1. Em termos literários, o escritor Miguel Sousa Tavares tem sido muito desancado pela crítica especializada por via da mistificação da realidade histórica que impressiona muitos dos seus romances. Não se trata, tanto quanto se depreende das críticas, de uma ficção romanceada de factos inverosímeis. Trata-se pura e simplesmente de uma invenção de datas e realidades históricas, ou por ignorância, ou simplesmente por mera desorientação memorial.
A questão não tem, só por si, grande significado no desenrolar normal da História ou mais concretamente da Humanidade, nem mesmo as invenções mirabolantes que, à custa desta mistificação, Miguel Sousa Tavares vai arrecadando.
Depois, também se percebe esta sua tendência que arremete sem êxito, naturalmente, contra a ditadura dos factos. Ela provém-lhe da escola futebolística implantada no seu clube que foi perito em desencantar factos que pretende históricos mas que só trapaceiam a História.
Indo ao fundo da questão e porque na actualidade a mentira muitas vezes repetida já não se transforma em verdade, a necessidade desta mistificação factual da História assenta, como é óbvio, em bases que tentam subverter a verdade e a realidade das coisas e é recurso à mão dos que não têm por si recursos da realidade histórica.
No fundo, estes mistificadores ou são mentalmente mentirosos da realidade ou são meros ignorantes e de intelecto obtuso que não têm consciência da realidade, não por responsabilidade própria mas por responsabilidade dos recursos de que o seu intelecto dispõe.
Os primeiros são intelectualmente desonestos, são os criadores da mentira e da consequente aldrabice. Não provocam grande dano na sociedade porque o estado civilizacional actual desta cria em si anticorpos próprios que arremessam com tais boçalidades para a cloaca dos detritos nauseabundos.
Não sei em que categoria devemos colocar Miguel Sousa Tavares, nem com isso estou muito preocupado. Não tem a mínima importância a sua catalogação em qualquer das categorias enunciadas, nem em quaisquer outras que se arrimem. São por demais sabidas as suas mentiras negatórias de um factualismo real que impõe a sua ditadura e que, por via disso, não admite argumentos que o contrariem.
Devemos, porém, ter em conta o esforço de Miguel Sousa Tavares para a originalidade das suas lucubrações na sua mistificação da realidade, originalidade essa que muito naturalmente não alcança. Não é, pois, à falta de labor intelectual que as suas mentiras sobre a realidade factual evanescente nas suas mirabolâncias nos aparecem na sua crueza de desonestidade intelectual.
A pretendida originalidade que Miguel Sousa Tavares tenta emprestar às suas comédias sobre a realidade histórica faz, todavia, com que aquelas até tenham algum sentido. Um sentido que não é, obviamente, coincidente com o querido pelo autor, mas que existe na factualidade que ele recria no seu imaginário.
Vejamos, a título de exemplo, as frases escritas no seu artigo de opinião em “a bola”, da passada terça-feira. Escrevia ele que a equipa do FC Porto não mais devia atravessar o túnel da Luz sem uma escolta de polícia, testemunhas e operadores de filmagens.
Mas, naturalmente!
A escolta de polícia poderia, nomeadamente, impedir um qualquer jogador daquela equipa de danificar a estrutura do mesmo túnel, que custou dinheiro ao Benfica! Se tal escolta não estivesse disposta a fazer apenas “ofício de corpo presente”, talvez um Fernando qualquer posteriormente fosse, se não castigado disciplinarmente pelas instâncias da Liga, ao menos responsabilizado civilmente pelos estragos causados com a patada.
Quanto a testemunhas, e partindo-se do princípio, falacioso é certo tendo em conta o seu promotor, de que elas testemunhariam apenas a verdade dos factos, talvez que Hulk e Sapunuru não ficassem apenas pela fraqueza das punições relativamente à força das suas brutas bestialidades. E mais, talvez que outros comparsas seus também tivessem de responder perante a justiça disciplinar da Liga!
E o mesmo se diga quanto à necessidade da equipa de filmagens, conquanto os relatos do ocorrido nos tenham transmitido a excelência daquelas filmagens que ficaram gravadas, que não foram aceites pela justiça do futebol mas que o serão pela justiça penal, se esta não estiver a dormir e for cega.
