sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PINCELADAS ENCARNADAS

1. “Mestre” André não tem culpa nenhuma de ter nascido e crescido apenas de estatura meã. Naturalmente que esse facto físico também originou sequelas condicionantes na estatura mental e fica-se com sérias dúvidas sobre o tamanho da própria estaleca moral.
De todo o modo, torna-se cada vez mais compreensível o seu esforço para ajeitar a gravata e esticar os calcanhares, de modo a conseguir chegar aos microfones e a amaneirar o seu momento de glória.

Mas “mestre” André às vezes até acerta! Acerta quando debita que o seu clube e as suas gentes de domínio não têm “a força do Benfica no que respeita ao impacto da sua marca”!
Ele sabe que o seu clube tem marca e até é bem capaz de saber todas as minudências dessa marca. Só que não o quer dizer, envergonhado, porque isto de ser desavergonhado também impele à vergonha, à vergonha de confessar a desvergonha.

De facto, “mestre” André esquece-se que o seu clube e os seus patrões também têm uma “marca”, uma “marca” que tem empregado muitos lavandeiros, detergentes e tira-nódoas mais nódoas que o “tira”! Os lavandeiros até se esforçam, mas demonstram pouca ou nenhuma competência. Os detergentes e os tira-nódoas ainda pior! Nem a morte dos “artistas” conseguirá lavar o surramento!

A “marca”, a célebre “marca” sobre a qual um “arrependido” disse em dia de tino não querer na sua rede de “amizades” – competições europeias de que se tornou máximo representante em mínimos de hipocrisia – batoteiros como o FC Porto, é a marca da batotice, da manigância, da corrupção desportiva, da traficância de árbitros da cor!

Queixa-se “mestre” André da informação dedicada ao seu clube trapaceiro que, por o ter sido, foi condenado e cumpriu pena, bem como o seu representante máximo, à sua altura rasteira.
Ele houve lá, por acaso, algo mais badalado e difundido na informação mundial do que as escutas telefónicas da trapaça cometida pelo mandante do seu clube e que fizeram saber ao mundo, com substancial conhecimento, o nome desse mesmo clube e o nome do seu patrão gerente de caixa?

Os lavandeiros, detergentes e tira nódoas mais nódoas do que os “tira” tanto se azafamaram contra tanta e tão vasta informação!
Todavia, “mestre” André só pode ter andado distraído … mas isto faz lembrar personagens do mesmo covil trapaceiro!…
Não é por acaso, foram ambos doutrinados na mesma ideologia!…

Distraído anda ele também, ou faz-se, acerca dos golos com que o seu clube tem ganho os jogos.
“Nem que seja com golo marcado com a mão”!…
É claro que estes seus delírios são apenas delírios de lavandeiro, de detergente ou de tira nódoas … tudo mais nódoa do que o “tira”!…
Então, como é que o clube ganhou muitos dos seus jogos?
Com golos marcados pela mão … do árbitro!

Compreende-se que “mestre” André tente lavajar este pequeno detalhe! Afinal, o árbitro “marca” com o apito!
Pois é! E “mestre” André, distraído ou a olhar para o chão, nem vê que é a mão do árbitro que leva o seu – dele, do árbitro – apito à boca!…
Lá está a tal mão, sempre a tal mão! E bem mais rentável!...

Bem, às vezes não é só com a mão, também com os, ou a falta dos, pés … dos adversários! Ia a acrescentar “cabeça” mas lá cabecinha têm eles, os tais “adversários”! Apalavrados …usam da cabecinha para cumprirem o arranjinho prometido!
Vejam bem o que escreveu alguma imprensa ainda há bem pouco:

«O central argentino subiu à área contrária, teve tempo para tudo e colocou a bola de forma perfeita no ângulo superior esquerdo da baliza de Artur. Rodríguez podia ter feito muito melhor na marcação...»

Mas não era este central, do afiliado Braga, um central muito cobiçado?!
Certo, mas Rodríguez já estava encabrestado! E já tem lugar marcado…nem que seja só de passagem…

Seja como for, que “mestre” André continue a poder “fazer coisas bonitas”, tal como prometeu frente aos microfones!
“Coisas bonitas” como a que acabava de fazer! Perder em casa contra o Sevilha!


