1. O fim de ano futebolístico de 2010 “consagrou” de novo a mentira vergonhosa do futebol português, aquela mentira que nele grassa sem vergonha e sem princípios desde que a turba da máfia do futebol caseiro dele tomou conta sobre a égide de um “papa” comprovadamente mentiroso e corrupto da verdade desportiva.
É uma mentira reiterada ao longo de anos e anos, com poucas consciências atormentadas e muitos sabujos branqueadores que, na lama da perversão dos princípios éticos da verdade e da lisura desportivas em que chafurdam, não se cansam de tentar impingir uma suposta superioridade dos fins sobre os meios. Uma mentira que até em anos em que não colhe fruto se manifesta na tentativa desesperada de se impor e impedir que ganhe a verdade, a lisura e a ética desportivas.
Na sua “doutrinação das virtudes” do fim atingido sem o mínimo resquício de remorso ético sobre o meio empregue, tais sabujos desfiam continuamente mentiras deslavadas sobre os factos sem qualquer pejo de vergonha, conquanto sejam publicamente desmentidos, pelo rigor de verdade factual histórica e por alguns, poucos, que, mais despertos e encorajados, ousam repor a verdade, conquanto em tempos ditos de democracia sofram dos horrores da censura dos ditadores encartados … e não envergonhados, mesmo pertencendo a um jornal que em tempos de ditadura e de repressão do livre pensamento deu cartas de democracia e de tolerância cívica!
Pouco, todavia, há a esperar de uma auto regeneração, que os prosélitos dessa imundice têm a sua sem vergonha infiltrada nos genes como herança congénita, conquanto não forçosamente hereditária. Resta um combate permanente e porfiado contra esta chafurdice numa esperança, que nunca pode esmorecer, de que tal porcaria há-de um dia ser varrida e lavada com um detergente de tal modo corrosivo que não seja um mero branqueador da imundice que revolta as consciências, apesar de tudo maioritárias, conquanto muitas delas acomodadas num desalento de quem se deixa abater por um fado que julgam inevitável mas que de todo o não é.
É certo que a missão de resistência é difícil, tanto mais difícil quanto aqueles em quem confiávamos como os lídimos, não apenas defensores dos princípios éticos e das virtudes de uma sociedade sã, mas fautores do triunfo da justiça que os consagra, se limitam cobardemente a lavar as mãos à laia de Pilatos e quase santificam estes próceres da mentira e da corrupção desportiva.
2. A evidência de tal imundice em que se afundou a verdade desportiva portuguesa pode evidenciar-se nas palavras do responsável maior da nomeação daqueles que, em campo, seria de esperar serem os juízes do triunfo dessa verdade desportiva – é em tal capa que se “embrulham” e que se justificam – um supremo responsável que, como tal, o legítimo era pensar ser o principal juiz do triunfo da dita verdade.
E que diz ele, publicamente, a todos os desportistas e a todos os que prezam a verdade, bem como, principalmente, àqueles a quem incumbiu, presumidamente, de fazer triunfar as leis do jogo?
Perante as queixas legítimas, as queixas sobejamente fundamentadas de quem sofreu os mais descarados desvirtuamentos de aplicação dessas leis, em causa própria e em causa alheia, aqui de sentido inverso, vem afirmar publicamente, «só é enganado quem quer»!
Estamos face a uma afirmação que surpreenderia os crédulos, mas não os “ingénuos” que “só são enganados se quiserem”! Dela apenas pode concluir-se que o erro arbitral contra a verdade desportiva, a manipulação dos resultados, a manigância, a mentira, são princípios implantados e consagrados no futebol português, de tal modo que só os ditos “ingénuos” ainda acreditam na seriedade e na sanidade de uma verdade que deveria impregnar, por ser imanentemente natural à vida, as competições desportivas.
Não é caso de engano, de facto, como afirma Vítor Pereira, que todos já devíamos saber de sobra a lama da vigarice e da tramóia que enformam as competições desportivas em Portugal, aquelas em que o “papa” condenado por corrupção está interessado.
Só que continuam a haver mentes sãs, defensoras dos valores morais da verdade e boa-fé nos princípios éticos, mentes que resistem ao chafurdo da mentira e da corrupção desportivas, os tais “ingénuos” que se deixam enganar por que querem, segundo Vítor Pereira.