Continuando pela sua dissertação, extensa mas dizendo pouco, encontramos ainda a original conclusão sobre o golo do Benfica no seu jogo com o Nacional da Madeira. É original e ainda inédita, não apenas porque ninguém a descortinou a não ser ele próprio mas ainda porque ela afronta de novo a ditadura da realidade factual que a desmente e permite chamar intelectualmente mentiroso ao seu autor.
Alguns poderão dizer que Miguel Sousa Tavares se permite estas originalidades porque, no âmbito do futebol, ele tem propensão para a palermice.
Não vou tão longe. Creio que Miguel Sousa Tavares sofre apenas de uma vesguice intelectual direccionada para todas as coisas que impliquem o seu FC Porto, pela positiva ou pela negativa, sendo neste caso abrangidos os supostos adversários do seu clube e o não suposto mas real inimigo erigido por tais intelectos.
2. Houve alguém, não tenho agora a certeza se Miguel Sousa Tavares ou não, que escreveu, relativamente ao “penta” nos “emiratos” londrinos, esta rábula sem lhe desvendar os segredos dos seu significado.
“Se Jesualdo Ferreira estivesse no lugar de Venger e este no lugar daquele, o resultado teria sido mesmissimamente igual”!
Mas é claro!...
Concordando quase inteiramente com a conclusão, retiro daí o significado de que a equipa de futebol profissional do FC Porto não presta para nada!
Para nada, não! Para alguma coisa presta, tal como ficou sobejamente comprovado no túnel da Luz!
Ela não presta é, dizem muitíssimos e eu concedo, para jogar futebol que se veja!
Socorrendo-me de um jogador da mesma que afirmou jogar ela “de forma espectacular”, tenho de concluir que o espectáculo que ela proporcionou no seu jogo, com este parodiante à cabeça, foi deveras espectacular e deve ter feito saltar de satisfação no seu túmulo o destinatário dos prometimentos do “penta”, que, enfim, fora alcançado!
3. O Senhor Vítor Pereira, responsável pela nomeação dos árbitros para jogos da Liga, é, como a grandíssima maioria dos responsáveis deste país, um esquecido! Um esquecido com memória sectorial, fazendo apelo aos recônditos desta nas situações que lhe interessam e remetendo para os abismos do esquecimento a realidade que importa, ou sonegar ou mistificar.
Compreende-se, assim, que o Senhor Vítor Pereira venha dizer que “as preocupações sobre a ocorrência de novos incidentes no túnel do estádio, depois da partida ou durante o intervalo, como os que aconteceram no jogo entre o Sp. Braga e o Benfica, também orientado pelo mesmo árbitro, são exageradas”!
De facto, elas “são exageradas” é na sua mente porque o que aconteceu no túnel de Braga foi apenas aquilo que este árbitro – e, já agora, o seu auxiliar Ramalho – quis que tivesse acontecido.
Mais ninguém soube de nada, só o que a ditadura decisória do árbitro, agora alvo de tantos encómios pelo Senhor Vítor Pereira, ditou que tivesse acontecido.
É que o senhor Vítor Pereira devia ter referido o que toda a gente viu e ele certamente também!
E o que toda a gente viu – menos o senhor Ramalho, claro, apesar de estar junto aos acontecimentos e de frente para eles, como o comprovam, sem deixarem a mínima dúvida, as imagens televisivas – foi o jogador Cardozo, mais o seu treinador adjunto, a serem barbaramente agredidos!
E o que toda a gente viu foi em plena luz da noite, dos holofotes do campo e das televisões!
E o que toda a gente viu aconteceu no relvado, bem às claras, não nos túneis!
Por isso, o Senhor Vítor Pereira pode estar descansado sobre a existência ou não existência de túneis no estádio do Algarve!
E pode estar descansado porque a regra da ditadura decisória do árbitro, ainda que túnel houvesse, imporá o seu critério!
Assim, ainda que os acontecimentos tenham lugar à vista de todos os participantes, árbitros incluídos, e das televisões presentes, o seu tão elogiado árbitro fará maneira de esquecer o que aí se passar e ditará a sua lei nos esconsos lugares que lhe permitem reinar!
