Para que conste do meu registo de interesses, um chavão que está na moda e que, por isso, mal igualmente me não assenta, também eu me sinto “como peixe na água” a opinar e sobretudo a fazer as minhas especulaçõezinhas sobre factos já consumados. Esclareça-se, porque devido, que aquela “água” tem de se encontrar em condições mínimas de sobrevivência para tais criaturas, que já vai havendo que chegue para lhes servir de cadafalso e de cemitério.
Confessava eu que, de acordo com o meu supra citado registo de interesses, me sinto muito confortavelmente, mesmo refasteladamente acomodado, a emitir as minhas “sábias” opiniões sobre o “como devia ter sido e não foi”, as minhas alternativas prenhes de “sapiência” explicativa dos acontecimentos, alternativas cheias de “bom senso e acerto” porque eu nunca falho como falhou o meu criticando, depois de conferir os resultados contrários aos meus desejos.
Quero deixar bem claro que este tema tem como pano de fundo, para mim e para os outros “entendidos”, matérias que, à partida, são susceptíveis de prognose múltipla e de diagnose incerta, tão só devido aos naturais sortilégios que lhes são imanentes e que sem eles aquelas não seriam o que são.
São-no à partida porque, à chegada, após a sua consubstanciação na realidade, já toda a gente deste mundo acerta no diagnóstico e faz por vincar, com acentuado pragmatismo, o brilhantismo do acerto do seu prognóstico. Já toda a gente acerta, eu incluído, em todos os por quês de ter sido assim e não assado e deleita-se nos ensinamentos de subidas explicações, que descem ao pormenor, para seu maior embelezamento, das causas e dos efeitos.
Como já devem ter bem percebido, obviamente que não falo daqueles acontecimentos tipo totoloto ou “euromilhões” em que do mesmo modo muitos prognosticam e muito poucos acertam. Não é que tais acontecimentos não possam gerar discussão prévia e póstuma em que as inteligências mais superiores diagnosticam sempre razões da sua razão. Mas dão sempre o devido desconto, em altas doses até, às máquinas e às bolinhas que ditam a sorte e, em geral, a falta dela.
Os homens acertam … e erram, menos os que nunca fizeram nada ou que apenas diagnosticaram tudo depois da autópsia.
No futebol, se acertam, até imensas sumidades a contragosto se obrigam à exaltação dos feitos bestiais. Se erram, nem que seja logo a seguir a tais façanhas, não há sumidade que não prognostique e em especial diagnostique a besta.
Em qualquer das suas façanhas, estas inteligências “deleitam-nos” com as suas explicações mui prenhadas de sabedoria, de tal modo que, eu incluído, muitos de nós só podemos sentir-nos pequeninos e lamentar que num país onde tanto se fala de improdutividade por deficiente formação profissional se desperdice tanta e tanta erudição no como, modo e por quê das coisas.
Considerar nos areópagos internacionais, com difusão interna quase orgástica, que este país tem uma taxa de analfabetismo elevada relativamente a países evoluídos, é um “tremendo equívoco” e uma “forte injustiça”, em especial a tantos e tantos opinantes sobre a coisa política deste país mas muito mais sobre treinadores, directores desportivos e presidentes de clubes. Opinantes que apresentam, constante e reiteradamente, tanta competência para o treinamento, a contratação, a gestão e até para a filosofia e a psicologia das massas.
Quando o Benfica anda mal, a nação portuguesa anda triste e acabrunhada porque a grande maioria dos seus nacionais pertencem à outra grande nação, a nação Benfiquista.
Nestas ocasiões, os minoritários tão amantes da justiça desportiva que até por ela são condenados devido às suas manigâncias, ao menos na forma tentada, fazem os seus devidos responsos aos fiéis serventuários. Os ecos naqueles Benfiquistas que sonham com a glória de mandar mesmo que os que detêm o poder de lhes conceder o mando não os queiram, ribombam nas suas trombetas como hossanas de glória. No prejuízo vêem eles, muitas vezes, o seu único benefício.
Todos estes que identificámos sabem que conseguem colocar aqueles Benfiquistas que vibraram há bem pouco com a glória a tecerem agora todo o tipo de comentário onde aquela “sapiência” de que se falou aparece exaltada em toda a sua infalibilidade, incluindo no apontar dos culpados. Alguns destes últimos, por descargo de consciência, lá vão escrevendo que os seus “desabafos” se circunscrevem num certo círculo que julgam fechado. Se for preciso, acrescentam que o Benfica é um clube democrático onde impera a liberdade de expressão.
Por mim, parece-me que sentir necessidade de mostrar a sua liberdade de expressão nestas matérias e nestas circunstâncias, julgando-a exercida e demonstrada em tais circunstâncias e matérias, é uma fraca via de afirmação. Mas eu também neste assunto estou a opinar depois das demonstrações reais, depois, digamos, dos resultados, ou seja, dos comentários de tamanha exaltação de sapiência. É falta de imaginação gritante, mas nem sempre podemos sentir-nos tocados pela deusa da inspiração.
