Portugal é um país do “faz de conta”, um país do “faz de conta” que erigiu como regra na sua vivência societária e muitas vezes até na sua vivência comunitária.
É um país do “faz de conta” quando tem de se sentir responsável e responsabilizado, ou quando tem de exigir responsabilidades.
Todavia, ou talvez por isso, é um país profundamente de o “estar do contra”, um país que organizou como sua doutrina gregária o “estar sempre do contra”! Diz-se mal de tudo o que não é da nossa autoria nem da nossa simpatia, tudo o que é dos outros está mal mas não se sabe por que está mal!
Não se sabe por que está mal nem por que se diz que está mal! “Está-se do contra” e é isso que basta e é isso que conta!
“Estar do contra” é um endemia que o “estar do contra” não sente doença e que, pelo contrário, dá satisfação ao ego, boa disposição e, em casos limite, até uma sensação de um “dever” cumprido. Depois, “está-se do contra” porque se “deve estar do contra” e isso parece trazer às consciências do “estar do contra” a paz de ter demonstrado “estar do contra”!
“Estar do contra” é a moda, a modernice que serve de escape para conseguir chamar a atenção que a ausência de outras faculdades não permite, além de ser a maneira mais fácil de tornar notada uma presença para quem quer dar a conhecer que também existe … para “estar do contra”!
Demos uma espreitadela aos blogues Benfiquistas da dita gloriosasfera que, na minha modesta opinião, já foi bem mais gloriosa! É, possivelmente, a minha maneira do “estar do contra” mas, que diabo, será que, no meio de tanto “estar do contra”, também não posso “estar do contra”? Nem que seja só “estar do contra” contra este infeccioso “estar do contra”?
Em todas as ocasiões, em todos os momentos, mesmo naqueles em que os feitos levam a alma Benfiquista à exaltação, há sempre alguém que tem de colocar-se em bicos de pés e dizer “presente”, chamar a atenção nem que seja apenas por um mas ou um se que não é mais do que uma forma disfarçada do “estar do contra”.
Se alguém tem a ousadia de dizer que outro alguém “está do contra”, leva logo com a frase decorada: “há democracia e liberdade, eu também tenho direito à minha opinião, até porque o Benfica é um clube democrático”!
É uma opinião sempre do “contra” mas é uma opinião! “Democrática e livre” que, para quem tem por profissão “estar do contra”, está carregadinha de direitos e levezinha de deveres! “Democrática e livre” e logo irresponsável, ou, na melhor das compreensões, sem responsabilidades, sem valores éticos ou de justiça, sem nada contra que o “estar do contra” é um limbo santificado a caminho certo do paraíso ... por obra e graça do “estar do contra”!
Quando as coisas não correm tão bem quanto os Benfiquistas desejam, o “estar do contra” é o precursor ambicionado de “canonização” para a adoração do autor do “estar do contra” que, assim, ganha uma visibilidade, nevoenta, é certo, mas sempre alguma visibilidade que se contrapõe à completa escuridão a que a falta de ideias e de argumentos, no fundo, a falta de competências, condena os que fazem da sua presença apenas o que podem: “estar do contra”!
Conhecem-se blogues que avisam os Benfiquistas para não comprarem e lerem o mau jornalismo, uma vez que têm para ler o (só podemos supor que bom) “jornalismo” da dita “gloriosasfera”, a começar pelos próprios blogues, amigos porque avisam, naturalmente.
E para demonstrar tão puritanas intenções, nada melhor do que “estar do contra” que é a profissão de fé dos que por lá vão juntando duas tretas, perdão, letras!
Não sabem por que “estão do contra” nem isso interessa porque o importante é “estar do contra” e manifestar “orgulhosamente” o seu modo de “estar do contra”!
Para serem coerentes, naturalmente, pedem aos Benfiquistas “não paguem para ler mau jornalismo…” e, pelo contrário “lerem a opinião dos blogues Benfiquistas, gratuitamente…”!
Depois, escarrapacham nesses seus blogues, como fundamento das suas opiniões – dos blogues Benfiquistas, naturalmente! – as notícias desse “mau jornalismo” e nelas baseiam toda a sua “sapiente” opinião do … “estar do contra”!
As notícias desse “mau jornalismo” são más, com certeza, para os outros – e são-no, objectivamente – menos para os que querem “estar do contra”, possivelmente benzidas pela sua água benta do “estar do contra”!
É assim uma espécie de pedido para não lerem “mau jornalismo” porque eles se encarregam de o ler para demonstrar o seu sabichar … de mau jornalismo!
E têm razão! Mau por mau, basta ler a sua opinião, uma opinião do “estar do contra” mas pronto! É uma opinião de um blogue … Benfiquista!
