quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A GRANDEZA DO REERGUER

1. Os abutres externos da profecia da desgraça

Mais do que as três derrotas sofridas nas primeiras quatro jornadas da Liga, o que realmente enfureceu e entristeceu os Benfiquistas foi a derrota no Dragão. Uma derrota que os Benfiquistas sentiriam sempre mais deprimente da sua auto estima e do seu ego mas que se tornou esmagadora pelos números em que se traduziu. Foram números que de certa forma humilharam o sentir Benfiquista.
Vários analistas e comentadores, Benfiquistas ou não, apresentaram causas variadas, muitas delas coincidentes, e justificações mais ou menos persuasivas porque plasmadas ou não em argumentos sérios e plausíveis.

Assisti em silêncio ao desfiar de argumentos e justificações. Aceitei bastantes e rejeitei outros tantos. Em princípio, ouvia e lia os comentários de Benfiquistas. Aos de não Benfiquistas, tapei os ouvidos e fechei os olhos, sempre que eles, não ressumando de boa-fé, se ocupassem do motejo e da tentativa de achincalhamento. Segui o princípio que sempre me norteou: “não ofende quem quer, apenas quem pode”.
Ora, os espécimes que se prazenteam no motejo e na tentativa de achincalhamento, como se nunca lhes tivesse acontecido algo semelhante – e aconteceu – podem muito pouco, em regra, podem nada. São infinitamente pobres de espírito, pequeninos, provincianos, bacocos, à imagem natural do seu mentor, e que, para além dos métodos golpistas, fraudulentos e burlões com que cozinham as suas tramóias e manigâncias dos desvirtuamentos da verdade desportiva, da ética e do direito, de nada mais são capazes do que rastejar na lama das suas próprias defecações.

Por que motivo um Benfiquista, que tem uma Instituição que ama de todo o coração e em que a paixão por ela é o seu sentimento de vida, há-de sentir-se ofendido por quem não tem mais talento do que rastejar no lodo da sua trampa, por quem nem sequer consegue sublimar-se na paixão de um clube a que possa chamar seu?
Como podem esses órfãos apólidas considerar que têm um clube grande se, mesmo quando os profissionais desse clube fazem algum esforço meritório, eles se entretêm nas suas fétidas cloacas e o único que os assombra é o realmente Grande, o Glorioso Benfica?!

Não são, já se sabia há muito, apenas os Benfiquistas que consideram Grandioso o Benfica. São também estes órfãos provincianos e bacocos! O Glorioso Benfica é o único que lhes ocupa as reduzidas e mentecaptas massas cinzentas que os seus cérebros tacanhos, de resto, não têm dificuldade em albergar. Só uma Grande Instituição, só o Enorme Benfica consegue estar presente em vários estádios de futebol, mesmo que lá não esteja a jogar, num dom ubíquo só ao alcance dos Sublimes.
Os Grandes, de espírito, de valores éticos e de obras meritórias, apaixonam-se pelas coisas Grandiosas e Gloriosas, apaixonam-se pelo Benfica!
Os pequenos, os tristes de ideias, de nobreza de valores e de sentimentos elevados, sentem-se ainda mais esmagados na sua tacanha pequenez e insignificância. Só lhes resta, por isso, a sublimação de pensar naqueles Grandes e Gloriosos. Esforçam-se por se colocarem em bicos de pés, guiados pelas suas mentes acanhadas e mesquinhas que lhes transmitem a falácia de uma grandeza de pequenez natural numa ilusão de que serão um dia alguém, menos insignificantes e de reduzidas capacidades, mantendo o pensamento sempre presente na Grandiosidade do Benfica.

Um destes órfãos provincianos e bacocos, julga-se ainda alguém por dizer ser adepto de um clube nascido de viscondes, mas viscondes que se não coibiram de aliciar uma equipa daquele Glorioso, na tentativa, vã, de ganhar alguma coisa. Um Glorioso Clube que já então o era e por isso mesmo a cobiça e a inveja dos pequeninos nobres de fato surrado, não de ganga por ganga não haver em tais tempos e agora ser proibida.
Pois aquele órfão de clube, bacoco e provinciano, todo se babujou no orgasmo que a derrota do Benfica lhe proporcionou!
Mostrou devidamente o seu servilismo de servo da gleba de quem se farta de esmifrar o seu clube em troca de umas migalhas miseráveis, essas sim, humilhantes, gozando-o e aos seus dirigentes, presidente de apelido “cavalo branco” que fica de mão estendida na pedincha vexatória. Servo de quem lhe vai secando o clube de que diz ser adepto. Nem sequer leu as escutas ou, se leu, nem soube o que tal queria dizer, o que não abona, não o dito mas quem o elegeu.
Mas o que lhe assombra o espírito servil é o Grande, o Glorioso Benfica que lhe perturba a mente de lagarto, em sentido literal!
Se tivesse esperado 24 horas, era capaz de talvez não fazer tanta figura de urso! Assim, esqueceu-se do espelho que tinha na frente!


