quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

NOVAS DE ANO VELHO EM ANO NOVO



Até aqui tinha Eduardo Barroso por um grande médico-cirurgião, no aspecto profissional, e por um grande lírico, um inofensivo com dichotes artolas de idiotismo sobre o futebol, um sonhador e um ilusionista convicto do sentido da realidade do seu Sporting. Depois do que ultimamente resolveu revelar, tive de mudar de opinião, embora daquele suporte pessoal de ditos “ilustres” leões os casos de sarjeta sejam tantos que mais um já não pode provocar sensação.
Apesar de tudo, julgava-o como se deve julgar todo o mundo, por regra. Uma pessoa de normal decência … até prova em contrário.
Todavia, depois de ter confessado recentemente que tinha a certeza de ter havido «irregularidade gravíssimas e inacreditáveis» (SIC) nas últimas eleições do seu clube, ter ficado calado, mudo e quedo, e, em especial, ter-se aproveitado dessas “irregularidades gravíssimas e inacreditáveis” para ocupar o mais alto cargo representativo dos sócios da sua agremiação, só posso pensar que, em termos de honestidade como dirigente, representando todo o estrato pessoal da sua agremiação, caiu no fundo do abismo, acompanhando o clube que é o seu mas, valha-lhes isso, não ainda alguns sócios ou adeptos que representava.
E não acrescento que continua a representar porque um dirigente que ocupa o inerente cargo assente nas bases que ele revelou só pode representar-se a ele próprio e aos que são, pensam e agem como ele.
E não representa grande coisa, provou-o o próprio.



Já é considerado um burlão com uma certa fama. No entanto e segundo rezam (boas) crónicas, é um fraco burlão. Por isso, nem sequer é preciso matar a cabeça com a muito fácil solução para decifrar a dicotomia. Foi o fraco burlão que fez fracos os fracos jornalistas burlados na ânsia da primogénita exclusividade – normalmente, do que já toda a gente sabe – ou foram os fracos jornalistas que fizeram fraco o fraco burlão?
A resposta é simples porque a fraqueza é o dom degustado por todos eles sem necessidade de acompanhamento do mínimo copo de três.
Tão fracos, todos eles, até na tentativa ingénua do logro e da camuflagem! Ficaram calados e mudos conforme ao seu raquitismo e não afamaram o burlão com os únicos “merecimentos” que brilham no seu “curriculum vitae”, o de ter pertencido em certo momento, cargo natural de resto, ao Conselho Fiscal do Sporting e, até à sua renúncia ou expulsão recentes, membro da chamada comissão de accionistas da respectiva sociedade desportiva.
Não é que falar do Sporting lhes providenciasse, àqueles ditos jornalistas, algum mérito. Mas a vergonha foi mais substanciosa!
Além de que o Sporting é mesmo um clube diferente, tal como o vão atestando os mais diversos factos todos os dias!


A poupança é normalmente entendida no sentido do não dispêndio de tudo o que se obtém e se detém, é não consumir tudo o que se consegue e tem.
Ora, a este propósito veio há pouco um jornal da praça com a notícia de que o Sporting pretende poupar três milhões. Só que o mesmo e outros jornais noticiavam dias antes, e continuam a noticiar, que este clube precisava com urgência de cerca de 50 milhões.
É do conhecimento comum que o Sporting se encontra nas lonas, exaurido de bens líquidos e mesmo de outros bens que não são assim tantos.
De acordo com estes dados, contraditórios, a pergunta que se impõe é a de como é que pode poupar alguma coisa quem nada tem para consumição caseira quotidiana, nem que seja só para o mata-bicho, quanto mais para poupanças! Que tentem oferecer jogadores que comem tudo menos jogar à bola, conquanto lhes digam, não, não os queremos, obrigado, ou aproveitem as promoções dos transportadores e recambiem contentores cheios de traça para o Freixo, talvez consigam precisar de menos milhões.
Até podem vir a gastar menos! Mas poupar, isso é que não faz qualquer sentido!