Porém, ao contrário do que pensa este paladino defensor e acomodado à porcaria, estas mentes não são enganadas, nem se deixam enganar! Apenas não pactuam, nem pela mera acomodação cobarde, com toda esta enorme mentira em que definha o futebol português que leva personagens altamente consagradas e respeitadas, tanto quanto não enganadas nem se enganando porque querem, a afirmar a todo o mundo que o FC Porto, o chupista da corrupção e dos seus resultados, compra campeonatos no supermercado.
Vítor Pereira, supostamente o juiz dos juízes da verdade desportiva, é o primeiro a conformar-se, segundo as suas palavras, com a trafulhice e a corrupção desportivas, sobrando-lhe apenas o lamento de compaixão a favor dos tais “ingénuos” que, apesar de tudo e ao contrário dele próprio, acreditavam e acreditam ainda no triunfo da verdade.
Por isso e para sermos verdadeiros e mais conformes à realidade, melhor parece que os “ingénuos” são todos aqueles que ainda podem acreditar, minimamente que seja, na hombridade, na seriedade e na competência ética de Vítor Pereira.
Desses se pode dizer, com bem mais propriedade relativamente a este nomeador arbitral por encomenda, “só é enganado quem quer”!
E, de facto, esta é que é a verdade! Vítor Pereira é um produto do sistema desportivo corrupto! Como tal, a sua consciência embotada e domesticada só pode mesmo vir caucionar a actuação daqueles que, descarada e impudicamente, fizeram uma aplicação retorcida tanto quanto descarada das leis desportivas!
Vítor Pereira não se limita a chamar “ingénuos” a quantos acreditam que a actuação arbitral deve ser isenta e imparcial.
Vítor Pereira estimula os árbitros, seus nomeados juízes, à vingança! À vingança que, nas suas palavras, tem sido o “prato servido” àqueles que ousem queixar-se da parcialidade e da obtusidade na aplicação das regras!
Efectivamente, o que retirar da sua frase, «há evidências que demonstram que esse tipo de comentários (os críticos da actuação arbitral) é desfavorável para quem os produz»?
Há “evidências”, diz Vítor Pereira! Ou seja, há já toda uma prática concreta, uma experiência que advém dessa prática de que os juízes árbitros se encarregam de “dar o troco” a quem critica as suas actuações! Eles não estão lá para aplicar as leis do jogo conforme à justiça mas para vingar quem ousar pôr em causa a sua trafulhice consciente e direccionada ou, numa versão eufemística, a sua incompetência!
Com tais afirmações, Vítor Pereira quer transmitir-nos várias das suas “verdades”! Das suas “verdades” e das “verdades” do sistema corrupto em que está inserido, de resto, perfeitamente inserido conforme nos fez questão de confessar!
Vítor Pereira confessa-nos que o sistema futebolístico português é corrupto, que as competições desportivas, os resultados dos confrontos, são uma farsa, uma mentira! Não há que enganar, afirma, “só é enganado quem quer”!
E quem se queixar, leva mais do mesmo, leva “o troco” devido, uma vingança conscientemente servida a frio!
Vítor Pereira confessa-nos que os árbitros, os juízes encarregados de aplicar as regras do desporto segundo os seus princípios da verdade e da lisura, fazem uma aplicação tortuosa das mesmas regras segundo os ditames da corrupção desportiva e dos seus mentores e fautores.
Vítor Pereira confessa-nos, portanto, que essa aplicação incorrecta não resulta do “errare humanum est” mas duma actuação dolosa, conscientemente tendenciosa, de uma actuação previamente querida e direccionada!
Vendo bem as coisas, todavia, Vítor Pereira não nos confessa nada que já não saibamos porque, “ingénuos”, “ingénuos”, ainda conseguimos, e só não vê quem não quer, descortinar toda a conscienciosa e premeditada direcção com que os árbitros, a sua esmagadora maioria, pretendem alcançar os resultados que previram da sua actuação dolosamente parcial.
Mas Vítor Pereira, com as suas públicas afirmações, transmite-nos mais do que confissões. Vítor Pereira faz-nos saber que incita os árbitros à vingança dos que, “ingénuos”, não comem e calam! Vítor Pereira faz questão de, publicamente, caucionar a actuação dos árbitros, que nomeia para aplicar as regras do jogo, à prática dolosa contra os que, sendo parte nas competições desportivas, ousem levantar a voz da crítica!
