domingo, 14 de novembro de 2010

PINCELADAS ENCARNADAS


1. O Campeonato do Golfe


Houve um “papa” sem vergonha – e alguns apóstolos e discípulos fiéis igualmente sem vergonha de se mostrarem sem vergonha – que denominou o campeonato anterior de “o campeonato dos túneis”. Mas sem qualquer vergonha e bem menos sem qualquer razão por falta de aderência completa com a realidade, menos com a realidade sem vergonha que é a do “papa” sem vergonha.
De um “papa” sem vergonha também de demonstrar-se continuamente sem vergonha, não se podia razoavelmente exigir que adequasse a história dos factos à realidade, ele que até é bem conhecido, mais do que do pontapé na gramática, como o sem vergonha do pontapé na História, dessa História que fixa os factos reais e os conserva para delegar à posteridade.

Na época transacta não houve, de facto, um campeonato dos túneis. Nos túneis não se jogou o campeonato, nos túneis se jogaram outros jogos mais sofisticados e sem vergonha, até menos divertidos do que o campeonato do pontapé na bola que, pelo menos antigamente, era o que mais deliciava a denominada gente da bola, a gente com vergonha, não a gente sem vergonha.

Começando pelo túnel de Braga, tanto quanto se sabe o único campeonato que se lá jogou foi o “campeonato” sem vergonha organizado pelo super dragão sem vergonha, o árbitro Jorge de Sousa sem vergonha, de forma a colocar de fora do pontapé na bola, sem vergonha, aquele que já demonstrava ser e veio a confirmar-se o melhor marcador do campeonato do pontapé na bola.
Cá fora, bem cá fora ao redor e até mesmo no recinto do pontapé na bola, assistiu-se a outro campeonato, o campeonato sem vergonha do coice e da chapada, por trás, à traição, sem direito a troco que era o que mais interessava ao cobardolas do chapadista sem vergonha.

No túnel da Luz, o que mais enrouqueceu o siso ao “papa” sem vergonha, não se jogou nenhum campeonato do pontapé na bola mas vários campeonatos, campeonatos sem vergonha para todos os gostos numa bela demonstração do treino variado e sem vergonha que a velha e pundonorosa escola caceteira das antas consagrou e o “papa” sem vergonha depois “santificou” mais refinadamente de sem vergonha com a sua sem vergonha. Foram campeonatos sem vergonha jogados por alguns jogadores sem vergonha do clube do “papa” sem vergonha.
Um tal de caceteiro Fernando sem vergonha, jogou o campeonato do coice nas armaduras do túnel, julgando-se repimpado no meio das armaduras do seu curro … e sem vergonha.
Um tal de Sapunaru na mesma sem vergonha – também por muitos, apelidado de sapo no cu – jogou o campeonato do vilão, com murro e cabeçada no que encontrava na sua frente e, se julgando também no curro seu, arremeteu o seu escoucinhar por onde a visão das suas palas lho permitiu. E sempre e tudo sem vergonha.
Um tal de Hulk, fazendo jus ao seu apelido do incrível … sem vergonha … esmerou-se igualmente na arte do murro de mau perdedor próprio do seu ser sem vergonha.

Atentos e enquadrados os factos nas suas categorias animalescas sem vergonha, apropriadas aos vários jogos do “papa” sem vergonha que tais espécimes nos proporcionaram por sua conta e risco e sem vergonha, seria demasiado, muito demasiado, exigir de tal “papa” sem vergonha a vergonha de bem os catalogar. Ainda se fossem uns cafezinhos com leite, uma frutita de borla, umas viagens de férias, mesmo até um GPS servido com requinte e sem engano, culminando nuns aconselhamentos familiares de um modelo de virtudes pelos seus parentes mais chegados!...
Ou seja, se fossem umas coisitas sem vergonha, ainda se podia exigir do “papa” sem vergonha a ténue esperança, não de ter vergonha de as catalogar de campeonatos sem vergonha, mas de admitir a sua doutrina sem vergonha.
Devem convir que não são todos os sem vergonha que, dizem vocês, e com razão, se dão ao trabalho e se dignam apresentar sem vergonha a sua “filha”, rameira no papel de primeira dama sem vergonha, ao Papa, o verdadeiro, o Papa da vergonha!