Na condução dos destinos do Benfica há erros?
É claro que sim!
Mas será que os Benfiquistas ajudam a superar esses erros, não os dissecando com rigor, não os analisando com objectividade, não definindo as alternativas e seus fundamentos, apenas por “estar do contra”, inventando motivos a torto e a direito, sem justificação, sem responsabilidade, sem ética?
Deverão os Benfiquistas seguir acriticamente toda a vida do seu clube?
Não, o Benfica é uma construção do Povo, uma construção de vontades, de paixões, de perseveranças, de quereres!
Mas tudo isso numa união à sua volta e só à sua volta, numa convergência de consecução!
O Benfica não é uma desunião de um “estar do contra” somente para ser lido ou ouvido, para anunciar apenas uma presença!
Analise-se um motivo do “estar do contra”.
Os jornais e televisões têm-se fartado de arranjar, quer jogadores para o Benfica, quer empregos para os jogadores, seus actuais empregados. Houve jornais que deram mesmo como consumada a transferência de um jogador para o clube, embora a prazo.
Se a direcção ou alguém por sua delegação faz um comunicado, desmentindo, arranja-se qualquer coisa para “estar do contra”. Ou é o comunicado que já devia ter saído há que tempos, ou é o comunicado que nunca devia ter saído, ou foram os redactores do comunicado que não souberam o que escreveram, ou foram os autores do comunicado que deram uma no cravo e outra na ferradura!
No caso concreto, o “estar do contra” veio da mera expressão do comunicado “em princípio”! O “estar do contra” veio logo “estar do contra” porque “em princípio” quer dizer tudo, quer dizer o sim e o sopas!
Por isso, tal desmentido valeu nada! Ou melhor, valeu como mais um argumento para “estar do contra”!
De facto, num mundo actual, num mundo em que a mutação das coisas é praticamente tão veloz como a informação em tempo real, o “estar do contra” não admite a tibieza, ainda mais no mundo negocial em que os negócios não têm tempo!
E se aparecesse uma boa oportunidade de uma ainda boa contratação, uma boa contratação até ainda não referenciada pelo dito mau jornalismo?
Ora, mais um rico argumento para … “estar do contra”!
Para o “estar do contra”, não há “sim nem sopas”! O comunicado ou dizia não, ou sim!
É claro que, em qualquer dos casos, o “estar do contra” está sempre à espreita porque, convenhamos, o “estar do contra” tem, pelo menos, uma virtude: a virtude de arranjar sempre algo para “estar do contra”!
O “estar do contra” preocupa-se com o apelo aos Benfiquistas para não pagarem o mau jornalismo e faz desse mau jornalismo as suas abluções do “estar do contra”!
O mau jornalismo é o bom jornalismo para o “estar do contra”! O “estar do contra” chega à nojeira de considerar mau jornalismo para os Benfiquistas aquele jornalismo que, para o “estar do contra”, é bom jornalismo … para “estar do contra”!
Tudo isso são balelas conhecidas! “Estar do contra” é, neste caso, defender como princípio “desta água jamais beberei”!
“Estar do contra” é assim uma espécie de jura eterna! E, como jura eterna, se o comunicado tivesse suprimido o “em princípio”, o “estar do contra” vinha logo “estar do contra” porque a jura é “estar do contra” e nada mais do que “estar do contra”!
Depois, nada melhor para embelezar o “estar do contra” do que citar as notícias dos jornais, o mau jornalismo para os Benfiquistas destinatários do apelo, porém, para o “estar do contra”, bom jornalismo, as notícias em que os jogadores presumidamente a adquirir dizem isto e aquilo, que “gostam muito de vir para o Benfica”, que “já sabem do interesse do Benfica”!…
E digam lá se tudo isto não é bom para o “estar do contra”!
Ainda que o jornal que deu como consumada a contratação de um jogador, a prazo, se venha agora desmentir a si mesmo! Coisa natural porque esse jornal também sabe bem “estar do contra”, nem que seja – sem querer – “estar do contra” contra aqueles que “estão do contra”!
O que é preciso é “estar do contra”! E, quem “está do contra”, “está sempre do contra”, seja no que for!
Se perguntarem a quem “está do contra” por que “está do contra”, basta dizer que “estar do contra” é usar de um direito outorgado pela democracia … do “estar do contra”!...
Não sabendo por que se “está do contra”, arranjam-se ideias do “estar do contra” ainda que essas ideias sejam mais um “estar do contra” contra quem quer “estar do contra” e não tanto “estar do contra” contra aqueles a quem desejam “estar do contra”!
“Estar do contra” no reino Benfiquista é, assim, o caminho mais fácil, o único caminho talvez para a notação do “estar do contra”.
