Como de costume, ontem mais uma vez vi a Benfica TV no rescaldo do jogo Benfica-Vitória de Setúbal. Mais até de que os comentários feitos pelos convidados do programa, interessam-me as opiniões pós jogo, expressas pelos nossos jogadores e treinador, bem como o sentir da nação Benfiquista, através do contacto telefónico com o programa televisivo.
Um dos Benfiquistas intervenientes queixou-se dos comentários da televisão detentora dos direitos desportivos da transmissão do encontro, coisa, aliás muito longe de ser inédita. Dizia ele que tais comentadores deixavam sibilinamente implícito uma espécie de frete tácito que a equipa setubalense estaria a fazer ao Benfica, sendo muito “macia”, pouco interessada na acutilância – leia-se, jogo duro e trancada, receita que está na ementa de todo o anti-benfiquismo, com o beneplácito dos árbitros da partida – e em colocar problemas à vitória do Benfica. A equipa setubalense estava a ser, na opinião destas “inteligências”, aquela equipa macia, sem fazer “ondas”, que o Benfica precisava para se “regenerar”.
Este tipo de queixa é recorrente e, salvo o devido respeito, não tem a mínima razão de ser. Não o digo apenas em atenção à substância dos comentários. Refiro-o e reitero-o relativamente à importância que um Benfiquista ainda dispensa a algo tão reles como isso. É dar-lhe inadequadamente a importância, ainda que pouca, que tais ditotes a ressumarem estupidez não merecem de todo. Não ofende quem quer mas só quem pode e tais comentaristas da sabujice não possuem poder para tanto.
O convidado Pedro Guerra ainda aconselhou o Benfiquista “queixoso” a desligar o som da televisão. A mim até me parece mais aconselhável – considero-o muito mais higiénico – não sintonizar essas televisões. O Benfiquista respondeu que, a partir da audição de tais palermices, optou antes por ouvir o relato na Benfica TV.
Uma resposta à altura de um Benfiquista que só é pena não tenha sido dada desde o início.
Sem colocar de lado a substância da matéria supra expressa, admira-me muito que algum Benfiquista ainda consiga ficar perplexo com comentários do género. Não é por se saber – ou dever saber – que quem é futebolisticamente pequeno neste país não tenta ser grande para igualar o Grande. Tenta apoucar o Grande para o tornar do seu tamanho, ou seja, pequeno como ele. De se tornar grande, não é ele, o pequeno, capaz.
Ora, para isso é de fundamental importância a existência de avençados, serventuários, comissários paus-mandados que, com reverência canina, só procuram agradar ao dono. E todos os Benfiquistas já sabem que toda essa sevandija tem que abanar o rabo à espera do osso prometido … muitas vezes igual à ausência do pontapé no rabo.
Para toda essa gentalha de pantomineiros amestrados, o mérito nunca está do lado do Benfica. Não! Se o Benfica perde ou empata é apenas por demérito seu. Se o Benfica ganha, nunca é por mérito do Benfica mas sempre por demérito do adversário … e ajuda do árbitro também! Aquele foi macio, incompetente, quiçá, fez o jeito! Este foi corrupto – não se esqueçam que, em questões de corrupção, tais “comissários” estão doutorados, ou não tivesse o seu “papa” sido condenado por causa dessas coisas – levou o Benfica ao colo!
É, pois, por isso que um campeonato “à Benfica”, como o do ano transacto, ganho “à Benfica”, não chegou a ser, na opinião de muitos destes provincianos pequeninos cuja missão é abanar a cauda ao dono, ganho … por mérito do Benfica! E a isto não se opõe o facto de ter havido alguns cuja fidelidade canina é um pouco mais amena – em toda a regra há excepções – que, engolindo sapos, é verdade, mesmo assim sentiram-se obrigados a reconhecer muito timidamente esse mérito.
Na época futebolística transacta, as equipas, quase todas elas, foram uns “docinhos”! Até o Braga! Ou já não se lembram dos “docinhos” que alguns jogadores deste clube resolveram ofertar a jogadores e outros dirigentes do Benfica, aquando da visita à pedreira?!
Perguntem a Cardozo!
Até mesmo o FC Porto foi um “docinho”, ao menos no jogo da final da Taça da Liga em que foi goleado, com bandarilhas de fino recorte e pega de frente a condizer com a banda, ao nível da tourada protagonizada pelos seus jogadores Alves, Cebola, Meireles e C.ª, sob os bons auspícios do super-dragão Jorge de Sousa, designado para dirigir o toureio.
