No reino do dragão instalou-se definitivamente a desordem, a desordem na ordem que os avençados tanto santificaram. É o seu “papa” que promete a mortos o título sem, primeiro, lhe oferecer um canudo! É o professor Jesualdo, seu treinador, a queixar-se de fadiga quando há jogadores da sua equipa a dizerem que estão refastelados no sofá a verem até aos fins o “filme” do título, que deixar de o ver a meio não é para eles!
Não é que não goste de confusões no reino do dragão, que até gosto … e muito! Mas não podem levar-me a mal que me “admire”, tanto mais que os avençados das lavagens aos cérebros se têm esmerado nas lavagens mas não, ao que parece, nas limpezas dos cérebros.
Falo dos cérebros da casa, obviamente, que o resto é mera publicidade do seu serviço, tipo oração ao “papa” para ser bem por ele encomendado nas suas prédicas à Divina Previdência.
Vale a pena, de resto, rever um pouco as coordenadas do fenómeno, quanto mais não seja por mera diversão.
Aqui há cerca de um ano, o professor Jesualdo queixou-se da “desbunda” que grassava no futebol português. Confesso que, numa primeira análise após deparar com o termo, fiquei confuso também. A palavra não consta do meu dicionário e assaltou-me a dúvida sobre o seu sentido significante. Quereria ela dizer descalabro, desordem e confusão no reino do dragão?
Se assim for, terei de dar algum mérito ao professor Jesualdo pela sua arte profética. De facto, profeta ou só adivinho, conseguiu de todo o modo recitar um oráculo que previu antecipadamente o actual estado no reino do dragão.
Mas o professor Jesualdo não é imune ao estado da “desbunda”. Bem por essa altura, o professor Jesualdo dizia frente às câmaras da tv estas singelas e elucidativas palavras:
« … o árbitro foi permissivo ... há um penalty sobre o Lisandro que não foi marcado e tivemos oportunidade de ver no outro jogo que hoje envolveu um candidato ao título, que as coisas funcionaram ao contrário» …
Num estádio mais avançado do campeonato passado, o professor Jesualdo fazia questão de colocar a sua “coerência” em ordem – e não em “desordem”, como seria suposto – e presentear-nos com mais estas sentenças, em resposta à pergunta sobre a actuação de Pedro Proença no FC Porto-Benfica de então e mais concretamente sobre o penalti simulado por Lisandro:
« … Esse é um assunto de que não falo mesmo, para mim não é tema de conversa. Por que não? Porque não é da minha área» …
Nós até já sabíamos que não foi na área dele mas na do Benfica que Lisandro simulou e que o árbitro se foi na onda! ... “Se foi” e não apenas “foi” porque me assalta uma dúvida que mais abaixo explanarei, como é de bom tom.
Bem, voltemos ao escalpelo da “desbunda” do professor Jesualdo …
Posteriormente, no fim do jogo Académica-FC Porto e acerca de uma célebre mão de Raul Meireles com resultado em 0-0, o professor Jesualdo reforçou essa “coerência” e essa “ordem” do dia, respondendo à pertinente pergunta:
«…não comento arbitragens, acho que devíamos estar a discutir futebol em vez de coisas que não contribuem para a dignificação do futebol» …
Para compor o raminho, citamos este ano só os dizeres do professor Jesualdo após o Leixões-FC Porto:
« … sentimo-nos prejudicados e não é só pelo penalti não assinalado sobre o Rúben Micael. Tenho dificuldade em qualificar um jogo da primeira liga com tanto anti-jogo, sem que o árbitro fizesse nada»…
O professor Jesualdo vai pondo a escrita em dia no calcorreio da sua “desbunda”. Fala sobre arbitragens às vezes, outras vezes vai dizendo que não fala porque não é a área dele.
Há, todavia, um mérito que estou inclinado a conceder-lhe. Se bem se lembram, o professor Jesualdo bradou imenso contra a penalização de Lisandro pela simulação no dito jogo FC Porto-Benfica que proporcionou o penalti salvador à sua equipa. É que a coisa foi tão descabelada que me parece que o simulador foi Pedro Proença e não aquele jogador!
Não, não, não tem nada a ver com a apregoada filiação deste árbitro no Benfica para tramar o Benfica! Tem apenas a ver com a encenação “in casu”. Quando o erro é tão grosseiro que todos topam que é erro, o aproveitamento do erro é que traduz a simulação. E quem aproveitou o erro foi Pedro Proença, não o jogador!