Para o “estar do contra”, também o Benfiquismo é “estar do contra”, não o “carreirismo” ou “seguidismo”, isto é, a categoria do Benfiquismo para todos os que não façam eco do seu “estar do contra”!
Importante e inteligente é “estar do contra”, não ser “carneirista”, ser assim como uma “ovelha tresmalhada”!
Ai de alguém que ouse notar que esse Benfiquismo é prejudicial, é um Benfiquismo menor!
Ora, vêm logo dizer que estão impregnados de Benfiquismo, de tanto ou mais Benfiquismo do que os “seguidistas”, os do “rebanho”!
O seu benfiquismo, apregoam impantes de presunção, é “estar do contra” e “estar do contra” é que é servir o Benfica!
Depois, sublinham com impante despudor, não existe nenhum “benficómetro” para medir o Benfiquismo! Quem tem a mania de usar os “benficómetros” são os “seguidistas”, acrescentam, não os que “estão do contra”!
Ainda que o “estar do contra” seja o constante pôr em causa do Benfiquismo dos que “não estão do contra”!
De “benficómetro” em riste, o Benfiquismo do “estar do contra” põe-se logo a medir o Benfiquismo daqueles que se encontram com os Oliveiras, que fazem negócios com este e aquele, com o que “estão do contra”, ainda que esses negócios sejam negócios de que o Benfica precisa para viver e para se engrandecer.
“Estar do contra”, contra o negócio com a Olivedesportos, é a maior delícia do seu orgástico “estar do contra”, mesmo que este Benfiquismo do “estar do contra” nunca tenha tido a coragem de apresentar uma alternativa! Uma alternativa ainda que virtual, irrazoável … mas uma alternativa do “estar do contra”!
Nunca o “estar do contra” exibiu um interessado que estivesse disposto ao menos a igualar a oferta, nunca ele disse como conseguir as receitas que se fartam de apregoar serem devidas ao Benfica!
E que interesse tem isso para o “estar do contra”, se até há os que “estão sempre do contra” que, para “estar do contra”, preferem mesmo que o Benfica receba menos dinheiro do que aceitar a oferta da Olivedesportos?!
Alguém já viu ou ouviu este Benfiquismo do “estar do contra” oferecer a sua mesada para que o Benfica consiga viver e engrandecer-se?
Para o “estar do contra”, o Benfica tem de fazer negócios consigo mesmo e, assim, ganhar campeonatos, abater e saldar passivos, dar lucros! Tudo miraculoso porque para o “estar do contra” só interessa “estar do contra”! “Estar do contra” é o milagre maior deste Benfiquismo ao serviço do Benfica!
Fazer negócios com este e aquele?
Lá vem o “benficómetro” de novo, os dirigentes do Benfica querem é meter dinheiro ao bolso, tratar dos “seus negócios”!
Sim, porque este “estar do contra” arrebenta com a escala do “benficómetro” como exemplar modelo das virtudes, começando pelo superior exemplo do “estar do contra”!
“Estar do contra” é o maior “benficómetro” do Benfiquismo daqueles contra quem “estão do contra”! O “estar do contra” é, objectivamente, o maior consumista do “benficómetro”!
Só que, no meio das suas tretas do “estar do contra”, nem isso conseguem descortinar!
Também não é o seu objectivo!
O objectivo do “estar do contra” é o desejo de insuflar alguma notoriedade, a notoriedade do “estar do contra”, a notoriedade que outros predicados não alcançam!
Este Benfiquismo do “estar do contra” é um lírico que apela aos movimentos para impugnar os campeonatos corrompidos, tal como os anjinhos apelam ao diabo para se tornar um deus!
E todo se dana no seu “estar do contra” porque há corruptos, clubes, dirigentes e árbitros, televisões, jornais e pasquins, jornalistas e jornaleiros, comentaristas e paineleiros! Virgens ofendidas com a verborreia fétida dos pseudo comentários dos, suponhamos, comentaristas dos jogos do Benfica!
Mas o seu “estar do contra” não é contra esses que estão do contra porque é esse o seu modo de servir, servindo!
Para o Benfiquismo do “estar do contra” toda essa marafona antibenfiquista é só mais um aperitivo que refina o seu “estar do contra”!
Se, ao nível desta Nação quase milenar, a crítica, a crítica que é crítica, a crítica que é responsabilidade na liberdade, é sempre tão bem vinda e benéfica quanto tanto escasseia, o “estar do contra” é a verdadeira cloaca da democracia em que vivemos!
Neste Benfica centenário, neste Benfica do Povo unido e jamais vencido, neste Benfica que soube ser democrático na ditadura, sobrou-lhe a união e a crítica, a crítica responsável na liberdade que sempre foi sua.
E nessa união e nessa crítica se soube engrandecer, tornar-se Glorioso!