A questão não tem, só por si, grande significado no desenrolar normal da História ou mais concretamente da Humanidade, nem mesmo as invenções mirabolantes que, à custa desta mistificação, Miguel Sousa Tavares vai arrecadando.
Depois, também se percebe esta sua tendência que arremete sem êxito, naturalmente, contra a ditadura dos factos. Ela provém-lhe da escola futebolística implantada no seu clube que foi perito em desencantar factos que pretende históricos mas que só trapaceiam a História.
Indo ao fundo da questão e porque na actualidade a mentira muitas vezes repetida já não se transforma em verdade, a necessidade desta mistificação factual da História assenta, como é óbvio, em bases que tentam subverter a verdade e a realidade das coisas e é recurso à mão dos que não têm por si recursos da realidade histórica.
No fundo, estes mistificadores ou são mentalmente mentirosos da realidade ou são meros ignorantes e de intelecto obtuso que não têm consciência da realidade, não por responsabilidade própria mas por responsabilidade dos recursos de que o seu intelecto dispõe.
Os primeiros são intelectualmente desonestos, são os criadores da mentira e da consequente aldrabice. Não provocam grande dano na sociedade porque o estado civilizacional actual desta cria em si anticorpos próprios que arremessam com tais boçalidades para a cloaca dos detritos nauseabundos.
Não sei em que categoria devemos colocar Miguel Sousa Tavares, nem com isso estou muito preocupado. Não tem a mínima importância a sua catalogação em qualquer das categorias enunciadas, nem em quaisquer outras que se arrimem. São por demais sabidas as suas mentiras negatórias de um factualismo real que impõe a sua ditadura e que, por via disso, não admite argumentos que o contrariem.
Devemos, porém, ter em conta o esforço de Miguel Sousa Tavares para a originalidade das suas lucubrações na sua mistificação da realidade, originalidade essa que muito naturalmente não alcança. Não é, pois, à falta de labor intelectual que as suas mentiras sobre a realidade factual evanescente nas suas mirabolâncias nos aparecem na sua crueza de desonestidade intelectual.
A pretendida originalidade que Miguel Sousa Tavares tenta emprestar às suas comédias sobre a realidade histórica faz, todavia, com que aquelas até tenham algum sentido. Um sentido que não é, obviamente, coincidente com o querido pelo autor, mas que existe na factualidade que ele recria no seu imaginário.
Vejamos, a título de exemplo, as frases escritas no seu artigo de opinião em “a bola”, da passada terça-feira. Escrevia ele que a equipa do FC Porto não mais devia atravessar o túnel da Luz sem uma escolta de polícia, testemunhas e operadores de filmagens.
Mas, naturalmente!
A escolta de polícia poderia, nomeadamente, impedir um qualquer jogador daquela equipa de danificar a estrutura do mesmo túnel, que custou dinheiro ao Benfica! Se tal escolta não estivesse disposta a fazer apenas “ofício de corpo presente”, talvez um Fernando qualquer posteriormente fosse, se não castigado disciplinarmente pelas instâncias da Liga, ao menos responsabilizado civilmente pelos estragos causados com a patada.
Quanto a testemunhas, e partindo-se do princípio, falacioso é certo tendo em conta o seu promotor, de que elas testemunhariam apenas a verdade dos factos, talvez que Hulk e Sapunuru não ficassem apenas pela fraqueza das punições relativamente à força das suas brutas bestialidades. E mais, talvez que outros comparsas seus também tivessem de responder perante a justiça disciplinar da Liga!
E o mesmo se diga quanto à necessidade da equipa de filmagens, conquanto os relatos do ocorrido nos tenham transmitido a excelência daquelas filmagens que ficaram gravadas, que não foram aceites pela justiça do futebol mas que o serão pela justiça penal, se esta não estiver a dormir e for cega.
Continuando pela sua dissertação, extensa mas dizendo pouco, encontramos ainda a original conclusão sobre o golo do Benfica no seu jogo com o Nacional da Madeira. É original e ainda inédita, não apenas porque ninguém a descortinou a não ser ele próprio mas ainda porque ela afronta de novo a ditadura da realidade factual que a desmente e permite chamar intelectualmente mentiroso ao seu autor.
Alguns poderão dizer que Miguel Sousa Tavares se permite estas originalidades porque, no âmbito do futebol, ele tem propensão para a palermice.