Num jogo de futebol, defender um penalti é, como sempre foi, um acontecimento que muitas vezes se verifica. Dá-se-lhe relevo porque é uma tarefa difícil de quem defende, normalmente, e concede-se sempre a este alguma glória, umas vezes mais outras menos. Às vezes é apenas demérito de quem marca.
Assim foi agora com Roberto.
Todavia, as maiores honrarias que lhe dispensaram, dir-se-ia, unanimemente, não tiveram tanto a ver com o feito em si mas mais com os defeitos que antes foram devidamente apregoados acerca dos atributos do agora “herói”. De facto, parece-me que a concessão de tais honrarias teve mais a ver com uma nova oportunidade de sublinhar os defeitos do que enaltecer o feito em si. Se não fosse isso, certamente que não assistiríamos a qualquer concessão de mérito de quem o defendeu mas à proclamação do demérito de quem o marcou.
Muito em particular, penso que também se aproveitou de novo, mais ou menos insinuadamente, para continuar a semear uma certa divisão na família Benfiquista.
Roberto, com o seu feito, teve, enfim, direito a adjectivos de honor. Desde o “antes mal amado” a “de vilão a herói”, passando por um “perdão” finalmente concedido – por quem?! – pela salvação da “ira dos adeptos” e pela “conquista do amor dos Benfiquistas”!…
Os Benfiquistas foram, efectivamente, “tocados” no seu Benfiquismo! Assim acontece, regra geral, com a habitual “seriedade”, “honestidade” e “verdade” – tudo, futebolisticamente falando – de jornalistas tão compreensivos e atentos ao relato dos factos reais que se passam no seio do Benfica! Tão atentos e “verdadeiros” que alguns até escrevem ter o Benfica perdido por 2-0 com o Nacional da Madeira!
No entretanto, os Benfiquistas sempre aplaudiram Roberto, nos treinos e até nos jogos. Por exemplo, logo após o Nacional da Madeira-Benfica, os adeptos Benfiquistas deslocaram-se ao primeiro treino, mesmo sendo ele “fechado”, para apoiarem Roberto. E no jogo de toda a “redenção” contra o Vitória de Setúbal, os adeptos do Benfica aplaudiram e apoiaram Roberto, logo que ele se aprestou para entrar em campo, o que significa que o aplaudiram e incentivaram … antes de ele defender o penalti!
Não depois, mas antes!...
Pode ter havido Benfiquistas que assobiaram Roberto, não o nego. Em toda a regra há excepções o que significa que, verificando-se a existência de excepções é porque há uma regra! Depois, ainda há, infelizmente, Benfiquistas para quem o prejuízo futebolístico do Benfica é o seu único benefício.
Houve alguém que escreveu não admitir que se pudesse comparar, em caso algum, Victor Baía com Roberto. Naturalmente que não existem duas pessoas iguais, já todos o sabemos há muito e de sobra. Mas há motivos de comparação.
Quando Baía foi vendido para o Barcelona, estava no auge, era considerado dos melhores do mundo, foi das mais caras, à época, contratações de guarda-redes. Mas Baía foi praticamente sempre suplente, e muitas vezes terceiro suplente, no Barcelona! E por quê?
Porque nos seus primeiros jogos pelo seu novo clube fartou-se de dar “frangos”. Por exemplo, lembramo-nos de um célebre encontro para a Liga dos Campeões em que o Barcelona, em sua casa, foi goleado por 4-0 e em que Victor Baía foi considerado culpado em, pelo menos, três golos! Por isso, apesar do seu grande valor, que ninguém contesta, nunca se conseguiu impor neste clube e foi recambiado, alguns, poucos, anos depois, a preços de saldo, para o seu antigo clube.
E aos mesmos que rejeitam qualquer comparação e acrescentam que Victor Baía ganhou tudo o que havia para ganhar, basta relembra-lhes que não foi bem assim. Para já, houve um jogador português que também ganhou os troféus que Baía ganhou. Referimo-nos a Figo.
Todavia, Figo, além dos troféus que ganhou, foi ainda campeão do mundo de sub 20 por Portugal, coisa que Baía nunca foi, apesar de Portugal ter sido duas vezes campeão do mundo nesse escalão etário.