Até que, nessa democracia, algum Benfiquismo tomou como seu modelo o “estar sempre do contra”, se julgando o espelho de um exercício de democracia que também não é mais do que a cloaca do Benfiquismo!
É um país do “faz de conta” quando tem de se sentir responsável e responsabilizado, ou quando tem de exigir responsabilidades.
Todavia, ou talvez por isso, é um país profundamente de o “estar do contra”, um país que organizou como sua doutrina gregária o “estar sempre do contra”! Diz-se mal de tudo o que não é da nossa autoria nem da nossa simpatia, tudo o que é dos outros está mal mas não se sabe por que está mal!
Não se sabe por que está mal nem por que se diz que está mal! “Está-se do contra” e é isso que basta e é isso que conta!
“Estar do contra” é um endemia que o “estar do contra” não sente doença e que, pelo contrário, dá satisfação ao ego, boa disposição e, em casos limite, até uma sensação de um “dever” cumprido. Depois, “está-se do contra” porque se “deve estar do contra” e isso parece trazer às consciências do “estar do contra” a paz de ter demonstrado “estar do contra”!
“Estar do contra” é a moda, a modernice que serve de escape para conseguir chamar a atenção que a ausência de outras faculdades não permite, além de ser a maneira mais fácil de tornar notada uma presença para quem quer dar a conhecer que também existe … para “estar do contra”!
Demos uma espreitadela aos blogues Benfiquistas da dita gloriosasfera que, na minha modesta opinião, já foi bem mais gloriosa! É, possivelmente, a minha maneira do “estar do contra” mas, que diabo, será que, no meio de tanto “estar do contra”, também não posso “estar do contra”? Nem que seja só “estar do contra” contra este infeccioso “estar do contra”?
Em todas as ocasiões, em todos os momentos, mesmo naqueles em que os feitos levam a alma Benfiquista à exaltação, há sempre alguém que tem de colocar-se em bicos de pés e dizer “presente”, chamar a atenção nem que seja apenas por um mas ou um se que não é mais do que uma forma disfarçada do “estar do contra”.
Se alguém tem a ousadia de dizer que outro alguém “está do contra”, leva logo com a frase decorada: “há democracia e liberdade, eu também tenho direito à minha opinião, até porque o Benfica é um clube democrático”!
É uma opinião sempre do “contra” mas é uma opinião! “Democrática e livre” que, para quem tem por profissão “estar do contra”, está carregadinha de direitos e levezinha de deveres! “Democrática e livre” e logo irresponsável, ou, na melhor das compreensões, sem responsabilidades, sem valores éticos ou de justiça, sem nada contra que o “estar do contra” é um limbo santificado a caminho certo do paraíso ... por obra e graça do “estar do contra”!
Quando as coisas não correm tão bem quanto os Benfiquistas desejam, o “estar do contra” é o precursor ambicionado de “canonização” para a adoração do autor do “estar do contra” que, assim, ganha uma visibilidade, nevoenta, é certo, mas sempre alguma visibilidade que se contrapõe à completa escuridão a que a falta de ideias e de argumentos, no fundo, a falta de competências, condena os que fazem da sua presença apenas o que podem: “estar do contra”!
Conhecem-se blogues que avisam os Benfiquistas para não comprarem e lerem o mau jornalismo, uma vez que têm para ler o (só podemos supor que bom) “jornalismo” da dita “gloriosasfera”, a começar pelos próprios blogues, amigos porque avisam, naturalmente.
E para demonstrar tão puritanas intenções, nada melhor do que “estar do contra” que é a profissão de fé dos que por lá vão juntando duas tretas, perdão, letras!
Não sabem por que “estão do contra” nem isso interessa porque o importante é “estar do contra” e manifestar “orgulhosamente” o seu modo de “estar do contra”!
Para serem coerentes, naturalmente, pedem aos Benfiquistas “não paguem para ler mau jornalismo…” e, pelo contrário “lerem a opinião dos blogues Benfiquistas, gratuitamente…”!
Depois, escarrapacham nesses seus blogues, como fundamento das suas opiniões – dos blogues Benfiquistas, naturalmente! – as notícias desse “mau jornalismo” e nelas baseiam toda a sua “sapiente” opinião do … “estar do contra”!
As notícias desse “mau jornalismo” são más, com certeza, para os outros – e são-no, objectivamente – menos para os que querem “estar do contra”, possivelmente benzidas pela sua água benta do “estar do contra”!
É assim uma espécie de pedido para não lerem “mau jornalismo” porque eles se encarregam de o ler para demonstrar o seu sabichar … de mau jornalismo!
E têm razão! Mau por mau, basta ler a sua opinião, uma opinião do “estar do contra” mas pronto! É uma opinião de um blogue … Benfiquista!