Logo, dêem o devido desconto se eu me não pronuncio sobre competências e tácticas depois dos resultados apurados – mesmo sentindo-me muito comodamente nesse papel, se o quisesse exercer – sobre competências de directores desportivos e de gestão, ou seja, sobre negócios de que não conheço os contornos do caso concreto nem o ambiente geral que reina nesse mundo de contratação.
Mas de uma coisa estou seguro e para essa vos peço desconto zero: Num negócio há sempre, pelo menos duas vontades, não antagónicas mas opostas, de sentido contrário. E que para esse negócio se realizar tem de haver acerto de vontades que passa por cedências mútuas.
Claro que há sempre bons negócios para todos, e bons e maus negócios para alguns, dependendo da perspectiva e dos resultados.
Só que estes resultados muitas vezes apenas se conseguem verificar “a posteriori” e não são previsíveis nem diagnosticáveis, acabando até por serem, não raras vezes, surpreendentes.
Mas, está claro, há sempre os que nunca erram! São os que nada fazem para além de emitir opiniões muito “eruditas” … mas só depois dos factos consumados! Eu diria mais, quando o “rabinho” está de fora!
Nestes momentos de conturbação e de profusa dissertação de ideias sobre o certo e o errado, após a manifestação real deste e da entronização virtual do certo, uma enorme pandemia de “estórias” vai povoando as mentes de fantasias recriminatórias.
Queremos melhor do que a “estória” Moutinho?
Foi uma fantasia o jantar entre Moutinho, Pinto da Costa e o empresário daquele, há um ano?
E depois, se Moutinho foi (virtualmente) oferecido e rejeitado?
Não o foi por um treinador que há bem pouco era o mais bestial dos bestiais?
A terminar, uma pergunta:
Será ao Benfica que interessam neste momento todas estas “estórias” e estas “sabedorias” e palpitações de treinamento e de gestão que só desabrocham depois do facto consumado?
Será que não seria bem mais benéfico para o Benfica que os Benfiquistas se mantivessem unidos, apenas aplaudindo, reconfortando e manifestando todo o apoio como nas vitórias?
Confessava eu que, de acordo com o meu supra citado registo de interesses, me sinto muito confortavelmente, mesmo refasteladamente acomodado, a emitir as minhas “sábias” opiniões sobre o “como devia ter sido e não foi”, as minhas alternativas prenhes de “sapiência” explicativa dos acontecimentos, alternativas cheias de “bom senso e acerto” porque eu nunca falho como falhou o meu criticando, depois de conferir os resultados contrários aos meus desejos.
Quero deixar bem claro que este tema tem como pano de fundo, para mim e para os outros “entendidos”, matérias que, à partida, são susceptíveis de prognose múltipla e de diagnose incerta, tão só devido aos naturais sortilégios que lhes são imanentes e que sem eles aquelas não seriam o que são.
São-no à partida porque, à chegada, após a sua consubstanciação na realidade, já toda a gente deste mundo acerta no diagnóstico e faz por vincar, com acentuado pragmatismo, o brilhantismo do acerto do seu prognóstico. Já toda a gente acerta, eu incluído, em todos os por quês de ter sido assim e não assado e deleita-se nos ensinamentos de subidas explicações, que descem ao pormenor, para seu maior embelezamento, das causas e dos efeitos.
Como já devem ter bem percebido, obviamente que não falo daqueles acontecimentos tipo totoloto ou “euromilhões” em que do mesmo modo muitos prognosticam e muito poucos acertam. Não é que tais acontecimentos não possam gerar discussão prévia e póstuma em que as inteligências mais superiores diagnosticam sempre razões da sua razão. Mas dão sempre o devido desconto, em altas doses até, às máquinas e às bolinhas que ditam a sorte e, em geral, a falta dela.
Os homens acertam … e erram, menos os que nunca fizeram nada ou que apenas diagnosticaram tudo depois da autópsia.
No futebol, se acertam, até imensas sumidades a contragosto se obrigam à exaltação dos feitos bestiais. Se erram, nem que seja logo a seguir a tais façanhas, não há sumidade que não prognostique e em especial diagnostique a besta.
Em qualquer das suas façanhas, estas inteligências “deleitam-nos” com as suas explicações mui prenhadas de sabedoria, de tal modo que, eu incluído, muitos de nós só podemos sentir-nos pequeninos e lamentar que num país onde tanto se fala de improdutividade por deficiente formação profissional se desperdice tanta e tanta erudição no como, modo e por quê das coisas.
Considerar nos areópagos internacionais, com difusão interna quase orgástica, que este país tem uma taxa de analfabetismo elevada relativamente a países evoluídos, é um “tremendo equívoco” e uma “forte injustiça”, em especial a tantos e tantos opinantes sobre a coisa política deste país mas muito mais sobre treinadores, directores desportivos e presidentes de clubes. Opinantes que apresentam, constante e reiteradamente, tanta competência para o treinamento, a contratação, a gestão e até para a filosofia e a psicologia das massas.