No fundo, Vítor Pereira faz aquilo para que está vocacionado como homem domesticado pelo regime e dele fazendo parte integrante, salvaguardando o tacho de que desfruta. Defende a corporação dos seus no aconchego das benesses materiais e dos presentes “à forfait”!
3. Vítor Pereira, porém, não confessa agora qualquer novidade! Com efeito, alguns opinantes da nossa praça, poucos, já vão constatando a realidade que ele pretende confessar e, mais do que isso, conseguida alguma coragem, o vão transcrevendo nos seus escritos de opinião.
Tarde, muito tarde, naturalmente, perante a escandalosa demonstração reiterada dos factos desde há tempo demasiado para qualquer consciência eticamente sã e a que as escutas do apito dourado deram expressão convincente e que, se pecaram – e pecaram enormemente – foi por defeito!
É certo que estas escutas, conquanto na sua vertente jurídico-criminal se tivessem revelado – já bastante previsivelmente, convenhamos, atenta a descarada e gritante degradação da aplicação da justiça em Portugal – completamente infrutíferas, tiveram o mérito de nos confirmarem, e a todo o mundo – não o de revelarem o que há muito se sabia – a imundice, a manigância e a corrupção da verdade desportiva que grassava despudoradamente nas competições futebolísticas portuguesas, bem como nos confirmaram a imensa corja dos sabujos dessa imundice, os que celebram o triunfo dos fins sejam quais forem os meios empregues.
Muitos destes, em mais uma demonstração cabal da sua desvergonha, obviamente, até fazem questão de aparecer em presuntivas vigílias a favor … da verdade desportiva!!!...
Voltando a certos articulistas cujo mote introduzimos, vejamos a opinião de um que faz gala em criticar tudo o que seja Benfica.
Pois bem, este opinante escreveu recentemente, num seu artigo de opinião, que “O FC Porto vai ser campeão” porque, além de outras razões que enumerou, tem … “a ajuda dos árbitros”!
E acrescenta:
«Há penálties a favor do FC Porto que só se explicam pela predisposição do árbitro para os marcar»!
“Predisposição”, escreve ele!...
Precisamente aquilo que, implícita mas bem distintamente, nos transmitem as afirmações de Vítor Pereira! Uma actuação previa e conscientemente querida – conscientemente predisposta – para favorecer o clube da corrupção desportiva!
Por conseguinte, uma actuação dolosa contra os princípios da boa e da correcta aplicação das regras desportivas, a favor da consecução de determinado resultado favorável ao clube condenado por corrupção desportiva, resultado esse representado conscientemente pelo autor da mesma actuação e por ele querido como consequência directa desse seu livre actuar.
As afirmações públicas e escritas deste articulista ganham ainda maior predominância se tivermos em conta as premissas que ele colocou como enquadramento destas afirmações. Escreveu ele:
«O facto de não estar ligado a nenhum clube dá-me liberdade para escrever o que penso. Posso dizer mal ou bem do Benfica, bem ou mal do Sporting, ser a favor ou contra o FC Porto, sem ter de dar explicações a ninguém.»
Chama-se a atenção para a nuance “ dizer mal ou bem” … e “ser a favor ou contra” …
Isto é, JAS não se atreve a “dizer bem ou mal” do FC Porto! Fica-se pelo “ser a favor ou contra”!…
Falta-lhe ainda a coragem de ir mais longe! Mas já vai dando alguns passos significativos!
Certamente, contudo, não escapa ao rol dos que “só são enganados porque querem”!...
4. A corrupção desportiva em Portugal, que o apito dourado colocou temporariamente em sentido, sentiu-se fortalecida, protegida e branqueada pelo lavar das mãos à Pilatos de quem tinha a suprema missão de fazer justiça e que dela se demitiu cobardemente à sombra do cómodo e fácil argumento do “não provado”!...
Bastou-lhe, por conseguinte, relembrar métodos muito recentes, bem arreigados e nunca esquecidos mas protegidos e premiados – fruta, viagens de férias, envelopes recheados, etc – para retomar toda a sua pujança!
Os resultados da sua actuação deram os frutos desejados!
