sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A “FUNDAÇÃO” DA CORRUPÇÃO DESPORTIVA



Há sempre muitas interrogações que os Benfiquistas não colocam sobre este pobre e corrupto desporto nacional, muito particularmente nas modalidades em que participa o clube condenado por corrupção desportiva tentada, comandado pelo seu “papa” condenado por igual crime.
Muitos fecham os olhos. Políticos igualmente corruptos, ou porque são detergentes de má qualidade, ou por conveniência de tachos proporcionados por votos, estes pobre ceguetas que nem sequer aprenderam o exemplo Rui Rio que nunca de votos de tamanha chafurdice precisou para ganhar.
Alguns senhores da alta finança que padecem de ramela conveniente na apreciação da ética dos meios por mor da conquista dos fins, que pouco importa a lama e o chafurdo de que estes estão impregnados.
Capatazes e capatázios de uma pequena turba doutrinados mais pelo cacete que lhes assenta nos costados dobrados quando algum teste de doutrinação não consegue obter nota positiva.

Mesmo muitos Benfiquistas dão pouco eco às tramóias, esquivam-se aos confrontos, aos confrontos da denúncia pública, reiterada e persistente, preferindo alguns mais fazer pseudo críticas para dentro – e se forem críticas daquelas que costumam designar-se por construtivas até é um dever que lhes compete mais do que um direito que lhes assiste – do que a luta pela moralização dos costumes desportivos e pela denúncia dos costumes desportivos conspurcados.
E esta abstinência é tanto mais de acentuar quando até são precisamente os Benfiquistas, estes alguns incluídos, os que pagam na maior parte essa corrupção desportiva que enlameia a putrefacta verdade desportiva portuguesa.
Mas vamos às interrogações que o momento noticioso actual mais necessário tornou fossem relevadas.

Como é possível a um clube corrupto pagar “fruta”, viagens de férias, dar uns “quinhentinhos” as vezes que são necessárias, cafezinhos com leite, almoçaradas e jantaradas para o ensaboamento das mentes e dos costumes no uso ou abuso do apito, ordenados chorudos a dirigentes e jogadores, participações em lucros ainda mais rendosos quando a sociedade apresenta … prejuízos, comissões “milhionárias” a próprios e a magarefes?
Como tudo isso é possível se a sociedade tem desde o seu início um saldo bem substancial de prejuízos, apesar das vendas “milhionárias” e da obtenção de receitas europeias substanciais proporcionadas pelo pagamento da “fruta” e das restantes benesses?

Algumas respostas já eram de todos conhecidas.
Foi a trafulhice dos terrenos das antas que o clube corrupto ganhou, a câmara municipal do Porto, a antiga, não a moderna, oferendou em bandeja de ouro, os contribuintes pagaram – leia-se, a maioria dos Benfiquistas – e os juízes “lavaram” na sua useira e vezeira decisão “pilatiana”.
Foi o presentear camarário gaiano do centro de estágio, foi o reforçativo enfeitamento da dádiva do direito de superfície dos terrenos, foi a cereja no topo do presenteamento de uma renda mensal mesquinha de 500,00 euros – inferior ao que se paga por um apartamento de meia dúzia de metros quadrados e divisões em que mal cabe a cama de dormir e o fogão para confeccionar a janta – tudo também a pagar pelo bolso dos contribuintes, devendo continuar-se a ler, pelo bolso maioritário dos Benfiquistas.

Já em 2004 a Inspecção-Geral de Finanças havia concluído, ao final da sua vistoria, que tinha sido a autarquia gaiense a que pagou a totalidade do centro de estágio, no montante de 16 milhões de euros.
Nunca se ouviu Menezes desmentir, nem o pagador, nem o montante do custo do centro de estágio, nem o montante da renda.
O que Menezes tenta desmentir são as notícias do pagamento dos encargos, dizendo que é o clube corrupto e condenado que «financia todos os encargos com esse centro de estágios».
Que encargos?
Os de conservação?
Os do serviço da dívida, se houve financiamento e não pagamento a pronto por parte da autarquia gaiana?
O do reembolso do capital despendido pela mesma autarquia?

