1. Uma no cravo e outra na ferradura
Reconheço em Daniel Oliveira um esforço meritório na tentativa de elevar o discurso e a prática dos dirigentes e de muitos outros sportinguistas mediaticamente eminentes, ao nível da independência, da dignidade, enfim, da decência que um clube de futebol centenário, e que já foi grande no futebol português, deve merecer.
Esse discurso e essa prática que, no pós-presidência do Dr. João Rocha – com algumas intervenções suas posteriores, sempre de muito mérito e dignidade intocáveis – se rebaixou a níveis deveras inferiores, desportiva e moralmente, e culminou num acordo de subordinação com – palavras de Daniel Oliveira, oportunas e que retratam uma realidade que não consegue ser branqueada, seja por que “detergente” for – “a batota, o tráfico de influências e os métodos inaceitáveis num Estado de Direito”!
Daniel Oliveira faz uma classificação a seu gosto mas que retrata a realidade do sentir sportinguista relativamente ao Benfica.
O seu mérito, porém, acaba quase logo aí!
Escreve Daniel Oliveira que «O Benfica é seguramente o principal adversário do Sporting»!
É uma afirmação que pertence a um passado a que ele dá pouca importância histórica, pelos vistos! Mas uma afirmação enigmática no presente porque o “principal adversário” será sempre, compreensivelmente, aquele que “faz sombra”, o que mais perto se encontra de ser alcançado ou que mais próximo está de nos alcançar.
Por isso, quando o Sporting se encontrava e se ia mantendo em segundo plano, vendo somente o Benfica no patamar superior ao seu, o sentimento de “principal adversário” compreendia-se perfeitamente.
Agora, quando o Sporting se deixa ultrapassar pelo FC Porto e passa a ter este como o primeiro adversário a superar, se quiser subir na escala de adversários e de afirmações, a conclusão só pode compreender-se à luz do “acordo de subserviência” que interioriza uma amizade no haver de servir!
É certo que Daniel Oliveira vai dizendo que o FC Porto não é um adversário e antes «o que de mais próximo há de um inimigo».
Mas ficou-se no quase … não assumiu esse estatuto sentimental em plenitude!
Daniel Oliveira confessa-se no reduzidíssimo grupo dos sportinguistas “éticos” – adjectivação, classificação e nomenclatura de sua autoria – pelo que tem de assumir, em plenitude, que o FC Porto é um inimigo do futebol, o inimigo número um do futebol português porque, movendo-se “pelo tráfico de influências, a batota e métodos inaceitáveis num Estado de Direito”, atenta frontalmente contra a ética e contra a verdade desportiva. E de pouco servirão, porque inadequadas, as atenuantes de “bairrismo provinciano” misturado “facilmente com um ressentimento contra Lisboa”!
Daniel Oliveira cataloga o Benfica de “fanfarrão por natureza”. Parece-me que tenta justificar-se com a indevida – na sua opinião – vivência do Benfica «à sombra de glórias passadas, sem que seu presente pouco brilhante perturbe a sua injustificada autoconfiança».
Porém, um “fanfarrão” é o que se julga valente, sem o ser!
Em consonância, dificilmente pode ser avalizado por quem é adepto de um clube que celebra um acordo de servilismo. Um tal adepto não está em muito boas condições de ser avalista de quem, na realidade, tem no presente uma justificada, e sempre justificada, autoconfiança.
De facto, o presente não é tão brilhante quanto o passado mas é precisamente porque o passado foi brilhante, brilhantíssimo mesmo, que pode servir de comparação ao brilhantismo do presente! Porque, se esse termo de comparação fosse o brilhantismo do Sporting, passado ou presente, então é que a autoconfiança do Benfica seria injustificada! Tão injustificada, pelo menos, quanto a nula autoconfiança de um clube, o Sporting, que não tem por que ter confiança, nem no passado, nem no presente ... nem sequer no futuro!
Contra todas as diatribes de Daniel de Oliveira e dos sportinguistas, o Benfica é, de facto, o Maior Clube do Mundo em sócios. Está registadamente comprovada essa grandeza, apenas sendo, “contra todas as evidências”, as “evidências” de Daniel Oliveira!
Mas fanfarrão significa também jactância, prosápia! Ora, é esta prosápia a que conduz o subconsciente e, consequentemente, o discurso de Daniel Oliveira. Uma prosápia patenteada numa ostentação e em discursos de pseudo manutenção no presente de um sangue azul do passado, aquele passado que, para as glórias do Benfica, já é irrelevante! Uma prosápia que se patenteia de modo tão significativo quão bacoco na proibição do uso de calças de ganga.
Mas é um facto. À luz da sua jura presente, Daniel Oliveira evoluiu. Ainda na pretérita temporada escrevia que, favorecer o Benfica via resultado da disputa Sporting-FC Porto, isso nunca!
Agora confessa que estará pelo Benfica, este fim de semana, “sem sequer se dar ao trabalho de fazer contas”!...
