Quem inventou aquela espécie de axioma segundo o qual a Justiça é cega, ou não conhecia a justiça portuguesa ou então não estava bom da cabeça. De facto, nunca em Portugal a justiça pareceu que fosse muito cega, sendo certo que também menos pareceu que visse alguma coisa de jeito.
Em Portugal, a justiça se tem encarregado de demonstrar quanto é zarolha, quanto direcciona a sua vesguice já sobejamente endémica para os interesses que, sendo seus, nunca foram os interesses da Justiça.
E já não temos de lamentar-nos só da dita justiça desportiva que nunca convenceu ninguém da sua justiça porque nunca ousou Justiça.
Em Portugal, a justiça da corrupção hoje tão em voga sempre se reverenciou perante a corrupção como típico crime de colarinho branco que ela nunca manifestou grande preocupação em sujar. Lá os colarinhos “sujos”, da ralé – para a senhora justiça portuguesa, naturalmente – os pilhas galinhas … bem, como eles já estão sujos da falta de posses para os engomar, é só dar um empurrãozito…
E temos aí o caso mais recente dos 200 contos oferecidos ao senhor vereador. Os senhores Desembargadores da Relação dão por certa a oferenda e a sua rejeição, não questionam o conceito de funcionário como veste do senhor vereador mas retiram-lhe os poderes de influenciar a decisão, por acção ou omissão, pretendida pela autor da oferenda.
Por que é que o senhor vereador não ficou com os 200 contos? Afinal, o senhor ofertante apenas queria ofertar, benemérito, o seu presente!...
Passemos mais uma vista de olhos ainda sobre a justiça penal, mais propriamente o processo “apito dourado”, e detenhamo-nos um pouco sobre as conclusões da justiça acerca da reunião “prazenteira” entre o senhor presidente do FC Porto e o árbitro que, daí a dois dias, ia apitar um jogo do seu clube.
É claro que a justiça portuguesa ainda então não foi cega! Ela viu o aprazimento de uma reunião, a “inocência dos inocentes” à mesa do café e da amena cavaqueira, as oferendas de um bom conselho familiar para as diabruras das “facadas no matrimónio” do “desvairado” progenitor do árbitro, que melhor do que ninguém para isso está habilitado aquele que quase toda a sua vida se tem multiplicado em acompanhamentos femininos, nem que seja para dar uns bons sopapos naquelas, mesmos esposas legítimas, que lhe ousem questionar os gostos das incessantes transições.
Claro que essa justiça já não viu, nem podia ver dado o seu estrábico direccionamento visual, o envelope que, embora tão pouco recheado na opinião do juiz Mortágua, fora oferecido em prémio desta aprazível companhia.
Nos domínios da chamada justiça desportiva do futebol, então temos não módicos exemplos da sua (in)justiça ao mais alto nível, praticada pelo fátuo e indecorosamente chamado Conselho de Justiça. E nem precisamos de nos determos sobre a forma como certos julgadores dessa mesma justiça tentam calar e até expulsar da liça aqueles que lhes apoquentem o seu fazimento da justiça.
Vejamos só alguns exemplos recentes, por ordem cronológica.
Quem foi que viu os adeptos do Benfica carregar pedras para um lugar onde pedras abundavam?
Ninguém, apenas as senhoras e os senhores do CJ! Quem guardava esses adeptos, estava junto a eles, era presente no seu raio de visão, não viu! Viu que era quem já lá estava há muito tempo, lá no lugar das pedras, os adeptos do Sporting que, de pedras bem aviados, pedras lançaram. E se com pedras foram rechaçados, foi com as pedras que eles arremeteram.
Aqui há uns tempos, Rogério Alves, presidente da assembleia-geral do Sporting, invectivou na imprensa a nomeação do árbitro Augusto Duarte para o Porto-Sporting, da Liga.
A Comissão Disciplinar condenou-o, ele recorreu para o tal conselho de justiça. O conselho de justiça apenas lhe diminuiu a pena, não sem se coibir de o censurar e lhe relembrar que estava, enquanto cumpria pena, restringido nos seus direitos, esclarecendo-o de que “não podia dar entrevistas ou fazer outras intervenções ou manifestações do género na comunicação social, em especial por ocasião de actos ou eventos do seu clube ou da respectiva sociedade desportiva”.