Não vou tão longe. Creio que Miguel Sousa Tavares sofre apenas de uma vesguice intelectual direccionada para todas as coisas que impliquem o seu FC Porto, pela positiva ou pela negativa, sendo neste caso abrangidos os supostos adversários do seu clube e o não suposto mas real inimigo erigido por tais intelectos.
2. Houve alguém, não tenho agora a certeza se Miguel Sousa Tavares ou não, que escreveu, relativamente ao “penta” nos “emiratos” londrinos, esta rábula sem lhe desvendar os segredos dos seu significado.
“Se Jesualdo Ferreira estivesse no lugar de Venger e este no lugar daquele, o resultado teria sido mesmissimamente igual”!
Mas é claro!...
Concordando quase inteiramente com a conclusão, retiro daí o significado de que a equipa de futebol profissional do FC Porto não presta para nada!
Para nada, não! Para alguma coisa presta, tal como ficou sobejamente comprovado no túnel da Luz!
Ela não presta é, dizem muitíssimos e eu concedo, para jogar futebol que se veja!
Socorrendo-me de um jogador da mesma que afirmou jogar ela “de forma espectacular”, tenho de concluir que o espectáculo que ela proporcionou no seu jogo, com este parodiante à cabeça, foi deveras espectacular e deve ter feito saltar de satisfação no seu túmulo o destinatário dos prometimentos do “penta”, que, enfim, fora alcançado!
3. O Senhor Vítor Pereira, responsável pela nomeação dos árbitros para jogos da Liga, é, como a grandíssima maioria dos responsáveis deste país, um esquecido! Um esquecido com memória sectorial, fazendo apelo aos recônditos desta nas situações que lhe interessam e remetendo para os abismos do esquecimento a realidade que importa, ou sonegar ou mistificar.
Compreende-se, assim, que o Senhor Vítor Pereira venha dizer que “as preocupações sobre a ocorrência de novos incidentes no túnel do estádio, depois da partida ou durante o intervalo, como os que aconteceram no jogo entre o Sp. Braga e o Benfica, também orientado pelo mesmo árbitro, são exageradas”!
De facto, elas “são exageradas” é na sua mente porque o que aconteceu no túnel de Braga foi apenas aquilo que este árbitro – e, já agora, o seu auxiliar Ramalho – quis que tivesse acontecido.
Mais ninguém soube de nada, só o que a ditadura decisória do árbitro, agora alvo de tantos encómios pelo Senhor Vítor Pereira, ditou que tivesse acontecido.
É que o senhor Vítor Pereira devia ter referido o que toda a gente viu e ele certamente também!
E o que toda a gente viu – menos o senhor Ramalho, claro, apesar de estar junto aos acontecimentos e de frente para eles, como o comprovam, sem deixarem a mínima dúvida, as imagens televisivas – foi o jogador Cardozo, mais o seu treinador adjunto, a serem barbaramente agredidos!
E o que toda a gente viu foi em plena luz da noite, dos holofotes do campo e das televisões!
E o que toda a gente viu aconteceu no relvado, bem às claras, não nos túneis!
Por isso, o Senhor Vítor Pereira pode estar descansado sobre a existência ou não existência de túneis no estádio do Algarve!
E pode estar descansado porque a regra da ditadura decisória do árbitro, ainda que túnel houvesse, imporá o seu critério!
Assim, ainda que os acontecimentos tenham lugar à vista de todos os participantes, árbitros incluídos, e das televisões presentes, o seu tão elogiado árbitro fará maneira de esquecer o que aí se passar e ditará a sua lei nos esconsos lugares que lhe permitem reinar!
O Sousa Tavares, já nem vale a pena comentar, pois ele até a escrever livros plagia outros autores e distorce factos e datas, portanto nunca se pode esperar seriedade de um invidíduo desse calibre.
ResponderEliminarQuanto ao árbitro da final da Taça da Liga, tenho a dizer o seguinte: tenho algum respeito por Vítor Pereira. Acho que é um homem honesto. Mas, e esquecendo o historial de Jorge Sousa, a pergunta é apenas esta: será que não era mais sensato, numa final em que joga o Porto, colocar um árbitro de outra associação? A mim parece-me que sim...