Isto é, diz-se incondicionalmente do lado do Benfica porque, não se dando sequer ao “trabalho de fazer contas”, sublinha de novo não estar no grupo dos “tácticos”!
E muito menos dos “automáticos”, ou seja, daqueles que, segundo ele, estarão sempre contra o Benfica!
Daniel Oliveira encontra-se, portanto – releva ele – no grupo dos “éticos” por causa do “tráfico de influências, da batota e dos métodos inaceitáveis num Estado de Direito”.
Mas já na pretérita temporada se conheciam de cor os caminhos por onde se moviam o FC porto e a sua direcção!
Colocar-se do lado da ética que, no caso, tem como substância a verdade desportiva, é de registar!
Mas não é um feito assinalável!
É o lugar natural de todos os de sã formação moral!
2. E de novo, Eduardo, o barato!
O tempo vai dando toda a razão àqueles Benfiquistas e aos pretensos “sábios” das artes do futebol ou aos que, apenas por questões tácticas, criticaram o Benfica pela escolha do guarda-redes, deixando escapar a “pérola” nacional que, em comparação, mais barata ficava.
Eduardo, o barato, não perdeu tempo a comprovar as razões dos que o achavam barato!
Deu de barato a vitória à Noruega sobre Portugal! Sim porque, se não fosse Eduardo, o barato, nunca a Noruega poderia erguer o troféu de uma vitória sobre uma equipa Portuguesa que, mesmo dando de barato, sempre tinha estofo, e até meio barato, para não sair derrotada por uma equipa técnica e futebolisticamente tão … “barata”!
Mas Eduardo, o barato, não faz a coisa por menos! Não só tem de se afirmar como barato como tem de convencer os seus amigos de que, dar de barato, é com Eduardo, o barato!
Eduardo, o barato, sabe bem, porque está na terra do acontecido, que o Inter já só tem um treinador barato, que o caro já está em outros assados!
Sabe bem, Eduardo, o barato, que o Inter, com um treinador barato, barato se tornou na “compra” que um clube barato – o Atlético de Madrid – e um treinador ainda mais barato – Quique Flores – conseguiram em relação à supertaça europeia!
Sendo tudo isto assim e não assado, ou seja, barato, por que não devia Eduardo, o barato, dar de barato uma vitória ao Inter e ao seu actual treinador, o barato?!
De barato, Eduardo, o barato, sabe que o Inter agora tem um treinador barato e já se dá também de barato!
A menos que encontre pela frente Eduardo, o barato!
Reconheço em Daniel Oliveira um esforço meritório na tentativa de elevar o discurso e a prática dos dirigentes e de muitos outros sportinguistas mediaticamente eminentes, ao nível da independência, da dignidade, enfim, da decência que um clube de futebol centenário, e que já foi grande no futebol português, deve merecer.
Esse discurso e essa prática que, no pós-presidência do Dr. João Rocha – com algumas intervenções suas posteriores, sempre de muito mérito e dignidade intocáveis – se rebaixou a níveis deveras inferiores, desportiva e moralmente, e culminou num acordo de subordinação com – palavras de Daniel Oliveira, oportunas e que retratam uma realidade que não consegue ser branqueada, seja por que “detergente” for – “a batota, o tráfico de influências e os métodos inaceitáveis num Estado de Direito”!
Daniel Oliveira faz uma classificação a seu gosto mas que retrata a realidade do sentir sportinguista relativamente ao Benfica.
O seu mérito, porém, acaba quase logo aí!
Escreve Daniel Oliveira que «O Benfica é seguramente o principal adversário do Sporting»!
É uma afirmação que pertence a um passado a que ele dá pouca importância histórica, pelos vistos! Mas uma afirmação enigmática no presente porque o “principal adversário” será sempre, compreensivelmente, aquele que “faz sombra”, o que mais perto se encontra de ser alcançado ou que mais próximo está de nos alcançar.
Por isso, quando o Sporting se encontrava e se ia mantendo em segundo plano, vendo somente o Benfica no patamar superior ao seu, o sentimento de “principal adversário” compreendia-se perfeitamente.
Agora, quando o Sporting se deixa ultrapassar pelo FC Porto e passa a ter este como o primeiro adversário a superar, se quiser subir na escala de adversários e de afirmações, a conclusão só pode compreender-se à luz do “acordo de subserviência” que interioriza uma amizade no haver de servir!
É certo que Daniel Oliveira vai dizendo que o FC Porto não é um adversário e antes «o que de mais próximo há de um inimigo».
Mas ficou-se no quase … não assumiu esse estatuto sentimental em plenitude!
Daniel Oliveira confessa-se no reduzidíssimo grupo dos sportinguistas “éticos” – adjectivação, classificação e nomenclatura de sua autoria – pelo que tem de assumir, em plenitude, que o FC Porto é um inimigo do futebol, o inimigo número um do futebol português porque, movendo-se “pelo tráfico de influências, a batota e métodos inaceitáveis num Estado de Direito”, atenta frontalmente contra a ética e contra a verdade desportiva. E de pouco servirão, porque inadequadas, as atenuantes de “bairrismo provinciano” misturado “facilmente com um ressentimento contra Lisboa”!