Pinto da Costa foi condenado por duas vezes a cumprir pena extra, uma vez que estava a cumprir pena e não observara as restrições que o “douto” conselho de justiça tão “afanosa e bondosamente” fez questão de relembrar a Rogério Alves.
Duas vezes recorreu Pinto da Costa para o conselho de justiça. Duas vezes este justiceiro conselho lhe deu razão, fazendo questão de sublinhar que não se podia impor a “lei da rolha”.
Rogério Alves tem azar e responsabilidades. Pertence a um clube submisso e a justiça do conselho de justiça não é cega. Vê bem quem é o dono, o amo e senhor, e quem são os subservientes.
E só a estes é que serve a dita “lei da rolha”, naturalmente. Um subserviente deve comer e calar e não era agora a justiça deste conselho de justiça que se dispunha a fazer de cega só para contentar os que teimam em afirmar que a Justiça é cega.
Mas significa isto que a justiça do conselho de justiça não seja cega … para o que lhe convém e quando lhe convém?
Estão muito enganados os que ousem pensar diferente!
Há cerca de 15 meses, o senhor major e presidente actual da assembleia geral da Liga disse o que quis, difamando a comissão disciplinar e, em especial, o seu presidente.
A comissão disciplinar e o seu presidente queixaram-se ao órgão de justiça hierarquicamente superior.
Pois bem, o estrábico conselho de justiça “não viu” nada ainda sobre esta queixa, mostrou ser cegueta até ao tutano!
E a queixa lá está a apodrecer, à espera da sua prescrição, se é que não prescreveu já!
Por tudo isto, a Justiça até pode ser cega mas que lhe não imponham o “sacrifício” de pretender ser cega nas lides portugueses, que ela aqui quer estar bem desperta para bem distinguir as suas conveniências.
Em Portugal, a justiça se tem encarregado de demonstrar quanto é zarolha, quanto direcciona a sua vesguice já sobejamente endémica para os interesses que, sendo seus, nunca foram os interesses da Justiça.
E já não temos de lamentar-nos só da dita justiça desportiva que nunca convenceu ninguém da sua justiça porque nunca ousou Justiça.
Em Portugal, a justiça da corrupção hoje tão em voga sempre se reverenciou perante a corrupção como típico crime de colarinho branco que ela nunca manifestou grande preocupação em sujar. Lá os colarinhos “sujos”, da ralé – para a senhora justiça portuguesa, naturalmente – os pilhas galinhas … bem, como eles já estão sujos da falta de posses para os engomar, é só dar um empurrãozito…
E temos aí o caso mais recente dos 200 contos oferecidos ao senhor vereador. Os senhores Desembargadores da Relação dão por certa a oferenda e a sua rejeição, não questionam o conceito de funcionário como veste do senhor vereador mas retiram-lhe os poderes de influenciar a decisão, por acção ou omissão, pretendida pela autor da oferenda.
Por que é que o senhor vereador não ficou com os 200 contos? Afinal, o senhor ofertante apenas queria ofertar, benemérito, o seu presente!...
Passemos mais uma vista de olhos ainda sobre a justiça penal, mais propriamente o processo “apito dourado”, e detenhamo-nos um pouco sobre as conclusões da justiça acerca da reunião “prazenteira” entre o senhor presidente do FC Porto e o árbitro que, daí a dois dias, ia apitar um jogo do seu clube.
É claro que a justiça portuguesa ainda então não foi cega! Ela viu o aprazimento de uma reunião, a “inocência dos inocentes” à mesa do café e da amena cavaqueira, as oferendas de um bom conselho familiar para as diabruras das “facadas no matrimónio” do “desvairado” progenitor do árbitro, que melhor do que ninguém para isso está habilitado aquele que quase toda a sua vida se tem multiplicado em acompanhamentos femininos, nem que seja para dar uns bons sopapos naquelas, mesmos esposas legítimas, que lhe ousem questionar os gostos das incessantes transições.
Claro que essa justiça já não viu, nem podia ver dado o seu estrábico direccionamento visual, o envelope que, embora tão pouco recheado na opinião do juiz Mortágua, fora oferecido em prémio desta aprazível companhia.
