domingo, 6 de dezembro de 2009

O COMPLEXO DE INFERIORIDADE SPORTINGUISTA

O Sporting é já um clube pequeno na esfera futebolística nacional. Revelam-no todos os dados futebolísticos, revela-o acima de tudo o comportamento dos seus dirigentes, adeptos e empregados.

O Sporting apenas ganhou oito títulos de campeão nacional neste último meio século, a que podem juntar-se apenas meia dúzia de Taças de Portugal.
O Sporting é um clube pequeno porque faz acordos com um clube de bairro de uma nobre cidade contra a grandeza do único grande deste país desportivo, apenas pelas migalhas ao menos do segundo lugar da tabela futebolística nacional.
O Sporting é um clube pequeno porque os seus dirigentes e adeptos não vivem para ele e por ele, mas sempre em função do único clube grande do panorama futebolístico português.

Quando o seu último presidente foi eleito, bem deviam estar a sonhar os que pensassem que, como seria normal, ele se dedicasse a apresentar aos seus apaniguados as orientações sobre a forma de tentar colocar o seu clube na órbita das conquistas e fazê-lo sair da “belenencização” e satelização ao clube de bairro e da corrupção desportiva nacional a que o conduziram anteriores dirigentes.
Mas a única coisa relevante que lhe ocorreu foi saltar como um tontinho e cantarolar “quem não salta é lampião”.
O único clube grande do desporto nacional a infernizar-lhe e a inferiorizar-lhe ainda mais a sua pobre cabeça.

Perante a arrancada triunfante do único clube grande nacional e o decadente início da sua equipa de futebol, em vez de procurarem as razões dentro de si mesmos, os sportinguistas queixam-se da euforia Benfiquista e acusam-na das maleitas de que enferma todo o seu domínio, desde equipa, passando por dirigentes e terminando nos sócios e adeptos.
Mas tomaram, atendendo ao que subjaz a todas as suas manifestações, finalmente conta da sua pequenez.

Por serem pequenos, depois da nega de seis ou sete treinadores, contratam um treinador de autocarros, um treinador que joga para não perder e não para ganhar. É um treinador próprio dos clubes pequenos e que bem tem demonstrado essa sua pequenez.
Assim, depois de uma vitória contra uma equipa de pescadores – que lhes fez lembrar a já longínqua vitória contra o Cacém – arrancar um empate em casa frente ao único clube grande do desporto português deixou-os no auge do paroxismo.
Os sportinguistas atingiram, enfim, o orgasmo que os lançou para a sua própria euforia!
Um orgasmo natural e adequado, tal como os clubes pequenos sentem em idênticas circunstâncias!
Uma euforia a que também têm direito, como qualquer clube seu irmão de pequena dimensão.

Logo a seguir, um empate em casa contra uma equipa fraquíssima e sem nenhuma dimensão é festejado como “um empate que deu saúde”, assim a modos como um tónico capilar.
É a continuação da euforia sportinguista, não por ter ganho mas só por não ter perdido outro jogo de futebol!

Uma euforia também retratada pelo seu opinador Quintela, todo eufórico porque os pescadores e o Hereven marcaram um golito à sua equipa e o único clube grande nacional não.
É de novo um rematar extático apropriado à táctica do autocarro colocada em campo pelo seu treinador, aquela táctica de que todos os treinadores de todos os clubes portugueses lançam mão quando defrontam o único clube grande do desporto português.

Uma táctica, aliás, a que o seu futebolista “resolvente” “todo o seu apoio”! Tanto apoio que até pede publicamente ao seu treinador para não jogar, uma vez que, afirmou, táctica de autocarro e ele, jogador agora resolvido a descansar, não parece darem-se lá muito bem!

Os Sportinguistas, de facto, enquanto vão remoendo o seu complexo de inferioridade perante o único clube grande nacional, também têm pleno direito à sua euforia e ninguém os pode nem deve condenar por isso.
Afinal, trata-se de uma euforia compreensível porque destinada a apoiar a sua equipa na fuga aos lugares que dão guia de marcha para a segundona!

Nós, que fazemos parte da grande família desportiva do único clube grande do desporto português, temos a nossa euforia por causa das goleadas e das conquistas já conseguidas pela nossa equipa.
Ainda não ganhámos o que pretendemos e temos absoluta consciência disso.
Mas preferimos ser eufóricos à nossa maneira e deixar para os complexados a euforia que lhes é adequada.

2 comentários:

  1. Gil Vicente, realmente cada um tem o que merece.
    Se são felizes assim ...
    Nós é que temos de vencer hoje para chegar de novo à frente. Que pena tenho não poder lá estar!
    Vou ver o FLA-GRÊMIO.
    Abraço.

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  2. Simplesmente fantástico!
    Melhor não se poderia descrever os estatutos do zbording.

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