Daniel Oliveira cataloga o Benfica de “fanfarrão por natureza”. Parece-me que tenta justificar-se com a indevida – na sua opinião – vivência do Benfica «à sombra de glórias passadas, sem que seu presente pouco brilhante perturbe a sua injustificada autoconfiança».
Porém, um “fanfarrão” é o que se julga valente, sem o ser!
Em consonância, dificilmente pode ser avalizado por quem é adepto de um clube que celebra um acordo de servilismo. Um tal adepto não está em muito boas condições de ser avalista de quem, na realidade, tem no presente uma justificada, e sempre justificada, autoconfiança.
De facto, o presente não é tão brilhante quanto o passado mas é precisamente porque o passado foi brilhante, brilhantíssimo mesmo, que pode servir de comparação ao brilhantismo do presente! Porque, se esse termo de comparação fosse o brilhantismo do Sporting, passado ou presente, então é que a autoconfiança do Benfica seria injustificada! Tão injustificada, pelo menos, quanto a nula autoconfiança de um clube, o Sporting, que não tem por que ter confiança, nem no passado, nem no presente ... nem sequer no futuro!
Contra todas as diatribes de Daniel de Oliveira e dos sportinguistas, o Benfica é, de facto, o Maior Clube do Mundo em sócios. Está registadamente comprovada essa grandeza, apenas sendo, “contra todas as evidências”, as “evidências” de Daniel Oliveira!
Mas fanfarrão significa também jactância, prosápia! Ora, é esta prosápia a que conduz o subconsciente e, consequentemente, o discurso de Daniel Oliveira. Uma prosápia patenteada numa ostentação e em discursos de pseudo manutenção no presente de um sangue azul do passado, aquele passado que, para as glórias do Benfica, já é irrelevante! Uma prosápia que se patenteia de modo tão significativo quão bacoco na proibição do uso de calças de ganga.
Mas é um facto. À luz da sua jura presente, Daniel Oliveira evoluiu. Ainda na pretérita temporada escrevia que, favorecer o Benfica via resultado da disputa Sporting-FC Porto, isso nunca!
Agora confessa que estará pelo Benfica, este fim de semana, “sem sequer se dar ao trabalho de fazer contas”!...
Isto é, diz-se incondicionalmente do lado do Benfica porque, não se dando sequer ao “trabalho de fazer contas”, sublinha de novo não estar no grupo dos “tácticos”!
E muito menos dos “automáticos”, ou seja, daqueles que, segundo ele, estarão sempre contra o Benfica!
Daniel Oliveira encontra-se, portanto – releva ele – no grupo dos “éticos” por causa do “tráfico de influências, da batota e dos métodos inaceitáveis num Estado de Direito”.
Mas já na pretérita temporada se conheciam de cor os caminhos por onde se moviam o FC porto e a sua direcção!
Colocar-se do lado da ética que, no caso, tem como substância a verdade desportiva, é de registar!
Mas não é um feito assinalável!
É o lugar natural de todos os de sã formação moral!
2. E de novo, Eduardo, o barato!
O tempo vai dando toda a razão àqueles Benfiquistas e aos pretensos “sábios” das artes do futebol ou aos que, apenas por questões tácticas, criticaram o Benfica pela escolha do guarda-redes, deixando escapar a “pérola” nacional que, em comparação, mais barata ficava.
Eduardo, o barato, não perdeu tempo a comprovar as razões dos que o achavam barato!
Deu de barato a vitória à Noruega sobre Portugal! Sim porque, se não fosse Eduardo, o barato, nunca a Noruega poderia erguer o troféu de uma vitória sobre uma equipa Portuguesa que, mesmo dando de barato, sempre tinha estofo, e até meio barato, para não sair derrotada por uma equipa técnica e futebolisticamente tão … “barata”!
Mas Eduardo, o barato, não faz a coisa por menos! Não só tem de se afirmar como barato como tem de convencer os seus amigos de que, dar de barato, é com Eduardo, o barato!
Eduardo, o barato, sabe bem, porque está na terra do acontecido, que o Inter já só tem um treinador barato, que o caro já está em outros assados!
Sabe bem, Eduardo, o barato, que o Inter, com um treinador barato, barato se tornou na “compra” que um clube barato – o Atlético de Madrid – e um treinador ainda mais barato – Quique Flores – conseguiram em relação à supertaça europeia!
Sendo tudo isto assim e não assado, ou seja, barato, por que não devia Eduardo, o barato, dar de barato uma vitória ao Inter e ao seu actual treinador, o barato?!
De barato, Eduardo, o barato, sabe que o Inter agora tem um treinador barato e já se dá também de barato!
A menos que encontre pela frente Eduardo, o barato!
A prosa sobre Eduardo o barato está divinal como sempre são as suas crónicas. Em relação ao Daniel 'bloquista' Oliveira escreve o meu amigo o seguinte: "É o lugar natural de todos os de sã formação moral!" eu acrescentaria, com são formação moral e formação desportiva não deturpada.
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