2. Que a nossa (in)justiça, com destaque para a do Porto e arredores, é uma “justiça” à Pilatos, para não parecer mal, comprovou-o agora o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

Os senhores Pilatos, perdão, juízes de certo tribunal do Porto, fizeram a vontade ao “papa” e condenaram o jornalista e a televisão porque estes não tinham nada que abrir a boca! É que isto de liberdade de expressão e de corrupção desportiva, tentada ou consumada, é só para os eleitos, os escolhidos da redenção “papal”!
E, segundo o seu lava-mãos, agora não foi preciso o “não provado” porque era mais conveniente o “provado” e … tenho dito!... O jornalista não devia ter feito a pergunta, e a televisão consentido e transmitido, sem ter previamente feito a devida vénia e o beija-mão, ou “beija-anel”, nem sei bem, ao “papa”!
Vai daí, o “papa” não gostou, claro … e os juízes-pilatos de certo tribunal do Porto também não! Logo … mais uma acçãozinha por “difamaçãozeca” do “papa” da mentira e da corrupção desportiva!

Mas por que havia este jornalista burro ter decidido perguntar, e a televisão transmitido pergunta e resposta, ao secretário-geral da UEFA se era possível ser-se presidente duma liga patroa dos árbitros, por inerência, e sentar-se no banco de suplentes à frente desse mesmo árbitro?!

É evidente que o “papa” não precisava de se sentar onde se sentava! Pelas escutas, que não pelo douto entendimento dos juízes ou juízas, os árbitros já tinham, com a antecedência devida, tomado cafezinhos e obtido os necessários “aconselhamentos familiares”, levantado os envelopes com a ninharia – para o avaliador juiz Mortágua – de 2.500 euros, já tinham programado e, quiçá, realizado as suas viagenzinhas de férias e, naturalmente, já se tinham servido da “frutinha” fresca e apetitosa!

Só que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem não está sediado em Portugal e muito menos no Porto! Claro, condena o Estado Português porque os juízes de certo tribunal de Porto fizeram desta vez gala do “provado” e condenaram os ditos jornalista burro e televisão burra!
Por um lado, até que nem era mal feito, jornalista, burro, e televisão, burra! Ninguém lhes mandou furar o protocolo “papal”!

E por quê o Estado Português?
Porque é o Estado Português que tem a culpa de ter juízes-pilatos! Estes, não, que a eles lhes basta o seu sacramental lava-mãos do “não provado” ou do “provado”, consoante os “elevados” interesses do “papa” que lhes proporciona as tribunas!

E quem paga as indemnizações agora pedidas pelos condenados do “provado” segundo os interesses do “papa”, que afinal o não foi?
O Zé Povinho, pois então! Ou, melhor dizendo, os Benfiquistas que constituem a grande maioria desse Zé Povinho pagante!


3.
Miguel Sousa Tavares, para se entreter, ainda pergunta agora para onde vão os milhões da venda dos jogadores e da Liga dos Campeões, se o défice aumenta!
É de novo, ou melhor, quer fazer-se de ingénuo. Então, o seu lavajar do “papa” ainda lhe não ensinou nadinha?
Devia ter ensinado! Se o “papa” tem enganado estes anos todos a verdade desportiva – não os juízes-pilatos, que a estes lhes sobra o seu sabido lava-mãos … e umas tribunazitas no Dragão – por que não haverá de enganar os portistas?

Convenhamos, no entanto! Será que Miguel Sousa Tavares é assim muito difícil de enganar, ele que constantemente se engana nas historietas da sua “estória”, que o seu engano permanente é mais uma forma cultural do seu cérebro tacanho, uma compulsão e não um qualquer incidente, por mais significante que seja?!

Vê-lo tão contente porque descobriu umas bandeiritas do seu clube lá por umas praias do morro iraquiano do Rio de Janeiro, isso, sim, dá um certo gozo! Enfim, o homem também precisa de descansar de vez em quando! E os pauzinhos das bandeiritas sempre lhe servem para jogar à bilharda!


