O Pereira dos cinco minutos, o doutor das equivalências, o burro do cigano e o “abono de família”

Muito me dizem de mais um Pereira das assinaturas de 5 minutos, uma ignorância de todo o tamanho tanto tempo que preciso foi despender em meia dúzia de rabiscos! Um suposto jornal da súcia distribuidora e benfazeja de benefícios pagos pelo bolso dos portuguesas – leia-se trabalhadores e maioria Benfiquista – escreve que o clube da corrupção desportiva em Portugal pela qual foi condenado ficou a lucrar 3 milhões com a venda desse dito Pereira dos 5 minutos!

Em princípio, acho a venda razoável. O clube condenado na justiça desportiva, e branqueado pelo arremedo da justiça portuguesa da injustiça, impede para já as bicadas com que dois Pereiras no mesmo poleiro se digladiavam, com a agravante de já haver galinhas a queixarem-se de violação por ricochete, por mor das “galações” a que os Pereiras do mesmo poleiro as submetiam.

Já tenho muitas dúvidas quanto ao ganho! As contas, se forem contas – têm de respeitar a aritmética – o dirão mais tarde e podem aparecer, e não é raro lá por aquelas bandas, contas à moda Danilo, e de bastantes outros que ignoramos em concreto mas não os respectivos milhões que as contas apresentadas descreveram! Mas todos os supostos noticiadores deram realce ao custo de 13 milhões, até mais do que o clube vendedor pedia, por exemplo, ao Sport Lisboa e Benfica.

Estas contas à moda Danilo foram bem engravidadas e pariram não os 13 milhões noticiados mas os 18,1 milhões, denunciados à CMVM.

Para além de tudo isto, uma coisa é certa. O “papa” das contas – ou “papa-contas” se preferirem – recusou há um ano, e em apenas 30 segundos, uma oferta de 22 milhões pelo Pereira, não o que se diz nomear os árbitros e que anda de popó oferecido pelo sorvedor dos dinheiros da tal RTP, ou seja, do Povo português, mas o Pereira dos 5 minutos, o Álvaro!

Sabe-se que este Pereira não ajudou a ganhar o campeonato transacto. Isso foi com o Pereira do popó, seus compinchas da quadrilha e seu generoso patrono, o que dá as lecas e os instrumentos, neles o tal popó, para que este Pereira apareça como um isento nomeador … apesar de andar no popó de quem é o oleicultor do sistema da corrupção desportiva portuguesa.

Mas ajudou com mérito, que ninguém lhe consegue tirar mas todos os supostos noticiadores procuraram fazer esquecer, à eliminação da Liga Europa com aquele golo de cabeça, um espectáculo de golo que nada deve ao do infeliz Melgarejo. Infeliz porque os supostos noticiadores com avença porfiam na espera e calam na verdade, que ver cães lançados às suas canelas, tacos de golfe a treinar nos seus costados já tão dobrados das lambeduras, ou popós do “papa” chefe do homem dos popós em atropelamentos impunes de inimputáveis.  

Difícil, com efeito, a recusa em 30 segundos de tantos milhões em tempos de crise! Alguns poderão especular que tais gestos provêm das graças bem-aventuradas do “papa” da mentira e da corrupção desportiva condenada.

Estamos em crer que nem o próprio Papa, o verdadeiro, seria tão devoto pois, segundo ouvimos, as coisas por lá não andam assim tão bem, falando-se de pecados entre bancos e banqueiros da Cúria Papal, a verdadeira igualmente.  

O doutor das equivalências mandou o seu secretário Borges dar dois recados. E Borges não se fez rogado!

O doutor das equivalências mandou dizer que o Povo Português até se porta melhor do que o burro do cigano. Está a aprender bem depressa a gastar menos, a fazer menos despesa e, ainda por cima, trabalhando mais, com menos férias e menos feriados.

Tal como o burro do cigano, o Povo Português está quase a dar lucro. Vai-se-lhe aos bolsos, saca-se-lhe o dinheiro em impostos, dá-se-lhe menos “palha”, perdão, lecas para comer!

E «o que se está a passar é extraordinariamente positivo para o país»!

Assim também se regozijava o cigano. É por isso que eu, ainda hoje, não compreendo totalmente o seu, do cigano, lamento: “agora que o burro estava a dar lucro é que lhe deu para morrer”!

É a receita Merkeliana, mais sabichona do que Hitler. Claro que Hitler também matou imensos judeus pela fome. Mas o que ficou na retina como mais odiento foi a morte por gaseificação, essa a sua principal condenação.

Nisso, Merkel é mais esperta! E Coelho, fiel discípulo do moderno nazismo capitalista mercantilizado, aprende mais facilmente a lição do que aprendeu a tirar o seu diploma, 10 anos, segundo disseram, bem ao contrário de Relvas. Mas a verdade é que também tem sido dito e redito que Coelho nunca trabalhou pelo que não podia aspirar a equivalências cursivas com base na sua minguada experiência profissional!

O segundo recado consistiu na notícia da concessão da RTP (Rádio Televisão do “Porto”). Uma concessão que é um primor para o Povo Português, aquele Povo que come menos e gasta menos e que está quase a dar lucro!

