segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Os Bombeiros e os Incendiários, Os Silenciosos e os Tagarelas


Domesticados pelo cacete ou doutrinados por lavagens ao cérebro com mais eficiência do que as tentativas de lavagem de escutas telefónicas e, em especial, dos “bons costumes” e boas “boas acções” que nelas são contadas na primeira pessoa, os nossos pasquins de papel e de audiovisual são um espectáculo de um definitório dos acontecimentos ligados ao desporto nacional.
Assim definindo e se definindo, vão infectando os ares da saúde mental das audiências, numa vã tentativa de contágio da sanidade normal de quem tem a paciência ainda de os ouvir ou ver escarrar os dejectos que lhes inundam as carcaças.

Os seus bombeiros são aqueles que acendem fósforos para ver se eles, fósforos, são competentes e estão preparados a incendiar certos materiais, nomeadamente estruturas acomodatícias de espectadores, e se esses materiais são incendiáveis.
Estão, naturalmente, a proceder a um exercício profissional de prevenção, a um simulacro de um incêndio para mais eficientemente o poderem debelar.

Os seus bombeiros são aqueles dirigentes dos simuladores do simulacro que abrem a boca e dizem alto e bom som que os seus bombeiros são pirómanos eficientes na tentativa de combate à piromania e suas consequências.
Ao abrirem a boca lançam achas na fogueira para melhor testarem os seus bombeiros simuladores, ao mesmo tempo que também lançam gafanhotos por ela fora e assim substituem, com pouco esforço, mental, físico e monetário, os gastos astronómicos dos helis e dos canaderes.

Os seus bombeiros são aqueles que deitam – só isso sabem e só disso são capazes – aleivosias boca fora, aleivosias que alguns até designam de finas ironias mesmo que elas apenas se destinem a tentar achincalhar e apoucar, destilando o ódio em que a sua bílis foi gerada.
São os seus bombeiros dos gafanhotos e, em especial, os seus bombeiros dos maus cheiros substituídos pelas suas bufas que tanto admiram e com que tanto se deleitam.

Os seus bombeiros são os que, por “encíclica” doutrinária dos mandamentos corruptivos e dos ensinamentos à obediência, seja com tiros nas rótulas por recusa “sem justa causa” em renovar contratos, seja com um arraial de porrada por recusa, igualmente “sem justa causa”, em rescindir unilateralmente contratos sem receber um tostão, seja para aprenderem a “rezar a missa papal” e evitar cismas dos que ainda queriam ter opinião.

Os seus bombeiros são aqueles que mandam assaltar a vinha, seja das tentativas de falar mal dos árbitros, federação e (in)justiça desportiva ou mandam depositar “generosamente” massas na conta de árbitros.
Os seus bombeiros ficam ao portal, uns porque a barriga lhes não cabe na cerca, outros porque já estão enjoados de visitarem a pérola do Atlântico e dispensam o frete aos seus subordinados.

Os seus bombeiros são os que calam e os que não punem as consequências dos simulacros, dos doutrinamentos, e os que improfícua mas denodadamente tentam ensaboar a sujidade entranhada da corrupção desportiva condenada, sujando-se e mais a sujando.

E os seus incendiários?

Os seus incendiários são todos aqueles, em esmagadora maioria ainda, que condenam os simulacros alucinados de uns fora da lei, daqueles fora da lei que a nossa (in)justiça abençoa e não pune.
O fogo de artifício e a piromania são o deleite daquele definitório da pasquinada e desta (in)justiça.

Os seus incendiários são todos aqueles que, convidados a assaltar a vinha enquanto outros pretendem ficar ao portal, se recusam e ameaçam divulgar o esquema malfeitor ... e depois são punidos pela mesma recusa.

Os seus incendiários são os que apelam à justiça, os que se queixam do seu – dela, justiça – estrabismo, as vítimas que denunciam a corrupção.

Os seus incendiários são aqueles que se queimam, não os que ateiam os fogos.




O Presidente do Sport Lisboa e Benfica não se rebaixou ao nível da corrupção desportiva e de quem é o seu máximo actor. O Presidente do Sport Lisboa e Benfica não atacou quem não merece, do Benfica e dos Benfiquistas, um mínimo de atenção.
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica defendeu um dos grandes símbolos actuais do Benfica e dos Benfiquistas. O Presidente do Sport Lisboa e Benfica defendeu Luisão, o nosso Grande Capitão.