4. O clube dito de sangue azul anda, tal como o sangue azul andou, de tanga e de tamancos, conquanto não seja permitido usar calças de ganga nas cerimónias onde se festejam as almejadas quão alcançadas … derrotas desportivas!
Dizem que dinheiro não há, sócios só os suficientes para a pedrada, a penúria abunda, a desistência do nome de “grande” há que tempos que aconteceu, a segunda divisão até nem será o mal maior!

Em tempos, tempos de vacas magras porque os títulos há muito que se tinham ido, um certo mascarado de fidalgo do clube falido encontrou um Jorge! E fez com ele um pacto: “acabar com o Benfica”!

Foi estúpido! É certo que o fidalgo está falido mas aquele Jorge não era o Jorge filho do fidalgo que, mandando a fidalguia às malvas, se juntou ao rústico, ao Tomé homem do Povo, o Tomé crente, não o descrente que só vendo acredita, e toca de se dar ao trabalho, ao trabalho sério e honesto.
É certo que este Jorge filho do fidalgo tinha como aperitivo conquistar a filha ao Tomé, filho do Povo … e crente! A, sublinha o escritor, bela e fresca campesina Berta, afilhada do fidalgo!

Este Jorge filho do fidalgo fez revoltear as entranhas do fidalgo … mas prosperou e conquistou a moçoila, com licença de Tomé, filho do Povo e crente, e também, pasme-se, com licença do próprio fidalgo!

Porém, este fidalgo de sangue azul escolheu um Jorge de trapaças desportivas, um Jorge que acabou condenado e teve de cumprir pena, com a promessa de derrotar o Povo!
Um tolo que não descobriu que este Jorge apenas queria muleta e que agora o deixa caído na valeta … ou na reciclagem dos contentores do lixo dos … guardanapos usados!
Um tolo que não descobriu que o Povo, o Povo imenso daquele fervor Benfiquista jamais será vencido!
Um tolo que nem sequer previu que o seu séquito de fidalguia era tão estúpido quanto ele!

Queria acabar com o Maior, o Enorme, o Glorioso?
Caiu ele na fossa!
Mas nada que surpreenda! Afinal, esta fidalguia havia sido escolhida pelo tal Jorge condenado para ser a cloaca dos seus dejectos, quando este entendesse despejar o autoclismo!

2 comentários:

  1. Conseguir no mesmo artigo juntar, powerpoints, juizes de palermo, favelas e fidalgos falidos sõ está ao alcance de grandes escritores como o caro Gil Vicente

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  2. Boas, caro Gil, venho cá à minha visitinha habitual, ainda que espaçada... Sei que a vida não está para isto, mas aqui vamos! Belo texto!
    Sobre o ponto 1, brutal... Então a parte em que cita o Rodriguez, a ver vamos onde calça para o ano, é demais. O Rodriguez é aquele que joga naquele clube que também equipa de vermelho, que já foi um clube muito bem visto pelos Benfiquistas, mas que desde que «mudou de amigos» se tornou uma macacada pegada. Ele é Choramingas, é Salvadores, é tudo. E este Rodriguez será um deles. Veja lá que até parece que já está apalavrado o do Beira-Mar para o lugar do Choramingas... Que irá ele chorar agora, uahahahah!
    Sobre o ponto 2, não soube de tais andamentos... Mas o certo é que realmente, se toca a pagar impostos, a «porra» cai sempre em cima do Benfica, aliás, Benfiquista, irra..
    Ponto 3, «e os pauzinhos das bandeiras sempre lhe servem para jogar à bilharda», hahahahha! Brutal, brutal! É que o amigo Gil não perdoa... Parece que só mesmo Jesus é que perdoa, e nem sequer é o nosso, ehehe!
    Último ponto, que belo remate do texto. Falar da fidalguia portuguesa, aliás, da de Alvalade, aliada aos mandos e desmandos do Papa-pitas de Contumil foi engraçado, eheheh! Todo o tom que usa é de uma ironia, esta sim, bastante fina. Aliás, não fossem tantos os avençados, tira-nódos, lavadeiros e detergentes, essa expressão não soaria tão mal aos ouvidos de gente boa hoje em dia...
    Seja como for, parabéns por mais uma bela pérola, mais um Auto de Gil Vicente, o Benfiquista!

    Abraço

    Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera

    Bimbosfera.blogspot.com

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