Um dos Benfiquistas intervenientes queixou-se dos comentários da televisão detentora dos direitos desportivos da transmissão do encontro, coisa, aliás muito longe de ser inédita. Dizia ele que tais comentadores deixavam sibilinamente implícito uma espécie de frete tácito que a equipa setubalense estaria a fazer ao Benfica, sendo muito “macia”, pouco interessada na acutilância – leia-se, jogo duro e trancada, receita que está na ementa de todo o anti-benfiquismo, com o beneplácito dos árbitros da partida – e em colocar problemas à vitória do Benfica. A equipa setubalense estava a ser, na opinião destas “inteligências”, aquela equipa macia, sem fazer “ondas”, que o Benfica precisava para se “regenerar”.
Este tipo de queixa é recorrente e, salvo o devido respeito, não tem a mínima razão de ser. Não o digo apenas em atenção à substância dos comentários. Refiro-o e reitero-o relativamente à importância que um Benfiquista ainda dispensa a algo tão reles como isso. É dar-lhe inadequadamente a importância, ainda que pouca, que tais ditotes a ressumarem estupidez não merecem de todo. Não ofende quem quer mas só quem pode e tais comentaristas da sabujice não possuem poder para tanto.
O convidado Pedro Guerra ainda aconselhou o Benfiquista “queixoso” a desligar o som da televisão. A mim até me parece mais aconselhável – considero-o muito mais higiénico – não sintonizar essas televisões. O Benfiquista respondeu que, a partir da audição de tais palermices, optou antes por ouvir o relato na Benfica TV.
Uma resposta à altura de um Benfiquista que só é pena não tenha sido dada desde o início.
Sem colocar de lado a substância da matéria supra expressa, admira-me muito que algum Benfiquista ainda consiga ficar perplexo com comentários do género. Não é por se saber – ou dever saber – que quem é futebolisticamente pequeno neste país não tenta ser grande para igualar o Grande. Tenta apoucar o Grande para o tornar do seu tamanho, ou seja, pequeno como ele. De se tornar grande, não é ele, o pequeno, capaz.
Ora, para isso é de fundamental importância a existência de avençados, serventuários, comissários paus-mandados que, com reverência canina, só procuram agradar ao dono. E todos os Benfiquistas já sabem que toda essa sevandija tem que abanar o rabo à espera do osso prometido … muitas vezes igual à ausência do pontapé no rabo.
Para toda essa gentalha de pantomineiros amestrados, o mérito nunca está do lado do Benfica. Não! Se o Benfica perde ou empata é apenas por demérito seu. Se o Benfica ganha, nunca é por mérito do Benfica mas sempre por demérito do adversário … e ajuda do árbitro também! Aquele foi macio, incompetente, quiçá, fez o jeito! Este foi corrupto – não se esqueçam que, em questões de corrupção, tais “comissários” estão doutorados, ou não tivesse o seu “papa” sido condenado por causa dessas coisas – levou o Benfica ao colo!
É, pois, por isso que um campeonato “à Benfica”, como o do ano transacto, ganho “à Benfica”, não chegou a ser, na opinião de muitos destes provincianos pequeninos cuja missão é abanar a cauda ao dono, ganho … por mérito do Benfica! E a isto não se opõe o facto de ter havido alguns cuja fidelidade canina é um pouco mais amena – em toda a regra há excepções – que, engolindo sapos, é verdade, mesmo assim sentiram-se obrigados a reconhecer muito timidamente esse mérito.
Na época futebolística transacta, as equipas, quase todas elas, foram uns “docinhos”! Até o Braga! Ou já não se lembram dos “docinhos” que alguns jogadores deste clube resolveram ofertar a jogadores e outros dirigentes do Benfica, aquando da visita à pedreira?!
Perguntem a Cardozo!
Até mesmo o FC Porto foi um “docinho”, ao menos no jogo da final da Taça da Liga em que foi goleado, com bandarilhas de fino recorte e pega de frente a condizer com a banda, ao nível da tourada protagonizada pelos seus jogadores Alves, Cebola, Meireles e C.ª, sob os bons auspícios do super-dragão Jorge de Sousa, designado para dirigir o toureio.
Num jogo de futebol, defender um penalti é, como sempre foi, um acontecimento que muitas vezes se verifica. Dá-se-lhe relevo porque é uma tarefa difícil de quem defende, normalmente, e concede-se sempre a este alguma glória, umas vezes mais outras menos. Às vezes é apenas demérito de quem marca.
Assim foi agora com Roberto.