E obteve a suprema aprovação daquele que, presumidamente, se suponha, “ingenuamente”, dever ser o superior lídimo defensor da verdade e da transparência dos resultados desportivos, que dele é a missão de nomear os juízes que deviam preservar e aplicar em concreto o triunfo desses mesmos princípios!
Uma aprovação que, relativamente a essa missão de verdade e de ética, só relembrou o óbvio da realidade presente e passada de há cerca de três décadas a esta parte:
«a “compensação” vingativa que é presente oferecido a todos os que ousem pôr em causa o sistema corrupto, à mistura com o relembrar da “ingenuidade” dos que ainda possam acreditar nos valores da honra, da seriedade, da verdade, da ética»!
É uma mentira reiterada ao longo de anos e anos, com poucas consciências atormentadas e muitos sabujos branqueadores que, na lama da perversão dos princípios éticos da verdade e da lisura desportivas em que chafurdam, não se cansam de tentar impingir uma suposta superioridade dos fins sobre os meios. Uma mentira que até em anos em que não colhe fruto se manifesta na tentativa desesperada de se impor e impedir que ganhe a verdade, a lisura e a ética desportivas.
Na sua “doutrinação das virtudes” do fim atingido sem o mínimo resquício de remorso ético sobre o meio empregue, tais sabujos desfiam continuamente mentiras deslavadas sobre os factos sem qualquer pejo de vergonha, conquanto sejam publicamente desmentidos, pelo rigor de verdade factual histórica e por alguns, poucos, que, mais despertos e encorajados, ousam repor a verdade, conquanto em tempos ditos de democracia sofram dos horrores da censura dos ditadores encartados … e não envergonhados, mesmo pertencendo a um jornal que em tempos de ditadura e de repressão do livre pensamento deu cartas de democracia e de tolerância cívica!
Pouco, todavia, há a esperar de uma auto regeneração, que os prosélitos dessa imundice têm a sua sem vergonha infiltrada nos genes como herança congénita, conquanto não forçosamente hereditária. Resta um combate permanente e porfiado contra esta chafurdice numa esperança, que nunca pode esmorecer, de que tal porcaria há-de um dia ser varrida e lavada com um detergente de tal modo corrosivo que não seja um mero branqueador da imundice que revolta as consciências, apesar de tudo maioritárias, conquanto muitas delas acomodadas num desalento de quem se deixa abater por um fado que julgam inevitável mas que de todo o não é.
É certo que a missão de resistência é difícil, tanto mais difícil quanto aqueles em quem confiávamos como os lídimos, não apenas defensores dos princípios éticos e das virtudes de uma sociedade sã, mas fautores do triunfo da justiça que os consagra, se limitam cobardemente a lavar as mãos à laia de Pilatos e quase santificam estes próceres da mentira e da corrupção desportiva.
2. A evidência de tal imundice em que se afundou a verdade desportiva portuguesa pode evidenciar-se nas palavras do responsável maior da nomeação daqueles que, em campo, seria de esperar serem os juízes do triunfo dessa verdade desportiva – é em tal capa que se “embrulham” e que se justificam – um supremo responsável que, como tal, o legítimo era pensar ser o principal juiz do triunfo da dita verdade.
E que diz ele, publicamente, a todos os desportistas e a todos os que prezam a verdade, bem como, principalmente, àqueles a quem incumbiu, presumidamente, de fazer triunfar as leis do jogo?
Perante as queixas legítimas, as queixas sobejamente fundamentadas de quem sofreu os mais descarados desvirtuamentos de aplicação dessas leis, em causa própria e em causa alheia, aqui de sentido inverso, vem afirmar publicamente, «só é enganado quem quer»!
Estamos face a uma afirmação que surpreenderia os crédulos, mas não os “ingénuos” que “só são enganados se quiserem”! Dela apenas pode concluir-se que o erro arbitral contra a verdade desportiva, a manipulação dos resultados, a manigância, a mentira, são princípios implantados e consagrados no futebol português, de tal modo que só os ditos “ingénuos” ainda acreditam na seriedade e na sanidade de uma verdade que deveria impregnar, por ser imanentemente natural à vida, as competições desportivas.
Não é caso de engano, de facto, como afirma Vítor Pereira, que todos já devíamos saber de sobra a lama da vigarice e da tramóia que enformam as competições desportivas em Portugal, aquelas em que o “papa” condenado por corrupção está interessado.
