quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O pasquim do recorde das mentiras e Eduardo, o “barato”

1. O pasquim das mentiras

Perguntar a um jogador de futebol se ele “precisa” do apoio dos seus adeptos para se sentir acarinhado, cobrar alento e mesmo galvanizar-se no desempenho de uma função que se funde numa idiossincrasia entre a paixão do assistente e a excelência do executante, é como pedir a um faminto se ele precisa de pão.
É uma pergunta rara só ao alcance das raridades que, sem já nos fazerem sentir perplexos com a antítese, abundam no seio de muitos de ditos jornalistas tão condignamente “enobrecidos” do seu título quanto os jornais que os acolhem, ou não se queiram estes transformar em simples pasquins das “notícias” demasiadamente “inteligentes” para o comum dos mortais.

Naturalmente, pensam as pessoas na sua normalidade alfabética distante dos dotes daquelas sumidades, os empregados de qualquer empresa que se preze de ser o que diz ser, devem – dever legal, não meramente retórico ou académico – concordar com as directrizes e as orientações hierarquicamente dos seus patrões.
Não parece, todavia, para aquelas “inteligências” do analfabetismo das relações laborais empregador/empregado, que fique bem o subordinado manifestar-se em termos tais, ao ponto de afirmar que as orientações dos seus superiores hierárquicos “são para bem da empresa que gerem” e, naturalmente, da equipa que tem por função o bom funcionamento da sua empresa.

A pergunta é, óbvia e claramente, capciosa, numa tendência evidente de busca do desejado confronto. Mas o empregado-jogador frustrou claramente o manhoso junta-letras.

Por isso, tão ignorantes quanto se julgam possuídos de algum dom do saber, hão-de gatafunhar, numa alusão e apresentação próprias do seu estado do confusionar, não endémico mas doutrinado, que o empregado é contra o apelo (versus, orientação) do patrão.

A mentira deslavada não é nada que afronte as suas consciências, que podem ser acanhadas para o resto que não para a aleivosia.

Também, se noticiassem a verdade real da notícia do facto e não a virtualidade da sua mentecapta imaginação, o pasquim onde garatujam não seria digno do título que bem lhe assenta por mor da “excelência” dos seus desassisados gatafunhos.
Ser um pasquim “recorde de mentiras é apenas para os que se esforçam na demonstração reiterada da idiotice que é a “fruta” natural de uma demonstrada e permanente imbecilidade.

2. Eduardo, o “barato”

Quem também deve ter ficado extremamente contente, não foram, desta vez, apenas os avençados que cumprem a sua avença em busca de uma côdea. Sim, os Benfiquistas, aqueles Benfiquistas – para mal do Benfica, muitos ainda – que explodiam em orgasmos de desejo por um tal Eduardo, a quem em princípio denominaram de “o barato”. Só que ele não desejou tal alcunha, demasiadamente infeliz e desadequada, e tem feito o que pode para que seja preferencialmente denominado de “o frangueiro das quinas”, ou das esquinas, que isto de ser coveiro da selecção nacional tem que se lhe diga.
Mal ficava, por certo, a esses Benfiquistas que Laurentino, ou Madaíl, ou Amândio, ou Queirós, ou até Agostinho, ficassem com a desgraçada graça de um direito absoluto da sua pantominice, no suicídio e no velório de uma selecção e de um país por ela representado.
Reparta-se o mal pelas aldeias que, num manto imenso de mortos e de matadores da credibilidade do futebol nacional, cabe e sempre é bem-vindo mais um coveiro, e um coveiro advindo da dita elite salvatérica de uma selecção já tão moribunda.

2 comentários:

  1. Caro Gil, como sabe é sempre um previlégio ler as suas crónicas.
    Um dos meus boicotes até que haja alguma verdade é o de deixar de comprar jornais. Já chega de sustentar uma imprensa mentirosa e serventil.

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  2. Boas! Estou com o Jotas nesta. Aliás, no outro dia disse ao Manuel, e faço-o, não vou mais ao MaisFutebol. Já nem sei porque começou, mas o Sobral irrita-me solenemente. Irrita-me. Fui lá ontem, depois de meses sem lá entrar, olho para o título da crónica, leio atravessado, comento a dizer que não ia lá há não sei quanto tempo e «despeço-me»... Não ponho lá mais os pés. Ainda por cima, parece, esse Sobral é um ressabiado benfiquista, que não teve o que queria, «mama», do Glorioso, e agora ataca por tudo e por nada.
    Aos corruptos, tais como os outros, só tece loas.
    Quanto ao Record, foi o jornal que mais vezes comprei na minha vida. Aliás, eu, na minha ingenuidade, à data que comecei, e me habituei, a comprar, associando-o mais com o Sporting, presumi que houvesse mais isenção a falar do Benfica. Estava eu redondamente enganado. Serviu-me para fazer a colecção da revista deles, Record10, que juntei todos os números, e onde se tentava falar de futebol, sem ser só o fora-de-jogo e o penalty. O Jogo, houvi aqui há uns anos, era o que melhor acertava nas contratações. Dito por um ferrenho lagarto. Como disponibilizam a 100% a informação online que dão impressa, é o que leio. Até porque trabalha lá o nosso amigo Bruno, vou lendo, a parte vermelha, claro, as piadas, e espio as pequenas das capas...
    Até A Bola já teve melhores dias. Se se acabasse de vez com estes todos tinhamos um país melhor, um Benfica melhor. É que nem de propósito, tinha acabado de comentar no Falando Benfica sobre este tema, por causa de um artigo do Daniel Oliveira no Record. E atenção, prezo muito um dos fundadores do Record, creio que o único que conheço, o Artur Agostinho, e, mesmo lagarto, reconheço-lhe muita lucidez a abordar o futebol, mesmo que não concorde com muito do que diz. Outro que gostava era o Rui Cartaxana, um dos poucos lá dentro que apontava o dedo aos corruptos... Já lá vai...
    Assim sendo, tirando ali o «barato» que o «barato» estava a causar a muitos Benfiquistas, e que nunca vi como solução para a nossa baliza, e agradecendo até os frangos que deu para tirar as dúvidas a muitos que ainda o queriam e ajudavam a ferir o Benfica por dentro, apontando o dedo ao Roberto, devo dizer, portanto, que concordo com todo o post... E fiz aqui um comentário enorme sem querer...

    Abraço

    Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera

    Bimbosfera.blogspot.com

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