sexta-feira, 21 de maio de 2010

O “Te Deum” do “papa” da mentira

Relambório ensaiado pelo defunto mestre, o “papa” da mentira comandou a seu bel-prazer os caminhos tortuosos do futebol português, arrecadando farto proveito das manigâncias travadas nos esconsos trilhos da mentira desportiva.
Há, todavia, sempre um limite!
Esse limite começou por ser imposto pela Judiciária e pelo MP que um dia resolveram pôr-se à escuta das conversas de alto gabarito trocadas entre a pandilha apostólica dos cozinhados “à porto” dos resultados desportivos.
Os doutos juízes portugueses chamados a intervir cheiraram o cozinhado e, se o não comeram, pelo menos não vomitaram o odor putrefacto e pestilento em que a verdade desportiva fora cozinhada pela “cúria papal”. Só Ricardo Costa, que nem é Juiz de profissão, para bem da mesma verdade desportiva, mas um emérito pensador do Direito e da Justiça – de cuja sapiência presumidamente se pensava os Juízes também comungarem – conseguiu, ainda que ao de leve, fazer triunfar esse Direito e essa Justiça.

O limite maior, porém, foi traçado e concretizado pelo próprio Benfica na pretérita Liga Sagres. E de tal modo o “papa” sentiu esse limite que resolveu promover mais um referendo ao seu consulado “papal” no meio da sua “nunciatura” apropriadamente catequizada.
O “papa” da mentira que mente ao Papa verdadeiro fez uma promessa a mortos – no meio de um laudatório fúnebre a rigor – que não cumpriu. Mas isso até ele já adivinhava como certo porque o seu falatório com o mestre morto era objectivamente um assobio para o ar, mais um sacudir da água do capote do que um desejo de bem cumprir, que ele de promessas e cumprimentos não prega sequer na sua moral.
Vai daí, nada melhor do que uma nova auto reeleição que, ao que disseram sem nada dizer, se ficou por uns 96% de votos de nada, nestes incluídos os votos próprios e certamente mais nenhuns. Só assim se explica a “pudicícia” de um “papa”, sempre envergonhado com a sua real realidade.

No apogeu da sua vitória referendária, por deficiências certamente não detectadas pelo seu intelecto ou talvez esquecido já das escutas, pese a publicidade no “You Tube”, só sabe recitar o seu “Te Deum” do “ganhar à porto”.
É um “papa” muito desfasado da realidade como, de resto, já há muito se previa. Nem perante a grave crise económico-financeira, que pode afectar todo o mundo mas afecta consideravelmente Portugal, se coibiu de imaginar novas bancadas de “fruta”, mais uns envelopezinhos recheados, agora não de “quinhentinhos” que o juiz Mortágua disse ser isso uma bagatela, mais uns cafezinhos em troca de bons conselhos matrimoniais de um “papa” exemplar nos domínios dos “bons chefes de família”, mais umas viagens pagas – por engano! – a árbitros.
Não, para o “papa” da mentira não há crise porque o seu relambório “à moda do porto” está bem presente na sua cabecinha pensadora e não há preços, nem escutas, nem You Tube, nem nada que lhe faça apagar o seu rememorativo “cozinhado” das manigâncias desportivas, por tão sedimentado e nada incomodado ele ter sido durante tantos anos a fio.

Compreende-se, ademais, que ele não deseje túneis. Não é porque o das Antas foi demolido, não!
O “papa” nunca necessitou de túneis! Se antigamente se falou em guarda Abel, nunca se esconderam os “feitos” do tipo e da sua milícia!
Tal como agora! Para que precisa o “ganhar à porto” de túneis se, ainda nos nossos dias, ele pôde jogar ao golfe e à isqueirada, à vista de toda a gente e também das nossas ditas autoridades – que, se algo de interessante fazem na sua missão, é desmentirem o que toda a gente viu – sem que daí lhe adviesse qualquer mazela de ordem legal?

Seja como for, bem nos parece que o You Tube e as escutas não vão permitir mais nenhum “ganhar à porto”, por muito acostumado que o “papa” esteja. Algumas ajudinhas continuará a ter, ou não permaneçam ainda uns resquícios de catequese no seio arbitral. Mas já não na dimensão do antes das conversas ao telefone!
Daí que tenha dúvidas sobre se o seu “Te Deum” por uma nova auto reeleição não devesse considerar-se apenas mais um “requium”, um “requium” continuado à sua morte lenta.

O “papa” da mentira, condenado por corrupção desportiva tentada, é, juntamente com o seu “discípulo” Domingos e o seu confrade Mesquita, o único que não aceita o mérito de uma vitória estrondoso conseguida nos vários campos deste país.
Eles e os seus rafeiros da claque que, até quando o seu clube está a ganhar uma taça, ladram cânticos anti Benfica.
Também ninguém ousava mais da zurraria desta “trindade” que é “santíssima” apenas no ódio que apregoa e na insignificância moral em que desliza.
Medíocres, como são os seus membros, têm na inveja a sua única religião.

Citando o grande escritor Carlos Ruiz Zafón, “ bem-aventurado aquele a quem os cretinos ladram, porque a sua alma nunca lhes pertencerá”!
E, de facto, a Enorme Alma Benfiquista nunca pertencerá àqueles que, pelo simples facto de existirem e de serem quem são, só põem em evidência a sua pobreza de espírito, a sua mente tacanha e as suas entranhas pestilentas.

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