Confesso com a maior
naturalidade que não sou nenhum especialista, muito longe disso, na apreciação
crítica dos géneros de teatro. Posso dizer – e a opinião vale o que vale,
repito – que o drama é o mais difundido e espontâneo, conquanto se pense que a
comédia é a mais acessível e a tragédia, verdadeiramente tragédia, aquela que exige
um maior requisitório de dotação artística ao escritor e aos intérpretes das personagens.
É certo que em tempos de
escassez de dote artístico, aparecem em tropel os pretendentes à comédia.
Pretensos comediantes sem graça que, bastardamente envaidados, imaginam graça na
ausência de graça, numa autêntica burlesqueada que só é burlosa para quem ainda
detenha algum resquício de benemerência auditiva e visionária.
A comédia, por conseguinte –
continua a ser somente a minha opinião desinstruída – é também um género de
teatro que considero muito difícil de impingir em letra de forma e muito mais
difícil de interpretar fora do caricato da ridiculez.
Vem isto a propósito da
reles versão supostamente interpretativa de Proença sobre o bem tratado relvado
do Bonfim. Todo de negro, passeando com ar de suposto entendido, ajanotado, pintelhos
adejando ao relento por causa de uma aragem que provinha das proximidades do
oceano, a figura poderia, a pretender-se dose de boa vontade natalícia, até
apresentar uma comicidade não arredia da tragicomédia que ele prosapiamente
julgava poder interpretar.
Mas não, Proença é um
vassalo intérprete que representa, naturalmente, o seu insulso dote farsante. É
um mero jogral cuja truanice é assalariada com os pontos classificativos que
lhe proporcionam as apitadelas fora de portas e o correspondente dinheiro
poupado na comilagem da “fruta”.
Os autores da pelintragem,
um bem conhecido pela condenação da sua batotice desportiva e outro pela
vassalagem que vem devotando ao dito, não desejavam comédia mas tragédia!
Proença, todavia, não é tão
bom entendedor quanto capacho. E obrigou-os ao duplo chasqueio, o de uma
autoria da peralvilhice com o acremento da bobeira jactante de uma necessitada representação
do seu papel maltrapilho.
Proença está habituado à
comédia da “verdade desportiva pro forma”
em show de apito! E não à tragicomédia que era a máscara – ou melhor, a falta
dela – do truão e do seu serventuário.
Adivinhar o desfecho é obra
de principiante. Estava programado, melhor programado do que o GPS que, da
outra vez, conduziu o árbitro à casa da Madalena.
Pena o desmantelamento prematuro
da espionagem de Cristóvão!
Ou talvez não, não valesse a
pena! Treinado que diziam em investigação – que engloba sempre réstia de
espionagem – ainda assim acredito que Cristóvão era e é um casquilho perante os
dotes mafiosos da verdade desportiva “papal”
e não teria conseguido aperceber-se de mais esta tramoia de quem foi canonizado
com o dom da impunidade terrena da sua trampolinice.
“Adiou-se a verdade”, é o título de uma crónica de opinião de um
ilustre Benfiquista no Jornal “O Benfica”
acerca do assunto.
Concordo na totalidade com a
substância.
Discordo do título apenas
porque pode levar o leitor a concentrar-se somente na tragicomédia fraudulosa.
O ilustre autor sabe bem
demais que a verdade, a desportiva que é a que pressupõe no seu artigo, já foi
adiada há 30 anos atrás.
E adiada “sine dia”.
Vou tecer hoje, se não me
engano pela segunda vez, um comentário a mais um belo escrito da não menos bela
e ilustre Benfiquista, Leonor Pinhão, cujos artigos não leio mas sorvo na delícia
do seu plasmado Benfiquismo.
É claro que Leonor Pinhão
repõe no devido lugar a verdade que muitos de nós sabíamos mas também muitos outros
de nós, Benfiquistas, eventualmente ignorávamos.
Godinho está tão engravidado
de aldrabão do facto histórico quanto totalmente esvaído de títulos desportivos
e tudo o que lhe passa pela cabeça enviesada da “verdade” de um suposto “triunfo”
sobre o Benfica, ainda que seja à bisca lambida – o SCP é muito eclético neste
tipo de “modalidades” – é seu motivo
de orgulho … na aldrabice.
Basta ler e deliciar-se com
o artigo de Leonor Pinhão em “a bola”, de 20-12-2012, para se aperceber o
desmascarar público da aldrabada de Godinho.
Já uma vez o escrevi e
repito:
«Tem D. Leonor a “fermosura” das almas predilectas do Benfiquismo, a
sabedoria sublime com que cuida das letras nas suas belas crónicas de fervor Benfiquista.
Dilecta das musas, “fermosa” e segura na arte com que bica nos adversários e
excelsa o nosso Glorioso Benfica, delicia-nos as almas gémeas de paixão
clubística imortal».
Mas, por vezes, parece que
vai, “fermosa”, sempre, mas “não segura”, raras vezes!
Neste caso, todavia,
compreendo-a. Estamos na época natalícia. “Paz
na Terra aos Homens de Boa Vontade”.
Foi o que desejou, estou certo,
quando escreveu, «o Presidente do Benfica não deveria ter chamado o que
chamou ao presidente do Sporting».
“Fermosa” Leonor, é verdade que tinha acabado de escrever textualmente, «mentir nunca dá jeito a ninguém»!
No entretanto, movida pela
época que deve ser de Paz e Harmonia, veio logo mostrar seu coração cheio de
Boa Vontade cá na Terra e amenizou eufemisticamente o «aldrabão» no … «“deslize” no compromisso com a verdade»!
Por isso, acabamos por estar
de acordo! Um mentiroso é um mentiroso e um aldrabão é um aldrabão!
Ainda que o mentiroso seja o
maior aldrabão da verdade!
Meireles é um cuspinhador
por impulsão, tanto a dita “amarelinha”
o projectou num cuspido. Formado e reformado no chiqueiro, o seu cuspidouro é o
universo. Já outros o inventaram, o guião é imutável.
Não deslustrando
ensinamento, menos espanta o redondel da sua arena ou a redondeza de quem o pospõe.
No entretanto, surpreende
que haja um redondel que acorra ao conspurco com o conspurco, edificando a
pocilga?
Aparecendo na sua vanguarda
o responsável federativo máximo, o estrangeiro diria que o universo
futebolístico português se assemelharia a um país de porcos!
Graças, porém, ao youtube,
eles sabem que o curral está circunscrito, tanto quanto não desconhecem que não
é aquele responsável máximo federativo o mais alto mandador mas tão só um simples
mandarete da abjecta cuspidura.
Não, Portugal ainda não é um
País de porcos. A egrégia, a magnificente cidade invicta não merecia que nela
assentasse o coio da verdade desportiva, como todo o Mundo sabe e presenciou
através da audição das escutas, excepção digna de uma justiça da injustiça em
que se tornou a Justiça portuguesa.
Mas o coio e os seus “artistas” são finitos!
A sublime Invicta permanecerá eternamente!
Que bela "prenda de natal".
ResponderEliminarComo sempre...EM GRANDE!
Abraço
É só mais do mesmo! Já nem vale a pena uma pessoa se chatear com isto... O que interessa é que as minhas apostas na betclic se confirmem e que esta época o Benfica seja CAMPEEAAAOO :)
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