Menezes nunca convenceu ninguém, a não ser os poucos que gostam de ser convencidos. Mas nem convenceu sequer os seus detergentes e os que têm conveniências na lassidão das suas consciências quanto aos princípios éticos que rodeiam os meios para a obtenção dos fins que pretendem.
Todavia, mesmo supondo, por necessidades de mero exercício académico sem prescindir no mínimo que seja, que era de facto o clube condenado o que pagava esses “todos os encargos” de que fala Menezes.
Ainda que assim fora, soube-se agora que nem mesmo em tal hipótese, meramente académica, nunca o clube corrupto e condenado “pagou todos os encargos”.
E certamente que Menezes até é bem capaz de voltar a desmentir este facto.
Vejamos.

A célebre máscara da fundação Porto-Gaia, criada para gerir o centro de estágio, chefiada pelo “papa” condenado, foi agora analisada pela Inspecção-Geral de Finanças a qual, no seu relatório, concluiu que 84,4% das receitas da mesma fundação provêm do erário público.
Isto é, os tais “todos os encargos”, como já sabíamos apesar dos pretensos desmentidos “menezianos”, são pagos na sua quase totalidade pelo bolso dos contribuintes, devendo continuar-se a ler em maioria pelo bolso dos Benfiquistas.
E não pelo clube corrupto e condenado, sendo que este facto era já uma verdade cintilante de realidade nua e crua!

Se Menezes entende por “pagar todos os encargos” que é o clube corrupto condenado que entrega a “massa”, quando entrega – a coisa, dizem já diversos credores de dinheiros de venda de jogadores, parece já não ser muito linear – é capaz de ter alguma razão.
Mas a verdade é que o chefe da autarquia gaiense nunca foi forçado a tentar desmentir quem é que oferecia a esmola, avantajada e obscena, ao pagador de “todos os encargos”, segundo os seus esforçados quanto balofos e aldrabados desmentidos.

Diz-se por aí que o (des)governo pediu o relatório sobre as fundações para tentar melhor gerir os dinheiros que saca dos nossos bolsos. Anda no ar um processo de supostas “boas intenções” de que irá acabar com muitas que nada enriquecem a não ser os seus administradores e que irá cortar, a umas mais e a outras menos, o caudal do erário público.
Para tal efeito, pediu que os relatores atribuíssem uma classificação, de 0 a 100, às fundações inspeccionadas.
À fundação gerida pelo “papa” condenado atribuíram uma classificação de 26,1%, o que equivale à 10ª fundação com pior nota e dizendo-se que são as 67 fundações piores classificadas que o governo pretende irem "dar uma volta"...
Perante tudo isto, os adivinhos das notícias jornaleiras e televisivas já vão adiantando ser a "Porto/Gaia" uma das fundações que não passa no exame e que deve ir para o lixo.
Acrescentam mesmo que uma fundação com a 10ª pior classificação é das primeiras a ser guilhotinada.

Talvez isso venha a acontecer em alguns casos, depois dos governativos avanços e respectivos recuos já conhecidos e só como um mero e presuntivo anestésico do povo pagante.
Mas alguém acreditará que, no meio desta politicagem usurpadora que só do Povo Honrado se alimenta, do Povo trabalhador e do Povo pensionista, alguém acreditará, repito, que esta fundação coadjuvante do processo corruptivo do desportivo português irá para o xelindró da tumba dos malfeitores?
Só os ainda ingénuos!

Com tantas ajudas desavergonhadas, corruptas, indecorosas, obscenas, vis, apesar do aumento do passivo e dos prejuízos da SAD, não há dúvida!
A “fruta”, os “quinhentinhos”, as almoçaradas e jantaradas, a conta dos telefones, os cafezinhos com leite, as comissões e as avenças “milhionárias”, tudo isto custa muito, muito dinheiro, milhões e milhões!
E pagas na sua esmagadora maioria pelo bolso dos contribuintes, leia-se sempre, maioritariamente o dos Benfiquistas!

5 comentários:

  1. Concordo a 100% amigo Gil, nós benfiquistas é que pagamos a maior parte dos gastos daquela pseudo fundação!

    Abraço.

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  2. Meu caro Gil

    O lema tem de ser:DENUNCIAR! DENUNCIAR! DENUNCIAR! BOICOTAR! BOICOTAR! BOICOTAR!

    Mas haverá por aí gente interessada no assunto?