Só que continuam a haver mentes sãs, defensoras dos valores morais da verdade e boa-fé nos princípios éticos, mentes que resistem ao chafurdo da mentira e da corrupção desportivas, os tais “ingénuos” que se deixam enganar por que querem, segundo Vítor Pereira.
Porém, ao contrário do que pensa este paladino defensor e acomodado à porcaria, estas mentes não são enganadas, nem se deixam enganar! Apenas não pactuam, nem pela mera acomodação cobarde, com toda esta enorme mentira em que definha o futebol português que leva personagens altamente consagradas e respeitadas, tanto quanto não enganadas nem se enganando porque querem, a afirmar a todo o mundo que o FC Porto, o chupista da corrupção e dos seus resultados, compra campeonatos no supermercado.
Vítor Pereira, supostamente o juiz dos juízes da verdade desportiva, é o primeiro a conformar-se, segundo as suas palavras, com a trafulhice e a corrupção desportivas, sobrando-lhe apenas o lamento de compaixão a favor dos tais “ingénuos” que, apesar de tudo e ao contrário dele próprio, acreditavam e acreditam ainda no triunfo da verdade.
Por isso e para sermos verdadeiros e mais conformes à realidade, melhor parece que os “ingénuos” são todos aqueles que ainda podem acreditar, minimamente que seja, na hombridade, na seriedade e na competência ética de Vítor Pereira.
Desses se pode dizer, com bem mais propriedade relativamente a este nomeador arbitral por encomenda, “só é enganado quem quer”!
E, de facto, esta é que é a verdade! Vítor Pereira é um produto do sistema desportivo corrupto! Como tal, a sua consciência embotada e domesticada só pode mesmo vir caucionar a actuação daqueles que, descarada e impudicamente, fizeram uma aplicação retorcida tanto quanto descarada das leis desportivas!
Vítor Pereira não se limita a chamar “ingénuos” a quantos acreditam que a actuação arbitral deve ser isenta e imparcial.
Vítor Pereira estimula os árbitros, seus nomeados juízes, à vingança! À vingança que, nas suas palavras, tem sido o “prato servido” àqueles que ousem queixar-se da parcialidade e da obtusidade na aplicação das regras!
Efectivamente, o que retirar da sua frase, «há evidências que demonstram que esse tipo de comentários (os críticos da actuação arbitral) é desfavorável para quem os produz»?
Há “evidências”, diz Vítor Pereira! Ou seja, há já toda uma prática concreta, uma experiência que advém dessa prática de que os juízes árbitros se encarregam de “dar o troco” a quem critica as suas actuações! Eles não estão lá para aplicar as leis do jogo conforme à justiça mas para vingar quem ousar pôr em causa a sua trafulhice consciente e direccionada ou, numa versão eufemística, a sua incompetência!
Com tais afirmações, Vítor Pereira quer transmitir-nos várias das suas “verdades”! Das suas “verdades” e das “verdades” do sistema corrupto em que está inserido, de resto, perfeitamente inserido conforme nos fez questão de confessar!
Vítor Pereira confessa-nos que o sistema futebolístico português é corrupto, que as competições desportivas, os resultados dos confrontos, são uma farsa, uma mentira! Não há que enganar, afirma, “só é enganado quem quer”!
E quem se queixar, leva mais do mesmo, leva “o troco” devido, uma vingança conscientemente servida a frio!
Vítor Pereira confessa-nos que os árbitros, os juízes encarregados de aplicar as regras do desporto segundo os seus princípios da verdade e da lisura, fazem uma aplicação tortuosa das mesmas regras segundo os ditames da corrupção desportiva e dos seus mentores e fautores.
Vítor Pereira confessa-nos, portanto, que essa aplicação incorrecta não resulta do “errare humanum est” mas duma actuação dolosa, conscientemente tendenciosa, de uma actuação previamente querida e direccionada!
Vendo bem as coisas, todavia, Vítor Pereira não nos confessa nada que já não saibamos porque, “ingénuos”, “ingénuos”, ainda conseguimos, e só não vê quem não quer, descortinar toda a conscienciosa e premeditada direcção com que os árbitros, a sua esmagadora maioria, pretendem alcançar os resultados que previram da sua actuação dolosamente parcial.