Com efeito, até pelo passado deste árbitro nos jogos do Benfica, acredito mais que tenha sido Pedro Proença o simulador, bem se tendo sabido aproveitar da reles encenação de Lisandro. Como se consegue – ou conseguia – ser bem classificado e tacho de internacional?
Embora o estado de fadiga avançado pelo professor Jesualdo não rime lá muito bem com as sestas no sofá a ver o filme do título, também se lhe deve, em todo o caso, dar algum crédito. De facto, dissera ele há alguns meses apenas que o “FC Porto há-de crescer à medida que os seus jogadores crescerem também”… Ora, como o FC Porto tem visto esse crescimento por um canudo – que deve ter pedido emprestado ao seu satélite bracarense – é natural que seja a fadiga a causadora de todos esses males.
Há, porém, outra explicação possível. Efectivamente, tendo em conta a labuta que as suas “toupeiras” têm desenvolvido nos túneis, e o respectivo “crescimento” nas artes marciais, pode ter chegado a hora de “pagamento” de todo esse esforço extra.
Continuo, no entanto, a dar crédito a Helton e à visualização do filme do título bem refastelado no sofá. Ele e os seus comparsas, naturalmente! Já durante o jogo de Alvalade os jogadores “portistas” estavam de poltrona, talvez empenhados mais em pedir canudos aos seus amigos de Braga para continuarem a espreitar o título.
Parece, contudo, que no jogo contra o Olhanense, os amigos de Braga – acho que são piores do que os de Peniche – ainda lhes não haviam dado satisfação ao pedido que eles se encarregaram de tornar ainda mais premente.
Já relativamente a Fucile, as coisas miam mais fino. Antes do jogo Benfica-FC Porto, de Janeiro passado, aquele espectáculo de jogador havia dito, “jogamos de forma espectacular”! …
Teria ele também já pressagiado a sesta no sofá a ver o filme do título, aquela sesta a que Helton se refere?
É bem possível porque outro espectáculo se não tem descortinado! Isto, é claro, sem qualquer menosprezo pelo espectáculo dado pelas ditas “toupeiras” nos túneis!
Não se pense, como é óbvio, que a estadia de poltrona a ver o filme do título é sinónimo de pacatez. Não, de vez em quando há umas disputazitas para ver quem fica com os melhores lugares da plateia! Ou já não se lembram da estalada de Bruno Alves em Tomaz Costa e a “pega” entre Fucile e Raul Meireles?
Já dizer que isto faz parte da desordem, talvez seja um exagero! …
No meio de tanta “desbunda”, vem agora o FC Porto amofinar-se contra uma lei que propôs e fez aprovar, querendo limpá-la do reino das coisas vivas porque parece que o seu papa se dá melhor com os mortos. Por causa disso, já há muitas vozes que se levantam e assinalam a incoerência deste procedimento “modelo”.
A este propósito, só se me oferece dizer que estas vozes são insensatas na sua pretensão. Afinal, a coerência daquele reino de corrupção desportiva revela-se precisamente nestas vielas! O FC Porto não fez aprovar tal lei para lhe ser aplicada! Quem é que é tão insano que queira ver um FC Porto do “papa” respeitador de leis?
O FC Porto não obedece a leis, está sempre fora e se julga acima da lei! E quem “teve” juízo foi a justiça civil do apito dourado! Aplicar a lei a um fora da lei cujo dirigente mor, ainda por cima, recebe bênçãos na AR dita berço da democracia – e das leis – e se senta à direita do maior magistrado da Nação?
Razão têm os avençados para andar sorumbáticos com a sua pena de molho. Não, naquele reino até já nem petróleo há! Depois, os trinta milhões postos a render esta época na compra de jogadores parece que só têm dado juros para alugar o filme do título!
E se querem canudo, até têm de o pedir emprestado aos seus subservientes bracarenses!
Caro Gil, muito bem como sempre na "desbundagem" corrupta.
ResponderEliminarEles já nem sabem o que fazer, nem tão-pouco o que dizem!
Abraço.
Sempre a desmascarar esse clubezeco de Fruta. A própósito, foram cinco os túneis em terras de sua Majestade.
ResponderEliminarEvery nice Weekend