terça-feira, 30 de outubro de 2018

VAR – A VERSÃO ACTUAL DO APITO DOURADO




Nunca se discutiu tanto a arbitragem em Portugal, desde os tenebrosos tempos em que vingou o chamado “sistema” que descambou numa investigação judicial a que deram o nome pomposo de “apito dourado”, como depois que os prosélitos saudosistas de tempos idos, um comendo a “carne”, outro lambendo o “osso”, conseguiram fazer vingar o VAR como auxiliar, assim foi consagrado, dos árbitros do apito.

De mero auxiliar – da verdade desportiva, diziam os presuntuosos da prosápia – o VAR  tornou-se o dono da arbitragem. Mas um dono da arbitragem e dos respectivos árbitros do apito – assim os denominamos para os distinguir dos árbitros do sofá de fuças nas câmaras – que tem direito às suas sonecas redentoras ou de olho bem aberto à consecução dos desígnios papais, conforme seja acto do convir. Seja como for, é difícil não o notar, tais as suas bacoradas cretinas e criminosas da verdade desportiva para defesa da qual inventaram a sua existência. Pode estar a sonhar acordado, mas praticamente sempre em seu repouso benfazejo do serviço devido àquele cujo apito dourado lhe retirou o recurso às suas trapaças de charlatanice de antanho.

E os árbitros do apito descansaram na sombra dos árbitros do sofá, aqueles por sua vez, ou vindos da doutrina papal nos seus cérebros reduzidos de honorabilidade e verticalidade, ignorantes da verdade de sua missão, ou vindos de uns ameaços ao físico, seu e das famílias, bem presentes nas unhacas macaqueiras, no vandalismo das borraduras e nos trambiques com que casas ou negócios eram bafejados, sem que uns tais que se julgam os donos do futebol português, das arbitragens, das disciplinas, vez alguma utilizassem suas competências para conforto e reconforto dos ameaçados. Cúmplices do crime, recolhem-se em seus mutismos para pensar na morte da bezerra como faz o “brilhantinas” rolha da Liga.



Nunca se viu tanto erro nas utopias dos acertos, tanta mentira na propagandeada busca da verdade! Nem o exemplo do Mundial de Selecções, com alguns erros mas muita reposição de justiça desportiva, entranhou no VAR caseiro algum pinguinho de vergonha na desvergonha do seu passado, antes refinaram na impostura rotineira, sempre, sempre ao serviço da congregação papal, o qual nunca conseguiu melhor do que a trapaçaria para se afirmar.



Muitos, mas muitos mesmo, desconfiavam da tramontana dos arautos da dita verdade desportiva. E a verdade da mentira tem estado e está aí bem patente. Num país desportivo dominado por uma escola do crime organizado e sacramentado com a bênção judiciária da impunidade e até da conivência, só os pobres de espírito podiam sequer magicar uma implementação da verdade desportiva propalada e propagandeada pelos que mais atentaram e atentam contra ela.  

Nem interessa desfiar o horror do vandalismo arbitrário e aVARiado do ano transacto. Bastam alguns exemplos recentes.



No jogo FCPorto-Guimarães, o VAR desconectou-se no momento apropriado e o árbitro ficou sem “sinal” protector. Um golo em posição irregular e um penalti do tamanho da Torre dos Clérigos por marcar, tudo em favorecimento do clube papal. Valeu à verdade desportiva, nesse dia, a “divina providência”, a quem o papa da mentira apela quando de cu apertado, ter-se desconectado também da lamurienta oratória pontifícia!



No Belenenses SAD-Benfica, uma cintilante cotovelada do jogador caseiro na cara de Ruben Dias, que dava expulsão imediata, apanhou o VAR na retrete, a dormir uma soneca ou a cogitar nos “nobilíssimos” assuntos que ocupam a mente mui pensadora do rolha da Liga. No lance que daria o 2º golo caseiro, Pizzi leva um “chega pra lá” de alguém apenas interessado na prática de futebol americano e que deixou o jogador do Benfica knockout.



No FCPorto-Feirense, quando se poderia pensar que a indecência e o despudor já tinham mergulhado na cloaca da merda em que está todo emporcalhado, eis que o VAR , desarranjado da tripa, se consome na diarreia do seu desnorte doutrinário de bem servir o clube condenado por corrupção desportiva tentada e atola a cloaca na etar do madaleno.

Cagar-se para o que desfavorece o clube ofertante de putas sublimadas de “fruta”, há muito o sabíamos.

Que cagava nas regras escritas e implementava regras novas a contento do madaleno, também ninguém se surpreenderia, tão cheia está a latrina desses exemplos. Jogada de golo invalidada, e bem, pelo árbitro do apito, diziam ser regra fora da pata do VAR. Só que ele não estava na soneca, que o amo aqui requeria atenção e serviço, ainda que aldrabada “legislativa” fosse necessária arregimentar!