Na condução dos destinos do Benfica há erros?
É claro que sim!
Mas será que os Benfiquistas ajudam a superar esses erros, não os dissecando com rigor, não os analisando com objectividade, não definindo as alternativas e seus fundamentos, apenas por “estar do contra”, inventando motivos a torto e a direito, sem justificação, sem responsabilidade, sem ética?
Deverão os Benfiquistas seguir acriticamente toda a vida do seu clube?
Não, o Benfica é uma construção do Povo, uma construção de vontades, de paixões, de perseveranças, de quereres!
Mas tudo isso numa união à sua volta e só à sua volta, numa convergência de consecução!
O Benfica não é uma desunião de um “estar do contra” somente para ser lido ou ouvido, para anunciar apenas uma presença!
Analise-se um motivo do “estar do contra”.
Os jornais e televisões têm-se fartado de arranjar, quer jogadores para o Benfica, quer empregos para os jogadores, seus actuais empregados. Houve jornais que deram mesmo como consumada a transferência de um jogador para o clube, embora a prazo.
Se a direcção ou alguém por sua delegação faz um comunicado, desmentindo, arranja-se qualquer coisa para “estar do contra”. Ou é o comunicado que já devia ter saído há que tempos, ou é o comunicado que nunca devia ter saído, ou foram os redactores do comunicado que não souberam o que escreveram, ou foram os autores do comunicado que deram uma no cravo e outra na ferradura!
No caso concreto, o “estar do contra” veio da mera expressão do comunicado “em princípio”! O “estar do contra” veio logo “estar do contra” porque “em princípio” quer dizer tudo, quer dizer o sim e o sopas!
Por isso, tal desmentido valeu nada! Ou melhor, valeu como mais um argumento para “estar do contra”!
De facto, num mundo actual, num mundo em que a mutação das coisas é praticamente tão veloz como a informação em tempo real, o “estar do contra” não admite a tibieza, ainda mais no mundo negocial em que os negócios não têm tempo!
E se aparecesse uma boa oportunidade de uma ainda boa contratação, uma boa contratação até ainda não referenciada pelo dito mau jornalismo?
Ora, mais um rico argumento para … “estar do contra”!
Para o “estar do contra”, não há “sim nem sopas”! O comunicado ou dizia não, ou sim!
É claro que, em qualquer dos casos, o “estar do contra” está sempre à espreita porque, convenhamos, o “estar do contra” tem, pelo menos, uma virtude: a virtude de arranjar sempre algo para “estar do contra”!
O “estar do contra” preocupa-se com o apelo aos Benfiquistas para não pagarem o mau jornalismo e faz desse mau jornalismo as suas abluções do “estar do contra”!
O mau jornalismo é o bom jornalismo para o “estar do contra”! O “estar do contra” chega à nojeira de considerar mau jornalismo para os Benfiquistas aquele jornalismo que, para o “estar do contra”, é bom jornalismo … para “estar do contra”!
Tudo isso são balelas conhecidas! “Estar do contra” é, neste caso, defender como princípio “desta água jamais beberei”!
“Estar do contra” é assim uma espécie de jura eterna! E, como jura eterna, se o comunicado tivesse suprimido o “em princípio”, o “estar do contra” vinha logo “estar do contra” porque a jura é “estar do contra” e nada mais do que “estar do contra”!
Depois, nada melhor para embelezar o “estar do contra” do que citar as notícias dos jornais, o mau jornalismo para os Benfiquistas destinatários do apelo, porém, para o “estar do contra”, bom jornalismo, as notícias em que os jogadores presumidamente a adquirir dizem isto e aquilo, que “gostam muito de vir para o Benfica”, que “já sabem do interesse do Benfica”!…
E digam lá se tudo isto não é bom para o “estar do contra”!
Ainda que o jornal que deu como consumada a contratação de um jogador, a prazo, se venha agora desmentir a si mesmo! Coisa natural porque esse jornal também sabe bem “estar do contra”, nem que seja – sem querer – “estar do contra” contra aqueles que “estão do contra”!
O que é preciso é “estar do contra”! E, quem “está do contra”, “está sempre do contra”, seja no que for!
Se perguntarem a quem “está do contra” por que “está do contra”, basta dizer que “estar do contra” é usar de um direito outorgado pela democracia … do “estar do contra”!...
Não sabendo por que se “está do contra”, arranjam-se ideias do “estar do contra” ainda que essas ideias sejam mais um “estar do contra” contra quem quer “estar do contra” e não tanto “estar do contra” contra aqueles a quem desejam “estar do contra”!
“Estar do contra” no reino Benfiquista é, assim, o caminho mais fácil, o único caminho talvez para a notação do “estar do contra”.