Mas Vítor Pereira, com as suas públicas afirmações, transmite-nos mais do que confissões. Vítor Pereira faz-nos saber que incita os árbitros à vingança dos que, “ingénuos”, não comem e calam! Vítor Pereira faz questão de, publicamente, caucionar a actuação dos árbitros, que nomeia para aplicar as regras do jogo, à prática dolosa contra os que, sendo parte nas competições desportivas, ousem levantar a voz da crítica!
No fundo, Vítor Pereira faz aquilo para que está vocacionado como homem domesticado pelo regime e dele fazendo parte integrante, salvaguardando o tacho de que desfruta. Defende a corporação dos seus no aconchego das benesses materiais e dos presentes “à forfait”!
3. Vítor Pereira, porém, não confessa agora qualquer novidade! Com efeito, alguns opinantes da nossa praça, poucos, já vão constatando a realidade que ele pretende confessar e, mais do que isso, conseguida alguma coragem, o vão transcrevendo nos seus escritos de opinião.
Tarde, muito tarde, naturalmente, perante a escandalosa demonstração reiterada dos factos desde há tempo demasiado para qualquer consciência eticamente sã e a que as escutas do apito dourado deram expressão convincente e que, se pecaram – e pecaram enormemente – foi por defeito!
É certo que estas escutas, conquanto na sua vertente jurídico-criminal se tivessem revelado – já bastante previsivelmente, convenhamos, atenta a descarada e gritante degradação da aplicação da justiça em Portugal – completamente infrutíferas, tiveram o mérito de nos confirmarem, e a todo o mundo – não o de revelarem o que há muito se sabia – a imundice, a manigância e a corrupção da verdade desportiva que grassava despudoradamente nas competições futebolísticas portuguesas, bem como nos confirmaram a imensa corja dos sabujos dessa imundice, os que celebram o triunfo dos fins sejam quais forem os meios empregues.
Muitos destes, em mais uma demonstração cabal da sua desvergonha, obviamente, até fazem questão de aparecer em presuntivas vigílias a favor … da verdade desportiva!!!...
Voltando a certos articulistas cujo mote introduzimos, vejamos a opinião de um que faz gala em criticar tudo o que seja Benfica.
Pois bem, este opinante escreveu recentemente, num seu artigo de opinião, que “O FC Porto vai ser campeão” porque, além de outras razões que enumerou, tem … “a ajuda dos árbitros”!
E acrescenta:
«Há penálties a favor do FC Porto que só se explicam pela predisposição do árbitro para os marcar»!
“Predisposição”, escreve ele!...
Precisamente aquilo que, implícita mas bem distintamente, nos transmitem as afirmações de Vítor Pereira! Uma actuação previa e conscientemente querida – conscientemente predisposta – para favorecer o clube da corrupção desportiva!
Por conseguinte, uma actuação dolosa contra os princípios da boa e da correcta aplicação das regras desportivas, a favor da consecução de determinado resultado favorável ao clube condenado por corrupção desportiva, resultado esse representado conscientemente pelo autor da mesma actuação e por ele querido como consequência directa desse seu livre actuar.
As afirmações públicas e escritas deste articulista ganham ainda maior predominância se tivermos em conta as premissas que ele colocou como enquadramento destas afirmações. Escreveu ele:
«O facto de não estar ligado a nenhum clube dá-me liberdade para escrever o que penso. Posso dizer mal ou bem do Benfica, bem ou mal do Sporting, ser a favor ou contra o FC Porto, sem ter de dar explicações a ninguém.»
Chama-se a atenção para a nuance “ dizer mal ou bem” … e “ser a favor ou contra” …
Isto é, JAS não se atreve a “dizer bem ou mal” do FC Porto! Fica-se pelo “ser a favor ou contra”!…
Falta-lhe ainda a coragem de ir mais longe! Mas já vai dando alguns passos significativos!
Certamente, contudo, não escapa ao rol dos que “só são enganados porque querem”!...
4. A corrupção desportiva em Portugal, que o apito dourado colocou temporariamente em sentido, sentiu-se fortalecida, protegida e branqueada pelo lavar das mãos à Pilatos de quem tinha a suprema missão de fazer justiça e que dela se demitiu cobardemente à sombra do cómodo e fácil argumento do “não provado”!...