    Blogs Benfiquistas(não contam os "benfiquistas") há uns quantos, mas quantos se dedicam à denúncia, ao boicote? Poderemos contar pelos dedos de uma mão?
    É confrangedor verificar-se que muitos Benfiquistas que considero sérios, não têm a coragem de denunciar ou mesmo comentar contrariamente certos indivíduos e situações lesa-Benfica, porque,acima da verdade, prevalece o "fechar em copas",o aparar de golpes torpes e mesquinhos em prol da "amizade" ou do compadrio, assobiando-se para o lado e fazer de conta que nada se passa.
    Infelizmente, conheço uns quantos, pessoal e virtualmente,cujas atitudes eu lamento e não deixo de as apontar.
    Mas isso sou eu.No entanto,jamais deixarei de chamar os bois pelo próprio nome.

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  3. Benfiquistas
    Houve um senhor que me propos publicar um "artigo" de um blogue da autoria de "andrades" que, com as suas "verdades", tentam desesperadamente e sem qualquer convicção que se veja, como numa confissão nítida de impotência, defender a sua dama, em especial contrapondo ao que foi escrito no blogue novogeraçãobenfica acerca do mesmo tema.
    Mas por que havia de publicar esse "artigo"?
    Apenas porque esse dito "artigo" contrapõe ao que escrevi e, ao que parece, o novogeração, a sua verdade que retira de um escrito da própria câmara gaiense, parte tão interessada quanto o FC Porto na defesa das suas teses daltónicas?
    Que vale isto contra o que é escrito e constatado por entidades independentes como a Inspecção-Geral de Finanças?
    É a Direcção-Geral de Finanças que afirma serem os benefícios provindos do erário público a constituirem 84,4% das receitas daquela fundação, não o Benfica ou os Benfiquistas.
    É a Direcção-Geral de Finanças que concluiu sobre os enormes benefícios que o FC Porto usufruiu à custa do erário público com os terrenos das antas, não o Benfica ou os Benfiquistas.
    A antiga presidência da câmara do Porto - Cardosos e Cª. - dizem o contrário, tal como os "andrades", mas isso é perfeitamente natural. Quem mente ao próprio Papa, o verdadeiro, que lhe custa mais mentira, menos mentira?
    São partes interessadas. Que vale isso perante o que relatam entidades independentes?
    O que interessa o catálogo dos benefícios constantes dos escritos da câmara de Gaia, se uma autoridade independente, não o Benfica ou os Benfiquistas, lhe atribui apenas a 10ª pior classificação das mais de 400 investigadas?
    Não vale nada, mesmo nada!
    Então, por que deveria publicar a transcrição de escritos do que nada valem?!!!

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    1. Senhor Gil
      Se os benefícios comprovados e publicados nos media, como exemplo os celebres 65 milhões da EPUL em beneficio do SL Benfica não valem nada.....Paciência, será a sua opinião!
      Como calculo que deverá saber, quanto aos terrenos das Antas já transitou em julgado que o Porto & Cardosos e Cª foram literalmente absolvidos. É realmente muito chato para um Benfiquista que tal tenha acontecido mas foi assim que o Tribunal decidiu.

      Entretanto para que não haja dúvida aqui fica a noticia:

      http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=407135

      Cumprimentos Sr Gil

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  4. Os pratos da balança estão muito desequilibrados, Senhor Fernando Tavares, muito a favor do FC Porto. E a notícia de que fala é disso exemplo, sendo que não se refere sequer à substância mas à forma, não a factos criminosos mas a irregularidades. E os apoios ao Benfica e ao Sporting era conhecidos e de todos sabidos, nunca foram encobertos.
    Quanto a sentenças dos tribunais, já houve tempos, tempos idos em que se confiava neles e nas suas decisões em que imperava o conhecimento dos decisores, o seu bom senso e a Justiça era o seu lema.
    E não me refiro aos plenários, não, aos plenários de que fazia parte uma agora aguerrido defensor dos actores que praticaram, por exemplo, os factos que as escutas do apito dourado revelaram e cuja substância que irmana do seu conteúdo nunca foi posta em causa pelos autores.
    Por muitas decisões que saiam agora dos juízes nos casos de corrupção dos grandes senhores, políticos e "amigos" especiais, sempre de mesmo sentido e que não provam a inocência mas apenas se "queixam" de não ter sido provada a culpa com o carimbo à Pilatos de "não provado", ninguém de boa fé já acredita nesse relambório. Afinal, porque se devia acreditar se nenhum tubarão neste país é condenado e a velha que roubou um pão no supermercado, porque queria comer pois morria de fome o é?
    Retribuo os cumprimentos.

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