2. Os “caçadores” internos da culpabilidade

É mais deprimente do que a derrota no Dragão o aproveitamento que alguns Benfiquistas não desperdiçaram. Pela minha parte, repito, nada contra os que dão as suas opiniões críticas justificadas, tudo contra os que aproveitam o momento para o maldizer contra as suas antipatias pessoais.

Estar triste, sentido, discordar e criticar, é salutar e é próprio da substância do Ser Benfiquista!
Aproveitar-se do momento menos feliz, maldizer e atirar pedras aos culpados – eles promovem sempre uma caça aos culpados de algo, os pessoalmente antipáticos, porque, é engraçado, nunca se auto assume uma quota-parte da culpa, ela é sempre toda dos outros e só dos outros – é próprio de um definhamento não desdenhável que assolou a Família Benfiquista nos últimos 20 anos, provocada intencionalmente e sem dúvida do exterior mas aceite de mão beijada, quanto mais não fosse e seja ainda para se elevar o ego à categoria não apenas dos iluminados mas ainda daqueles que nunca se enganam.
Para muitos Benfiquistas, não “apontar os responsáveis” é assobiar para o lado, quando o que interessa é apontar os erros e as correspondentes alternativas, sem atirar pedras às pessoas. São os actos, os comportamentos, não as pessoas, o que deve ser alvo da crítica. As pessoas, ou melhor, a função que desempenham, desempenham-na representativamente e responderão, na altura e local certos, por esse desempenho.

Dizem os que envergonham a ética, a verdade desportiva e histórica, que o Benfica foi um clube do regime ditatorial.
Todavia, não deixa de ser curioso que, nesses tempos, os Benfiquistas tenham sabido sempre ser o espelho da mais cristalina democracia, da troca livre de ideias, da crítica, da tolerância perante as opiniões diversas.
Ainda durante a ditadura, lembro-me de assembleias-gerais bem agitadas, bem agitadas no confronto de ideias e de opiniões, de discussão crítica séria e de boa-fé, discussão apaixonada de pontos de vista diversos.
No fim, triunfava sempre o Glorioso Benfica e o Benfiquismo saía mais reforçado porque a maioria vencia e a minoria acatava com voz crítica. No intervalo desses tempos de discussão, o lema “e pluribus unum”, que, aliás, foi sempre a luz condutora de toda a discussão, aparecia ainda mais resplandecente, mais reforçado, acarinhado e glorificado.
Essas discussões saudáveis de pura democracia tinham tempo, lugar e momento próprios, eram conduzidas pelos princípios do Benfiquismo, consubstanciadas na civilidade, na boa-fé e na ética das intervenções, por muito acaloradas que fossem.

Noutros clubes que agora se dizem de não regime nunca havia assembleias-gerais mas apenas reuniões e conversas de família, misturadas de cooptações e apadrinhamentos. Mas isto era coisa que não incomodava – nem agora incomoda – os Benfiquistas.

Não deixa de ser curioso, dizia, que em tempos de ditadura, o pelos mentecaptos dito “clube do regime” fosse um farol da mais pura liberdade de expressão e de opinião, que ele soubesse como ninguém praticar a mais cristalina democracia na condução brilhante dos destinos que o tornaram no Maior, no Glorioso Benfica.
É, pois, aberrante que, em tempos de democracia, os Benfiquistas não saibam ser democratas. É que a democracia não é só emitir opiniões, sugerir ideias, criticar acções e comportamentos, ter a chamada liberdade de expressão.
É, antes de tudo, responsabilidade, a responsabilidade de saber criticar, unindo, de saber criticar, servindo!
Sem responsabilidade não há liberdade e sem liberdade não há democracia!