Nos domínios da chamada justiça desportiva do futebol, então temos não módicos exemplos da sua (in)justiça ao mais alto nível, praticada pelo fátuo e indecorosamente chamado Conselho de Justiça. E nem precisamos de nos determos sobre a forma como certos julgadores dessa mesma justiça tentam calar e até expulsar da liça aqueles que lhes apoquentem o seu fazimento da justiça.
Vejamos só alguns exemplos recentes, por ordem cronológica.
Quem foi que viu os adeptos do Benfica carregar pedras para um lugar onde pedras abundavam?
Ninguém, apenas as senhoras e os senhores do CJ! Quem guardava esses adeptos, estava junto a eles, era presente no seu raio de visão, não viu! Viu que era quem já lá estava há muito tempo, lá no lugar das pedras, os adeptos do Sporting que, de pedras bem aviados, pedras lançaram. E se com pedras foram rechaçados, foi com as pedras que eles arremeteram.
Aqui há uns tempos, Rogério Alves, presidente da assembleia-geral do Sporting, invectivou na imprensa a nomeação do árbitro Augusto Duarte para o Porto-Sporting, da Liga.
A Comissão Disciplinar condenou-o, ele recorreu para o tal conselho de justiça. O conselho de justiça apenas lhe diminuiu a pena, não sem se coibir de o censurar e lhe relembrar que estava, enquanto cumpria pena, restringido nos seus direitos, esclarecendo-o de que “não podia dar entrevistas ou fazer outras intervenções ou manifestações do género na comunicação social, em especial por ocasião de actos ou eventos do seu clube ou da respectiva sociedade desportiva”.
Pinto da Costa foi condenado por duas vezes a cumprir pena extra, uma vez que estava a cumprir pena e não observara as restrições que o “douto” conselho de justiça tão “afanosa e bondosamente” fez questão de relembrar a Rogério Alves.
Duas vezes recorreu Pinto da Costa para o conselho de justiça. Duas vezes este justiceiro conselho lhe deu razão, fazendo questão de sublinhar que não se podia impor a “lei da rolha”.
Rogério Alves tem azar e responsabilidades. Pertence a um clube submisso e a justiça do conselho de justiça não é cega. Vê bem quem é o dono, o amo e senhor, e quem são os subservientes.
E só a estes é que serve a dita “lei da rolha”, naturalmente. Um subserviente deve comer e calar e não era agora a justiça deste conselho de justiça que se dispunha a fazer de cega só para contentar os que teimam em afirmar que a Justiça é cega.
Mas significa isto que a justiça do conselho de justiça não seja cega … para o que lhe convém e quando lhe convém?
Estão muito enganados os que ousem pensar diferente!
Há cerca de 15 meses, o senhor major e presidente actual da assembleia geral da Liga disse o que quis, difamando a comissão disciplinar e, em especial, o seu presidente.
A comissão disciplinar e o seu presidente queixaram-se ao órgão de justiça hierarquicamente superior.
Pois bem, o estrábico conselho de justiça “não viu” nada ainda sobre esta queixa, mostrou ser cegueta até ao tutano!
E a queixa lá está a apodrecer, à espera da sua prescrição, se é que não prescreveu já!
Por tudo isto, a Justiça até pode ser cega mas que lhe não imponham o “sacrifício” de pretender ser cega nas lides portugueses, que ela aqui quer estar bem desperta para bem distinguir as suas conveniências.
para cuando uma manifestaçao junto da asanbleia da republica por uma justiça autentica por esses justiçeiros reformados a trabalhar na quilo que sabem linpar a m.... nas pocilgas deste pais nao so a do senhor pinto
ResponderEliminarCaro Gil, em primeiro lugar aquele enorme abrço benfiquista.
ResponderEliminarA Justiça é de facto muito discutível, como sabe e bem melhor que eu, há algo de muito grave nos nossos códigos e que se reflectem na conduta e legislação desportiva, é o excesso de proteccionismo ao prevaricador e atotal ausência de direitos aos ofendidos e enquanto assim for, os prevaricadores continuarão a brincar com esta.
Boas... Gostei do post, sem dúvida, caro Gil, mas tenho que dar destaque ao título... Muito, mas mesmo muito bem apanhado! Sim senhor! Parabéns!
ResponderEliminar«Cega ou Zarolha», sim senhor...
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
http://Bimbosfera.blogspot.com