Bastou-lhe, por conseguinte, relembrar métodos muito recentes, bem arreigados e nunca esquecidos mas protegidos e premiados – fruta, viagens de férias, envelopes recheados, etc – para retomar toda a sua pujança!
Os resultados da sua actuação deram os frutos desejados!
E obteve a suprema aprovação daquele que, presumidamente, se suponha, “ingenuamente”, dever ser o superior lídimo defensor da verdade e da transparência dos resultados desportivos, que dele é a missão de nomear os juízes que deviam preservar e aplicar em concreto o triunfo desses mesmos princípios!
Uma aprovação que, relativamente a essa missão de verdade e de ética, só relembrou o óbvio da realidade presente e passada de há cerca de três décadas a esta parte:
«a “compensação” vingativa que é presente oferecido a todos os que ousem pôr em causa o sistema corrupto, à mistura com o relembrar da “ingenuidade” dos que ainda possam acreditar nos valores da honra, da seriedade, da verdade, da ética»!
É sempre a mesma merda. Não tenho grande fé. E sinceramente este jogo apenas serviu para provar que este ano será mais do mesmo.
ResponderEliminarCompletamente protegidos pela arbitragem.
Este ano nem têm disfarçado. Não há UM ÚNICO JOGO que seja LIMPO!
São sempre empurrados para a vitória. Temos de nos revoltar! Isto não pode continuar assim.
Ainda por cima com o vitor pereira a gozar com a nossa cara!!
Espero apenas que o Benfica não se deixe dormir, podemos até não ganhar o campeonato, mas temos de manter a pressão nos corruptos para que eles não sintam que isto vai ser fácil.
Vão ter de roubar ainda muito, muito até o roubo final desta palhaçado, pois a equipa não vai dormir.
Se o ano passado só nos deixaram ser campeões à última jornada, impedindo-nos de ter alguma folga que nos permitisse gerir a Liga Europa, este ano também não lhes podemos dar descanço!
Amigo Gil Vicente, como sempre mais um grande artigo.
ResponderEliminarSobre o Pereira concordo e já escrevi no meu blog hoje que teve uma atitude de 'puta sem vergonha' ao dizer o que disse.
Quanto ao JAS, temos de ver que ele tem a mais famosa jornalista (não quero me armar em Correio da Manhã e dizer que ele é amante dela) no Sol que foi a 'biografa oficial' do Mafioso Mor.
Abraço
O post não é um "dedo na ferida" mas mais uma mão na chaga
ResponderEliminarque é esta corrupção galopante agora mais enquadrada na realidade Portuguesa dado que já é transversal a toda a sociedade.
Como (ainda) bom garfo, as postas grandes agradam-me.
O corruptor-mor desportivo está cada vez mais "em casa" uma vez que nem políticos nem juízes lhe podem apontar o dedo ou arriscam-se a que lhe partam as telhas de vidro que lhes povoam os telhados.
Não tendo o "apito dourado" feito mossa de maior aos ditos, serviu sim para os colocar mais na defensiva e agora mesmo com polícia e justiça a sério seria muito difícil apanhá-los.
O negócio dos "telélés" descartáveis deve ter dado grande salto!
Quanto ao JAS, após me aperceber da sua veia azulada, deixei de comprar o jornal.
Será que mais Benfiquistas fizeram o mesmo a ponto do dito já estar a amaciar o discurso?
Espero que sim porque é das poucas coisas onde os podemos atingir ainda. Na carteira!
Um pequeníssimo pormenor, porque detesto o JAS, convém referir que é benfiquista. A equidistância pública, mas não em privado, que mantém em relação aos grandes, ainda mais me faz detestar esse palhaço.
ResponderEliminarPara todo o sempre ficar-me-á na memória a entrevista que, enquanto director do Expresso, deu à revista... do Expresso.
Uma entrevista em que o jornalista encarregue do serviço não questionou a seguinte afirmação acerca da "veia literária" do JAS: "Tenho consciência que estou a escrever dois grandes romances".
Por lá também foi possível ler esta introdução a uma pergunta: "Ao longo destes já longos anos que tem tão bem dirigido o Expresso..."
Não estou a inventar. Isto é verdade. Afinal, o que se poderia esperar de alguém que não assume publicamente o seu benfiquismo?