Alguns Benfiquistas ou são masoquistas ou usam e abusam do masoquismo em defesa das suas profecias da desgraça. Insuflados de simpatias e antipatias pessoais, esquecem o Benfica que com elas se não confunde mas com elas pode ser enxovalhado, diminuído, destruído.
Vejam-se alguns exemplos.

Li de um Benfiquista que nem duas vitórias nos dois jogos que faltam jogar no grupo da Liga dos Campeões em que o Benfica está inserido poderiam assegurar a passagem aos “oitavos”!
Isto é desinformar, é fonte de desunião! Claro que bastaria ao autor da afirmação um pouco só de ponderação e o trabalho de fazer umas simples contas de somar para concluir que essas duas vitórias são absolutamente suficientes.
Adjectiva-se muito e com muito mau gosto a renovação por mais um ano do treinador, tendo em conta um hipotético aliciamento por quem só se sabe conduzir por caminhos ínvios.
Provas da bondade da adjectivação, nem vê-las! E o mesmo acontece quando se suspeita de incumprimento de prémios de jogo e de outras “desgraças” do género!

E depois, há outros Benfiquistas, daqueles que, à primeira vista, pensávamos meditarem no que ouviam ou que liam, sempre de opinião independente e não à mercê dos ventos que sopram!
Errado, parecendo cata-ventos, mudam de opinião de acordo com a direcção e a graduação intensiva do sopro!

Não é no mudar que está o erro, bem entendido, que só os burros não mudam!
É na inconstância da mudança!
Se mudassem de acordo com uma crítica fundamentada que os tivesse ajudado a formar a sua opinião, tudo se passava na maior das normalidades. Mas muda-se de acordo com um rol de apontamentos, um mero apontar a dedo os culpados e não culpados, de conjecturas e especulações sem fundamentação ou justificação alguma, quanto mais plausível, sem apresentação de alternativas, numa simples caça às bruxas da antipatia pessoal.
Caçam-se as pessoas e não os erros porque errar é coisa que aos “caçadores” nunca aconteceu!

E já nem vale a pena falar dos moralistas de ocasião sempre de dedo em riste em busca de um labéu qualquer que colam sem rebuço de consciência àqueles de que não gostam e a favor de quem tecem a prática das maiores ignomínias, dos despautérios o mais criminosos que imaginar se pense!
E não necessitam de qualquer comprovativo que isso é considerado um luxo de somenos, lhes bastando dizer, “eu sei”, e assim pensando que toda a sua pantominice difamante está certificada!
E as contas?!!! Meus Deus, e as contas?!!! Uma catástrofe, uma autêntica calamidade!!!

Que preocupações! E que imaculados! Imaculados tanto, quanto são simultaneamente comprovações vivas das “virtudes” de Vale e Azevedo, aquelas “virtudes” tais, nas contas e nos valores éticos!
Mas são comprovações igualmente pelo recurso ao “eu sei” … e é sempre quanto lhes basta!
Mesmo que sejam contrariadas pelos tribunais que já muitas dessas “virtudes” julgaram e sobre as mesmas decidiram! E, se mais não conseguiram, foi porque as escapadelas não são só à Pinto da Costa!...

Uma lástima! Uma lástima que são bem capazes de patrocinar à sombra do (ab)uso ao direito de livre opinião, à democracia que é da essência do Ser Benfiquista, e à “virtude” de não pertencerem ao rebanho mas sim às ovelhas (agora) tresmalhadas!


3. O reerguer da grandeza e da esperança

Não sendo um católico praticante, não esqueci, apesar disso, a parábola, “ninguém pode servir ao mesmo tempo a dois senhores”. Assim, apetece-me perguntar:
Pode um Benfiquista, apregoando o apocalipse do seu Glorioso Clube, servir o Benfica?

Sei apenas, pela experiência e pela leitura da história, que o Benfica se criou, desenvolveu e se tornou Grandioso e no Maior Clube de Portugal e num dos maiores do Mundo – o maior do Mundo em adeptos – à custa de sacrifícios, trabalho, muito trabalho, fé, esperança, perseverança e união da Família Benfiquista, muita união!
Que os inimigos do Benfica, os anti-Benfica órfãos de clube e de grandeza, venham com visões alarmantes, apocalípticas de maus ambientes e fontes de todas as desgraças destrutivas, percebe-se, é o seu desígnio de pequenez e bacoquice. Mas que isso tenha eco nos Benfiquistas apenas me deixa o sabor amargo de pensar que, ao contrário da nossa cultura ímpar de Benfiquismo, não se sabe ser grande nas derrotas.