Tenha-se em conta! Que um árbitro valide um golo irregular por fora-de-jogo, que o (a)VARiado o conforte na decisão, é uma coisa! Ir contra regras escritas e que deviam ser aplicadas em conformidade e reescrever as regras a preceito e a contento da trafulhice, é outra bem diferente!

Aquela actuação, conquanto ilegal, é um erro de facto, um erro de interpretação da regra!

Esta última é um erro de direito, que ela viola a regra que não permite a intervenção do VAR depois de o árbitro ter declarado a invalidade da jogada. O VAR foi de cornadura contra a regra vigente, criou regra nova, sem legitimidade!

Mas o árbitro do apito, dito dono do dito por não dito, estava ele também desarranjado. Vai ao ecrã, descobre “fruta” prometida, torna-se cegueta por dever do apetite e da servência … e promulga as novas regras reescritas pelo seu compincha (a)VARiadíssimo!

O conclave papal manda publicar!





Muitos, como eu, viveram os negros e longos anos do chamado “sistema” dos pintos e pintaínhos.

Soubemos das viagens de férias pagas a árbitros; soubemos da oferenda de putas sublimadas de “fruta” e seus devidos aproveitamentos por árbitros esfaimados e sequiosos; soubemos dos quinhentinhos; soubemos dos cafezinhos com leite à mistura; soubemos de árbitros do apito em fuga desenfreada na desgarrada da pega de cernelha pelos jogadores do clube condenado; soubemos das orientações GPS do Madaleno ao árbitro do apito do jogo do clube da “fruta”, nas vésperas deste; soubemos dos oferecimentos de 2.500 contos ao mesmo árbitro pelo testamento presencial da madame que o papa foi arregimentar na taverna do infante para sua amásia, então senhora de credível dignidade no uso da coroa de rainha cardinalícia do pontífice e sobrinha carinhosa perante o Papa, o Verdadeiro; soubemos que o famoso juiz Mortágua decretou decisoriamente a pechincha dos números do oferecimento; soubemos da existência de toupeiras dentro da equipa de investigação que avisaram e aconselharam o papa a fugir para Vigo e que nunca se quiseram descobrir, escavando facilmente o buraco na terra mole que elas esburacavam sem receio algum de serem colocadas a espernear e a bronzear no sol da verdade; soubemos dos conselhos matrimoniais de quem se esteve sempre cagando para o matrimónio; soubemos da incredibilidade com que os meritíssimos classificaram a amásia já ida; soubemos da alta condecoração dos meritíssimos no julgamento da impunidade do crime organizado; soube todo o mundo das trafulhices combinadas telefonicamente e condensadas nas escutas do apito dourado.



Pois bem! Comparado tudo isto com as badernas trapaceiras da arbitragem do apito e do VAR é de anjinhos tolos comidos com bolos!

As câmaras da cidade do futebol são as novas putas do papa chefe manitu do crime organizado!

A Altice, patrocinadora do clube condenado, dá umas ajudas que, como vamos constatando, até nem eram necessárias!

Comparado isto com as actividades criminosas que hoje se praticam sem o mínimo despudor, a céu aberto, glorificadas e abençoadas na sua contínua impunidade que lhe advém da não actuação de todas as autoridades, judiciárias e desportivas, cujo mutismo e inacção é um estímulo à sua continuidade refinada, é do mais impensável bom senso e só possível em cérebros vazios de massa cinzenta, daqueles que são comidos de cebolada ao pequeno almoço dos criminosos.



Nunca como hoje se viu uma corja de macacos assaltar um centro de treinos de árbitros, ameaçar estes e suas famílias, e esses mesmos árbitros nem apresentarem queixa judicial contra os bem identificados criminosos!

Nunca como hoje autoridades desportivas, algumas representativas dos mesmos árbitros e outra dirigida por um antigo apitador, deixaram de condenar publicamente actos criminosos desta estirpe e confortar devidamente os ameaçados, incluindo com o apelo às autoridades judiciais para agir em conformidade, limitando-se com sua inacção e mutismo a ser cúmplices do crime e complementar a sacral impunidade da escola criminosa em causa!

Nunca como hoje foi noticiado e se soube de juízes confessos ferrenhos adeptos do clube papal a julgar processos em que este clube era demandado, e ufanos dessa confissão!

Nunca como hoje houve magistrados do MP condenados judicialmente – conquanto em penas simbólicas da implantada e sacralizada impunidade – por actividades criminosas a favor do grémio da “fruta”!

Nunca como hoje se viram magistrados de todas as magistraturas e árbitros do apito e de câmaras de vídeo, pomposamente e sem recato algum, empoleirados nos camarotes do campo de jogos da escola do crime, participando no conclave papal do chefe da organização criminosa!