Todavia, as maiores honrarias que lhe dispensaram, dir-se-ia, unanimemente, não tiveram tanto a ver com o feito em si mas mais com os defeitos que antes foram devidamente apregoados acerca dos atributos do agora “herói”. De facto, parece-me que a concessão de tais honrarias teve mais a ver com uma nova oportunidade de sublinhar os defeitos do que enaltecer o feito em si. Se não fosse isso, certamente que não assistiríamos a qualquer concessão de mérito de quem o defendeu mas à proclamação do demérito de quem o marcou.
Muito em particular, penso que também se aproveitou de novo, mais ou menos insinuadamente, para continuar a semear uma certa divisão na família Benfiquista.
Roberto, com o seu feito, teve, enfim, direito a adjectivos de honor. Desde o “antes mal amado” a “de vilão a herói”, passando por um “perdão” finalmente concedido – por quem?! – pela salvação da “ira dos adeptos” e pela “conquista do amor dos Benfiquistas”!…
Os Benfiquistas foram, efectivamente, “tocados” no seu Benfiquismo! Assim acontece, regra geral, com a habitual “seriedade”, “honestidade” e “verdade” – tudo, futebolisticamente falando – de jornalistas tão compreensivos e atentos ao relato dos factos reais que se passam no seio do Benfica! Tão atentos e “verdadeiros” que alguns até escrevem ter o Benfica perdido por 2-0 com o Nacional da Madeira!
No entretanto, os Benfiquistas sempre aplaudiram Roberto, nos treinos e até nos jogos. Por exemplo, logo após o Nacional da Madeira-Benfica, os adeptos Benfiquistas deslocaram-se ao primeiro treino, mesmo sendo ele “fechado”, para apoiarem Roberto. E no jogo de toda a “redenção” contra o Vitória de Setúbal, os adeptos do Benfica aplaudiram e apoiaram Roberto, logo que ele se aprestou para entrar em campo, o que significa que o aplaudiram e incentivaram … antes de ele defender o penalti!
Não depois, mas antes!...
Pode ter havido Benfiquistas que assobiaram Roberto, não o nego. Em toda a regra há excepções o que significa que, verificando-se a existência de excepções é porque há uma regra! Depois, ainda há, infelizmente, Benfiquistas para quem o prejuízo futebolístico do Benfica é o seu único benefício.
Houve alguém que escreveu não admitir que se pudesse comparar, em caso algum, Victor Baía com Roberto. Naturalmente que não existem duas pessoas iguais, já todos o sabemos há muito e de sobra. Mas há motivos de comparação.
Quando Baía foi vendido para o Barcelona, estava no auge, era considerado dos melhores do mundo, foi das mais caras, à época, contratações de guarda-redes. Mas Baía foi praticamente sempre suplente, e muitas vezes terceiro suplente, no Barcelona! E por quê?
Porque nos seus primeiros jogos pelo seu novo clube fartou-se de dar “frangos”. Por exemplo, lembramo-nos de um célebre encontro para a Liga dos Campeões em que o Barcelona, em sua casa, foi goleado por 4-0 e em que Victor Baía foi considerado culpado em, pelo menos, três golos! Por isso, apesar do seu grande valor, que ninguém contesta, nunca se conseguiu impor neste clube e foi recambiado, alguns, poucos, anos depois, a preços de saldo, para o seu antigo clube.
E aos mesmos que rejeitam qualquer comparação e acrescentam que Victor Baía ganhou tudo o que havia para ganhar, basta relembra-lhes que não foi bem assim. Para já, houve um jogador português que também ganhou os troféus que Baía ganhou. Referimo-nos a Figo.
Todavia, Figo, além dos troféus que ganhou, foi ainda campeão do mundo de sub 20 por Portugal, coisa que Baía nunca foi, apesar de Portugal ter sido duas vezes campeão do mundo nesse escalão etário.
axo que esta vitoria foi muito boa para o resto de campeonato que ainda ai vem.
ResponderEliminarsem querer tirar pessoas deste blog gostaria só que viessem ver o blog:
http://santos-sempre-benfica.blogspot.com/
Caro Pero, caro Pero... A ver se por agora me consigo manter «online» mais tempo, pois desde mudança de casa, férias, procura de trabalho, ainda pouco profícua, e outras que tais, pouco tempo tenho tido para visitar os amigos, e sinto que estou em falta com os mesmos...
ResponderEliminarGostei muito, como é costume, deste post, e apenas faço um reparo, se não me levar a mal, pois parece que está inacabado... Parece que não tece uma conclusão ao mesmo e que apenas está ainda a apresentar os factos. Foi de mim ou era mesmo essa a intenção?
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
Bimbosfera.blogspot.com