É evidente que algumas opiniões e alguns reparos têm toda a razão de ser! Podemos achar que, na nossa opinião, algumas coisas não deviam ter sido feitas assim, mas assado! É natural e, se de boa fé e sem desunir a Família Benfiquista e desestabilizar a equipa, o que implica a crítica com responsabilidade, a ninguém é legítimo apodar disto ou daquilo.
É evidente que temos também, todos, de ter consciência de que se trata de uma opinião muito nossa, significando isto que não podemos esquecer que podem existir opiniões divergentes com igual legitimidade e que, se queremos o respeito pela nossa opinião, temos de respeitar igualmente a dos outros.
Respeitar é também tolerar, tolerar mesmo o erro, o erro não doloso, compreendê-lo, o que não compromete ninguém a aceitá-lo mas é o seu contributo para que ele possa ser corrigido com o menor dano possível.

Não podemos nem devemos nunca exagerar, por muito que nos custe. Um treinador e uma equipa, com alguns retoques, que fizeram no ano anterior uma campanha vitoriosa como a que nos proporcionaram, não podem passar de bestiais a bestas.
Houve erros do treinador, dos jogadores, dos dirigentes?
Houve!
Mas quem nunca errou, ou nunca fez nada na vida ou, se trabalhou, é dos tais que nunca se enganam!
Mas também, podem estar descansados que não enganam ninguém … a menos que alguém queira ser enganado!

Houve erros, vamos ajudar a corrigi-los, sempre com a presença do nosso apoio! Quem, em vez disto, partir para a crucificação, não está a servir o Benfica e está a trair o seu Benfiquismo!

É tempo de curar as feridas! É tempo de reerguer e caminhar em frente. O Benfica fez-se de sacrifícios, de quedas e levantamentos, sempre com forças redobradas, de contratempos sempre vencidos!
Mas vencidos à custa do querer e da vontade dos Benfiquistas, sempre dispostos a trilhar um único caminho, o caminho do progresso e do constante engrandecimento! O que só se consegue com união, aquela união que por vezes tem aparecido mais enfraquecida nos últimos tempos e que também tem ajudado a reflectir uma maior dificuldade de afirmação ao nível mais elevado que é o lugar do Benfica, por direito próprio.

Apontar os erros para os corrigir e não fazer das nossas críticas uma caça e uma crucificação dos “culpados”!
A crítica dirige-se aos actos, às acções, não às pessoas, não às antipatias pessoais!
Apoiar, apoiar o Benfica!
Porque o Benfica deve ser sempre apoiado e … cegamente!


PS: Três notas finais.
1. O Presidente da Assembleia Geral do Benfica não conseguiu resistir aos holofotes da comunicação social e à tendência de falar. Disse algumas verdades? Disse! Mas a conformação com um segundo lugar é contágio com o lado oposto da segunda circular e o Benfica não é o Sporting! Depois, depois e fundamentalmente, aquela hora era hora de recolher, em especial para os responsáveis! De recolher, meditar, unir e sanar as feridas!
2. O jornal “a bola” presenteia-nos com uma nova curiosidade. A RTP foi sempre subjugada ao poder. Em tempos de ditadura, mostrou-nos a ditadura, em tempos de democracia, acorrenta-se aos poderes que vogam em cada momento. Mas soube resistir à censura!
O Jornal “a bola” foi um resistente da ditadura. Fundado por democratas, soube-se manter livre, resistindo. Em tempos de democracia, cede à chantagem e retira do sótão inundado de teias de aranha o carimbo da ... CENSURA!
Que os chantagistas da RTP e de “a bola” não consigam enfrentar a livre expressão de ideias e as opiniões divergentes, a verdade dos factos e da História, é coisa que não surpreende. Eles é que são adeptos do verdadeiro clube do regime, um clube da ditadura e de ditadura, que se mantém amordaçado mesmo em tempos de democracia. E quem ousar tossir ou mugir … é um “bin laden” de imediato excomungado pelo “papa” da mentira e da corrupção tentada da verdade desportiva.
3. Os tribunais do Porto lá vão percorrendo o seu calvário de julgamentos à Pôncio … Pilatos! “Não se provou … não se provou”!… Nunca provam nada, nem inocências, nem culpas! … Lavam as mãos … porque andam com elas sempre sujas! … E não admira, que já toda a gente, ou quase, sabe disso!...