Ainda na transacta temporada futebolística, quase nos seus finais, se inaugurou o campeonato sem vergonha do golfe, jogado nas bancadas e das bancadas para o relvado do jogo do pontapé na bola. A inauguração sem vergonha, como seria natural, teve lugar no antro do “papa” sem vergonha.
Ninguém dos que a si se intitulam de responsáveis demonstrou vergonha e se preocupou com a miscelânea sem vergonha. Pelo menos, nenhuma preocupação demonstraram, reviram-se na sem vergonha, conquanto o sentimento que parece mais perdurável e razoável seja o de que esses ditos responsáveis são responsáveis sem vergonha e também não têm vergonha de demonstrarem a sua sem vergonha.

A moda pegou, este tipo de modas sem vergonha, vindas de uma escola sem vergonha e de um mentor que até é um “papa” sem vergonha, sendo modas sem vergonha, dizia, pegam sempre e propagam-se habilmente sem vergonha. Aliás, se os responsáveis, igualmente sem vergonha, demonstram a sua sem vergonha de nada cobrarem, sempre é mais um divertimento para os adeptos sem vergonha que vão imitando a sem vergonha.
Só resta esperar para ver se esses responsáveis sem vergonha não irão demonstrar a sua sem vergonha, castigando sem vergonha o Vitória de Guimarães! Porque, enfim, o Vitória é o Vitória! Não tem um “papa” sem vergonha e os seus adeptos copiam a sem vergonha do arremesso das bolas o golfe!
Sujeitam-se!


2. E o Campeonato do Apedrejamento.

As pessoas com vergonha fazem petições contra as penas do apedrejamento sem vergonha das mulheres islâmicas que os seus compatriotas, homens sem vergonha, consideram infiéis.
O “papa” sem vergonha e seus apóstolos e discípulos com a vergonha do “papa” sem vergonha, infiéis aos princípios éticos e ao triunfo da verdade desportiva, apesar dos títulos honoríficos da sua religião da mentira e da corrupção desportiva sem vergonha, cultivam sem vergonha a arte do apedrejamento dos autocarros e das pessoas que viajam nos autocarros.
De um lado, fiéis virtuais sem vergonha a apedrejar virtuais infiéis com vergonha Do outro, infiéis reais sem vergonha a apedrejar fiéis reais cheios de vergonha de terem de suportar campeonatos da pedrada sem vergonha.
Há importantes e fundamentais diferenças mas a arte do apedrejamento sem vergonha confunde-se na sem vergonha dos seus agentes.

Também este campeonato ganha novos “fiéis” da sem vergonha, agora na pele dos adeptos do Vitória de Guimarães. Basta saber se tão indulgentemente quanto as indulgências do “papa” sem vergonha têm conseguido com a graça da indiferença sem vergonha para os apedrejamentos cometidos sem vergonha pelos seus.


3. As “Homenagens”

a) – Intróito

Temos assistido, de há uns tempos para cá, a homenagens sem vergonha. Ele é a sem vergonha da homenagem sem vergonha feita pelos deputados sem vergonha ao “papa” sem vergonha, ele é a homenagem sem vergonha feita a árbitros sem vergonha na véspera de arbitrarem sem vergonha jogos de rivais ou do clube do “papa” sem vergonha.
Há, pois, que homenagear os sem vergonha que, sem vergonha, têm conduzido o futebol português sem vergonha aos seus escombros sem vergonha.