Nunca como hoje se assistiu ao escarafunchar de um gabinete de um Ministro, o melhor Ministro de Portugal, por ter sido apanhado por uma câmara de televisão a assistir a um jogo do seu clube, toda essa desvergonha judiciária comandada por uma magistratura parcial, sem praticamente crédito e pela qual a enorme maioria dos portugueses sente ela andar pelas ruas da amargura, e executada por uma polícia judiciária que há muito perdeu sua identidade de competência investigatória do crime!

Nunca como hoje se assistiu ao roubo de correspondência privada (crime), ao acesso ilegítimo à correspondência roubada (crime), à divulgação pública dessa correspondência roubada (crime), à replicação pública da divulgação da mesma correspondência roubada (crime)!

Nunca como hoje se assistiu a uma letargia que impede a actuação atempada da magistratura judicial, órgão de soberania e destinatária da implementação e aplicação do status jurídico em que se embebe um Estado de Direito, perante a variedade comprovada dos vários crimes praticados!

Nunca como hoje uma entidade organizadora do futebol português, denominada Liga de Portugal, ousou divulgar publicamente documentos sigilosos de contratos de jogadores e cujo sigilo é dever da mesma assegurar!

Nunca como hoje, e para cúmulo do desrespeito dos direitos mais sagrados dos cidadãos e de desvergonha de uma magistratura que reclama ser órgão de soberania com missão de assegurar o funcionamento de um verdadeiro Estado de Direito e permite esta bagunça atentatória, se ousou fazer e divulgar escutas ilegais de conversas integralmente legítimas e inócuas do ponto de vista legal, num posto da PSP, diz-se, ao serviço da escola do crime e em mais uma manifestação da sua actuação criminosa, ou, em alternativa, escutas de um processo da judiciária que foi parar ao “mercado de benfica”, o blogue criminoso de acesso e divulgação da correspondência roubada ao Benfica. Sim, porque o que a escuta revela é apenas uma normalidade entre pessoas de bem, seja ela ou não truncada segundo certas conveniências. O grave, o facto de extrema gravidade está na sua ilegal ou legal gravação, ainda não se sabe, mas mais ainda na sua, esta sim, ilegal divulgação, seja através da PSP, seja através de processos judiciais na PJ com toupeiras direccionadas ao blogue criminoso mercado de Benfica!

Nunca como hoje, enfim, o cidadão pacato e absolutamente cumpridor se sente tão ameaçado pelos criminosos da escola do crime do papa, em todos os actos lícitos de sua vida, por mais inocentes e legítimos que sejam, tudo devido a uma inacção e a uma complacência que roça a cumplicidade das autoridades judiciais que têm por sagrado dever zelar pela segurança de pessoas e bens e, bem assim, pelo propalado Estado de Direito!

 

O mais coincidente e risível da coisa, que deixa qualquer cidadão de bom senso, não enlameado na escola do crime nem com ela minimamente se identificando, com os cabelos em pé, é o facto do chamado “nandinho das facturas” ser o mesmo “nandinho” que passa as facturas para a existência e manutenção da cidade de futebol onde o VAR se aloja!



Não, Benfiquistas, nem nos tempos do “sistema” que conduziu ao apito dourado, as decisões da arbitragem foram tão descaradas e vergonhosas como agora!

No Portugal futebolisticamente desportivo de hoje não regressámos ao “sistema” que culminou no abortado apito dourado, abortado por obra e graça dos magistrados que sacralizaram a impunidade desta escola do crime organizado!

No Portugal futebolisticamente desportivo de hoje implementou-se um sistema criminoso – e não apenas da verdade desportiva – em que o “sistema” do apito dourado é um anão mais anão do que o Octávio vinhateiro ou do que o cretino Santos das almofadas para se sentir alguém!

Tenho para mim que, quantos mais árbitros estão embrenhados na arbitragem desportiva, mais se dilui a sua irresponsabilidade e mais afoitos eles estão na covardia das suas intrujices da verdade desportiva!

Verdade desportiva que há muitos e muitos anos é traída, emporcalhada, e tem levado o futebol português para o charco da risota internacional!

E as ausências de árbitros portugueses em mundiais de futebol são o espelho desta chafurdice!


E o VAR transformou-se, não há dúvidas nenhumas, nisto e em muito mais:



Conquanto as boas decisões de arbitragem sejam, em qualquer situação, meros pingos de chuva num oceano de incompetências e de parcialidades direccionadas à intrujice da verdade desportiva.




1 comentário:

  1. Por obra do acaso, descobri este blog há poucos dias. E digo: bendita a hora em que isto aconteceu. É deveras notável a capacidade ímpar do seu autor! Muitos parabéns pelo dom que Deus lhe deu. Notável! Assombroso este como o anterior texto. Bem haja e não poupe a escumalha. Obrigado. Continue por favor. Dá-me um prazer enorme.

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