Segundo um grande cronista que, apesar de sportinguista – não lagarto, acrescente-se – não deixo de apreciar nas suas crónicas, no Sporting pratica-se mais uma modalidade no ecletismo da bisca lambida, a modalidade que ele, cronista, denomina por «a arte da fuga».
E fundamenta!
Fugiram Cristóvão, Barbosa, Duque e Freitas da equipa mandante, escolhidos pelo presidente Godinho. Fugiram Paciência – que até demonstrou muita paciência – Sá Pinto do boxe e da lambada, com risco de olho à belenenses, Oceano e não tarda Vercauteren que, segundo jornais estrangeiros, já não é o treinador.
E finalmente, começam a querer fugir os jogadores, os que foram anunciados de “craques” ainda por cima!



Rezam as crónicas que na última AG do FC Porto estiveram 40 pessoas o que significa que, por uma vez, Miguel consegue fazer com que o facto histórico ludibrioso que utiliza como norma bata com a realidade.
As outras assembleias gerais, as dos outros clubes, são uma vergonha, há gente para discutir ideias – outros nem tanto, mas lá estão – há exaltamentos, há discussão de opiniões e caminhos a opinar.
Nas no clube de Miguel há plebiscitos de meia dúzia de compinchas, contando com a milícia guarda-costas, isto pelo menos até à bancarrota ou à fuga do banqueiro das comissões.


Ainda a propósito dos exemplares deste clube, Vilas Boas afirma, «lá tudo é muito profissional. É raro encontrar um clube tão bem organizado como o FC Porto».
Não se pode levar a mal a quem cita realidades bem sabidas, conquanto tais afirmações sejam meros pleonasmos. Frases ocas, sem sentido, não fosse o youtube ter “canonizado ad aeternum” as escutas do apito.
“Profissional” e “organizado” são tudo conceitos vagos, genéricos. Em si, nada revelam porque os conteúdos existem em qualquer conceito e Vilas Boas e outros comandados não os querem revelar porque seria fazer eco daquelas escutas telefónicas que todo o mundo ouviu e na primeira pessoa.
Os conceitos têm alicerces, paredes, tecto e patamares. É “profissional” preencher os alicerces com a instrução dos mandatários das (in)justiças desportivas, dos capatazes formadores e comendadores dos árbitros, dos investigadores domesticados que alertam da conveniência temporária das fugas, das polícias que estão cheias de ciscos nos olhos ao olharem em determinada direcção, quando não são elas a armar a guarda pretoriana necessária a que a organização, com alicerces, paredes, patamares e tecto, não venha abaixo.
A seguir, constroem-se as paredes com árbitros da fornada, abastecem-se de “fruta” e “chocolatinhos” à escolha do freguês.
Vem depois a devida atenção aos patamares dos pasquins e jornaleiros, dos ensaboadores da mentira e dos detergentes da pantominice.
Por fim, constroem-se, muito profissionalmente, através dos camarotes reservados, os justiceiros da (in)justiça portuguesa da Justiça.
E temos a cúpula dos conceitos de profissionalismo e organização cujos sentidos e conteúdos só é preciso relembrar de quando em vez aos “artistas” amarelados, mas para isso bastam os jagunços e a sua presença nos balneários, por certo armados de cassetetes ou de outras ferramentas que podem derribar rótulas e segmentos corporais outros de que um jogador se pode gabar para bem representar a sua arte.

Com toda esta argamassa construtora do “profissionalismo e da organização”, temos o hipermercado recheado de campeonatos para que o clube mais bem “organizado e profissional” possa comprar os campeonatos à sua vontade, que não foi difícil aperceber nas palavras de Vilas Boas a influência de Sir Alex Ferguson de cujo território, mas não de competência e de honradez e honorabilidade, aquele pode agora desfrutar.

 

Para rematar as novas de ano velho, a notícia veiculada pelo blogue dos grandes Benfiquistas, “PULPUS CORRUPTUS” de seu nome, de que o Benfica é o único dos (ainda) chamados três grandes a cumprir a recomendação do fair-play financeiro estabelecido pela UEFA.
Um orgulho do Benfiquismo do ano velho mas que vai perdurar no Benfiquismo do Novo Ano.

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