b) – “Homenagem” aos deputados sem vergonha

Já tínhamos, de há alguns anos para cá, alguns daqueles que, dizendo representar a Nação, ou o substrato da Nação, os Portugueses, homenageiam sem vergonha um “papa” sem vergonha, mesmo quando este é julgado, considerado culpado e condenado pela justiça desportiva, por tentativa de corrupção, e se encontra a cumprir a pena respectiva.
Concretizando, aqueles representantes sem vergonha da Nação, que deviam representar as suas virtudes, os seus valores éticos e morais, que deviam ser expoente dessas virtudes e desses valores, homenageavam e homenageiam sem vergonha os cuja vida sem vergonha foi e é dedicada à trapaça, à manigância, à tramóia sem vergonha contra o valor da verdade desportiva.
Há muito que o Povo Português sabe que tais representantes sem vergonha se representam apenas a si, que deles é unicamente a sua sem vergonha, embora sabendo que, sem vergonha, vão apregoando sem vergonha representar os que têm vergonha e que por eles se não sentem minimamente representados, repudiando até essa hipotética representação sem vergonha.
A, ainda sem vergonha, denominada pelos sem vergonha casa da democracia da Nação, é frequentada, como se sabe, por muitos sem vergonha, pelo que os que têm vergonha dos sem vergonha já só a consideram a casa desses muitos sem vergonha.

c) – “Homenagem” aos tribunais sem vergonha

Os tribunais portugueses, destaque especial para os do Porto e arredores, também resolveram sem vergonha prestar homenagem ao “papa” sem vergonha, virando, com vergonha de não ter vergonha, a cara para o lado sem vergonha, quando não elogiando sem vergonha os aconselhamentos familiares sem vergonha, supostamente ministrados pelo “papa” sem vergonha ainda mais sem vergonha em questões familiares próprias.
Lavaram as mãos sem vergonha e, sem vergonha, até foram capazes de pensar que a sua sem vergonha ficou mais lavada quando ela ressuma de sujidade sem vergonha.

d) – Homenagem” aos apóstolos e discípulos sem vergonha do “papa” sem vergonha

Alguns árbitros sem vergonha, os que mereceram a sem vergonha da homenagem sem vergonha, foram homenageados sem vergonha há pouco tempo pelos apóstolos e discípulos sem vergonha do “papa” sem vergonha. E, sem vergonha, em breve retribuiriam sem vergonha a sua sem vergonha de roubarem a um clube para beneficiarem o clube cujos adeptos sem vergonha lhes tinham feito sem vergonha a homenagem sem vergonha. Uma homenagem sem vergonha precisamente para que os árbitros sem vergonha, sem vergonha actuassem como actuaram, isto é, sem vergonha.

e) – “Homenagem” ao Conselho Jurídico sem vergonha da FPF

O Conselho de Justiça da FPF não merece, no meio destas homenagens sem vergonha levadas a cabo sem vergonha, ficar sem homenagem. De facto, eles também, sem vergonha, deram a sua contribuição sem vergonha para a sem vergonha que envergonha o futebol português mas não os seus dirigentes sem vergonha.
Quem não se lembra já do sem vergonha presidente que era desse Conselho que, sem vergonha, tentou o golpe de mão sem vergonha? Tudo para, sem vergonha, beneficiar o “papa” sem vergonha e as suas manigâncias sem vergonha?
Depois, também merece ser homenageada a sua sem vergonha de terem dado um campeonato de juniores aos sem vergonha que o fizeram disputar num campo sem vergonha. Um campeonato sem vergonha ganho sem vergonha à pedrada, à pedrada retirada da pedreira sem vergonha e arremessada sem vergonha pelos adeptos sem vergonha do clube sem vergonha que é um submisso servo sem vergonha do clube do “papa” sem vergonha.

f) – Homenagem às forças policiais de segurança sem vergonha do Porto e arredores

Igualmente, merecem ser homenageadas as forças policiais que, sem vergonha, assistem aos apedrejamentos sem vergonha e ao arremesso sem vergonha das bolas de golfe, nada fazendo para castigar os sem vergonha.
E, assim, sem vergonha permitem o proliferar dos sem vergonha nos apedrejamentos sem vergonha e nos arremessos das bolas de golfe sem vergonha.
E que um dia não assistam à sem vergonha do arremesso de armas bem mais perigosas e letais, inclusive contra as suas fardas, que os sem vergonha não dormem e, quando assistem à sem vergonha da não punição sem vergonha dos seus actos sem vergonha, mais refinados sem vergonha se tornarão.
Pode ser que, assim, essas fardas ou o seu conteúdo, em muitos casos sem vergonha, tenham vergonha de se terem portado sem vergonha.