Para o “estar do contra”, também o Benfiquismo é “estar do contra”, não o “carreirismo” ou “seguidismo”, isto é, a categoria do Benfiquismo para todos os que não façam eco do seu “estar do contra”!
Importante e inteligente é “estar do contra”, não ser “carneirista”, ser assim como uma “ovelha tresmalhada”!
Ai de alguém que ouse notar que esse Benfiquismo é prejudicial, é um Benfiquismo menor!
Ora, vêm logo dizer que estão impregnados de Benfiquismo, de tanto ou mais Benfiquismo do que os “seguidistas”, os do “rebanho”!
O seu benfiquismo, apregoam impantes de presunção, é “estar do contra” e “estar do contra” é que é servir o Benfica!
Depois, sublinham com impante despudor, não existe nenhum “benficómetro” para medir o Benfiquismo! Quem tem a mania de usar os “benficómetros” são os “seguidistas”, acrescentam, não os que “estão do contra”!
Ainda que o “estar do contra” seja o constante pôr em causa do Benfiquismo dos que “não estão do contra”!
De “benficómetro” em riste, o Benfiquismo do “estar do contra” põe-se logo a medir o Benfiquismo daqueles que se encontram com os Oliveiras, que fazem negócios com este e aquele, com o que “estão do contra”, ainda que esses negócios sejam negócios de que o Benfica precisa para viver e para se engrandecer.
“Estar do contra”, contra o negócio com a Olivedesportos, é a maior delícia do seu orgástico “estar do contra”, mesmo que este Benfiquismo do “estar do contra” nunca tenha tido a coragem de apresentar uma alternativa! Uma alternativa ainda que virtual, irrazoável … mas uma alternativa do “estar do contra”!
Nunca o “estar do contra” exibiu um interessado que estivesse disposto ao menos a igualar a oferta, nunca ele disse como conseguir as receitas que se fartam de apregoar serem devidas ao Benfica!
E que interesse tem isso para o “estar do contra”, se até há os que “estão sempre do contra” que, para “estar do contra”, preferem mesmo que o Benfica receba menos dinheiro do que aceitar a oferta da Olivedesportos?!
Alguém já viu ou ouviu este Benfiquismo do “estar do contra” oferecer a sua mesada para que o Benfica consiga viver e engrandecer-se?
Para o “estar do contra”, o Benfica tem de fazer negócios consigo mesmo e, assim, ganhar campeonatos, abater e saldar passivos, dar lucros! Tudo miraculoso porque para o “estar do contra” só interessa “estar do contra”! “Estar do contra” é o milagre maior deste Benfiquismo ao serviço do Benfica!
Fazer negócios com este e aquele?
Lá vem o “benficómetro” de novo, os dirigentes do Benfica querem é meter dinheiro ao bolso, tratar dos “seus negócios”!
Sim, porque este “estar do contra” arrebenta com a escala do “benficómetro” como exemplar modelo das virtudes, começando pelo superior exemplo do “estar do contra”!
“Estar do contra” é o maior “benficómetro” do Benfiquismo daqueles contra quem “estão do contra”! O “estar do contra” é, objectivamente, o maior consumista do “benficómetro”!
Só que, no meio das suas tretas do “estar do contra”, nem isso conseguem descortinar!
Também não é o seu objectivo!
O objectivo do “estar do contra” é o desejo de insuflar alguma notoriedade, a notoriedade do “estar do contra”, a notoriedade que outros predicados não alcançam!
Este Benfiquismo do “estar do contra” é um lírico que apela aos movimentos para impugnar os campeonatos corrompidos, tal como os anjinhos apelam ao diabo para se tornar um deus!
E todo se dana no seu “estar do contra” porque há corruptos, clubes, dirigentes e árbitros, televisões, jornais e pasquins, jornalistas e jornaleiros, comentaristas e paineleiros! Virgens ofendidas com a verborreia fétida dos pseudo comentários dos, suponhamos, comentaristas dos jogos do Benfica!
Mas o seu “estar do contra” não é contra esses que estão do contra porque é esse o seu modo de servir, servindo!
Para o Benfiquismo do “estar do contra” toda essa marafona antibenfiquista é só mais um aperitivo que refina o seu “estar do contra”!
Se, ao nível desta Nação quase milenar, a crítica, a crítica que é crítica, a crítica que é responsabilidade na liberdade, é sempre tão bem vinda e benéfica quanto tanto escasseia, o “estar do contra” é a verdadeira cloaca da democracia em que vivemos!
Neste Benfica centenário, neste Benfica do Povo unido e jamais vencido, neste Benfica que soube ser democrático na ditadura, sobrou-lhe a união e a crítica, a crítica responsável na liberdade que sempre foi sua.