7 comentários:

  1. Realmente, tens toda a razão!

    E só quem não apoiar cegamente é que consegue ver o contrário!!

    Parabéns!

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  2. Este era o post que eu gostava de escrever mas não tenho capacidade para tanto. Excelente!!!

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  3. Mais um excelente post. Só tenho pena que não hajam mais benfiquistas a ler as suas palavras,pois mereciam muito maior destaque. Já vi textos bem menos importantes em comparação com este a terem destaque como post da semana ou algo que o valha na Gloriosasfera. A única coisa que posso dizer é que este merecia ser considerado o post do mês, ou até do ano... Sinceramente, já não tenho paciência para a opinião de alguns 'Benfiquistas' desde que acabou a época passada, por isso as suas palavras neste post são um autêntico bálsamo.

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  4. Agradeço as intervenções dos caros Benfiquistas.
    Vou responder mais em detalhe a "the_pssenger", conquanto já tivesse dado uma palavra a "MB" num dos seus blogues.

    Caro "the_passenger"

    Certamente que gosto de que leiam o que escrevo. Mas eu escrevo porque gosto muito de escrever, de exprimir o que sinto através da escrita.
    Os meus passatempos favoritos sempre foram a leitura e a escrita. Agora que tenho mais tempo, esse gosto é quase uma razão de vida.

    Eu escrevo, por conseguinte, em primeiro lugar para mim, para traduzir e concretizar algo que possa objectivar o meu sentimento.
    Depois, claro, escrevo para todos os que desejam e amam a leitura, esforçando-me por não trair os seus gostos, quer com o conteúdo, quer com a forma.

    Sei perfeitamente, porque conheço como toda a gente pela simples observação, que muitos dos que escrevem, em comentários ou assinando artigos - não gosto da palavra "post" - fazem o que podem, com mais ou menos esforço, com mais ou menos inspiração e arte.
    Nem todos somos talhados para a mesma coisa, há muita gente artista - emprego a palavra em sentido lato de capacidade e competência - de elevada craveira, em várias áreas, que eu nem à sua sombra sou capaz de chegar.
    Haverá outros que não escrevem mas soltam umas letras por simples impulso das teclas, apenas para dizerem que também cá estão, o que não traz mal nenhum ao mundo, a menos que - e infelizmente acontece muitas vezes - não façam da sua vontade de aparecer uma mera objectivação dos seus baixos instintos e da sua falta de educação.

    A dita "Gloriosasfera" - portanto, o site com esse nome - vai fazendo por agradar a Deus e ao diabo.
    Eu até compreendo! Tal como muitos blogues em que a quantidade de "post.s " - lá saiu - e de comentários é a sua , se não única, ao menos a principal razão de existência, também a "Gloriosasfera" tem de albergar tudo para poder ser visitada e comentada por muitos.

    Há, no entanto, muitos bons artigos por essa Gloriosasfera (em sentido lato) Benfiquista.
    Mas também há muita gente, simples mirones e ou comentaristas, a quem a leitura custa um pouco porque não têm tempo a perder com o que os não seduz.

    Os meus textos são demasiado longos para quem não tem tempo nem vontade.
    Mas eu sou assim! Tenho de exprimir o meu sentir até ao fim, tenho que completar as minhas ideias, não estou a fazer um ditado para qualquer tipo de aluno.

    Finalmente, caro "the_passenger", se eu fizesse do meu divertimento um simples paleio de maledicência e estivesse sempre do contra, pode ter a certeza que não faltariam comentários.
    Eu conheço o truque mas não alinho. Não alinho porque quem manda em mim são os meus desejos, guiados pela paz da minha consciência.

    Mais uma vez lhe agradecendo as suas palavras, despeço-me com um grande abraço e,

    BENFICA SEMPRE

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  5. Caro Gil Vicente

    Antes de tudo, gostaria de dizer que o uso da palavra ‘post’ não é de forma alguma depreciativo. Trata-se de linguagem adquirida na internet (lá está, a própria palavra não tem uma tradução literal em português) que acaba por enraizar-se na nossa língua também, numa espécie de ‘aportuguesamento’ por falta de conhecimento de melhores palavras para exprimir a ideia na língua materna, ou simplesmente por preguiça de procurar a palavra correcta na mesma (é um bocado difícil traduzir termos como ‘motherboard’ ou ‘malware’ para português sem que percam um pouco o seu sentido original). Mas compreendo que não goste do seu uso pela estima à língua portuguesa que claramente possui.

