segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A TRAGICOMÉDIA DE PROENÇA



Confesso com a maior naturalidade que não sou nenhum especialista, muito longe disso, na apreciação crítica dos géneros de teatro. Posso dizer – e a opinião vale o que vale, repito – que o drama é o mais difundido e espontâneo, conquanto se pense que a comédia é a mais acessível e a tragédia, verdadeiramente tragédia, aquela que exige um maior requisitório de dotação artística ao escritor e aos intérpretes das personagens.
É certo que em tempos de escassez de dote artístico, aparecem em tropel os pretendentes à comédia. Pretensos comediantes sem graça que, bastardamente envaidados, imaginam graça na ausência de graça, numa autêntica burlesqueada que só é burlosa para quem ainda detenha algum resquício de benemerência auditiva e visionária.
A comédia, por conseguinte – continua a ser somente a minha opinião desinstruída – é também um género de teatro que considero muito difícil de impingir em letra de forma e muito mais difícil de interpretar fora do caricato da ridiculez.

Vem isto a propósito da reles versão supostamente interpretativa de Proença sobre o bem tratado relvado do Bonfim. Todo de negro, passeando com ar de suposto entendido, ajanotado, pintelhos adejando ao relento por causa de uma aragem que provinha das proximidades do oceano, a figura poderia, a pretender-se dose de boa vontade natalícia, até apresentar uma comicidade não arredia da tragicomédia que ele prosapiamente julgava poder interpretar.
Mas não, Proença é um vassalo intérprete que representa, naturalmente, o seu insulso dote farsante. É um mero jogral cuja truanice é assalariada com os pontos classificativos que lhe proporcionam as apitadelas fora de portas e o correspondente dinheiro poupado na comilagem da “fruta”.

Os autores da pelintragem, um bem conhecido pela condenação da sua batotice desportiva e outro pela vassalagem que vem devotando ao dito, não desejavam comédia mas tragédia!
Proença, todavia, não é tão bom entendedor quanto capacho. E obrigou-os ao duplo chasqueio, o de uma autoria da peralvilhice com o acremento da bobeira jactante de uma necessitada representação do seu papel maltrapilho.
Proença está habituado à comédia da “verdade desportiva pro forma” em show de apito! E não à tragicomédia que era a máscara – ou melhor, a falta dela – do truão e do seu serventuário.

Adivinhar o desfecho é obra de principiante. Estava programado, melhor programado do que o GPS que, da outra vez, conduziu o árbitro à casa da Madalena.
Pena o desmantelamento prematuro da espionagem de Cristóvão!
Ou talvez não, não valesse a pena! Treinado que diziam em investigação – que engloba sempre réstia de espionagem – ainda assim acredito que Cristóvão era e é um casquilho perante os dotes mafiosos da verdade desportiva “papal” e não teria conseguido aperceber-se de mais esta tramoia de quem foi canonizado com o dom da impunidade terrena da sua trampolinice.

“Adiou-se a verdade”, é o título de uma crónica de opinião de um ilustre Benfiquista no Jornal “O Benfica” acerca do assunto.
Concordo na totalidade com a substância.
Discordo do título apenas porque pode levar o leitor a concentrar-se somente na tragicomédia fraudulosa.
O ilustre autor sabe bem demais que a verdade, a desportiva que é a que pressupõe no seu artigo, já foi adiada há 30 anos atrás.
E adiada “sine dia”.



Vou tecer hoje, se não me engano pela segunda vez, um comentário a mais um belo escrito da não menos bela e ilustre Benfiquista, Leonor Pinhão, cujos artigos não leio mas sorvo na delícia do seu plasmado Benfiquismo.
É claro que Leonor Pinhão repõe no devido lugar a verdade que muitos de nós sabíamos mas também muitos outros de nós, Benfiquistas, eventualmente ignorávamos.
Godinho está tão engravidado de aldrabão do facto histórico quanto totalmente esvaído de títulos desportivos e tudo o que lhe passa pela cabeça enviesada da “verdade” de um suposto “triunfo” sobre o Benfica, ainda que seja à bisca lambida – o SCP é muito eclético neste tipo de “modalidades” – é seu motivo de orgulho … na aldrabice.
Basta ler e deliciar-se com o artigo de Leonor Pinhão em “a bola”, de 20-12-2012, para se aperceber o desmascarar público da aldrabada de Godinho.

Já uma vez o escrevi e repito:

«Tem D. Leonor a “fermosura” das almas predilectas do Benfiquismo, a sabedoria sublime com que cuida das letras nas suas belas crónicas de fervor Benfiquista. Dilecta das musas, “fermosa” e segura na arte com que bica nos adversários e excelsa o nosso Glorioso Benfica, delicia-nos as almas gémeas de paixão clubística imortal».

Mas, por vezes, parece que vai, “fermosa”, sempre, mas “não segura”, raras vezes!
Neste caso, todavia, compreendo-a. Estamos na época natalícia. “Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”.
Foi o que desejou, estou certo, quando escreveu, «o Presidente do Benfica não deveria ter chamado o que chamou ao presidente do Sporting».

“Fermosa” Leonor, é verdade que tinha acabado de escrever textualmente, «mentir nunca dá jeito a ninguém»!
No entretanto, movida pela época que deve ser de Paz e Harmonia, veio logo mostrar seu coração cheio de Boa Vontade cá na Terra e amenizou eufemisticamente o «aldrabão» no … «“deslize” no compromisso com a verdade»!
Por isso, acabamos por estar de acordo! Um mentiroso é um mentiroso e um aldrabão é um aldrabão!
Ainda que o mentiroso seja o maior aldrabão da verdade!



Meireles é um cuspinhador por impulsão, tanto a dita “amarelinha” o projectou num cuspido. Formado e reformado no chiqueiro, o seu cuspidouro é o universo. Já outros o inventaram, o guião é imutável.
Não deslustrando ensinamento, menos espanta o redondel da sua arena ou a redondeza de quem o pospõe.
No entretanto, surpreende que haja um redondel que acorra ao conspurco com o conspurco, edificando a pocilga?
Aparecendo na sua vanguarda o responsável federativo máximo, o estrangeiro diria que o universo futebolístico português se assemelharia a um país de porcos!
Graças, porém, ao youtube, eles sabem que o curral está circunscrito, tanto quanto não desconhecem que não é aquele responsável máximo federativo o mais alto mandador mas tão só um simples mandarete da abjecta cuspidura.

Não, Portugal ainda não é um País de porcos. A egrégia, a magnificente cidade invicta não merecia que nela assentasse o coio da verdade desportiva, como todo o Mundo sabe e presenciou através da audição das escutas, excepção digna de uma justiça da injustiça em que se tornou a Justiça portuguesa.
Mas o coio e os seus “artistas” são finitos!
A sublime Invicta permanecerá eternamente! 

2 comentários:

  1. Que bela "prenda de natal".

    Como sempre...EM GRANDE!

    Abraço

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  2. É só mais do mesmo! Já nem vale a pena uma pessoa se chatear com isto... O que interessa é que as minhas apostas na betclic se confirmem e que esta época o Benfica seja CAMPEEAAAOO :)

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