não tem por que falar dela! A bruta gente é apátrida, Insigne Rei, não tem Nação e nem sequer clube de acolhimento, apenas cavernas e túneis.
A bruta gente não é qualquer coisa que não existe no seu imenso lago de obscurantismo. A bruta gente é somente anti Benfica, anti Pátria Benfiquista.
Sobeja-lhe a luta, não na busca da luz mas nas trevas do ódio, da inveja, do cinismo, da hipocrisia.
Se Vós, Augusto Rei da Gloriosa Nação Benfiquista, dissestes ao Reino que tendes a honra de governar, nesse teu egrégio conclave exigido pela imensa superioridade da Tua Nação, que nós, Benfiquistas, falamos de nós, também mui avisadamente acrescentastes que tal desígnio não colide com o ficarmos “menos atentos ou vigilantes em relação a alguns comportamentos que, apesar de absurdos, não são inocentes”.
E nem menos de Ti se esperaria, Nobre Rei, da Tua mui distinta prudência. Por isso, nós outros, Teus súbditos e orgulhosamente combatentes pela nossa amada Pátria que tendes o supremo Dom de Governar, sentimos mais do que um dever, um desmedido aprazimento em Te dar aviso atempado das nossa lutas contra os infiéis.
Augusto Rei, aqueles sem vergonha que, de entre a bruta gente, chefiam manifestações contra a verdade desportiva, camafeus vendilhões do templo da austera e mais genuína verdade das coisas, não se inquietam de alevantar a sua barraca à direita daqueles que comandam bandos de infiéis a arremeter contra lojas e gentes de elevada índole, tanto quanto Teus súbditos forem, para roubar tudo quanto avistam ao alcance dos seus ávidos e esgazeados instintos.
E montam as suas traquitanas a vender por trinta dinheiros aquela “verdade desportiva” tão acalentada pelos seus régulos, de tal modo que a estes houve por bem alguma justiça dos deuses da bola premiar com uma condenação pelas manigâncias com que tão distintamente cuidaram dessa mesma “verdade desportiva”.
Sabeis bem, Poderoso Rei da Insigne Pátria Benfiquista, o quanto são mafiosos estes bufarinheiros da verdade. E sabei-lo, tanto como nós, Teus súbditos de Nação tão Gloriosa, porque o seu caifás filho de caim é o maior traquineiro da hipocrisia. Bem sabeis, Augusto Rei, que ele tenta apoucar, sem o beliscar um pouqinho só, o imenso fervor e a altíssima metamorfose que levou a Tua Armada Imperial às demonstrações do mais estreme e fabuloso bailado da bola, deixando para trás as naves despedaçadas dos bufarinheiros gentios aplebeados mais que plebeus.
E, em sua sina de candongueiro, faz ele berraria e ordena berração à sua bruta gente contra as arbitragens que, dando-lhes encosto escorreito, nem assim lhes valeram, mirando-as na vesguice dos seus esgazeados olhares ao espelho da Tua Armada que só aos seus dons de virtuosismo, ao Céu sublime ascendida ainda pelo imenso cortejo dos Teus humildes mas fervorosos súbditos, deve a sua ascensão Gloriosa.
Poderoso Rei, sabei que aquela bruta e infiel besta, régulo mor dos vendilhões da verdade desportiva, grunhia em gestos e pateava em sinais, que não era “expert” em arbitragem e considerava que a arbitragem portuguesa era melhor do que a arbitragem em muitos países de primeiro plano do futebol europeu!
E clamava, vede, contra as pessoas que não sabiam nada de futebol e que, semanalmente nos programas televisivos da bola – que os Teus súbditos, aliás, bem desprezam por estarem infectados de bruta gente – passavam mais de 80% do tempo a discutir arbitragem e que tal retirava serenidade aos “homens do apito”!
Estultícia insana deste Teu súbdito seria ele cogitar sequer nos confins da sua mente que Vós, Augusto Rei, não sabíeis o que mudou na bruta gente. Vós, que bem sabeis que aquela insciente gente era e é totalmente gente bruta do reino do mal! Bem sabeis que ele se dirigia aos seus vendilhões da verdade desportiva que fazem vigílias ao reino das trevas, da ignomínia e da hipocrisia. Bem sabeis que ele assim se bufarinhava contra o vendilhão da verdade histórica, um tal Tavares, que de vez em quando põe o seu régulo chefe como um bruto pacóvio e provinciano, sempre acompanhado de gente pequenina.
E Tavares até tem razão, como bem sabeis, Poderoso Rei. Conheceis o guarda Abel da sua milícia. Conheceis o seu chauffeur, um bruto ímpio co-arguido criminalmente com o seu régulo mor e atropelador encartado de fotógrafos bisbilhoteiros. Conheceis o seu guarda-costas, o tal “pidá”, ímpio gentio das maiores “virtudes” que o levaram à choldra por anos largos.
Soubestes à pouco que a “Judite” coscuvilhou as contas do reino gentio e bruto, parece que por causa de gente dada com o tal régulo mor dos vendilhões, tudo gente de finuras tais que nem a justiça dos embotados deseja justiçar.
Como bem vedes e bem sabeis, Poderoso e Augusto Rei da Insigne Pátria Benfiquista, temos à nossa volta bufarinheiros de banha da cobra da sua “verdade desportiva” a fazer velórios bem dignos da sua ímpia gente na escuridão, que, como bem o dizeis, eles o sol da verdade e da honra até contestam!
Com Vossa Mercê
Pero Vaz de Caminha
Uma carta do grande Pero Vaz de Caminha, ao Enorme Rei da Nação Benfiquistas, merece que todo o seu conteúdo seja devidamente apregoado, pelos Meirinhos-Mór de todo o Reino, como LEI !!!
ResponderEliminarApesar de estar parado no golfão, porque o vento não sopra nas velas do Galeão, este Nobre e poderoso escriba, está a par de tudo o que se passa no Reino do Portugal, nomeadamente à podridão que grassa, nas gentes da ralé sem berço e da pior espécie.
O degredo era o remédio adequado para tais vis e abjectos seres.
Assim o Decrete o nosso Legitimo Rei!!!
Fenomenal, caro Pero Vaz de Caminha!
ResponderEliminarO tempo é escasso por causa do Jornal.
Abraço.