E nessa união e nessa crítica se soube engrandecer, tornar-se Glorioso!
Até que, nessa democracia, algum Benfiquismo tomou como seu modelo o “estar sempre do contra”, se julgando o espelho de um exercício de democracia que também não é mais do que a cloaca do Benfiquismo!
Caro Gil, bateu forte desta vez, eheheheh!
ResponderEliminarJulgo ter identificado alguns dos atingidos na prosa. Infelizmente há pessoas que flutuam ao sabor das ondas.
Um abraço.
Meu caro, mais um post de enorme categoria, julgo que esta frase resume tudo do modo de estar na vida de muitos portugueses: "Estar do contra” é um endemia que o “estar do contra” não sente doença e que, pelo contrário, dá satisfação ao ego, boa disposição e, em casos limite, até uma sensação de um “dever” cumprido"
ResponderEliminarDesculpa, mas nao consigo colocar acentuaçao nas palavras, um problema no meu teclado
Só duas palavras:
ResponderEliminarBRUTAL! VERDADEIRO!
Afinal...mas umas palavritas.
O mal do Benfica é ser tão grande que alberga gente desta no seu regaço. Gente que devia ser lagarta e por qualquer defeito congénito se virou para a Luz. Gente que não presta, gente mesquinha. Gente que eu não quero do meu lado!
Sei muito bem quem são os atingidos. É gente que não presta.
Caro Manuel
ResponderEliminarEu aproveito aqui para citar uma frase sua que colocou em comentário a um blogue:
«De facto, já não há paciência. É-se preso por ter cão, e preso por não ter. Vá lá uma pessoa satisfazer ou tratar estas patologias.»
É preciso descaramento para apelar aos Benfiquistas para não pagarem o mau jornalismo e lerem a opinião da Gloriosasfera e depois citarem, reescrevendo, esses jornais e as notícias que lhes interessam para falarem mal de tudo o que é Benfica ou que representa o Benfica.
Porque, caro Manuel, eles não criticam, não sabem sequer o que é crítica. Dizem mal porque sabem apenas que têm que dizer mal.
Razões para estarem sempre do contra e dizer mal?
Nem sabem, nem isso lhes importa minimamente.
De facto, já "não há paciência"!
Pede-se aos Benfiquistas que não paguem o mau jornalismo para que eles leiam esse mau jornalismo e o transcrevam nos seus post.s da treta?!
É para terem leitores dos seus post.s da treta, apenas e só por isso?!
E o resultado é os Benfiquistas deixarem de pagar o mau jornalismo para depois lerem esse mau jornalismo transcrito ainda num mais execrável palavreado da treta!
Há outros, de facto, que também são muito engraçados. Alguns até dizem que "comandam as tropas" e essas "tropas" aceitam essa presunção!
Mas um "comandante", se comanda, é ele que define a linha de comando, que dá a táctica, que determina a "ordem do dia".
E que vemos?!
Um suposto "comandante" tipo catavento a seguir a linha que um qualquer dos seus "soldados rasos" lhe apresenta.
Depois, em vez de "comandar", anda "na onda"! Vai para aqui, vai para ali, ao sabor de cada "ordem do dia" que um qualquer "comandado" lhe dita.
Tem, todavia, uma virtude. Gosta de se fazer motivo de galhofa, à mistura com um pouco de compaixão, que os destinatários das suas "biscas" lhe dedicam, enquanto vão rindo à gargalhada das parvoíces que lhes foram enviadas.
Depois, como geralmente tem uma, ainda que pequenina, "salva de palmas" ...
"Já não há paciência, caro Manuel. Até nem é preciso que os corruptos da costa, os tavares ou os moreiras, mai-los da sporttv, os da tvi, da sic ou da rtp achincalhem, apouquem e façam troça do Benfica.
Para quê o trabalho?!
Estes Benfiquistas do "estar do contra" encarregam-se de fazer um trabalhinho melhor do que o deles!
E, se alguém tem a ousadia de lhes dizer que isso não é servir o Benfica, não é ser Benfiquista, queixam-se do benficómetro quando são eles que estão constantemente a medir o Benfiquismo dos outros!
Há muita coisa mal que pode ser melhorada, como em tudo na vida. Para isso, necessita da nossa participação crítica, do nosso entusiasmo, de apontarmos o que, em nosso entender, talvez seja melhor para o Benfica.
E é assim que se consegue, "estando sempre do contra" sem se saber por que motivo a não ser uma apetência para "estar sempre do contra"?!
"Já não há paciência", caro Manuel!
Um abraço
Caro Jotas
Veio tudo acentuado, tudo direitinho. E, olhe, acho que, para finalizar, basta citar a frase do Manuel "já não há paciência"...