    A questão aqui não se prende com a arte de bem escrever, a inspiração ou o esforço, que certamente é louvável e merece ser enaltecido como é o caso da sua escrita, mas sim com o seu conteúdo. E não é pela melhor ou pior escrita que se deixa de escrever bons artigos, desde que o conteúdo, esse sim o mais importante, seja bom. Quando se aliam as duas coisas, então é um autêntico deleite para a mente e para o espírito! E não é por uma escrita, por assim dizer, mais pobre, que deixam de ser válidos e pertinentes vários artigos espalhados pelas mais diversas páginas, alguns deles igualmente sublimes e que merecem todo o destaque. Porque, para dizer a verdade, de palavras ‘ocas’ mas bonitas está o mundo cheio, e em particular este nosso cantinho à beira-mar plantado. Daí que o meu destaque vai mais ao encontro do conteúdo do seu artigo do que da escrita do mesmo, que não deixa de ser sublime, embora a sua modéstia o impeça de o admitir.

    Também compreendo perfeitamente que a ‘Gloriosasfera’ queira agradar a Deus e ao Diabo, mas da minha parte preferia que, a dar destaque a alguma coisa, fosse pela sua qualidade e não pela sua quantidade ou ‘poder aglutinador’ de interesse ou massificação. Daí que, desde que dedico o pouco tempo livre que me resta a visitar blogs ou páginas de informação sobre uma das minhas maiores paixões, o Benfica, seja com algum desgosto que verifico o nível nos mesmos em alguns casos, não em escrita, mas em conteúdo. E, tal como escreveu, é notória a razão da sua existência em função do número de comentários, a maledicência, e até em certos casos de claro oportunismo e outras razões pouco claras.

    É com bastante agrado que há pouco tempo tomei conhecimento da sua página e desde que aqui cheguei, não mais deixei de visitar. Confesso até que por vezes a sua escrita é bastante complexa e críptica até para mim, que não me furto a uma boa leitura com um tipo de escrita mais complicado desde que, claro está, o conteúdo da mesma valha a pena o esforço. No entanto, se a escrita é por vezes complexa, em contrapartida, o seu conteúdo é claro como a água! Os seus textos podem ser demasiado longos, mas sem dúvida valem a pena uma leitura atenta, mesmo que para tal se perca algum do precioso tempo, sem dúvida valem o esforço.

    Resta-me desejar-lhe a continuação na escrita dos seus artigos e que inspiração não lhe falte, pois certamente eu estarei cá para os ler, conforme a disponibilidade. E sou eu que tenho que agradecer as suas palavras e não o contrário.

    Um grande abraço e…

    VIVA O BENFICA!!!

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  6. Uma palavra costuma deferir os seus artigos (chamar 'post' a isto seria menorizar): BRILHANTE

    Abraço

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  7. Caros "the_passenger" e Carlos Alberto.

    Naturalmente que não podemos nem devemos recusar a evolução. E a evolução da língua também.
    A palavra "post" dá o seu contributo a essa evolução linguística que vai sendo também feita à custa de estrangeirismos. Estrangeirismos que não me parecem, só por si, de substimar, muito em particular quando dificilmente uma palavra genuinamente portuguesa existe para lhe transmitir todo o sentido que encerra.

    Quando digo que não gosto muito da aplicação da palavra é àquilo que escrevo.
    E não é por julgar superior a minha escrita, bem longe disso.
    É que eu, apesar de ainda ter uma ideia muito desfocada de todo o sentido que a palavra pretende exprimir, tenho a sensação que ela ganha mais sentido em outro tipo de escrita, com outro estilo e conteúdo, não melhor ou pior, mas outro estilo e conteúdo.
    Posso estar redondamente enganado porque confesso a minha ignorância sobre a abrangência do termo.

    Eu gosto, sempre gostei, de expressar esse gosto pela língua portuguesa, incluindo por aqueles termos que, mesmo em desuso, ainda nos transmitem uma grande riqueza de sentimentos e um retrato vivo e pictórico da realidade.
    Claro, já não sinto ter a arte literária que têm os grandes escritores, aquela arte de criar a palavra. Mas a palavra ainda portuguesa.

    De resto, os meus agradecimentos, quanto mais não seja por terem tido a paciência necessária à leitura de textos tão longos e que, admito-o, se podem perfeitamente tornar cansativos.

    Um grande abraço aos dois.

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