O doutor das equivalências quer reservar, todavia, o servicinho público que a dita RTP presta ao governo de que ele, equivalentemente, faz parte, e ao seu clube cuja corrupção desportiva foi bem estudada, enlatada, frutada, viajada, almoçada e concretizada na prática, excomungando todas e quaisquer equivalências!

O governo do doutor das equivalências vai entrar todos os aninhos com, pelo menos, 140 milhões!

É um “ modelo”, dizem os entendidos que «não permite poupanças significativas, uma vez que os portugueses vão continuar a pagar a mesma contribuição audiovisual»!

Em momento algum o secretário aflora qualquer pagamento a que o concessionário fique obrigado a pagar ao concedente, como é da praxe nos negócios de cara lavada e de boa fé.

Por tudo isto, diz o secretário pau mandado do doutor das equivalências, o concessionário não deve ficar preocupado! Há até quem afirme, lá do alto das mesmas cores políticas, que este modelo de concessão é uma espécie de ovo de Colombo para si, concessionário!

É uma concessão mesmo ao jeito de Oliveira, tal como a seu jeito foram as compras de vários jornais, uma rádio, uma rede filmes cinematográficos e televisões. Não é que a RTP (Rádio Televisão do “Porto”) tenha andado em todo este historial de 30 anos de sistema corruptivo da verdade desportiva afastada destas lides. 

O jantar de Oliveira, do “papa” e do doutor das equivalências vai ganhando contornos. Novidade pode ter sido o comensal “arcebispo”! Está a tirar o cardinalato porque nisto do sistema da corrupção desportiva não se admitem equivalências, é tudo feito com estudo e trabalho, nem que seja na função de GPS da Madalena, o “papa” a dar o exemplo!

«Só com o Benfica, honra lhe seja feita, conseguimos ter uma boa casa. Infelizmente, as outras equipas, mesmo as ditas grandes, não trazem aqui praticamente ninguém. O Benfica é o abono de família de equipas como o V. Setúbal».

Estas são as palavras do Presidente do Vitória de Setúbal. Elas comprovam-nos, necessário fosse, que a verdade é como o azeite. Anda sempre ao de cima, conquanto meia dúzia de corruptos que gozam de impunidade da nossa justiça – que muitos começam a ver misturada com a corrupção e a colar-lhe o adereço que ela, honra lhe seja feita, bem se tem esforçado por merecer – a corrompam no seu único labor do dia-a-dia.

Mas o senhor presidente Oliveira, e outros do seu clube, não tem culpas no cartório quanto a essa corrupção, tão dócil o seu clube se tem mostrado aos senhores do obscurantismo da verdade desportiva?

Não mereceria ele que os adeptos do Benfica deixassem o seu clube morrer à fome e, não deixando de apoiar a gloriosa equipa, por exemplo, com uma multidão que sempre a acompanhasse e gritasse em uníssono o seu apoio do lado de fora, não entrando dentro do recinto de jogo e escamoteando o abono de família aos que, em vez de rejeitarem e se insurgirem contra a corrupção, ainda lhe passam a mão pelo lombo na esperança das migalhas que sufraguem miseramente o seu escanzelado perfil?

Os Benfiquistas, todos os Benfiquistas lutam e revoltam-se contra a corrupção. Mas bastantes apoiam muitos dos seus instrumentos, comprando jornais, vendo televisões, ouvindo rádios e subscrevendo assinaturas de canais de televisão que mais não são do que instrumentos desta teia corruptiva.

Outros boicotam propostas e medidas concretas, aproveitando para o seu bota-abaixo interno, mais uma ajuda e certamente a não menos importante ao sistema da corrupção desportiva, em vez de a atacar. Depois, queixam-se!

Mas quanto à verticalidade dos queixumes … é mais fácil e dá nas vistas atacar o Benfica, atacando tudo e todos quantos o representam!

PS: João Carvalho, antigo vice-presidente do Conselho Fiscal do Benfica e antigo membro do movimento “Benfica vencer, vencer”, admitiu que é cada vez mais difícil chegar à presidência dos encarnados, apelidando a alteração estatutária como um “golpe palaciano”.

Mas os estatutos foram preparados e redigidos por várias personalidades de vários quadrantes e tendências. Destaco só Miguel Boto que nunca o vi ser propriamente um apoiante da gestão de Vieira, bem pelo contrário.

“Fizeram-se duas Assembleias Gerais, para os aprovar nas quais João Carvalho nem sequer fez propostas!

Os sócios presentes, na sua grande maioria, aprovaram-nos!

Os que lá não foram, têm o dever de aceitar a vontade da maioria. Têm sempre a oportunidade de voltar a discutir e de tentar alterar os estatutos.

Mas sempre, sempre, pela via democrática.

Perante isto tudo, parece que o “golpe palaciano” é o que pretendem dar os que se não conformam com a democracia dentro do Benfica, democracia que, como toda a democracia, exige o respeito pela vontade maioritariamente expressa pelos sócios.

Ficou João Carvalho ressabiado por não ter sido uma daquelas personalidades?

Ou por não ter sido agora convidado para o encontro do Presidente com outros Benfiquistas?

O que pode desejar quem se encontra em lugares de decisão, se demite das responsabilidades e depois fala, fala, e não apresenta qualquer obra feita porque sempre fugiu de arriscar?

Ele foi contra a construção do novo estádio e por isso se demitiu, acompanhado dos oráculos da desgraça!