Aos sem vergonha a que faltou homenagem por agora, se homenagearão a si próprios sem vergonha!
E este futebol português que os sem vergonha vão tornando cada vez mais sem vergonha, ainda há-de ver o campo do jogo com vergonha de ter apenas os espectadores sem vergonha.

6 comentários:

  1. George Orwell chamaria-lhe a 'vitória dos porcos sem vergonha'
    Mais um artigo soberbo meu caro.

    Abraço

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  2. Caro Carlos Alberto

    Muita da minha inspiração para escrever este texto vem da leitura de George Orwell e de outros autores mais ou menos corrosivos dos costumes do seu tempo e do seu enquadramento vivencial.
    O meu caro tem toda a razão quanto às possibilidades do título.

    Já quanto ao "soberbo" é mais dos seus olhos e sentidos que ousaram por bem exagerar na simpatia.
    Agradeço-lhe de todo, faz-me sentir bem!

    Um grande abraço

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  3. Grande Gil Vicente, não lhe doam os dedos para continuar a teclar em grande nível e sempre em defesa do nosso glorioso Clube.

    Glorioso abraço

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  4. Caro Magalhães.Sad.SLB

    Nós Benfiquistas, devemos ao nosso Benfica a defesa intransigente da sua Grandeza Gloriosa.
    Cada um à sua maneira, mas todos sempre impregnados do Benfiquismo mais ingente, defendemos sempre com unhas e dentes, contra tudo e contra todos, o nosso Benfica dos inimigos que o tentem humilhar, achincalhar, rebaixar ou denegrir.

    São todos estes uns pequeninos sem vergonha, por isso têm de lançar mão de golpes de mão sem vergonha para se tentarem erguer
    do chão do seu curro da lama.
    O Benfica não, está lá em cima, paira muito alto sobres estes sem vergonha!
    E é porque estes sem vergonha sabem que estão cá muito em baixo, na sua sem vergonha, que fazem todas as patifarias sem vergonha, abençoadas pelo seu "papa" sem vergonha que se mantém nas suas tramóias sem vergonha devido aos sem vergonha que temos como autoridades deste país, sejam elas policiais, de cariz político ou jurídico.

    Abraço

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  5. A falta de ÉTICA e de MORAL só pode levar à falta de VERGONHA!
    E estamos, infelizmente, no meio (ou no princípio ainda?) dessa era!

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  6. Bem me parece, caro "lawrence"

    Mas só podemos combater essa falta de vergonha se nos mantivermos unidos e não andarmos com tricas uns com os outros só porque não gostamos da cara deles.

    E, infelizmente, é o que se passa. Por exemplo, em vez de analisarmos com cabeça fria se há alguém que dê mais pelos direitos televisivos do Benfica, repudiamos à partida um concorrente de que não gostamos.
    Mas pode ser aquele que abra mais os cordões à bolsa que é o que interessa ao Benfica.
    Que não se comprem as emissões de certas televisões, é uma coisa.
    Que se sacrifiquem os interesses do Benfica em ganhar dinheiro, é outra.
    Ora, á partida excluirmos alguém só porque não nos é simpático, estamos a perder muito poder negocial. E à custa dos das nossas paixões egoísticas, quem sofre é o Benfica.
    Fazemos com que as nossas paixões nos satisfaçam a nós quando elas só devem satisfazer o Benfica porque o lema é "todos por um".

    Abraço

    GIL VICENTE

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