E quem põe o acento no primeiro aspecto afirmando, “até que enfim se quebrou o silêncio ensurdecedor” – querem Presidentes e outros dirigentes papagaios como se eles não tivesse bem mais do que fazer – está a esquecer ou, no mínimo, a depreciar colocando na sombra, em segundo plano, a defesa enérgica de um dos nossos, a defesa que ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica competia fazer e fez.

E fê-la no momento oportuno, depois de sanada uma situação que se prestava a poder originar alguma confusão entre as partes.
E fê-la no sítio certo, entre Benfiquistas e na inauguração de mais um símbolo do Benfica, o plasmar de mais uma grande manifestação de Benfiquismo.




A RTP (Rádio Televisão do “Porto”), qualquer que seja um dos seus canais pagos por todos os portugueses, entenda-se, na maior parte pelos Benfiquistas, foi logo pressurosa cumprir a sua “missão” de porta-voz da corrupção desportiva condenada e lambe botas de cerviz dobrada, ouvindo o “apóstolo papal” decadente da decência moral que, de resto, quanto a esta qualidade se apresentou sempre como um burro que é, tendo-se presente que só os burros é que não mudam e ele, como todos sabem, não mudou nessa sua “piedosa” e por vezes chamada pelos seus confrades missionários de “fina ironia”, um eufémico mal albardado assim igualzinho ao lava mãos “à Pilatos” da (in)justiça portuguesa, lava mãos que não é mais do que o ensaboar na cloaca da chafurdice corrupta.

Por uma vez, todavia, a RTP (Rádio Televisão do “Porto”) fez um pequeno servicinho público ao mostrar-nos um cadavérico engasgado com a condenação pública geral, mais uma, da sua pilhérica personagem, dando-nos uma imagem objectiva, realística e imparcial do mono da decadência ética desportiva deste país.
O cadavérico mono, tagarela habitual, só conseguiu uns balbuciamentos. A sua balbúcie nem dar troco conseguiu mas troco é coisa que o balbuciante não tem para dar porque o troco bem da nota e esta já está a falhar, em reino do clube corrupto que dizem gerir, bem entendido, se bem que mesmo em algibeira própria a garota se possa ter tornado também num sorvedouro não desprezível.
E sem nota não há troco!

No seu balbucio, conseguiu mimetizar – algum resquício de milagre “papal” lá do seu cantão pontifício – algo que lhe não lembra pelo costume e pela experiência privada.
Refiro-me ao palreio da “campanha eleitoral”.
O “papa” entorpecido não tinha mais a que se ater. Então laçou o mote, julgando em sua mente obtusa de bons costumes que estava a ripostar à altura com um libelo marcante da sua tacanha ausência de mínima sabedoria democrática. Não se exija de um “papa” déspota, mentiroso e corrupto condenado, a ínfima compreensão sobre o que consiste uma campanha eleitoral porque ele conhece a expressão somente por tantas vezes a ouvir pronunciar e não por costume useiro e vezeiro do seu reino “papal” onde ela foi para todo o seu sempre esconjurada e excomungada.

Depois, o que mais queriam ouvir de um “papa” atarantado, senil e caquéctico?
Falar dos salários em atraso lá pelas hostes que, dizem, vai gerindo, quando o que mais se tem ouvido falar, nos últimos tempos, é que ele se vê assoberbado com a gerência dos dinheiros que a garota faz afluir em proveito próprio, sem grande descanso para outras gerências?
Falar das vergonhas da corrupção desportiva pela qual foi piedosamente condenado e que são conhecidas de todo o mundo?

Sem mais que pudesse balbuciar na seu entaramelar caquéctico, o “papa” magicou, magicou … e entrou no delírio natural da sua caquexia. Um Papa verdadeiro até pode ter, sabe-se lá – como representante de Cristo na Terra, para os crentes – o dom da ubiquidade e da omnisciência.
Mas este “papa” mentiroso e condenado por corrupção desportiva?!
Nem sei, nem quero saber, se ele saberá bem o que se passa na casa dele com a pequena que arranjou, quanto mais o que se passa na casa dos outros, para mais a milhares de quilómetros de distância. Não creio que a sua equipa de espiões de espinha dobrada lá tenha efectuado a mínima assombração. Exceptuam-se os seus delírios naturais provindos das suas magicações doentias.
Não, este “papa” condenado é mais do que bifronte mas não tanto pela realidade mas mais pela mentira e pelo delírio, qualidades ambas de que o seu ADN putrefacto está imbuído.