Um abraço
Caro Johnny Rook
ResponderEliminarSó depois de ter respondido ao Manuel e ao Jotas vi o seu comentário.
Olhe, concordo com tudo o que diz.
Claro que temos de ter cuidado com o tal "benficómetro" de que nos acusam aqueles que só sabem estar sempre de "benficómetro" em riste para julgar os outros no seu "estar sempre do contra".
E a terminar, porque julgo bastante apropriada, ainda e mais uma vez a frase do Manuel, "já não há paciência" ...
Um abraço
Concordo.
ResponderEliminarPedro F. Ferreira
ResponderEliminarSinto-me deveras e sinceramente honrado, acredite, em merecer cada vez mais a atenção dos Benfiquistas na minha modesta prosa que, ainda mais modestamente, creio tentar servir sempre, da melhor maneira, o Glorioso Benfica.
É para isso que me impele o meu sentir Benfiquista.
Se não estou em erro com a autoria, eu também concordo com praticamente tudo o que escreve no seu blogue.
Só não me atrevo a expressar esse sentimento no devido lugar porque se sentiu ofendido - sem razão, a meu ver - com uma "provocaçãozinha" que lhe fiz num comentário, tipo (mas não semelhante) àquela que Domingos Amaral fez aos maiores defensores - só isto os define - da corrupção desportiva que ressuma das escutas do apito dourado naquele jornal em que, com as suas pressões, conseguiram a purga de afugentar os que verdadeiramente lhe faziam frente.
Um jornal, diga-se, que, fundado por grandes Benfiquistas, soube naturalmente ser democrático na ditadura e agora sabe ser antidemocrático na democracia.
Mas, acho que concorda, quando se ofendeu por ter escrito "caro" Benfiquista, deixou-me com a sensação de ser mal recebido.
E eu jamais contrariarei uma vontade e um querer que são perfeitamente legítimos.
Posso não concordar. Mas aprendi a ser tolerante e a respeitar.
Saudações Benfiquistas
Caro Gil, mais um grande artigo, claro, que coincide comigo em opinião em diversos pontos, mas que já agora aceito, mesmo sabendo que não é para mim, um pouco de carapuça para o meu cantinho. Como sabe, vivo do que vou recebendo da comunicação social para escrever as «larachas» que lá vou escrevendo, e custa-me, mas custa-me tanto ler os pasquins que saem diariamente nas bancas e online, que me custa que os Benfiquistas não tenham verdadeiro espírito crítico para com o que lêem, e atenção, tenho disso em casa, mas tenho que compreender as limitações de algumas pessoas. Ou seja, eu sou, talvez, um dos que advogam que não se leia, que não se compre, os jornais desportivos diários. Aliás, depois de algumas situações, e desde que comecei o meu cantinho, já deixei de ir a dois desses locais, o MaisFutebol e mais recentemente A Bola. Custa-me que sejam financiados na sua maioria por Benfiquistas e que depois se entretenham a falar mal de nós... Bom, são opções deles, e comigo não contam. Actualmente nem para lá os ir visitar online, a não ser que seja algo estritamente pontual derivado de alguma notícia, que bem menciona, aparecendo por vezes em alguns blogs. No entanto, por uma questão de continuar a fazer o que faço, provavelmente tenho que engolir o orgulho, mas tem-me custado, até porque já tenho as ideias apalavradas na cabeça há algum tempo, escrever o que sinto que tenho que escrever, no meu blog, para descargo de consciência, para me redimir, e depois continuar a usar de todos os meios para continuar a escrever. É que sem a fonte diária que eles nos propiciam é mais difícil continuar a escrever com tanta regularidade... Assim sendo, aconselho que quem quer saber notícias do Benfica não compre nenhum desses jornais, mas caso queira mesmo saber notícias de verdadeiros Benfiquistas, que leia O Jornal O Benfica, esse sim órgão oficial do clube.
ResponderEliminarOu seja, daqui o meu obrigado por este texto, pautado por concreta objectividade ao analisar o que é dito aqui e ali, e com o qual me revejo penso que totalmente!
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera e Boas Festas a todos!
Bimbosfera.blogspot.com
De lamentar ler este artigo com todos estes meses de atraso.
ResponderEliminarMesmo assim e pouco comentando na "blogoesfera" não posso passar sem deixar aqui a minha opinião.
Uma lição de Benfiquismo mas acima de tudo uma lição de democracia. Exactamente a mesma onde me revejo e que me faz orgulhar do nosso clube.
Um dos mais lúcidos artigos que li, um grande retrato dos tempos. A notoriedade de "estar contra porque? Sim" aliada a uma mentalidade acrítica e a um desfilar de vaidades.
Um grande obrigado meu Caro.