Quando o Benfica anda mal, a nação portuguesa anda triste e acabrunhada porque a grande maioria dos seus nacionais pertencem à outra grande nação, a nação Benfiquista.
Nestas ocasiões, os minoritários tão amantes da justiça desportiva que até por ela são condenados devido às suas manigâncias, ao menos na forma tentada, fazem os seus devidos responsos aos fiéis serventuários. Os ecos naqueles Benfiquistas que sonham com a glória de mandar mesmo que os que detêm o poder de lhes conceder o mando não os queiram, ribombam nas suas trombetas como hossanas de glória. No prejuízo vêem eles, muitas vezes, o seu único benefício.
Todos estes que identificámos sabem que conseguem colocar aqueles Benfiquistas que vibraram há bem pouco com a glória a tecerem agora todo o tipo de comentário onde aquela “sapiência” de que se falou aparece exaltada em toda a sua infalibilidade, incluindo no apontar dos culpados. Alguns destes últimos, por descargo de consciência, lá vão escrevendo que os seus “desabafos” se circunscrevem num certo círculo que julgam fechado. Se for preciso, acrescentam que o Benfica é um clube democrático onde impera a liberdade de expressão.
Por mim, parece-me que sentir necessidade de mostrar a sua liberdade de expressão nestas matérias e nestas circunstâncias, julgando-a exercida e demonstrada em tais circunstâncias e matérias, é uma fraca via de afirmação. Mas eu também neste assunto estou a opinar depois das demonstrações reais, depois, digamos, dos resultados, ou seja, dos comentários de tamanha exaltação de sapiência. É falta de imaginação gritante, mas nem sempre podemos sentir-nos tocados pela deusa da inspiração.
Logo, dêem o devido desconto se eu me não pronuncio sobre competências e tácticas depois dos resultados apurados – mesmo sentindo-me muito comodamente nesse papel, se o quisesse exercer – sobre competências de directores desportivos e de gestão, ou seja, sobre negócios de que não conheço os contornos do caso concreto nem o ambiente geral que reina nesse mundo de contratação.
Mas de uma coisa estou seguro e para essa vos peço desconto zero: Num negócio há sempre, pelo menos duas vontades, não antagónicas mas opostas, de sentido contrário. E que para esse negócio se realizar tem de haver acerto de vontades que passa por cedências mútuas.
Claro que há sempre bons negócios para todos, e bons e maus negócios para alguns, dependendo da perspectiva e dos resultados.
Só que estes resultados muitas vezes apenas se conseguem verificar “a posteriori” e não são previsíveis nem diagnosticáveis, acabando até por serem, não raras vezes, surpreendentes.
Mas, está claro, há sempre os que nunca erram! São os que nada fazem para além de emitir opiniões muito “eruditas” … mas só depois dos factos consumados! Eu diria mais, quando o “rabinho” está de fora!
Nestes momentos de conturbação e de profusa dissertação de ideias sobre o certo e o errado, após a manifestação real deste e da entronização virtual do certo, uma enorme pandemia de “estórias” vai povoando as mentes de fantasias recriminatórias.
Queremos melhor do que a “estória” Moutinho?
Foi uma fantasia o jantar entre Moutinho, Pinto da Costa e o empresário daquele, há um ano?
E depois, se Moutinho foi (virtualmente) oferecido e rejeitado?
Não o foi por um treinador que há bem pouco era o mais bestial dos bestiais?
A terminar, uma pergunta:
Será ao Benfica que interessam neste momento todas estas “estórias” e estas “sabedorias” e palpitações de treinamento e de gestão que só desabrocham depois do facto consumado?
Será que não seria bem mais benéfico para o Benfica que os Benfiquistas se mantivessem unidos, apenas aplaudindo, reconfortando e manifestando todo o apoio como nas vitórias?
Ahahahah! Grande Gil, crítico mordaz aos sapientes opinadores benfiquistas dos factos consumados.
ResponderEliminarGrande abraço.
Blog do Manuel
Caro Amigo Manuel
ResponderEliminarFaz-se o que se pode pelo nosso Benfica. E faz-se como se sabe.
Mas ele há coisas tão pictóricas que tantos Benfiquistas engolem e depois vomitam - mesmo muitos dos considerados mais "sábios" e "ponderados" - que, se não fossem maléficas para o Glorioso Benfica, serviriam de mote à risada mais despreocupada e descontraída que pudesse existir.
Assim ... fica a tristeza por verificar tantos desperdícios que tanto mal fazem ao nosso querido Benfica.
Um grande abraço
Caro Gil, «queremos sangue, queremos nomes». Toca a dizer os nomes deles, particularmente dos Benfiquistas, para se lhes não dar mais crédito do que o que merecem, pois há muita gente que os leva como certos e depois ficam com a cabeça feita desses seres, que muitos, por Benfiquistas que se digam, jamais o serão... «Jamé» (jamais), eheheheh!
ResponderEliminarVamos a isso, para ver se os pomos de vez na toca, ou se, caso saiam, se levam uma boa paulada, quais coelhos, para ver se se calam de vez!
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
Bimbosfera.blogspot.com