Ah! Ele lá fala de roubo! Pois é, mas o tribunal também condenou a velhinha por roubo de pão para matar a fome e nenhum condena pelo roubo que fazem aos portugueses, na administração central, na administração local, no Freeport, no caso do ferro velho, no caso dos submarinos e no caso do roubo da verdade desportiva, entre muitas mais manigâncias do dia-a-dia.

Ou a corrupção não é roubo e um dos mais execráveis?
Pode não sê-lo em sentido técnico-jurídico, mas é-o ainda mais infame do que muito outro roubo que se conforme com esse sentido.
E isso é que é vergonha!

Vergonha não é pagar uma dívida à sociedade, ainda para mais quando o pretenso roubo foi apenas uma acção directa, quiçá porque os tribunais portugueses há muito deixaram a (in)justiça cair com toda a sua brutalidade sobre os fracos e a sua benevolência palatiana do lava-mãos sobre os fortes!
Os fortes, os novos fortes pós 25 de Abril, que só o são na maioria das vezes pela acção do roubo, do roubo em sentido estrito e em especial do roubo a que tecnicamente se denomina de corrupção.

A corrupção também rouba pela calada o que é dos outros!
Coisa bem diferente foi tentar reaver o que lhe pertencia porque o único que foi ladrão foi aquele que não pagou o que devia!
E já então por culpa da (in)justiça que este país tem!

6 comentários:

  1. Grande Gil Vicente!
    É assim mesmo, sem dó nem piedade!
    Força companheiro!

    Vou publicar lá no cantinho.

    Abraço

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  2. Eu pago a merda da RTP mais aquela coisa do Porto Canal, a Fundação Porto-Gaia, o Estádio Jorge Sampaio, etc, etc. Como e calo e vem aquela aberração da natureza do corrupto com as suas larachas, digo, fina ironia. O povo português é que é demasiado calmo, senão teríamos aqui uma nova Grécia. Bem, vou ficar por aqui, que ainda tenho que ir pagar mais impostos para o Relvas e restantes boys comerem a minha conta.

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  3. Caro Benfiquista

    Esta "casa" está aberta apenas para os que vierem por bem. Não obriga ninguém a vir mas também não deixar entrar toda a gente.
    As regras, ainda as defini há bem pouco.
    Mas não deixa de ter razão. Nesta casa, não entra "vómito", pretendo preservá-la asseada tanto quanto puder.
    Só que é preciso analisar - e se quiser fazê-lo, faça-o, se não quiser, não o faça - quem é que queria "vomitar" nesta casa.
    Claro, quem nela queria "vomitar", não entrou.

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  4. Enorme Gil Vicente,
    era off-tópic o meu "vómito". portanto tudo bem.
    não leve a mal pela sinceridade...
    mas fiquei surpreendido ao ver neste espaço, que sempre admirei por me parecer ser sério, um comentário de alguém que passa o tempo a denegrir e a insultar de forma vil, outros benfiquistas. Presumo que o caro Gil Vicente não tenha conhecimento do tom e da linguagem usada no blog desse senhor, mas seria bom que se informasse. Estou certo que também repudiará a falta de ética do seu autor, inaceitável num clube com
    um historial democrático fantástico como o nosso SLB: é o que diz, e muito bem, o Drº RGS, pessoa que tenho a honra de conhecer.

    abraço

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  5. Meu caro anónimo

    Não posso afirmar nada sobre a pessoa do "vómito" mesmo que soubesse o nome. Eu não sou delator.
    Só quem segue as regras que defini para este espaço é que cá tem, com honra minha, lugar. O que se passa na casa do vizinho compete ao vizinho. Cada um é - deve ser - responsável pelos seus actos.
    Eu repudio todas as faltas de ética, isso pode ter a certeza.
    Mas eu não sou juíz de ninguém. Dou as minhas opiniões sobre o que me parece mais ético e mais aconselhável na defesa do Glorioso Benfica. Mas não deixa de ser apenas mais uma opinião, uma opinião que respeita integralmente as outras opiniões - não confundir com calúnias, difamações, achincalhamentos, cobardias, etc - para poder exigir que igualmente respeitem as minhas, mesmo com elas não concordando.
    No meu blogue, pode ter a certeza, serão todos benvindos os que vierem por bem mas não o transformem em arena de ajustes de contas, por muito que este ajustar possa ser hipoteticamente justo.

    As minhas maiores saudações Benfiquistas.

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